Como espantar a preguiça que chega com o frio

exercicioTem coisa melhor do que curtir cama com o frio?

É tão bom ficar quieto no inverno, que os ursos hibernam.  Ficamos mais preguiçosos. Sair da cama quentinha e gostosa é difícil. Se estiver chovendo, então… Nossa disposição diminui proporcionalmente ao aumento da temperatura. Até os mais aficionados por atividade física costumam empurrar com a barriga. É uma época em que as academias ficam mais vazias. Tudo isso, é uma tentativa do nosso corpo de guardar calor e manter a temperatura.
Porém, é importante seguirmos a rotina, apesar do inverno. Da mesma maneira que é prejudicial para a saúde ser atleta de fim de semana, ou seja, não fazer nada durante a semana e no sábado ou no domingo encontrar com os amigos e jogar quatro ou cinco partidas de peteca; também é muito ruim ser acostumado a uma rotina de atividade e parar de uma hora para outra. Nas duas situações o corpo sente.

Na primeira, pode ocorrer um infarto ou AVC pelo excesso de atividade em um corpo sedentário. Tenho vários amigos que passaram por isso. Alguns, infelizmente morreram, outros, salvaram-se, mas carregam sequelas. Um deles escapou da morte graças aos amigos que ficaram mais de 40 minutos fazendo massagem cardíaca, até a chegada da ambulância. Por isso, sou sedentária assumida.

Na segunda, o corpo sente falta do exercício. Baixa de energia, sentir-se triste ou deprimido, ficar irritado ou mal humorado são alguns dos sintomas de quem é praticante da atividade física e para por algum tempo. E muitas vezes não percebe que essa mudança de humor é a falta de extravasar na malhação ou no esporte.
Atividade física regular ajuda a prevenir diversas doenças como as cardíacas e os AVCs, a hipertensão arterial, o diabetes, obesidade, dor lombar, osteoporose. Isso sem falar que combate o estresse, a depressão e a ansiedade, melhora o humor e a auto-estima.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças que mais matam são: infarto, AVC, pneumonia, diabetes, hipertensão, bronquite (enfisema ou asma), problemas cardíacos, câncer de pulmão. As causas apontadas pela OMS são a vida agitada nos grandes centros urbanos, a falta de exercícios físicos, o estresse, a poluição, a alimentação rápida e rica em gordura e açúcar, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco.

Corrida Encontro Delas Foto Leo Araújo
Corrida Encontro Delas Foto Leo Araújo

De todos os motivos citados para a causa mortis, sete podem ser evitados com a prática regular de alguma atividade física. Vamos ficar mais animados no inverno.
Comece bem o dia, antes de se levantar da cama, espreguice. Agradeça a Deus por mais um dia de vida, e levante-se animado. O importante é ter uma atitude positiva.
Vença a preguiça. Pode parecer difícil, mas se levantar e começar a se mexer, a preguiça vai embora rapidinho. Praticar atividades faz o corpo liberar endorfina, hormônio que dá sensação de bem-estar e calma. Já disse aqui na crônica Endorfina, ela existe?, o que penso sobre isso. Mas o leitor Augusto postou uma fórmula interessante para descobrimos em quanto devemos elevar o batimento cardíaco, com o exercício físico, para que o organismo libere a endorfina. É o seguinte: subtraia a sua idade de 180 e depois subtraia mais 5. Pra alguém de 40 anos, por exemplo, a conta é 180-40-5 = 135. Esse é o nível que o seu batimento cardíaco tem que estar durante sua prática. É só usar um monitor.
Se não for sair, exercite-se em casa. Arrume seu armário, faça faxina naquele cômodo que você quer dar uma limpeza há tempos e sempre protela. Ponha uma música bem animada e faça com prazer.

Para as mulheres animadas, neste domingo, 12 de junho, haverá a Corrida Encontro Delas, na Lagoa Seca, no Belvedere, às 9h.

Uma boa pedida para quem quer se cuidar, já que não dá para hibernar…

Isabela Teixeira da Costa

A vida imita a arte

Prisão do prefeito Rui Muniz
Prisão do prefeito Rui Muniz

Cada vez este ditado fica mais real: a vida imita a arte.

As coisas que estão acontecendo no Brasil se não fossem trágicas, seriam hilárias. Se um desavisado chegar em uma roda de amigos conversando e ouvir alguns casos, com certeza vai pensar que está ouvindo a narrativa de uma novela, ou de uma série de TV. Porém, trata-se da mais pura realidade. Vejam só:

Na noite de 17 de abril, durante a votação do impeachment, a deputada federal Raquel Muniz, mulher do prefeito de Montes Claros Rui Muniz, quando proferiu seu voto declarou cheia de orgulho: “Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-­251. É para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, fazendo alusão à integridade de seu marido à frente da Prefeitura da cidade do Norte de Minas. Depois, disse várias vezes sim, enquanto sacudia a bandeira do Brasil.

Na manhã seguinte, a Polícia Federal prendeu seu marido, Rui Muniz, por prejudicar o funcionamento de hospitais públicos de Montes Claros para favorecer um hospital privado, que é gerido pela sua família. Ficou preso até início de maio. Ele é médico, e para sair do presídio teve um “piripaque” e está em prisão domiciliar. Parece ou não parece coisa de novela. Foi de chorar de rir.

O outro caso é inacreditável. Uma amiga, dona de uma confecção muito boa, tinha uma cliente ótima. De tanto comprar e frequentar o local, acabaram ficando amigas. A amizade virou sociedade. Com o tempo, a nova sócia levou o marido para trabalhar na confecção como contador. Tudo corria muito bem. Certa vez, minha amiga fez uma viagem e quando retornou não conseguiu entrar na fábrica. A porta estava trancada e sua chave não abria. Quando foi ver, a sócia tinha trocado a fechadura, proibiu a entrada dela. Roubou tudo, na tora. Minha amiga ficou sem nada. Sua modelagem, maquinário, etc. A ex-sócia ladra só não poderá usar o nome da marca. Alguém poderia imaginar que uma coisa dessas aconteceria na vida real?

Tem mais um. Colocaram uma universidade da área de saúde a venda. Dois amigos de infância compraram. Amigos de uma vida inteira, daqueles igual a irmãos. Um deles comprou para sua mulher que é médica. Tudo ia bem, até que um dia, a médica estava de plantão e recebeu uma ligação de seu sócio dizendo que precisava de uma série de assinaturas para uma documentação. Coisa de rotina, se não me falha a memória. Segundo ele, coisa urgente. Enviou para ela no hospital, que assinou e devolveu. No dia seguinte, quando a médica foi entrar na faculdade, seu crachá não funcionava. O recepcionista disse que não poderia entrar porque não era mais proprietária.

Pasmem, no meio dos papéis tinha um documento de venda da parte dela por uma quantia irrisória. O sócio depositou o valor e pronto. Quando ela descobriu, entrou na justiça contra o ex-sócio e amigo da onça. A justiça obrigou o bandido a pagar dez vezes mais do que o valor do documento. Mesmo assim, quantia bem abaixo do valor real, mas o malandro pagou do jeito que quis. Claro que a amizade foi para o brejo. Se víssemos isso em uma novela, com certeza comentaríamos que isso não existe na vida real, mas ocorre com mais frequência do que imaginamos.

Infelizmente, o que mais tem nesta visa são pessoas sem ética, princípios e moral.

Isabela Teixeira da Costa

Broa com goiabada

broaBroa de fubá com queijo e calda de goiabada

Estou morando em Anagé, sertão da Bahia há menos de um mês. A cidade aqui é muito pequena, com apenas 25 mil habitantes contabilizando toda a zona rural e urbana. A cidade conta com apenas alguns mercadinhos que vendem o básico, há apenas uma padaria, que nem pão de sal tem, queijo minas ou branco então, nem se conhece, aqui se encontra apenas queijo muçarela, um grande pesar para os mineiros como eu.

A culinária da Bahia, principalmente do sertão, é muito mais pesada que a de Minas Gerais, e minha colega de quarto, também mineira, tem tido certa dificuldade de adaptar seu paladar. Sendo assim, o jeito tem sido improvisar na culinária do dia a dia.

Como chefe de cozinha e uma boa mineira, sou muito requisitada para fazer alguns quitutes mineiros. Fiz recentemente, para um encontro da igreja na casa de um casal, uma broa de fubá com queijo, goiabada e calda cremosa de goiabada.

Os anageenses adoraram! E olha que tive que fazer com queijo tipo muçarela, fiquei devendo a verdadeira broa para quando tiver acesso a um queijo mineiro de verdade.

Mas para vocês que têm acesso a esse queijo delicioso, que eu tanto sinto falta, segue a receita que dá água na boca:

Ingredientes:

Massa

1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de fubá cremoso
1 xícara de açúcar
3 ovos
1 copo de leite
1 copo de iogurte natural
1 copo de queijo minas ralado
150g de goiabada em pedaços
1 colher de chá de fermento

Calda

200g de goiabada
1 xícara de água
5 colheres de sobremesa de açúcar

Modo de fazer

Coloque todos os ingredientes no liquidificador – menos a goiabada e o fermento – e bata cerca de 5 minutos até ficar homogêneo. Por último, acrescente o fermento e misture lentamente com uma colher. Unte a forma com manteiga e polvilhe com fubá, coloque a massa na forma e adicione a goiabada em pedaços por cima, leve ao forno pré-aquecido a 180 graus, por 40 minutos.

Para a calda, coloque em uma panela todos os ingredientes em fogo médio e misture, por cerca de 15 minutos aproximadamente, até a goiabada dissolver com a água e o açúcar.

Coloque a calda sobre a broa e sirva com um café.

Mariele Amorim

É possível viver sozinho

sozinha2Estar sozinho não é sinônimo de infelicidade.

Muitas pessoas quando terminam um relacionamento, seja ele casamento ou mesmo um namoro, ficam um pouco sem rumo. Toda vida a dois tem uma rotina – e não me refiro a rotina pejorativamente –, situações diárias na vida do casal, que são quebradas no mesmo instante do rompimento, que deixam uma lacuna. Fica o sentimento de que está faltando alguma coisa.

É aquele telefonema de bom dia, a troca de menagem contando algo interessante ou engraçado que vivenciou, o telefonema na hora marcada, a ida ao cinema naquele dia da semana, enfim, pequenos gestos que preenchem a vida.

São faltas que acostumamos com o tempo. Até hoje, sinto falta dos telefonemas com um ex-namorado que fazia durante engarrafamentos. Eram papos agradáveis e ótima maneira de enfrentar os congestionamentos. Muito melhor que ficar praticamente parada andando a 10 km por hora. Celular no viva-voz para não tirar a mão do volante e nem infringir nenhuma lei. Tranquilo. Essa foi uma das perdas. A outra, bem mais grave, foi a perda da convivência familiar. Gosto muito da família dele e infelizmente acabamos nos distanciando um pouco. Mas isso é outra história.

Depois de uma situação de perda a maioria das pessoas gosta de ficar mais reclusa por um período, outras aproveitam para sair com amigos e colocar o papo em dia. Normalmente, um casal vive mais fechado entre eles, ou sai com casais, e amigos solteiros ficam um pouco abandonados nesse período.

Porém, tudo depende do temperamento e personalidade de cada um. A grande questão é que os amigos não aceitam essa solidão escolhida e desejada. Pensam que é depressão, tristeza e arrastam a pessoa para a rua a qualquer custo. Vencem pelo cansaço. Não é de maldade, é excesso de carinho e preocupação.

Muitos vão para a balada, paqueram muito, acabam ficando com alguém, fazem sexo casual, etc. Entram na roda alucinada das noitadas. Outros, mais maduros, saem, podem até conhecer pessoas, mas não se envolvem.

Tudo isso só traz uma falsa sensação de felicidade. Quando chega em casa, está sozinho da mesma forma, e insatisfeito com o que fez. As pessoas devem parar de pensar que bebida e sexo resolve problemas. Vou contar um segredo: Não resolve nada, só piora tudo.

Devemos respeitar o nosso momento e descobrir a felicidade em nós. Se formos felizes conosco mesmo, estar sozinho será muito bom, e se sairmos com amigos, será ótimo também. Sairemos para divertir porque já estamos felizes e não para nos afogar em outras coisas em busca da felicidade.

Não podemos ter vergonha de nos posicionar diante dos outros com nossas vontades e desejos. Temos que valorizar os amigos que querem nos ajudar, mas podemos mostrar a eles a maneira correta dessa ajuda.

Tenho uma amiga que sofreu uma grande perda. Seus amigos se uniram em um esquema de rodízio para não deixá-la sozinha. A cada dia era um que ía para sua casa fazer companhia, e sempre chegava com um salmão para comer. Era a forma de agradar, demonstrar carinho. Penso que o salmão representava um ingrediente especial: bonito, requintado e gostoso. Aí é que está. Minha amiga não gosta de salmão. E em meio ao grande sofrimento, foi se empanturrando de um peixe que detesta, por semanas seguidas, porque não tinha coragem de dizer a verdade.

Como ser indelicada diante de tanta delicadeza. Mas no fundo, tudo o que ela queria é ficar sozinha por um tempo.

Independente de perdas, muitas pessoas gostam da solidão. Tenho outra amiga que ama ficar sozinha. Não é nenhuma ermitã. Ao contrário. Tem muitas amigas, gosta muito de sair e receber também. Mas ela tem o seu momento de ficar em seu cantinho, quieta, com ela mesma. Ela se ama e curte muito sua própria companhia. E é muito feliz.

Isabela Teixeira da Costa

Guarda compartilhada

guardafilhos1Há dois anos, é praticada a guarda compartilhada no Brasil.

No Brasil, durante décadas, quando um casal se divorciava, a guarda dos filhos ficava com a mãe ou com o pai, geralmente, com a mãe. O pai ficava com a prole nos finais de semana de 15 em 15 dias, metade de cada férias e feriados alternados.

A mãe ficava sobrecarregada, cuidando dos filhos na maior parte do tempo, se responsabilizando por tudo, com todas as preocupações e trabalho. Se algum adoecia, cabia à mãe levar ao médico, hospital, cuidar em casa, etc. Na maioria dos casos o pai nem tomava conhecimento dos incidentes. Folga, só quinzenalmente.

Mãe não liga muito para isso. O amor que sente por seus filhos é tão grande que todo esse “trabalho” vira rotina. Existe um vídeo muito interessante que roda a internet há dois anos, na época do Dia das Mães, que mostra isso de forma linda e emocionante. A cena é um entrevistador fazendo a seleção para o cargo de diretor de operações entre diversos candidatos. O profissional de Recursos Humanos vai descrevendo as características e funções do cargo, e a cada uma que cita, a pessoa vai se assustando mais. Até chegar o momento de falar que não tem folga, trabalha 24 horas, e não tem remuneração. As mães são assim. Mas que uma folga seria bem-vinda, com certeza seria.

Em dezembro de 2014, a segunda lei da guarda compartilhada, entrou em vigor. Segundo advogados, foi o maior avanço legislativo dos últimos tempos. O maior mérito dessa lei é que se fundamenta na igualdade entre mulheres e homens na guarda dos filhos.

Isso já era previsto desde janeiro de 2013, pelo Código Civil, mas não estava sendo completamente aplicado quando o assunto era a guarda dos filhos. É o que afirma a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da Associação Brasileira de  Direito de Família e das Sucessões (ADFAS).

“A reformulação conservou o que era bom da primeira lei, como o compartilhamento das responsabilidades. A segunda, veio estabelecer que, mesmo quando não existir acordo entre pai e mãe, a guarda compartilhada pode ser estabelecida pelo juiz. Isso porque é exatamente nesses casos que o filho fica no meio da guerra de afetos. Se, durante o casamento ou a união estável, pai e mãe escolhiam a escola, as atividades extracurriculares e os tratamentos de saúde dos filhos, exercendo as responsabilidades com relação aos filhos, não existe razão para que somente um deles, via de regra a mãe, na guarda unilateral, exerça essas escolhas. Apenas um motivo, expressamente previsto na segunda lei, pode acarretar essa total modificação no exercício do poder familiar: se o pai não tiver aptidão para exercer a guarda”, explica Regina Beatriz.

Com certeza foi um avanço. Os filhos vão conviver mais com o pai, que por sua vez estará mais presente nas decisões da vida deles. Só tenho receio de um problema: a maioria dos casais, depois do divórcio nem conversam entre si. A proximidade com a guarda compartilhada, pode gerar conflitos e respingar nos filhos.

E tem o problema dos novos relacionamentos. Tenho uma conhecida que divorciou. Tem uma filhinha pequena e a guarda é compartilhada. O ex está com uma namorada, já estão morando juntos. Eles vivem às turras, brigam o tempo todo, falam palavrões horríveis e a menina do lado, ouvindo tudo. Chega em casa, conta tudo para a mãe, que fica arrasada e não pode fazer nada, porque é o dia do pai. Não pode impedir a ida da filha, porque é determinação do juiz, e a menina fica presenciando brigas e ouvindo palavras inadequadas para sua idade.

Tudo na vida tem dois lados. Paciência. O jeito é pedir a Deus que proteja nossos pequenos.

Isabela Teixeira da Costa

O que não se faz por amor

Cruzeiro do Roberto Carlos
Cruzeiro do Roberto Carlos

Até onde vai um parceiro para satisfazer os desejos de sua cara metade?

Não me entendam mal nem deixem sua imaginação te levar para o lado mais picante de um relacionamento. Estou falando de questões bem mais práticas e cotidianas de uma vida a dois.

Tenho uma amiga, casada, que faz todas as vontades de seu marido. Vocês podem pensar: “O que tem demais nisso?” Realmente, nada demais, quase toda mulher procura atender os desejos do marido, e vice-versa. Faz parte de um casamento.

Se o marido gosta de café da manhã com mamão, café mais forte, pão de sal, presunto, manteiga, suco de laranja, ovos mexidos e o jornal ao lado, para ler logo de manhã, a esposa não deixa faltar nada. Procura fazer no almoço o cardápio preferido, passa a sua camisa como ele gosta, e por aí vai.

Mercedes
Mercedes

Tem maridos que presenteiam suas mulheres com joias porque sabem que elas gostam e querem agradá-las. Normal. Outros casais optam por fazer viagens, sempre escolhendo lugares que agradem aos dois, ou então alternam, a cada viagem um escolhe o destino.

Porém, com essa minha amiga tudo acontece de maneira bem unilateral e foi tomando uma proporção tão exagerada que chegou num ponto que achei um pouco absurdo.

Seu marido quis ir para o Japão assistir ao jogo do Corinthians, ela deu a viagem de presente e lá foram os dois. Tudo bem, conheceram o Japão, mas assistir futebol?! Para informação geral, eles não são paulistas.

Depois, ele quis fazer o Cruzeiro do Roberto Carlos. Lá foram eles. Ela não gostou muito. Eu ia adorar – sou fã do rei e amo viajar de navio –, mas para ela foi um pouco de suplício, preferiu conhecer o Oriente.

camaro
Camaro

Bico fino como ele só, quis um carro novo, uma Mercedes. Ganhou. Depois de um tempo, quis tocar por um Camaro. Trocado.

Não questiono tudo o que ela faz por ele. Se faz é porque deve merecer, e em vida de casal só os dois é que sabem o que se passa, o que cada um faz pelo outro, o que cada um merece e retribui. Dentro de quatro paredes a vida é íntima.

O banheiro
O banheiro

Sabia que estavam reformando a casa, resolvi perguntar como ficou e foi nessa hora que ela me disse: “o banheiro do meu quarto ficou lindo, mas meu marido quis um mictório, tentei tirar isso da cabeça dele, mas pediu tanto que decidi satisfazer mais esse desejo”. Não aguentei. Um mictório igual ao de banheiro público na suíte do quarto… Fiquei imaginando a cena. Ri muito e debochei bastante. Chamei-a de louca, disse que passou dos limites.

Minha amiga não deu o braço a torcer, me mostrou uma foto, disse que ficou lindo, que foi um alívio porque não tem mais respingos no vaso sanitário. Socorro!!! Já fui casada e nunca enfrentei respingos de marido em banheiro. Se aconteciam, ele limpava. Questão de educação. Perguntei na hora: “Não educou seu marido? Não o ensinou a limpar?”, mas ela continuou defendendo e ainda disse que existem mictório caríssimos, com descargas com sensores, mais caras ainda.

Espera um pouco, quer dizer que se o mictório for de luxo, pode? Então vamos colocar um trambolho em nossos banheiros e achar lindo porque é de luxo??? Essa para mim foi a melhor. E completou: “A vendedora da loja disse que tem muita gente fazendo isso”.

Sinceramente, conheço inúmeros arquitetos e decoradores, visito várias mostras e nunca vi nem ouvi falar sobre mictório em residências. Abro aqui o debate: homens, vocês gostariam de mictório em seus banheiros? Profissionais, vocês são demandados para colocar mictórios nas casas de seus clientes?

Só quero ver qual será o próximo desejo desse marido tão criativo.

Isabela Teixeira da Costa

Metalizado em alta

O metalizado ganhou espaço e deve dominar os looks neste inverno. Nos desfiles das maiores grifes internacionais como Saint Laurent, Gucci e Stella McCartney o material estava presente e também conquistou o tapete vermelho, sendo destaque no último baile de gala do Metropolitan Museum of Art cujo tema remetia à tecnologia. Não foi diferente no São Paulo Fashion Week (SPFW).
Para entrar na tendência, a dica é abusar das peças statement, que dão destaque ao look. A Pompéia – uma das maiores marcas de varejo do país – criou uma linha de jaquetas metalizadas na sua coleção de inverno 2016. O modelo é o item perfeito para transformar uma produção básica em um visual cheio de informação de moda. Em diversas cores – nude, dourado, prata e azul – a peça é protagonista neste inverno.
Raquel Davidowicz, Wagner Kallieno, Ellus, Lilly Sarti e Helô Rocha foram algumas das grifes brasileiras que investiram com muito bom gosto no metalizado, de maneiras bem diferentes.
Além de garantir muita personalidade, o brilho metálico cria pontos de luz em looks pretos. Mules e sandálias estilo birken são atuais, e dão o toque descontraído necessário para quebrar a rigidez do inverno. O sneaker também marca presença na coleção. Seguindo o visual street, é a escolha ideal para as meninas buscam estilo.

ITC

O medo de envelhecer ainda existe?

Quando se passa da casa dos 50 muita gente sente o peso da idade, e bate o medo de envelhecer. Esse temor, ainda é como antes?

A população mundial está envelhecendo. Em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos no mundo, que crianças menores de 15 anos. Segundo estimativas do IBGE, no Brasil, nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos vai mais do que triplicar, passando dos atuais 22,9 milhões (11,34% da população) para 88,6 milhões (39,2%). No período, a expectativa de vida do brasileiro passará dos atuais 75 anos para 81 anos (dados de 2014 extraídos da Folha de São Paulo).

Com toda essa projeção, o governo não faz nada para preparar o país para viver com uma grande população de idosos. Não investe em pesquisas para descobrir a cura dos diversos tipos de demências que têm acometido as pessoas cada vez mais cedo, nem na cura de Parkinson e outros problemas de saúde que impedem que pessoas idosas possam ter uma vida ativa por amis tempo. Mas isso é assunto para outro artigo.

Quando eu era pequena, uma mulher de 50 anos era uma senhora. Se vestia com roupas clássicas, de idosa. Usavam cabelos curtos, as que ousavam tê-los mais compridos, faziam coque.

Hoje, mulheres de 60 anos estão inteiras, malhando na academia, usam roupas jovens, modernas, atuais, as mesmas que a filha ou a neta usam, sem problema algum. Por sinal, não existe mais roupa de idoso. Ninguém dá a elas a idade que têm. São dinâmicas, conectadas, estão ativas no mercado de trabalho. Se cuidam, têm uma alimentação saudável.  Tingir cabelos, aplicar botox, colágeno e fazer pequenas cirurgias plásticas não são para esconder a idade, mas para se sentir bem.

A indústria de cosméticos, sabendo deste envelhecimento da população já está substituindo os termos antiage dos rótulos dos produtos por renovador ou alta exigência. Há alguns anos, marcas importantes já trazem em seus comerciais pessoas acima de 60 e 70 anos, vendendo beleza e qualidade de vida.

A idade não é mais limite para nada. Sempre nos deparamos com notícias de pessoas com mais de 45 anos que passaram no vestibular para fazer cursos como medicina, psicologia, engenharia, entre outros. A procura por curso superior por alunos acima dos 40 anos aumentou em 30% nos últimos cinco anos. Mais de 700 mil alunos, nessa faixa etária, estudam no país.

Quantas vezes, durante minha adolescência, eu ouvi pessoas mais velhas dizerem: “quem me dera voltar a ser mais jovem com a cabeça que tenho hoje”. Queriam ter a disposição que tinham na mocidade, mas com a maturidade adquirida com a vida. Hoje, isso é possível, porque as pessoas com 50, 60 e 70 anos estão ótimas, ativas. Não são aqueles senhorzinhos avós que ficavam em casa lendo jornal, dormindo no sofá e fazendo tricô ou croché.

A vida agora é outra. Eles estão saindo, viajando, divertindo, namorando. Ficam em casa quando querem descansar ou quando estão recebendo os amigos.  Tomam conta dos netos para ajudar os filhos, quando estão com vontade.

Por isso, não entendo quando alguém diz que está se sentindo velho porque está fazendo 58, ou 62 ou mesmo 70 anos. Se fosse lá atrás, quando o comportamento era outro, totalmente compreensível, mas em pleno século 21, não mesmo. Este medo de envelhecer não combina com o perfil dessas pessoas. A idade cronológica não importa tanto. O importante é ter vontade de viver.

Fernando Pessoa escreveu:

“Não importa se a estação do ano muda…
Se o século vira, se o milénio é outro.
Se a idade aumenta…
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.”

Isabela Teixeira da Costa

Cabelo precisa de cuidado no inverno

cabelosecoAs baixas temperaturas do inverno afetam os cabelos, e por isso precisam receber cuidados especiais.

Como já disse algumas vezes aqui, o cabelo é a moldura do rosto. Ele arremata o conjunto, embeleza a pessoa. Não importa se for liso ou anelado, curto ou comprido. Cada um combina muito bem com seu dono. Foi feito sob medida por Deus. O importante é estar bonito, bem tratado, com brilho.

No inverno, tomamos banhos mais quentes e a alta temperatura da água retira o óleo do couro cabeludo, que é a proteção natural dos fios. O cabelo1cabelo fica ressecado, quebradiço, com pontas duplas. Nosso corpo é muito inteligente, entende que precisa repor a ausência de oleosidade e assim os cabelos podem ficar com aspecto engordurado.

Outro problema é a falta de sol, que somada às baixas temperaturas provocam contração nos folículos capilares. A consequência é uma queda maior do cabelo e redução do seu crescimento.

Para evitar todos esses probleminhas devemos tomar alguns cuidados:

  • Por causa do frio não suamos tanto, os cabelos ficam cheiroso por mais tempo e por essa e outras razões demoramos mais tempo para lavar os cabelos. Não faça isso, lave os cabelos com a mesma regularidade. Use um shampoo e condicionador de boa qualidade, de acordo com seu tipo de cabelo.
  • Escolha condicionadores e cremes mais leves e produtos sem enxague. Como expliquei no início, a tendência é o cabelo ficar mais oleoso no inverno, por isso é importante o cuidado na hora da escolha dos cremes.
  • Quando lavar os cabelos, massageie o couro cabeludo. A circulação e oxigenação estarão ativas e ocorre o aceleramento no crescimento dos fios.
  • Tente lavar os cabelos com água morna. No inverno aumentamos a temperatura da água, na hora do banho. A água quente desidrata os fios, aumenta a queda e provoca uma descamação o couro cabeludo que pode ser confundida com caspa.
  • O cabelo é formado por escamas e a água quente abre essas escamas, o que tira o brilho do cabelo. Hidratação é a melhor opção para manter os fios saudáveis no inverno, se possível, quinzenalmente. Mas ela deve ser feita o ano inteiro.
  • Outro fator de queda dos cabelos se dá porque no inverno nos alimentamos de comidas mais gordurosas e porque nosso sistema imunológico fica mais fragilizado com o frio.
  • Também diminuímos a injestão de líquidos, e isso reflete nos cabelos, enfraquecendo os fios. É muito importante bebermos bastante líquido diariamente, o ano todo.
  • O ar muito quente do secador enfraquece os fios. Antes de secar o cabelo aplique um protetor térmico ou reparador de pontas para proteger os fios.
  • Não durma com o cabelo molhado. Ele fica úmido, fraco e quebradiço.
  • Evite usar chapéus, boinas, lenços e gorros em excesso. Isso aumenta a oleosidade do cabelo e pode provocar o surgimento de fungos e bactérias no couro cabeludo.

Isabela Teixeira da Costa

Cuscuz de tapioca

CuscuztapiocaHoje vou dar uma receita que recebi da  SupraSoy, alimento de soja sem lactose. O melhor é que não altera em nada o sabor final. Experimente.

Ingredientes
Calda:
1 xícara de chá de SupraSoy sem lactose original (130g)
½ xícara de chá de açúcar (80g)
Cuscuz de Tapioca:
½ xícara de chá de leite de coco (100ml)
¼ de xícara de chá de SupraSoy sem lactose original (32g)
2 colheres de sopa de açúcar (24g)
1 xícara de chá de tapioca granulada (160g)
¼ de xícara de chá de coco ralado (15g)
Coco fresco para decorar

Modo de preparo
Para a calda: coloque no liquidificador o SupraSoy, o açúcar, ½ xícara de chá de água fervente e bata por um minuto. Passe para uma molheira e leve à geladeira até a hora de servir.
Para o cuscuz de tapioca: em uma panela, misture o leite de coco, o SupraSoy, o açúcar e um xícara de chá de água (200ml). Leve ao fogo médio até levantar fervura, despeje sobre a tapioca granulada e deixe-a hidratando por 30 minutos. Junte o coco ralado, misture e coloque em uma assadeira pequena (18 x 28cm), apertando bem com as costas de uma colher. Polvilhe com o coco fresco, corte em quadrados e sirva com a calda gelada.
Dica: Se preferir, sirva o cuscuz de tapioca com leite de coco adoçado.

ITC