Botas para baixinhas 

Cinco Truques para usar botas de cano longo sem medo.

Contra tudo o que normalmente dizem, as botas de cano longo são para todas, independentemente da sua altura. Apesar de ser sinônimo de elegância e sofisticação, este modelo pode causar insegurança para as fashionistas mais baixinhas, porque existe o receio de que o calçado não valorize a estatura.

Mostrando que não existe limites para a moda, Karen Furtado, consultora de imagem e estilo, parceira da Piccadilly, listou cinco truques de styling para valorizar as composições fashion com este tipo de calçado. Confira as dicas:

Para Karen, é preciso deixar claro que não há barreiras para a moda. “Sempre conscientizo as mulheres de que elas podem usar absolutamente tudo o que quiserem, basta estarem atentas aos detalhes e aplicarem truques de styling que valorizam o visual’’, ressalta.

1)  Deixe a pele a mostra

Um dos truques de styling mais utilizados para ‘’disfarçar’’ a estatura, é deixar a pele a mostra, com cuidado para não criar um visual vulgar. ‘’Quando apostamos em peças com decotes e detalhes em fendas, por exemplo, a primeira impressão visual é direcionada para parte do corpo que está em evidência, o que desvia a atenção central das botas’’, explica.

2) Marque a cintura

Outra opção para as baixinhas, é apostar em looks que marcam a cintura. ‘’Vestidos com amarrações, cintos e jaquetas croppeds são ótimos exemplos para este caso. Ao marcarmos a silhueta, fazemos com que nossas pernas visualmente pareçam mais longas’’, destaca.

3)  Prefira os looks monocromáticos

Aqui vai mais um truque infalível! Na dúvida, opte por looks monocromáticos que sigam a mesma cor da bota. ‘’Qualquer composição monocromática traz um efeito de alongamento. Isso porque não gera barreiras visuais, ou seja, nossos olhos percorrem o look sem parar, de cima abaixo’’, diz.

4) Se atente às proporções visuais

De acordo com Furtado, também é preciso pensar em proporções ideais para os looks.  ‘’Equilibrar o visual é fundamental para criar o efeito longilíneo desejado. Trazer peças de roupas mais pesadas e estruturadas para a parte de cima da composição fashion, como casacos compridos, ou então investir em acessórios como maxi brincos e colares longos, são ótimas opções para criar um visual único e desviar a atenção central das botas’’, exemplifica.

5) Invista em tecidos e texturas

Tecidos e texturas são detalhes que fazem a diferença nas produções de moda. Além de garantirem um visual mais interessante, são ideais para distribuir pesos visuais. Pautada nisso, a consultora indica a meia-calça como grande aliada na hora de compor o look.

‘’Podemos encontrar uma variedade gigante de cores, texturas e até estampas que vão garantir um visual longilíneo, principalmente se as meias forem da cor da bota ou de cores complementares e próximas a do look que você estiver usando. Aposte também em modelos com texturas, que até mesmo com o look mais básico de todos, como um vestido preto e um casaco de couro, garantem um ar fashion e despojado’’, indica.

Nude

A Iorane lança este mês sua coleção capsula de tricôs batizada de nude.

Com esta coleção a marca vem quebrar toda uma concepção do que é nude. Afinal, passamos tempo demais acreditando que nude é praticamente sinônimo de bege e que equivale ao tom da pele.  E a Iorane questiona: Nude é o tom de que pele? Afinal, qual é a cor da sua pele?

Realmente, cada pessoa tem um tom de pele, porque somos diferentes e é aí que mora a beleza e a força de cada uma de nós. E esta coleção da Iorane vem mostrar que nude é mais que uma cor, é um conceito, uma identidade.

Movidos pelo desejo de democratizar a ideia de nude, a label deu um passo adiante e criou esta linha de tricôs. A novidade chega junto com as temperaturas amenas de inverno e oferece cinco tonalidades, de uma cartela mais generosa de nude, em tricôs canelados, de gola alta e charmosas mangas bufantes, ressaltando que a inclusão é dever diário de todos e a igualdade se constrói passo a passo.

Veja fotos de Gabriela Saraiva na Galeria a seguir

Emagreça no inverno

Segundo especialista, o inverno é ideal para acelerar o metabolismo usando os mecanismos naturais do corpo e emagrecer.

Chocolate quente, fondue, queijos, sopas e outras delícias são a cara dessa época do ano, no entanto, para quem está de dieta, esses e outros pratos típicos da estação são uma verdadeira tortura. Resistir à vontade de saborear essas tentações se torna o maior desafio para os que querem emagrecer, e muitas pessoas acabam exagerando na dose.

Ao contrário do que muitos pensam, a época mais fria do ano é a melhor para a perda de peso, pois nosso organismo acelera o ritmo de trabalho e aumenta a queima calórica para manter o corpo aquecido. Assim, com uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares, é possível manter o peso e emagrecer.

A temperatura interna do corpo gira em torno de 37ºC graus e é fundamental mantê-la estável para garantir que o sistema biológico do organismo humano funcione corretamente, por isso, diante de baixas temperaturas nosso corpo faz um esforço maior para regular o termômetro interno e evitar a hipotermia. Há diversos mecanismos para a produção e conservação do calor, os primeiros sinais de reação ao frio são a tremedeira, que visa aquecer o corpo através do movimento, e o arrepio.

Segundo a nutricionista Sinara Menezes para expelir as toxinas que seriam eliminadas pela transpiração em temperaturas mais altas, a produção de urina aumenta. “O esforço para se locomover e ainda promover o aquecimento é superior, ou seja, isso faz com que a demanda de energia seja maior, podendo chegar a cerca de 10% a mais”.

“No frio o metabolismo acelera para manter a temperatura interna. Essa ideia de que temos mais fome nesse período pode ser mais baseada em fatores psicológicos do que, propriamente, físicos, já que isso não tem explicação metabólica. Pelo contrário, é mais fácil emagrecer no frio do que no calor, por isso, as pessoas que vivem em países nos quais o inverno é mais rigoroso apresentam mais dificuldades para engordar”, afirma a nutricionista.

Os alimentos termogênicos possuem propriedades capazes de ativar o processo de termogênese no organismo, que eleva a temperatura corporal e obriga o corpo a trabalhar mais para normalizá-la. Além de serem mais difíceis de digerir. São eles: canela, gengibre, pimenta, hibisco e outros.

No inverno, os pratos quentes são os preferidos, como as sopas.  O grande problema geralmente está nos acompanhamentos. Um caldo verde, ou uma sopa de legumes e verduras, quando acrescidos de torradas, pães, queijos e, até mesmo, bacon, podem se tornar verdadeiras bombas calóricas, por isso, é preciso escolher bem os ingredientes complementares. As melhores opções nesses casos são os temperos naturais como salsinha, cebolinha, alho poró, ervilhas, pimentas entre outros. Para não ficar sem verduras e legumes, o ideal é consumir na versão cozida.

Para evitar a correria atrás do prejuízo no final da estação é necessário adotar bons hábitos alimentares desde já. A combinação de uma alimentação balanceada e exercícios físicos nessa época do ano dispensa a adoção de medidas restritivas e dietas radicais.

Dicas:

Beba muito chá

Troque o chocolate ao leite pelo meio amargo

Não abra mão do cafezinho

Aprecie um bom vinho, com moderação.

Fonte: Nature Center

 

Erros que podem detonar a pele no inverno

Deixar de cuidar da pele no inverno é um grande erro, porque ela fica ressecada.

Usar um hidratante qualquer pode desidratar a pele, esquecer do protetor solar e abusar dos ingredientes abrasivos: esses são só alguns dos erros que podem detonar sua pele no inverno. A farmacêutica especialista em dermocosméticos Mika Yamaguchi explica como fazer opções corretas no cuidado com a pele

Como a pele produz menos oleosidade natural, devido à falta de luz e calor do período, o ressecamento e a sensação de incômodo aparece principalmente na pele do rosto, que é a mais exposta ao vento e poluição. “Durante o período de inverno, o clima seco propicia o aparecimento de muitas dermatites e alergias. A pele reflete diretamente, ficando mais avermelhada e irritada, ressecada, pelo alto grau de poluição que temos neste período, sendo necessário cuidados especiais”, explica Mika. Para evitar alguns problemas, selecionamos aqui alguns erros básicos que devem ser evitados:

Não passar protetor solar — O fotoprotetor é de uso diário e eterno: “A radiação Ultravioleta, também no inverno, provoca danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele, causando o aparecimento precoce de rugas e flacidez, além das manchas como reação à fotoexposição. É preciso passar protetor de quatro em quatro horas em ambientes fechados e de duas em duas horas em fotoexposição direta. Ativos antioxidantes como Ascorbosilane C e OTZ 10 também podem ser incorporados ao protetor como forma de evitar e reverter danos, protegendo principalmente a pele contra os danos da luz visível também”, explica.

Usar qualquer hidratante — “Existem hidratantes que desidratam!”, diz Mika. “Isso ocorre em produtos que usam, na base, um tipo de tecnologia que ajuda a emulsionar (o etoxilado). Se eu tenho um emulsionante que tem essa capacidade de emulsionar água e lipídeo (os dois constituintes do nosso manto hidrolipídico) em um creme, na hora em que ele entra em contato com a pele, se for muito forte, vai emulsionar o meu manto hidrolipídico e, ao invés de hidratar, ele vai romper a função de barreira natural e vai começar a desidratar.” O ideal é buscar produtos cujos veículos sejam à base de Fosfolipídeos que formam uma segunda pele e protegem a pele de forma mais efetiva diminuindo a perda de água por evaporação. “Hyaxel é um ácido hialurônico, de baixo peso molecular e vetorizado ao silício orgânico, que tem a capacidade de aumentar a expressão genica de proteínas como aquaporinas, filagrinas, loicrinas e outras importantes para aumentar a auto hidratação. Já DSH CN tem alto peso molecular, forma um filme de retenção hídrica e devolve elasticidade ao tecido cutâneo”, acrescenta.

Usar hidratante não é o bastante — A hidratação da pele deve ser dinâmica, por isso beber bastante água é importante independente da estação. Além disso, alguns nutracêuticos também são recomendados para uma hidratação dinâmica (de dentro para fora): “FC Oral, ou as chamadas cápsulas de caviar, contém um componente importante, o ômega 3 vetorizado pelo fosfolipídeo, que possui uma identidade com a membrana celular.”

Tomar banhos muito quentes — Ficar mais de 15 minutos em uma ducha quente é mais que o suficiente para comprometer a camada hidrolipídica da pele, que segura a hidratação. “Dessa forma, a pele perde água e lipídeos, o que compromete sua função de barreira. O ideal é banho morno e logo após o banho hidratar a pele”, explica.

Esquecer dos pés, mãos e corpo — Hidratar essas regiões é fundamental. “No caso dos pés, passar o hidratante a base de fosfolipideos ou Nutriomega 3, 6, 7 e 9 e colocar uma meia de algodão ajuda a pele a absorver o produto mais facilmente. Nas mãos, invista nos ácidos hialurônicos. No corpo, a reposição lipídica deve ser eficiente, com opções como Dry Oil que tem na sua composição de karite, purcelin que podem ser associados a outros óleos, restabelecendo a hidratação da pele”, indica.

Abusar dos retinóides — Para tratamento de acne, manchas e rejuvenescimento, os retinóides costumam ser a primeira opção. “Mas devem ser usados com parcimônia e orientados por dermatologistas. Seu uso contínuo pode causar hipersensibilidade cutânea, vermelhidão e irritabilidade”, alerta Mika. Nesse sentido, cremes manipulados com Lanablue podem ser uma alternativa natural e segura ao retinol. “Possui elevados índices de vitaminas do complexo B, além de aminoácidos e pigmentos específicos. Suaviza linhas, rugas e densifica a epiderme”, explica.

Abusar de produtos muito abrasivos para acne — “Como esse já é um período em que a pele tende a ficar mais ressecada, o uso excessivo de secativos pode sensibilizar a pele e provocar efeito rebote, com piora da oleosidade e acne”, comenta. O ideal é evitar usar em excesso produtos que contenham muito álcool, como os tônicos. “Uma boa alternativa são os extratos botânicos. E nesse caso, o ingrediente Acneol SR é uma boa opção para tratar acne”. O ativo pode ser manipulado em sabonetes, mousses de limpeza, secativos e em géis equilibrantes juntamente com Lecigel, que confere hidratação e toque suave, sempre consulte um dermatologista, que lhe fará a indicação adequada das doses conforme o grau do acne.

Esquecer dos cremes reparadores — Além da hidratação, produtos que promovam reparação celular são essenciais. “No inverno, a concentração de poluentes na atmosfera fica maior. É necessária uma limpeza eficiente”, comenta. Para dar um booster de renovação nas células, as cápsulas de Bio-Arct podem ajudar: “O ativo triplica a produção de energia nas mitocôndrias e deixa a pele mais oxigenada e com capacidade de trocar nutrientes de uma forma mais efetiva”, finaliza.

Brasileiro quer inverno europeu

inverno2Pesquisa revela que brasileiro enxerga inverno com neve, vinho e fondue.

Vivemos em um país tropical e por conta disso, nossas estações do ano não são tão bem definidas como outros países. Por exemplo, estamos no outono desde o dia 20 de março, e entraremos no inverno no dia 21 de junho, mas continuamos enfrentando altas temperaturas.

Se fosse em alguns países, já estaríamos com as folhas das árvores em tons terrosos, chegando até o laranja, e algumas já caindo, formando um tapete lindo no chão, e a temperatura já estaria bem mais fria.
Apenas no final de semana passado é que começou a esfriar depois que anoitece, mesmo assim, para muita gente o clima está ameno. Eu sou friorenta por isso já passo aperto. Saio de casa com um agasalho leve, um blazer ou jaqueta, quando vai dando 11h a temperatura chega aos 26º C e é hora de tirar o casaquinho. Quando começa a escurecer, pega o casaco de novo. É um tal  de tira e põe o dia inteiro.

No Sul do país as temperaturas já baixaram bastante, até surpreendendo para o outono, já que houve ameaça de geada em algumas cidades, mas pelas bandas do Norte, Nordeste e Centroeste o calor ainda impera.

Pesquisadores resolveram tentar entender a cabeça e o comportamento do brasileiro, morador de um país tropical, diante do inverno, e descobriram umas coisas bem interessantes. Muitas delas eu já desconfiava, mas agora está cientificamente comprovado.

A primeira é que Campos do Jordão só existe no inverno. Isso mesmo, segundo a pesquisa, as pessoas associam a charmosa cidade paulista ao clima frio. Nem pensar em passear por lá em outra época. Mal, mal, em um fim de semana aparecem uns gatos pingados.

Vivi isso na pele em 1983 (nossa, século passado! Espero que já tenha mudado bastante). Casei em setembro de 83 e sai de lua de mel passeando de carro. Passei pelo circuito das águas e decidimos ir para Campos do Jordão. Não conhecia a cidade, só de nome e tinha muita curiosidade. Chegamos lá em um domingo. Conseguimos um hotel bem charmoso e depois de nos acomodarmos, decidimos dar uma volta pela cidade. Tinha algum movimento, pessoas bonitas, lojas abertas. A cidade estava viva.

Rodamos bastante a pé e depois fomos jantar. Na segunda-feira, quando acordamos e tomamos café, decidimos retomar o passeio. Ficamos chocados. Estávamos em uma cidade fantasma. Tudo fechado. Nenhuma atração turística estava aberta, nenhuma lojinha, nada. Não tinha um ser humano sequer andando pelas ruas. Me senti dentro de um filme de faroeste, só faltaram aqueles bolos de feno rolando pelas ruas com o vento. Na terça-feira, fechamos a conta e fomos para São Paulo.

invernoGrande parte dos entrevistados afirma que entre os fatores que lembram o inverno estão  neve, lareira, vinho e fondue, elementos que não fazem parte da nossa memória nos dias de frio, mas que ajudam na criação do imaginário e da sensação de frio. O brasileiro só enxerga frio com esses elementos e apesar de vivermos em um país tropical e do nosso Natal ser no verão, não abrimos mão da imagem do Papai Noel com a sua roupa de inverno do Pólo Norte. Não à toa que hoje existem mais de 400 mil vídeos no YouTube, em português, ensinando como fazer neve. É bem capaz de algum shopping começar a fazer neve em seu interior para aumentar as vendar nesta temporada.

Tenho que confessar que gosto bem de um fondue, e sei que para quem gosta, um vinho tem o seu lugar. Mas existem muitos pratos saborosos, mais brasileiros que também são ótimos para esquentar uma noite mais fria. Mas isso é assunto para outra crônica.

Depois falo mais sobre outros pontos levantados na pesquisa.

 

Isabela Teixeira da Costa

Adeus inverno, bem-vinda primavera

Rosa do roseiral da minha mãe
Rosa do roseiral da minha mãe

Hoje é o último dia do inverno, amanhã chega a primavera.

Parece piada, mas não é: hoje acaba o inverno. Agora eu pergunto, que inverno? Por incrível que pareça com as altas temperaturas que estão fazendo nas últimas semanas, ou melhor, há mais de um mês, é difícil lembrar que ainda estamos em pleno inverno.

Se tomarmos como base este período podemos ter uma noção do que vamos enfrentar na primavera e no verão que vem por aí. Não será brincadeira. A média histórica de temperatura em setembro é de 27°/17°, este ano a variação ficou bem mais alta, elevando a média para 30°/16°, e o mês ainda não acabou, o que pode provocar um crescimento ainda maior da média histórica.

Para não ser muito injusta, tivemos sim uns dez dias de frio em junho. E foi muito frio. A temperatura variou de 21°/11° com sensação térmica mais baixa ainda. Deu para tirarmos os casacos e blusas de lã do guarda-roupa para eles respirarem um pouco. E os lojistas  tiveram, neste período sua tão esperada venda da estação.

Não posso me tomar base porque sou muito friorenta. Quando era jovem, certa vez minha mãe me disse: “depois que você se casar, na primeira noite de inverno seu marido pede divórcio”. É que os pijamas de frio nunca foram suficientes para mim. Sempre complementei a indumentária com meia e dependendo do frio da noite, com cachecol, luvas e gorro. E nada combinava com nada. Se meu pé não esquenta, continuo sentindo frio. Sou daquelas que até no verão costumo dormir com uma manta leve. Percebi que o clima realmente está mudando no último verão quando tive que abrir janela e tirar a coberta para conseguir dormir.

Tenho uma colega de trabalho, a Heloisa Silva, nunca vi uma pessoa como ela. Não sente frio. Vive de manguinha curta, só usa vestido. Quase sempre está suando. Não bastasse o ar condicionado de nossa sala, ainda colocou um ventilador de mesa na sua frente, e vez ou outra liga o pequeno para dar um frescor a mais. Em junho ela foi trabalhar de manga comprida, e alguns dias até de gola rolê. Cheguei a comentar com ela que devia estar gelado mesmo.

Lembro de quando era pequena. As estações do ano existiam de verdade aqui em Belo Horizonte. O que dói mais é saber que a responsabilidade de todo este desarranjo no clima de nossa cidade, país e planeta é culpa única e exclusiva de nós, homens. Nossa inconsequência e ganância está destruindo nosso habitat. Todos sabem disso e ninguém faz nada, efetivamente, de âmbito mundial, para dar um basta em tudo isso, para ver se não pior mais ainda.

Já estamos sentindo a escassez da água. Lembro como se fosse hoje, há cerca de 20 anos, quando este assunto começou a ser ventilado, um jornalista conhecido de quase toda a turma da redação do Estado de Minas, na época, disse “em off”. Esqueçam disso. É papo furado com interesse por trás. A água não vai acabar, sem chance, tem muita, para durar séculos. Hoje, estamos com controle do uso da água no Estado de São Paulo e já foi necessário fazer no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Bem, amanhã chega a primavera, a estação da beleza. A perfeição da criação de Deus, onde Ele não poupou sua criatividade. As cores que existem na natureza, a beleza das flores e sua delicadeza encantam a todos. Não conheço ninguém que não goste de flor. Conheço quem tem alergia, porém, apesar dela, não deixa de admirar e achar linda estas plantas decorativas.

Com a primavera também chegam algumas chuvas. Será? Tomara! Estamos precisando muito. Só espero que o homem não consiga acabar com as lindas flores.

Isabela Teixeira da Costa

Por que sentimos mais dores de cabeça no inverno?

Dores de cabeça no inverno podem estar relacionadas com a alimentação, infecções ou alergias respiratórias.

Papo Empreendedor AfirmaTudo o que diz respeito a dores de cabeça e enxaqueca me interessam porque eu sofro com o problema. Graças a Deus e a neurologista Renata Lysia Soares Lima Farneze as crises agora, são raras. Porém, antes de começar o tratamento precisava correr ao hospital, pelo menos duas vezes por mês, para tomar medicação venosa para dor.

O frio pode chegar acompanhado de outros incômodos, como dor de ouvido, garganta ou cabeça. Nessa época do ano, o corpo entra em vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos da superfície da pele se contraem para inibir a perda do calor corporal.

A dor de cabeça é um sintoma comum para muitas doenças diferentes. A professora e otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez, explica que as dores de cabeça no inverno envolvem as vias respiratórias e as mudanças alimentares. “As inflamações e infecções respiratórias mais comuns no inverno são as rinites, sinusites, amigdalites e faringites. Em geral, elas provocam dor ou desconforto no nariz ou na garganta, febre baixa ou alta e, muitas vezes, dor de cabeça pelo próprio estado inflamatório ou infeccioso”.

Vamos mostrar as diferenças entre cada um dos problemas para que você saiba identificar melhor:

– Rinites: inflamação crônica ou aguda da mucosa que reveste internamente o nariz e pode ocorrer por vírus ou bactérias.

– Sinusites: inflamação nos seios da face, que são regiões ósseas ao redor do nariz e dos olhos.

– Amigdalites: inflamação e inchaço nas amígdalas, sendo mais frequente em crianças e adolescentes.

– Faringites: inflamação que costuma causar dor ou desconforto na faringe, que é a região do fundo da boca.

Segundo Tanit Sanchez, nesses casos é necessário iniciar tratamento medicamentoso da infecção para acabar com as dores, inclusive a dor de cabeça provocada em consequência desses males.

Com as temperaturas mais baixas, o corpo exige o consumo de alimentos que liberam energia para mantê-lo aquecido. “Dessa forma, aumenta muito a ingestão de carboidratos como pães, sopas e massas em geral, e alimentos com alto teor de gordura como os queijos, fondues, dentre outros, que alteram o nosso metabolismo diretamente”, complementa a especialista.

Isso sem falar nos alimentos ricos em cafeína como chocolates, cafés e chás. Quando consumidos em excesso, podem aumentar a chance de provocar dor de cabeça, além de zumbido, ouvido tampado e até tonturas. Para quem não sabe, eu era viciada em coca-cola, há cerca de quatro anos decidi parar e cortei radicalmente refrigerantes. Fiquei dez dias com uma dorzinha de cabeça chata, que não parava com nenhum medicamento, nem mesmo os fortes que tomo quando tenho crise brava de enxaqueca. Liguei para a minha médica, Renata Farneze, e depois de ouvir muitos parabéns, ela disse que era o corpo sentindo a falta da cafeína, mas que passaria. Passou mesmo.

“Para evitar esses problemas, é necessário manter cautela na ingestão desses alimentos, principalmente no inverno. Como a relação da dor de cabeça com os erros alimentares é menos conhecida, nem sempre se faz o diagnóstico correto. Com isso, as pessoas tentam controlá-la usando analgésicos várias vezes ao dia, quando deveriam apenas readequar a alimentação. Por isso, ao surgir qualquer sintoma frequente, é indicado procurar um médico para que o problema não se torne crônico e de difícil tratamento”, finaliza Tanit Ganz Sanchez.

Outra coisa que aprendi com a neurologista Renata Lysia Farnese: cometemos um grave erro. Sempre que estamos com dor de cabeça tomamos analgésico, e a medida que a dor aumenta, aumentamos a quantidade do analgésico. Isso é muito errado porque o organismo se acostuma com a dose do remédio e pede mais e mais. Por isso, existem outras medicações para serem tomadas, no lugar do analgésico, que entra como complemento, e não como medicação principal.

Se sofre de dor de cabeça, não se automedique, procure um médico. Quando passei a ter que ser levada ao hospital – já faz mais de 15 anos que não passo por isso –, ingeria sete Neosaldinas de uma vez. Estava a ponto de me intoxicar de remédio. Cuidado.

Isabela Teixeira da Costa

Benefícios de malhar no frio

Woman Stretching Before WorkoutA mudança do clima afeta muita a vida das pessoas. O frio afeta tanto positiva quanto negativamente os atletas durante seus treinos, mas traz muitos benefícios para quem gosta de malhar.

Educadores físicos da Planet Sport Academia, especialistas no assunto pontuaram os principais benefícios de malhar no frio e também os cuidados necessários antes de começar um treinamento nessas ocasiões para não ter problemas posteriores, nem lesões. Achei importante publicar para a turma da endorfina ficar atenta.

Cuidados ao treinar no frio:

– Enquanto para alguns correr no frio é algo prazeroso, para outros pode ser uma tortura. Muitas pessoas podem ter dores musculares, secreção nasal, desconforto para respirar e incômodos nas extremidades o corpo. Em dias de frio intenso, o melhor é inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Além de garantir melhor absorção do ar, permite que este chegue aos pulmões na mesma temperatura do corpo. Entretanto, esse conselho deve ser descartado quando o ritmo for muito intenso. Respirar pela boca não é errado e deve ser realizado em momentos de exaustão.

– Outra dica boa é fazer uma climatização para diminuir o choque térmico, especialmente se a pessoa estiver treinando para disputar alguma prova. Uma boa ideia é viajar para o local da prova com alguns dias de antecedência ou treinar no horário em que a competição for acontecer.

– Dê mais atenção ao aquecimento, que deve ser prolongado. O corredor precisa ter mais paciência para iniciar a fase do treino e esperar o organismo atingir a temperatura corporal ideal para começar as atividades mais intensas. Se em dias normais o aquecimento é de 10 minutos, em dias frios deve-se dobrar esse tempo.

– No início, priorize os exercícios articulares e alongamentos dinâmicos, exercícios técnicos, movimentos ou a própria corrida leve em ritmo. O alongamento estático deve ser feito em um momento de relaxamento da atividade ou em outra sessão isolada para obter melhores resultados na flexibilidade.

– Jaqueta corta-vento, camada segunda pele, manga longa, colete, gorro e luvas. O número de camadas e acessórios para enfrentar o frio varia não só de acordo com a temperatura, mas também com a sensibilidade do corredor. Homens tendem a sentir menos frio do que as mulheres, mas isso não é uma regra. Então, seja qual for a quantidade de peças que escolher, o importante é optar por vestuários leves, justos ao corpo e com boa transpiração.

Benefícios de malhar no frio:

– Um estudo feito em 2012 pela Universidade de Essex (Reino Unido) afirma que os benefícios da atividade física são maiores quando praticada ao ar livre, num ambiente natural e respirando ar puro.

–  Queimará mais calorias. Com a perda de temperatura corporal, nosso organismo se vê obrigado a aumentar a atividade metabólica para que as células consumam mais energia e a transformem em calor, o que acarreta um maior gasto calórico.

– Reforçará o sistema imunológico. A exposição ao frio sob os efeitos do exercício aumenta o número de leucócitos e granulócitos, responsáveis pelo funcionamento do sistema imunológico. Cuidado, quando fazemos uma atividade forte ou prolongada ao ar livre com temperatura muito baixa, pode debilitar nosso sistema imunológico. Tudo tem seus limites. As pessoas idosas, as que padecem de problemas respiratórios, como a asma, e as imunodeprimidas precisam evitar as horas mais geladas.

– Melhorará o seu rendimento físico. Sim, mas antes de começar faça um pré-aquecimento para evitar possíveis lesões e promover a eficiência metabólica. Caso contrário, o frio poderia provar problemas musculares muito dolorosos, além de impedir um bom rendimento.

– Você ficará longe da depressão da estação. O exercício físico libera substâncias químicas do cérebro – neurotransmissores e endorfinas – que ajudam a recobrar o estado de bem-estar. Se ficamos em casa sem nos mexermos e não aproveitamos as poucas horas de luz que há, e que também estimulam, é muito fácil nos sentirmos tomados pelo desânimo.

– Estará mais bem hidratado. Um dos maiores perigos na prática de esportes no verão é a desidratação, o que não ocorre no inverno, já que perdemos menos água através do suor. Além disso, com o exercício aumentamos a capacidade de plasma do sangue, que está composto por água em 90%, o que favorece a hidratação nesses meses nos quais bebemos menos.

Isabela Teixeira da Costa

Ossobuco com Polenta

Ragu de Ossobuco com Polenta / CampCarne Divulgação
Ragu de Ossobuco com Polenta / CampCarne Divulgação

Ragu de Ossobuco com Polenta

Quando o frio chega queremos comer pratos mais quentes. Uma ótima opção é uma boa polenta com ragu de ossobuco. É de dar água na boca esse prato de origem italiana.

Ingredientes da Carne:

2 peças de ossobuco

2 cebolas pequenas picadas

2 dentes de alho

1 cenoura média picada

vidro de passata de tomates

2 talos de salsão (aipo) picados

1 litro de água

2 taças de vinho tinto seco

Pimenta-do-reino, sal e azeite a gosto

Ingredientes da Polenta:

2 litros de água

2 colheres de sopa de manteiga

400g de fubá

1 colher de sopa de sal

Modo de Preparo do Ragu:

Aqueça um fio de azeite em uma panela de pressão, sele a carne e reserve. Na mesma panela refogue o alho, a cebola e, em seguida, os vegetais picados. Adicione então as carnes e o vinho, a passata e a água. Esse molho deve cobrir a carne. Caso não cubra, você pode colocar mais água. Feche a panela e deixe cozinhar por 50 minutos depois que a panela pegar pressão. Retire a carne, desfie-a e volte ao molho. Os ossos serão descartados, porém, antes, lembre-se de retirar o tutano de dentro deles e misture-o à carne. Corrija o tempero com sal e pimenta-do-reino a gosto.

Modo de Preparo da Polenta:

Leve a água ao fogo acrescentando sal e manteiga. Depois que a água começar a ferver coloque o fubá e mexa para não empelotar. Deixe cozinhar até atingir o ponto mole.

Receita enviada pela CampCarne

ITC

Como espantar a preguiça que chega com o frio

exercicioTem coisa melhor do que curtir cama com o frio?

É tão bom ficar quieto no inverno, que os ursos hibernam.  Ficamos mais preguiçosos. Sair da cama quentinha e gostosa é difícil. Se estiver chovendo, então… Nossa disposição diminui proporcionalmente ao aumento da temperatura. Até os mais aficionados por atividade física costumam empurrar com a barriga. É uma época em que as academias ficam mais vazias. Tudo isso, é uma tentativa do nosso corpo de guardar calor e manter a temperatura.
Porém, é importante seguirmos a rotina, apesar do inverno. Da mesma maneira que é prejudicial para a saúde ser atleta de fim de semana, ou seja, não fazer nada durante a semana e no sábado ou no domingo encontrar com os amigos e jogar quatro ou cinco partidas de peteca; também é muito ruim ser acostumado a uma rotina de atividade e parar de uma hora para outra. Nas duas situações o corpo sente.

Na primeira, pode ocorrer um infarto ou AVC pelo excesso de atividade em um corpo sedentário. Tenho vários amigos que passaram por isso. Alguns, infelizmente morreram, outros, salvaram-se, mas carregam sequelas. Um deles escapou da morte graças aos amigos que ficaram mais de 40 minutos fazendo massagem cardíaca, até a chegada da ambulância. Por isso, sou sedentária assumida.

Na segunda, o corpo sente falta do exercício. Baixa de energia, sentir-se triste ou deprimido, ficar irritado ou mal humorado são alguns dos sintomas de quem é praticante da atividade física e para por algum tempo. E muitas vezes não percebe que essa mudança de humor é a falta de extravasar na malhação ou no esporte.
Atividade física regular ajuda a prevenir diversas doenças como as cardíacas e os AVCs, a hipertensão arterial, o diabetes, obesidade, dor lombar, osteoporose. Isso sem falar que combate o estresse, a depressão e a ansiedade, melhora o humor e a auto-estima.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças que mais matam são: infarto, AVC, pneumonia, diabetes, hipertensão, bronquite (enfisema ou asma), problemas cardíacos, câncer de pulmão. As causas apontadas pela OMS são a vida agitada nos grandes centros urbanos, a falta de exercícios físicos, o estresse, a poluição, a alimentação rápida e rica em gordura e açúcar, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco.

Corrida Encontro Delas Foto Leo Araújo
Corrida Encontro Delas Foto Leo Araújo

De todos os motivos citados para a causa mortis, sete podem ser evitados com a prática regular de alguma atividade física. Vamos ficar mais animados no inverno.
Comece bem o dia, antes de se levantar da cama, espreguice. Agradeça a Deus por mais um dia de vida, e levante-se animado. O importante é ter uma atitude positiva.
Vença a preguiça. Pode parecer difícil, mas se levantar e começar a se mexer, a preguiça vai embora rapidinho. Praticar atividades faz o corpo liberar endorfina, hormônio que dá sensação de bem-estar e calma. Já disse aqui na crônica Endorfina, ela existe?, o que penso sobre isso. Mas o leitor Augusto postou uma fórmula interessante para descobrimos em quanto devemos elevar o batimento cardíaco, com o exercício físico, para que o organismo libere a endorfina. É o seguinte: subtraia a sua idade de 180 e depois subtraia mais 5. Pra alguém de 40 anos, por exemplo, a conta é 180-40-5 = 135. Esse é o nível que o seu batimento cardíaco tem que estar durante sua prática. É só usar um monitor.
Se não for sair, exercite-se em casa. Arrume seu armário, faça faxina naquele cômodo que você quer dar uma limpeza há tempos e sempre protela. Ponha uma música bem animada e faça com prazer.

Para as mulheres animadas, neste domingo, 12 de junho, haverá a Corrida Encontro Delas, na Lagoa Seca, no Belvedere, às 9h.

Uma boa pedida para quem quer se cuidar, já que não dá para hibernar…

Isabela Teixeira da Costa