Alimentação sem carboidratos pode fazer mal à saúde?

Nutricionista da Dietbox fala sobre os malefícios decorrentes da dieta sem o nutriente

Já vi várias amigas e parentes fazerem regimes mirabolantes, bastante restritivos e, em vez de emagrecerem, engordam. Eu mesma já passei por isso quando era gorda. E não tem nada mais frustrante. Recebi este artigo que achei bem legal e vou postar aqui na íntegra, porque acredito que vai ajudar muita gente, porque uma das coisas que cortamos em regime são os carboidratos. Não esqueço uma vez, quando minha irmão foi a uma nutricionista, e ela disse que minha irmã estava com déficit alimentar. Há anos ela não comia carboidratos e feijão. A dieta foi totalmente alterada. Precisamos de todos os alimentos, e as pessoas precisam entender que o importante é a moderação e a queima de calorias. Vamos ao artigo:

Quando o assunto é perda de peso, muitas pessoas optam por dietas restritivas para acelerar o processo, como, por exemplo, o corte de carboidratos. Mas fica uma reflexão: restringir a alimentação desta forma pode prejudicar a saúde?

Segundo Bettina Del Pino, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, retirar doces e farinha branca pode ser benéfico, mas a longo prazo a falta de carboidratos — principalmente os cereais e grãos integrais — pode afetar o bom funcionamento do organismo. “O ideal é fazer um acompanhamento nutricional para avaliar a necessidade de adota-la e adapta-la de acordo com as particularidades de cada pessoa”, explica a especialista.

“Diminuir ou cortar os carboidratos fará o organismo buscar outras fontes de energia. Ao utilizar outras reservas corporais, pode ocorrer uma redução de peso, mas não significa que esse emagrecimento será, necessariamente, um emagrecimento saudável”, completa.

Importância dos carboidratos
Alimentos fonte de carboidratos são excelentes aliados quando consumidos de forma correta e na quantidade adequada. São um dos grupos responsáveis por fornecer energia ao organismo para realizar as tarefas diárias, além de contribuir para o bom funcionamento do cérebro e para o crescimento muscular.

Entenda os riscos da dieta sem carboidratos
Eliminar totalmente os carboidratos da dieta pode causar sintomas como dores de cabeça, falta de energia, alterações de humor, dificuldade de concentração e ansiedade.

O déficit do nutriente pode levar o indivíduo a consumir mais proteínas que o recomendado para promover a saciedade. Essa prática, se não for acompanhada por um profissional de nutrição, pode sobrecarregar os rins e o fígado, que trabalham mais para sintetizar as moléculas.

Além disso, o corpo pode consumir outras fontes energéticas, utilizando a reserva do tecido adiposo. Se for feita uma restrição muito severa, sem o balanço correto entre macro e micronutrientes, o corpo pode utilizar as reservas musculares, implicando em uma redução de peso não tão saudável. “Com a falta de energia, proveniente dos carboidratos, o organismo procura outras fontes e o glicogênio, presente nos músculos, se torna o principal alvo. Isso resulta na perda de massa muscular, enquanto a gordura acumulada permanece no corpo, o que pode elevar os níveis de colesterol”, esclarece a nutricionista.

Perder peso com saúde
É fato que as dietas com baixo consumo de carboidratos podem auxiliar de forma considerável no emagrecimento, desde que aliadas à uma reeducação alimentar e acompanhadas por um profissional de nutrição para não acarretar prejuízos.

Bettina acrescenta que a redução moderada do nutriente proporciona outros benefícios, além da perda de peso, como queda das taxas de açúcares e do nível de triglicerídeos e ainda contribui na melhora do sistema cardiovascular em longo prazo.

“A combinação de uma alimentação equilibrada com a prática regular de atividades físicas e hábitos saudáveis é sempre o melhor caminho para emagrecer com saúde, sem cometer excessos. É importante também priorizar alimentos naturais, ricos em vitaminas e minerais, e evitar processados e ultra processados, com uma rotina alimentar adequada em quantidade e qualidade pelo profissional de nutrição”, completa Bettina.
Isabela Teixeira da Costa

A difícil tarefa de mudar os hábitos alimentares

Para emagrecer e manter o peso ideal é preciso mudar os hábitos alimentares, uma coisa bem difícil de fazer.

Todo mundo sabe que para emagrecer é preciso fazer uma dieta reduzindo calorias, com uma alimentação equilibrada e praticar alguma atividade física para gastar calorias. A fórmula é bem simples, ingerir menos caloria e gastar mais. Se é simples assim e todo mundo sabe, por que é tão difícil emagrecer e mais difícil ainda permanecer magro?Por que a grande maioria das pessoas que lutam contra o peso passam a vida no efeito sanfona?
São várias as respostas para essas perguntas, mas a principal é: essas pessoas não mudam os hábitos alimentares. Isso mesmo, fazem uma dieta restritiva intensa – por sinal algumas completamente malucas que acabam por prejudicar a saúde –, emagrecem e quando chegam ao peso desejado, liberam geral. Voltam a comer tudo o que havia sido radicalmente cortado da alimentação e com isso, engordam novamente. Não levando em conta a utilização de remédios “naturais” que ajudam no emagrecimento, e quando são suspensos, o usuário ganha muitos quilinhos de novo.
Mas por quê é tão difícil fazer essa reeducação alimentar para o resto da vida? Se livrar de um comportamento ruim vai além da força de vontade. Existe um componente de peso testando a persistência sempre que resolvemos mudar: o cérebro. Ele colabora para que a gente sinta melhor cultivando os velhos hábitos, do que tentando se livrar deles.
Segundo o psicólogo clínico Weslley Carneiro, existe uma área dentro da nossa cabeça chamada de “cérebro reptiliano”, que é basicamente responsável pela nossa sobrevivência e que foi formada nos tempos das cavernas, mas que nos acompanha até hoje. “Não tendo uma maneira de conservar a carne de um animal abatido e sabendo da escassez até que surja uma nova oportunidade de caça, a mensagem enviada pelo cérebro era: coma tudo o que puder e garanta a sua sobrevivência, você não sabe quando comerá novamente. A questão é que ainda hoje, reagimos aos alimentos como se não fôssemos ter acesso a eles nunca mais”.
De acordo com o especialista, o papel que a comida ocupa na vida de alguém que sofre de compulsão alimentar não tem muita diferença da droga para um adicto, porque ambos ocupam o papel de um “amortecedor” para o sofrimento, mas que tem um alto risco de manutenção, já que o alimento é algo de fácil acesso. Por isso, cabe a mudança de hábitos e busca de ajuda profissional, uma vez que a situação de obesidade pode se instalar gradativamente sob os olhos de todos a nossa volta e de forma silenciosa.
Para quem quer adotar novos hábitos e não consegue, a psicoterapia é uma ótima aliada, porque ela trata da causa do leva a pessoa consumir coisas que engordam. Por meio das sessões é possível, por exemplo, identificar um padrão comportamental que sucede a um episódio de ansiedade. De posse dessas novas informações, o paciente pode seguir a sua trajetória com maior clareza e adotar uma nova postura que vá de encontro ao que realmente deseja, seja uma vida saudável ou qualquer outro propósito.
Weslley ressalta que não é necessariamente na balança que o paciente percebe os resultados do tratamento da melhor maneira. Para ele, vincular o êxito a apenas um número, pode significar fazer um bom trabalho, que talvez não tenha garantias a longo prazo e que com frequência pode gerar grande sentimento de frustração. Porém, quando um paciente experimenta uma roupa que antes não lhe servia ou se sente mais confiante em se comprometer a trabalhar pela sua melhor versão é notória a sua satisfação e realização pessoal.

Isabela Teixeira da Costa

Crônica publicada no caderno EM Cultura do Estado de Minas

Dicas para transformar metas de saúde em realidade

Muita gente traça meta para emagrecer na passagem do ano. Segue orientação de especialistas e dicas práticas para conseguir transformar este objetivo em realidade.

O ano acaba de começar, as férias estão acabando, e inicia também a disposição para mudar de vida e cuidar um pouco melhor da saúde. A adoção de uma alimentação mais saudável e a prática regular de atividades físicas são os maiores aliados e, para conseguir alcançar as metas desejadas, é importante seguir a orientação de especialistas.

O clínico geral e nutrólogo da Unimed-BH, Flavius Marinho Vieira, recomenda: as mudanças na rotina devem ser gradativas e combinar alimentação e comportamento. “É preciso trabalhar a melhoria dos hábitos alimentares, sem entrar em dietas mirabolantes, pois elas podem desencadear problemas como distúrbios hormonais ou metabólicos”, alerta. Segundo o especialista a adoção e o comprometimento com novos hábitos são determinantes para transformar esse sonho em realidade. “É preciso ter cuidado com as permissões e compensações que fazemos diariamente, pois incorremos no risco da auto sabotagem”, explica, reforçando a importância da hidratação diária.

Outro ponto fundamental para quem deseja chegar ao fim de 2018 com essa resolução cumprida é a inclusão de uma atividade física na  rotina. O educador físico Diogo Fiorin, recomenda que o início da prática seja planejado e prazeroso. “Essa fase inicial é determinante para o sucesso da meta. É preciso encontrar algo que você realmente goste e que seja possível de agregar à sua rotina. Comece com atividades com intensidade leve a moderada. Se a princípio vai ser uma vez por semana, não faz mal. O importante é ingressar no mundo da atividade física, só depois alteramos variáveis dentro do conceito FITT  – frequência, intensidade, tempo e tipo – para que o exercício continue dando resultados e melhore sua aptidão e estado de saúde”, orienta.

Segundo Diogo, um dos grandes desafios na busca por esse objetivo é manter a motivação do aluno ao longo do ano. A busca por resultados de curto prazo é outro fator que deve ser esquecido por quem deseja ter uma vida mais saudável. “Fazer atividade física não é algo natural, mas é necessário.  Somos enganados frequentemente por programas e aparelhos que prometem resultados em pouquíssimo tempo. Os resultados são diários, mas, muitas vezes, não são aparentes fisicamente no início. Logo depois do treino você já percebe alterações positivas em indicadores importantes para a saúde, como a pressão arterial e a glicemia.”, afirma.

Nove dicas para a adoção de uma vida mais saudável:

– Combine alimentação, atividade física e comportamento;

– Não adote dietas milagrosas, elas trazem riscos;

– Hidratação é fundamental;

– Cuidado com as permissões diárias no cardápio;

– Invista em uma modalidade que você gosta;

– Busque o apoio e a companhia de pessoas do seu convívio – isso ajuda a persistir;

– Coloque a atividade física dentro da sua rotina: escolhendo o melhor horário e local;

– Comece devagar;

– Busque orientação profissional.

 

A importância da autoestima para a perda de peso

Acompanhamento psicológico para melhorar a autoestima e adotar hábitos saudáveis auxiliam no desafio da perda de peso.

A obesidade é um problema de saúde cada vez mais grave no mundo, e o Brasil não está ficando atrás nessa estatística negativa. De acordo com um estudo financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, o país ocupa a quinta posição entre os países com mais pessoas obesas do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Índia e Rússia, respectivamente. Segundo dados levantados pela pesquisa, 11,7% dos homens brasileiros são obesos, enquanto a porcentagem feminina chega a 20,6%.

“A obesidade é fator de risco para problemas como diabetes tipo 2, hipertensão, esteatose hepática (gordura no fígado) e doenças cardiovasculares, neurológicas, ortopédicas e gastrointestinais”, enumera a nutróloga e vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida, Vânia Assaly.

A nutróloga também destaca a relação do excesso de gordura corporal (índice de adiposidade) com uma maior incidência de algumas enfermidades. “O aumento da quantidade e do volume e de células de gordura leva à inflamação dos tecidos e órgãos internos, podendo ser a causa de muitas doenças crônicas”, explica.

Um dos problemas ocasionados pela obesidade, a autoestima baixa pode dificultar o emagrecimento ou a manutenção do peso, fazendo com que a pessoa corra o risco de readquirir os quilos perdidos. É o famoso efeito sanfona pelo qual a grande maioria das pessoas acima do peso passa, sempre que fazem regime, principalmente quando usam medicamentos para auxiliar na perda de peso. Isso ocorre pela insegurança e desmotivação diante dos desafios como perder peso e continuar com uma rotina de dieta equilibrada e atividades físicas, até porque nem todos fazem os exercícios.

Cuidar da autoestima traz benefícios para o bem-estar, pois o aumento da confiança e da determinação faz com que o indivíduo fique mais atento ao seu corpo e tenha hábitos saudáveis, com dietas equilibradas e exercícios. Uma pessoa angustiada, por outro lado, pode utilizar a alimentação como válvula de escape, comendo mais do que necessita.

Esse tipo de comportamento acaba criando um ciclo vicioso: ao se sentir frustrada com o próprio corpo, a pessoa sabota a dieta, come alimentos altamente calóricos que a levam a ganhar ainda mais peso. Nesse ponto, a falta de estímulos leva à desistência e os problemas de saúde decorrentes disso tendem a aumentar.

A autoestima baixa pode ser contornada por meio de tratamento psicológico. Quando o obeso compreende que existem outras fontes de prazer além do alimento, ocorre uma mudança comportamental.

Quem me segue sabe que era obesa, e emagreci por que fiz cirurgia bariátriaca. Antes, toda vez que entrava em um regime, não entendia uma coisa que fazia com frequência: toda vez que emagrecia o suficiente para as pessoas notarem,  sempre que alguém dizia o quanto eu estava bem e como havia emagrecido chegava em casa e comia muito, e geralmente coisas que engordavam. Semana passada, saí com algumas amigas e conversando com uma delas, ela contou que faz a mesma coisa. Foi a primeira vez que encontrei alguém como eu. Ou pelo menos, alguém que assume como é. Isso é algo para tratar no divã, mas custei a enxergar esse problema, uma verdadeira autosabotagem.

Depois que emagreci, não sei se fiquei mais atenta ou se as pessoas passaram a me relatar mais casos de outras pessoas que perderam muito peso, porém já fiquei sabendo de algumas pessoas que perderam 30, 40 e até 60 quilos apenas com regime e malhação (musculação, ginástica, corrida), e mantiveram o novo peso. Mas essas pessoas só tomaram essa atitude pra valer depois que viram exames clínicos que apontaram como a saúde estava frágil e comprometida em consequência da obesidade. Então, porque deixar chegar a este ponto? O ideal é correr atrás do prejuízo antes que seja trade demais.

Neste mundo onde sempre descobrem algo novo na alimentação que ajuda ou atrapalha na saúde, os nutrólogos indicam, com sucesso um coadjuvante no processo de perda de peso, o extrato de café verde. Segundo Vânia é uma opção natural eficiente quando aliado a um estilo de vida saudável por ser rico em ácido clorogênico, que reduz o acúmulo de gordura. Existem várias opções no mercado e um laboratório lançou recentemente o Svelim, produzido a partir do extrato purificado de café verde com alta concentração de ácido clorogênico, picolinato de cromo e óleo de cártamo. O produto age no metabolismo e ajuda a manter a boa forma com baixo teor de cafeína.

Isabela Teixeira da Costa

Emagreça no inverno

Segundo especialista, o inverno é ideal para acelerar o metabolismo usando os mecanismos naturais do corpo e emagrecer.

Chocolate quente, fondue, queijos, sopas e outras delícias são a cara dessa época do ano, no entanto, para quem está de dieta, esses e outros pratos típicos da estação são uma verdadeira tortura. Resistir à vontade de saborear essas tentações se torna o maior desafio para os que querem emagrecer, e muitas pessoas acabam exagerando na dose.

Ao contrário do que muitos pensam, a época mais fria do ano é a melhor para a perda de peso, pois nosso organismo acelera o ritmo de trabalho e aumenta a queima calórica para manter o corpo aquecido. Assim, com uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares, é possível manter o peso e emagrecer.

A temperatura interna do corpo gira em torno de 37ºC graus e é fundamental mantê-la estável para garantir que o sistema biológico do organismo humano funcione corretamente, por isso, diante de baixas temperaturas nosso corpo faz um esforço maior para regular o termômetro interno e evitar a hipotermia. Há diversos mecanismos para a produção e conservação do calor, os primeiros sinais de reação ao frio são a tremedeira, que visa aquecer o corpo através do movimento, e o arrepio.

Segundo a nutricionista Sinara Menezes para expelir as toxinas que seriam eliminadas pela transpiração em temperaturas mais altas, a produção de urina aumenta. “O esforço para se locomover e ainda promover o aquecimento é superior, ou seja, isso faz com que a demanda de energia seja maior, podendo chegar a cerca de 10% a mais”.

“No frio o metabolismo acelera para manter a temperatura interna. Essa ideia de que temos mais fome nesse período pode ser mais baseada em fatores psicológicos do que, propriamente, físicos, já que isso não tem explicação metabólica. Pelo contrário, é mais fácil emagrecer no frio do que no calor, por isso, as pessoas que vivem em países nos quais o inverno é mais rigoroso apresentam mais dificuldades para engordar”, afirma a nutricionista.

Os alimentos termogênicos possuem propriedades capazes de ativar o processo de termogênese no organismo, que eleva a temperatura corporal e obriga o corpo a trabalhar mais para normalizá-la. Além de serem mais difíceis de digerir. São eles: canela, gengibre, pimenta, hibisco e outros.

No inverno, os pratos quentes são os preferidos, como as sopas.  O grande problema geralmente está nos acompanhamentos. Um caldo verde, ou uma sopa de legumes e verduras, quando acrescidos de torradas, pães, queijos e, até mesmo, bacon, podem se tornar verdadeiras bombas calóricas, por isso, é preciso escolher bem os ingredientes complementares. As melhores opções nesses casos são os temperos naturais como salsinha, cebolinha, alho poró, ervilhas, pimentas entre outros. Para não ficar sem verduras e legumes, o ideal é consumir na versão cozida.

Para evitar a correria atrás do prejuízo no final da estação é necessário adotar bons hábitos alimentares desde já. A combinação de uma alimentação balanceada e exercícios físicos nessa época do ano dispensa a adoção de medidas restritivas e dietas radicais.

Dicas:

Beba muito chá

Troque o chocolate ao leite pelo meio amargo

Não abra mão do cafezinho

Aprecie um bom vinho, com moderação.

Fonte: Nature Center

 

Dieta Low Carb – Parte 2

Ontem comecei a falar da dieta da moda, a Low Carb. Hoje, continuo com o assunto, descrevendo o que pode e não pode na dieta e o efeito rebote.

A nutricionista Sinara Menezes continua avaliando e destrinchando a dieta low carb e descreve os alimentos permitidos, os proibidos e os toleráveis. Veja abaixo:

Alimentos permitidos: Carnes em geral, mesmo com gordura. As gorduras boas, inclusive, possuem um papel importante na dieta, pois propiciam a saciedade e também servem como fonte de energia. Sendo assim, o cardápio pode ser rico em alimentos como oleaginosas, abacate, coco e peixe. Verduras, principalmente hortaliças e vegetais folhosos, também estão liberados, bem como ovos, leite e derivados – outras fontes importantes de proteína.

Alimentos proibidos: Alimentos industrializados e altamente processados como temperos prontos, gorduras trans, doces, qualquer tipo de açúcar (inclusive adoçantes artificiais), farináceos, pães e massas (inclusive os integrais) e carboidratos de alto índice glicêmico, ou seja, capazes de elevar a glicose rapidamente. Um ponto polêmico é sobre a ingestão de grãos, principalmente os ricos em glúten. No geral, a dieta desaconselha a ingestão desse alimento num primeiro momento, quando se busca o emagrecimento.

Alimentos toleráveis: para aqueles que já estão adaptados à dieta e já alcançaram o peso desejado é permitido consumir ocasionalmente tubérculos ricos em amido como batatas, bem como determinadas frutas. Alguns grãos sem glúten também podem compor o cardápio vez ou outra, assim como leguminosas e, até mesmo, o chocolate 70%.

É preciso frisar que a dieta não é No Carb, ou seja, zero carboidrato. A diferença é que a fonte desse alimento será mais qualificada, focando, principalmente, no quanto este carboidrato fará a glicemia subir, ou seja, no seu índice glicêmico. Sendo assim, carboidratos de baixo impacto sob a glicemia serão, justamente, aqueles que vão entrar na dieta – lembrando sempre – em menor quantidade.  Alguns exemplos: couve-flor, brócolis, folha de couve, tomates, espinafre, berinjela, cebola, dentre outros.

As frutas também podem entrar, moderadamente, como uma fonte de carboidrato. Porém, com muita cautela, pois são ricas em frutose e podem, igualmente, levar ao ganho de peso. Quanto mais doce e mais madura, maior será seu impacto sob a glicemia, por isso, o ideal é consumir ocasionalmente aquelas que, naturalmente, são menos doces, como cítricos, ameixas, frutas vermelhas e o abacate.

De acordo com a nutricionista, é preciso muita cautela ao adotar qualquer mudança desse tipo da dieta, pois, embora aposte numa alimentação natural, a Low Carb pode surtir efeitos desagradáveis em pessoas menos habituadas ao baixo consumo de carboidratos “O ideal é encontrar um ponto de equilíbrio reduzindo gradativamente a ingestão dos carboidratos. Mudar radicalmente a alimentação do dia pra noite pode, além de colocar a saúde em risco, afetar a oferta nutricional. Todos os grupos alimentares são importantes para a saúde, inclusive os carboidratos. Apostar naqueles de melhor qualidade, ricos em fibras e de menor índice glicêmico pode beneficiar tanto a boa forma quanto a saúde, mas ainda assim é preciso tomar cuidado com os exageros: mesmo proteínas e gorduras boas, quando consumidos em excesso, podem levar ao ganho de peso”.

Como muitos sabem, o grande risco por trás das dietas é o efeito rebote, no qual todo peso perdido, ou até mais é recuperado pouco tempo depois. Sendo assim, qual seria a alternativa para conciliar as premissas do método com a rotina corrida, que nem sempre permite o consumo de alimentos exclusivamente naturais?

Sinara enumera algumas medidas que podem tanto facilitar o processo de quem está tentando reduzir a ingestão dos carboidratos, quanto daqueles que desejam, apenas, fazer escolhas mais qualificadas “Apostar em alimentos ricos em fibras, como carboidratos integrais e proteínas. Como a digestão desses alimentos é mais lenta, liberam a glicose aos poucos, evitando os picos de açúcar no sangue. Algumas fibras, inclusive, ajudam a reter parte da gordura e da glicose durante a digestão, como é caso da farinha de feijão branco, que pode ser uma alternativa no cardápio de quem quer reduzir o impacto dos carboidratos na dieta”. Por fim, é preciso alertar que qualquer mudança no cardápio deve ser sempre orientada por um profissional, tanto para evitar extremismos, quanto para evitar que emagrecimento ocorrera em detrimento da saúde.

Fonte: Nature Center

Isabela Teixeira da Costa

Dieta Low Carb – Parte 1

Famoso, método promete acelerar a perda de peso, porém, é preciso cautela para ter bons resultados.

lowcarb

Quem vive em luta contra a balança sabe que quase todo dia aparece uma dieta nova. Eu já passei por uma infinidade delas. Algumas coisas são básicas, todo mundo sabe que não pode fazer e isso não muda: abusar do açúcar, consumir gorduras ruins, exagerar nos carboidratos. Esses hábitos são sabotadores da dieta. Quem nunca tentou, por exemplo, cortar os carboidratos em prol da boa forma? Seguindo essa premissa, a mais nova dieta da moda foca, justamente, nesse polêmico grupo alimentar. Conquistando cada vez mais adeptos, a famigerada Low Carb preconiza que uma dieta baixa em carboidratos, rica em gorduras e moderada em proteínas é capaz de proporcionar, dentre outras coisas, um emagrecimento mais rápido. Focando na qualidade, o método tem despertado polêmica, principalmente entre os praticantes de atividades físicas.

Quem não se aventurou em cortar pão, batata, massas…  Só que com o passar dos dias bate uma irritação, a energia fica baixa e o apetite nas alturas. A sensação é de que esses alimentos são viciantes. De acordo com a nutricionista Sinara Menezes, isso é muito mais do que uma impressão, pois os carboidratos possuem, de fato, um papel fundamental no cardápio “Dentre os alimentos, os carboidratos são os mais ricos em açúcar e, justamente por isso, são nossa principal fonte de energia – principalmente para o cérebro. Portanto, atuam como um combustível para o nosso corpo, sendo essenciais mesmo nas atividades mais básicas como respirar e raciocinar”, explica.

E qual motivo para tantos regimes colocarem o carboidrato como vilão? Sinara afirma que dois problemas muitos comuns na dieta moderna contribuem para isso: “O desequilíbrio no consumo e, principalmente, a falta de qualidade nas escolhas da dieta têm contribuído para essa falsa ideia de que estes alimentos são inimigos do cardápio. Atualmente, a alimentação de boa parte da população é baseada em carboidratos refinados ou altamente processados, capazes de subir rapidamente a glicemia e, consequentemente, levar ao ganho de peso“.

“Sempre que comemos, os alimentos são convertidos em açúcar e disponibilizados na corrente sanguínea. A partir de então, o organismo faz um esforço para aproveitar essa substância como energia para as células, através do trabalho da insulina (hormônio secretado pelo pâncreas). Porém, quando este pico é acentuado, ou seja, quando existe muito açúcar circulante, o organismo pode não ser capaz de dar conta de toda a glicose. Neste momento, o excesso será direcionado para as reservas do corpo, principalmente na forma de gordura. É por isso que o abuso de carboidratos, principalmente os refinados, favorece o ganho de peso, pois estes alimentos são facilmente absorvidos pelo organismo e elevam o açúcar no sangue muito rapidamente”, explica a nutricionista.

A proposta da Low Carb é bem simples: reduzir o consumo de carboidratos para que o organismo não tenha energia imediata (açúcar circulante no sangue) sempre disponível. Dessa forma, o corpo seria obrigado a recorrer às reservas (depósitos de gordura) para se manter ativo, proporcionando uma perda de peso acelerada. Tudo isso sem contar calorias ou restringir a quantidade ingerida: em tese, é possível comer “livremente” os alimentos permitidos sem impactar o plano de emagrecimento, desde que haja um controle efetivo sob o consumo de carboidratos.

Amanhã continuo falando da Low Carb, o que é e o que não é permitido, exageros, efeito rebote, etc.

Isabela Teixeira da Costa

Fonte: Nature Center

Pare de viver em guerra com seu corpo

dietaRegime restritivo não é saudável. Mude sua mente e sua atitude.

Sempre vivi no efeito sanfona, sei bem que isso não é nada agradável. Por outro lado, tenho um primo que conseguiu emagrecer mais de 25 quilos, na maior tranquilidade, comendo de tudo. A única coisa que ele fez foi diminuir a quantidade das coisas que comia. Nunca mais repetiu as refeições e passou a servir menos do que servia antes. Penso que esta é a melhor maneira de emagrecer, sem se privar de nada. Pelo visto, é exatamente como Sophie Deram pensa. Já falei da linha de pensamento dela aqui uma vez. Hoje, explico mais um pouco, porque vejo como é importante.

Oscilar de peso várias vezes no ano passou a ser visto como algo normal, porém, o corpo não entende isso como normal. O normal de um ser humano que se alimenta bem seria ganhar um pouco de peso gradualmente ao longo dos anos, sem contar o período de gravidez no caso das mulheres, é claro! Cada vez mais as pessoas estão em guerra com o corpo. Em vez de cuidar dele da melhor maneira possível, tentam obrigá- lo a seguir numa direção que ele muitas vezes não quer ir, porque sabe que não é a direção mais saudável.

É preciso recuperar a confiança no corpo, aprender a cuidar bem dele, e transmitir essa mensagem às pessoas queridas, especialmente aos filhos, netos, sobrinhos e amigos que estão crescendo neste mundo. Hoje, o recado que se recebe de todos os lados – jornais, revistas, televisão, profissionais de saúde, vizinhos – é que o corpo é modelável, que se pode ter o tamanho e a aparência que se deseja e que isso é só uma questão de controle e investimento.

O que mais se escuta o tempo todo é que é preciso fechar a boca e fazer exercícios, no entanto, tanto um quanto o outro aumentam o apetite. Claro que é preciso ser ativo e fazer exercícios, mas, como tudo na vida, sem exagero. “Quanto a fechar a boca, após anos estudando a ciência da nutrição, sou contra fazer dieta restritiva, isto é, diminuir calorias ou eliminar grupos alimentares da alimentação, por exemplo, contar calorias ou deixar de ingerir carboidratos ou gorduras”, diz Sophie Deram, autora da obra “O Peso das Dietas“.

O cérebro não percebe a perda de peso como um sucesso de beleza; percebe-a como um grande perigo, por isso, desenvolve mecanismos de adaptação para proteção. O cérebro vai aumentar o apetite, diminuir o metabolismo e aumentar cada vez mais a obsessão por alimento, justamente para que coma e não corra nenhum perigo de perder gordura. Santo cérebro! Sábio cérebro!

O metabolismo foi formatado ao longo de milhares de anos, quando a falta de comida era comum e a busca por ela, uma atividade prioritária. Quem sobrevivia naqueles tempos era quem tinha gordura. Ainda hoje, o cérebro enxerga a gordura como proteção. O cérebro é o maestro do corpo. Ele controla tudo: as emoções, a fome e a saciedade, ou seja, quando comer e quando parar de comer, o equilíbrio energético, isto é, o quanto vai armazenar de gordura e, mais interessante ainda, é o cérebro que controla o peso.

O caminho para emagrecer de maneira suave e sustentável é um só. Retomando um dos prazeres mais importante da vida: o prazer de comer! É preciso parar de controlar a fome, as vontades e o instinto, porque é cansativo demais e não se ganha essa batalha contra o lado animal.

Blueberry faz milagre e emagrece

Blueberry Foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press
Blueberry Foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press

A pequena frutinha azul roxeada, o blueberry, ganhou espaço no Brasil, pelo seu sabor, mas pouca gente sabe dos seus benefícios.

Também conhecido como mirtilo, o blueberry possui propriedades que ajudam em várias áreas da saúde, inclusive redução da glicose no sangue e da gordura abdominal, ou seja, a pequena fruta ajuda a emagrecer.

Uma pesquisa desenvolvida, em 2014, na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, aponta que o blueberry estimula a perda de gordura abdominal, pois possui baixo índice glicêmico e seus carboidratos atingem a corrente sanguínea de forma mais lenta. Tudo isso, associado à proporção de fibras contida na fruta, proporciona uma sensação de saciedade por mais tempo.

Os testes foram feitos com ratos e depois de 90 dias os bichinhos tinham menos gordura abdominal, triglicérides inferiores, diminuíram o colesterol e glicemia de jejum e melhoraram a sensibilidade à insulina. Um estudo feito com humanos, apresentado na mesma conferência mostrou que homens com fatores de risco para doença cardíaca que beberam suco de mirtilo selvagem durante três semanas apresentaram ligeiras melhoras nos níveis de glicose e controle de insulina.

Suco de mirtilo
Suco de mirtilo

Acham pouco? Então vejam a relação de benefícios do blueberry ou mirtilo. Se fizer tudo o que diz aqui, é a fruta milagrosa, porque cura tudo. Porém, não deixe de ler até o fim, onde falo das contraindicações.

  1. Antioxidante: a blueberry é uma das  frutas que mais contêm antioxidantes, e por isso ajudam a prevenir doenças crônicas, doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, aterosclerose e o diabetes assim como doenças degenerativas, como o Alzheimer
  2. Ajuda na redução de gordura abdominal: Essa fruta com poucas calorias (32 calorias em cada 100 gramas), ajuda muito no emagrecimento. O uso regular da blueberry ajuda a eliminar a gordura abdominal, graças aos polifenóis existentes em sua composição, que conseguem inibir a obesidade.
  3. Reduz o colesterol: a ingestão do mirtilo pode diminuir os níveis do colesterol ruim (LDL). Isso ocorre porque a fruta melhora a função hepática, fazendo com que o colesterol ruim seja varrido para fora da circulação com mais facilidade.
  4. Previne o envelhecimento precoce: por causa dos antioxidantes, como o resveratrol, a blueberry é capaz de neutralizar os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento, causados pelo estresse, poluição cigarro, produtos químicos, entre outros.
  5. Melhora a memória e a coordenação motora: A fruta protege o cérebro dos efeitos de deterioração associados à doença de Alzheimer. Seu consumo pode prevenir o declínio cognitivo durante o envelhecimento, não só para a melhoria da memória, mas também para reduzir ou retardar o aparecimento de outros problemas cognitivos.
  6. Visão: a blueberry previne doenças como catarata e glaucoma, melhorando a capacidade de leitura e o foco da visão. As antocianinas presentes na fruta têm a capacidade de evitar ou reverter o problema, aumentando a capacidade visual.
  7. Ação anticâncer: a fruta é fonte de ácido elágico e polifenóis, componentes que estimulam os mecanismos de eliminação de substâncias cancerígenas.
  8. Ação anti-inflamatória e proteção celular: a blueberry tem ação de proteção celular e anti-inflamatória, proporcionando benefícios ao metabolismo no combate às patologias associadas à obesidade.
  9. Previne e trata doenças do Aparelho urinário e digestivo: a fruta ajuda a prevenir e a tratar infecções no trato urinário, como a cistite, alivia sintomas de infecções urinárias e renais, impedindo a fixação e o desenvolvimento da E. Coli, bactéria responsável por infecções. Por ser rica em fibras e possuir propriedades antissépticas, pode aliviar inflamações do aparelho digestivo e regular o trânsito intestinal, contribuindo para o tratamento e prevenção da colite, diarreias e gases intestinais.
  10. Promove a saúde cardiovascular: O resveratrol presente na blueberry ajuda a prevenir processos oxidativos que levam a formação de aterosclerose, o que favorece também o fluxo sanguíneo. O consumo de blueberry três vezes por semana pode diminuir o risco de ataques cardíacos em mulheres, por causa da grande quantidade de flavonoides.
  11. Regulação da glicemia. Devido ao seu baixo índice glicêmico, a blueberry contribui na regulação da glicemia (açúcar do sangue).
  12. Reduz riscos de Diabetes tipo 2:  Essa frutinha desempenha um papel importante na dieta de quem tem Diabetes, porque reduz a taxa de açúcar no sangue, por causa dos tipos de flavonoides presentes em grande quantidade na fruta.
sorvete de mirtilo
sorvete de mirtilo

Mas como consumir essas bolinhas milagrosas?

A   blueberry é utilizada de diversos modos, como in natura, ou após processamento por congelamento, desidratação, em sucos, licores, geleias, caldas ou adicionado a iogurtes, sorvetes, tortas, cremes e cereais, infusões da fruta ou das folhas. Especialistas sugerem consumir no café da manhã acompanhando cereais ou salada de frutas. O ideal é como suco.

Mastigados (secos) é bom para tratar a diarreia.

Infusão de cinco colheres de sopa de fruto em um litro de água, deixar por 15 minutos. Beber durante o dia.

Decocção de 35g por litro de água. Ferver por 5 minutos. Beber a vontade.

Folhas: – consumidas na forma de saladas.

Compressas e máscara: repouso da pele do rosto.

Infusão de cinco colheres de sopa de folhas em um litro de água (fervente). Deixar esfriar e beber durante o dia.

Decocção de 5 colheres de sopa de folhas por litro de água. Ferver por 5 minutos. Tampar e deixar esfriar. Beber durante o dia.

Contraindicação

Pessoas alérgicas ao ácido salicílico, presente na aspirina, devem evitar consumir a blueberry, porque a fruta possui  alto teor dessa substância. Quem tem gastrite ou úlceras gastroduodenais também devem evitar o uso da fruta por causa do tanino.

Isabela Teixeira da Costa

Fontes:

http://www.plantasquecuram.com.br/
http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/
http://www.formasaudavel.com.br/
http://www.remedio-caseiro.com
http://www.emagrecersemdieta.com.br/

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Quer emagrecer? Pare de fazer dietas

Sophie Deram / Divulgação
Sophie Deram / Divulgação

Este é o lema da nutricionista franco-brasileira Sophie Deram.

Fui acima do peso quase a minha vida inteira, consequentemente, passei a vida fazendo regimes. E fiz cada um mais louco que o outro. Vivi num tal de emagrece e engorda por anos. Isso porque cada regime tinha um remédio diferente, ou uma injeção nova, ou simplesmente o corte radical de praticamente todos os alimentos. Não dá outra, o efeito sanfona é infalível, ele vem com tudo.

Depois de décadas assim, e duas lipoaspirações, decidi não tomar mais nenhum remédio para emagrecer. Eles fazem muito mal à saúde. E agora descobri a Sophie que, surpreendentemente, vai contra regimes alimentares restritivos e tem uma grande pesquisa e conselhos para se ter uma vida saudável sem prejudicar corpo e mente.

Ela escreveu o livro O peso das dietas que traz uma nova maneira de ver a nutrição. Eu não li o livro, porém, pelo que fui informada, Sophie Deram de baseou em pesquisas e trabalhos científicos que comprovam que “as dietas são, em longo prazo, a mais importante fonte de ganho de peso das pessoas”.

Se isso for mesmo verdade é estarrecedor, porque o mundo todo está no caminho errado. Sophie é doutora em Endocrinologia pela USP e afirma que não fazer dieta é o caminho para viver com qualidade e com o peso saudável, e que não é preciso cortar o glúten ou se alimentar apenas de proteínas.

opesodietaEla chegou à conclusão de que os famosos regimes podem até funcionar no começo, mas cerca de 90% ou 95% das pessoas voltam ao peso inicial, ou até o ultrapassam. E isso é a mais pura verdade, sei disso na prática. Segundo Sophie, “o cérebro não entende a mudança repentina na alimentação como algo benéfico, pelo contrário. Ele não percebe a perda de peso como um sucesso de beleza; percebe-a como um grande perigo, por isso, desenvolve mecanismos de adaptação para proteger você”, explica.

Partindo do estudo da nutrigenômica – a ciência que trata de como os alimentos conversam com nossos genes –, Sophie criou um método científico e bem revolucionário, em que a contagem de calorias e as restrições alimentares radicais ficam proibidas, ou seja, para emagrecer, nada de dieta. Não conheço o método, porque não li o livro, mas pelos comentários no facebook dela, parece que dá certo mesmo.

“Fazer uma dieta restritiva é uma das coisas que mais assusta e estressa o seu corpo e o seu cérebro. ” No livro ela conta seus sete segredos para emagrecer de forma sustentável e resgatando o prazer de comer alimentos verdadeiros. E ainda tem uma seção de dicas sobre como organizar o seu dia a dia na cozinha, com mais de 50 receitas fáceis de preparar, como por exemplo uma bisteca de porco com shoyu e arroz. Como isso pode ser considerado um prato bom para emagrecer? “Quero mostrar o quanto é importante escutar seu corpo e não o obrigar a seguir numa direção que ele não quer! ”, afirma Sophie.

“Estamos cada vez mais em guerra com o nosso corpo. Em vez de cuidar dele da melhor maneira possível, tentamos obrigá-lo a seguir numa direção que ele muitas vezes não quer ir, porque sabe que não é a direção mais saudável. ” Seu objetivo é fazer com que a sociedade reflita sobre os riscos à saúde que podem ser provocados por regimes alimentares restritivos, além de fazer com que as crianças de hoje já cresçam com um pensamento saudável.

“Espero também alertar os pais de crianças que hoje crescem encarando com dificuldade uma alimentação normal e variada, que se sentem culpadas ao cometer alguns excessos em dias de festas, ou de ir a um fast food de vez em quando, ou de comer uma fatia de pizza ou de bolo”, finaliza a profissional, que defende o consumo de alimentos verdadeiros e o resgate da culinária familiar.

Penso que vale a pena conhecer melhor este programa. Até porque há cerca de uns quatro anos fui a um endocrinologista, um encanto de pessoa, e fiz uma dieta. Deixei claro para ele que não queria tomar nenhum remédio, porque achava perigoso. Ele me garantiu que eram 100% naturais, apenas fibras para o intestino funcionar melhor. Meu emagrecimento foi tão rápido que, é claro, desconfiei. Depois de algum tempo, decidi parar. Não deu outra: engordei de novo. Está na cara que o remedinho natural tinha coisas misturadas nele. Essa tapeação é que me incomoda bastante.

Temos que tomar cuidado, porque saúde não tem jeito de conseguir outra.

Isabela Teixeira da Costa