70 anos de casados: Bodas de Vinho

Dila e Francisco Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press.

Alegria e emoção dão o tom de uma comemoração rara: 70 anos de casados, data que poucos casais alcançam.

Mês passado recebi um convite de uma comemoração rara de acontecer: Bodas de Vinho, ou seja, 70 anos de casados. Fiquei encantada e impressionada. Nunca vi ninguém completar este tempo todo de casado e acho que nunca mais eu vou ver. Só não entendi porque se chama bodas de vinho, deveria ser o nome de um metal valioso ou uma pedra preciosa, depois conversando com meu amigo Esdras Abreu – um dos filhos do casal –, chegamos à dedução que seja pelo fato de que vinho, quanto mais velho melhor, numa referência de que o casamento para durar tanto é porque foi muito bom.

Os pais Francisco e Dila entro os filhos Neusa e Nathan

Conheci o casal D. Dila e Sr. Francisco Abreu há cerca de 38 anos, quando namorei um de seus filhos. Ficava muito na casa deles. Era uma festa, afinal, dez filhos é sinônimo de casa cheia, movimentada e alegre (apesar de Sr. Francisco ser bem caladinho). Os almoços de domingo eram deliciosos (D. Dila e suas filhas cozinham muito bem e seu tempero era especial), acredito o amor que existe naquela casa e entre a família é o que tornava tudo mais gostoso e aconchegante.

Como é comum, a vida me levou a outros caminhos e nunca mais os vi. Porém, reencontrei com Esdras e sua mulher Léa (que também era amiga das antigas), casados e com seus dois filhos – Israel e Abrahão –, também casados. Por conta de nossa amizade, fui convidada para o culto de celebração dessa data tão importante.

Quando cheguei à Capela do Instituto Izabela Hendrix pensei que não reconheceria ninguém, mas tive a grata surpresa de ver que todos estavam iguais, o tempo foi muito bom com a família. Tive que conhecer apenas a nova geração, que não existia na minha época. Fiquei tão feliz e senti o mesmo por parte deles. Como podemos deixar de conviver com pessoas que gostamos tanto? Perdemos muito tempo e boas oportunidades na vida.

O culto foi um novo casamento. Os filhos estavam elegantes, seriam os padrinhos da renovação dos votos de seus pais. Os bisnetos foram as daminhas e pajens. O pastor que realizou a cerimônia foi o neto Israel Abreu (filho de Léa e Esdras), e toda a parte musical ficou por conta dos netos e do genro Humberto. O culto foi lindo e emocionante.

O primeiro casamento do casal não foi como queriam, por causa das dificuldades financeiras. A noiva não pode ter um vestido longo, pois seu pai não tinha dinheiro para comprar o tecido suficiente, e chegou à igreja de caminhão. Não teve aliança (só conseguiram comprar quando comemoraram bodas de prata), e nem fotografia. Mas nada disso impediu que se casassem, ao contrário, lutaram contra a proibição da mãe de Francisco, mas não abriram mão de seu amor.

Dessa vez, os filhos do casal fizeram questão de organizar tudo como a mãe havia sonhado e nunca pode ter. Capela decorada, D. Dila em um lindo vestido longo de renda em tom champanhe, e nada de chegar de caminhão, mas em um carro chique com motorista.

No meio do culto mais uma supresa, filhos e netos se uniram e montaram um coral da família que, regido pelo filho Nathan, cantou o hino do Salmo 128, o preferido dos pais. Não tinha como não se emocionar vendo tudo aquilo. Penso que mesmo se não conhecesse ninguém ali já me emocionaria com a situação: um casal ter tamanha longevidade e amor que conseguiram completar 70 anos de casados. Mas, conhecendo toda a família que estava lá e o lindo casal que estava no altar, não tinha como não me emocionar, bem como todos os presentes, pois a cerimônia era interrompida, com frequência, por aplausos.

No final, Sr. Francisco falou em rápidas palavras, sobre a importância do amor e da presença de Deus no casamento, o que ele chamou de peça fundamental, e finalizou dizendo que se vivesse mais 70 anos, não mudaria nada, porque eram muito felizes, afinal, o casal nunca brigou em toda a vida. E como disse Israel durante o culto, antes de casar foi pedir conselhos aos avós e ouviu da importância de Jesus como a terceira pessoa no casamento: Jesus, e D. Dila completou falando que é preciso também uma boa dose de paciência.

Fui privilegiada de poder participar de um momento tão raro.

Isabela Teixeira da Costa

 

 

 

 

Presente virtual. Golpe em casamento?

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Imagem extraída da internet

Casais optam por ganhar presentes virtuais porque revertem em dinheiro na conta.

Encontrei ontem, com uma amiga e suas filhas e conversa pra cá e pra lá, fui questionada sobre os casamentos que são realizados fora de BH, ou melhor, fora de Minas Gerais.

Acredito que o assunto surgiu porque ano passado fui ao casamento da filha de uma amiga que foi em Búzios e, no final do mês vou à Portugal para o casamento do filho de outra amiga, e elas sabem disso.

Questionaram sobre os presentes de casamento e disse que olho as lojas indicadas no site dos noivos, entro no site da loja, escolho o presente dentro da faixa de preço que posso pagar, compro, envio um e-mail para os noivos e pronto.

Isto é muito prático porque os presentes são transformados em crédito para os noivos, que depois do casamento vão até à loja física e escolhem os produtos que querem, da marca, cor e modelo desejado e montam sua casa. Evita o trabalho das trocas excessivas após lua de mel. Quando os noivos vão morar em outra cidade – como é o caso deste próximo casamento -, eles já retiram tudo no local onde irão residir. Economia de mudança.

Foi aí que me falaram uma coisa que fiquei chocada. Existem, no site dos noivos, uns presentes virtuais, que não estão atrelados a nenhuma loja formal. O convidado compra este presente, paga por ele, e o valor cai em uma conta dos noivos e eles recebem o valor em dinheiro, no lugar de receber o presente.

Oi? É isso mesmo? Mas não para por aí. A conversa continuou. As meninas contaram que os noivos fazem casamento na praia para 150 a 200 convidados, convidam mais de 500 pessoas – que sabem que não irão –, para ganhar presente, e espalham que preferem ganhar o presente virtual. Fazem o pé de meia, usam o dinheiro para pagar parte da festa ou mesmo para custear a viagem de lua de mel.

Ou seja, “eu não te quero no meu casamento, mas quero muito o seu dinheiro para engordar o meu bolso e pagar o meu sonho”. Estou chocada. Tempos modernos? Não concordo. Penso que a falta de ética contaminou a maioria das pessoas. É o ar da corrupção de empestiou o país e algumas pessoas passaram a achar que isso é normal. É a famosa ‘lei de Gerson’, que o Brasileiro gosta de se gabar: levo vantagem em tudo.

Posso dizer, com certeza, que este não foi o caso do casamento que fui no ano passado, estava tudo lindo, maravilhoso, perfeito, pago pelo pai da noiva. E não teve quebra de convidados. Menos de 5% das pessoas faltaram. E eles ganharam muitos presentes físicos. Por sinal, no site deles não existia a opção de presente virtual.

No casamento que no final do mês, são apenas 85 convidados, capacidade máxima do Castelo que será cenário da cerimônia. Como os noivos moram em São Paulo, a indicação de presentes é em lojas que têm sites e que a loja física tem em Sampa, para retirarem por lá. Mais uma vez, nada de presente virtual na lista.

Se tudo o que eu ouvi for verdade, os noivos podem até tentar, mas cabe ao convidado querer cair neste golpe, ou escolher dar um presente de uma loja séria.

Pronto, falei. Golpe denunciado.

 

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com as listas de presentes virtuais

listadepresente1A lista de presente virtual parece ser uma facilidade, mas pode se transformar em transtorno.

Está na moda as listas de presentes virtuais. Os noivos criam seus sites, colocam o endereço no Save the date e no convite de casamento. É muito legal. Fotos, espaço para recadinhos, todas as indicações do casamento. Se a cerimônia for realizada fora da cidade, ou mesmo se houver muitos convidados de fora é espetacular. Dá dicas de hospedagem, mapas, localização da igreja, do local da cerimônia, telefone de táxi, melhores restaurantes, enfim, uma facilidade só.

É no site que estão relacionadas as lojas onde os noivos fizeram suas listas de presentes. E a variedade é enorme. Tem desde as tradicionais lojas de presentes, e hoje todas elas têm a venda pela internet, passando pelas lojas de eletrodomésticos, chegando às listas de desejos.

Isso mesmo. É possível presentear os noivos com algum mimo na lua de mel. Um jantar afrodisíaco, uma tarde no spa, um passeio exótico – claro que depende para onde o casal for viajar –, ou outro passeio qualquer, dentro da programação de viagem. Tudo fica relacionado com o peço em dólar ou euro, e o convidado converte e faz o depósito em uma conta, ou paga pelo pagseguro.

Os noivos são informados dos presentes que recebem por um e-mail, dizendo quem deu, o que deu, e o valor dado. Já era essa história de esconder o preço do presente. Tenho que confessar que acho isso bem constrangedor e um tanto ao quanto interesseiro. Pode ser simplesmente jovem demais para minha cabeça, mas prefiro ir à loja, fazer a compra e mandar entregar o presente.

listapresentesPorém, dependendo do caso, tenho que me render às novas tecnologias. E foi o que ocorreu recentemente. Fiquei horrorizada com a experiência, e, comentando com uma e outra amiga, vamos tomando conhecimento das coisas absurdas pelas quais já passaram. Descobri que essa modernidade toda é muito boa para a lojas que tiram grande proveito de toda a situação. Vejam.

Fui à Fast Shop, pessoalmente, com um casal amigo, para comprarmos juntos, um presente de casamento. Queríamos algo dentro da lista de casamento. Achamos muito estranho, pois encontramos quatro tipos de fogão, cinco tipos de geladeira, etc. Se fossem todos dentro do mesmo padrão, mas não, um fogão era aquele simples de pé de quatro bocas, e o outro um de bancada, último modelo, cinco bocas. Como assim? Na mesma cozinha? Ou o fogão é para bancada ou é de chão. As geladeiras eram, desde uma duplex comum, até aquela ultrassônica com freezer embaixo e duas portas verticais chiquérrimas em cima.

Descobrimos que o que valia era o valor. Os noivos recebiam o crédito e depois retiravam o que queriam da loja com o crédito que tinham. Ficamos um tempão para achar o que queríamos dentro o valor que podíamos dar. Não tinha nada na lista. A vendedora propôs darmos uma adega mais barata, que ela aumentaria o preço. Como assim? Que conversinha esquisita. Tudo preparado para quando os noivos chegassem, alegarem que houve erro de digitação porque não existe adega com aquele valor. Não aceitamos. Por fim conseguimos finalizar a compra.

Contando o caso, ouvimos outro mais absurdo ainda. Vejam o que fizeram com uma noiva amiga. Ela recebeu um presente. Ligou e agradeceu. Dias depois, recebeu o mesmo presente, mesmo valor, de uma pessoa que ninguém conhecia. Alguns dias depois, a loja cancelou os dois presentes. Ligou para a Fast dizendo que o segundo cancelamento era engano. A resposta foi absurda: “Não foi não e você tem que acreditar em nós”. Seu noivo insistiu para que ela ligasse novamente para a amiga. Olhe que constrangedor. Qual noiva faria isso? Mas ele brigou tanto, que ela ligou toda sem graça. Ainda bem. Claro que não tinha cancelado. Ligaram na Fast e o crédito foi estornado.

Imaginem quantos presentes não devem ser comprados, sem ser enviados? Ou quantos não devem ser cancelados? E alguma noiva tem coragem de confirmar com convidado? Eles nadam de braçada. Nunca mais na vida faço esse tipo de compra.

Outro dia, a La Ville entregou um presente e foi mais um por engano na casa de uma noiva, minha amiga. Uma caixa enorme. Claro que ela ligou informando o erro. Será que todos que recebem presentes errados têm essa mesma postura ética de devolver?

Bem faz uma amiga, que sempre que compra um presente manda um WhatsApp para a mãe da noiva informando o que comprou e de qual loja, se não chegar, já sabe que extraviou e corre atrás. Até porque o protocolo de entrega não garante que o destino foi o certo.

Fiquem atentos.

Isabela Teixeira da Costa

Casamentos: muita coisa mudou com o tempo

casamentoO casamento mudou.

Com o passar dos anos, os 12 na sociedade, e não me refiro apenas a moda, gírias, decoração. Os hábitos são bem alterados. Se tomarmos como base o casamento, percebemos muitas diferenças.

A nova geração casa tarde. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa divulgada pelo IBGE. Na década de 1970, em média, as mulheres se casavam com 23 anos, e os homens, com 27; em 2014, a idade passou para cerca de 30 anos para as noivas e 33 para os noivos.

Com o “atraso” na idade para casar, muitas outras diferenças surgiram na era da conectividade. Agora tem empresas especializadas em casamentos. Uma das maiores é o site iCasei (www.icasei.com.br), que proporciona aos noivos a possibilidade de criar o site do casamento, gratuitamente, onde é possível publicar todas as informações sobre o Dia D. Local, data, horário, endereço, local da recepção, mapa, lista de presentes com links de todas as lojas, e o que está mais na moda, a possibilidade de dar presente em dinheiro ou de comprar o presente virtual, ou seja, comprar um jantar, almoço ou passeio no local onde os noivos passarão a lua de mel.

O site também se torna o lugar ideal para que os convidados postem as fotos feitas em seus celulares, com a rashtag criada pelos noivos, e dali mesmo publicam no Instagram. Também dá para organizar os álbuns por categoria, como “recordações do namoro” ou “fotos da lua de mel”.

Não existem noiva que não envie um save the date, costume importado dos Estados Unidos e pegou. Isso evita que pessoas queridas faltem ao casamento. Cada um é mais lindo que o outro. Dia desses recebi um que vai virar quadro na minha casa. É uma aquarela com a paisagem do local onde o casal tirou sua primeira foto.

Outra novidade no mundo dos nubentes é que agora o homem também pode passar a assinar o nome da mulher. Desde 2002, com a edição do código civil brasileiro, os casais podem colocar o sobrenome um do outro, o que antes não era permitido para o homem. Mesmo assim, 85,75% das noivas ainda adotam o nome do marido.

Uma moda americana está ganhando espaço no Brasil: Pedidos de casamento elaborados. A surpresa de uma aliança dentro da taça de champanhe está fora de moda. Existem empresas especializadas para colocar em prática todas as ideias mirabolantes, e quem não for riativo, pode deixar por conta deles, que não vão se decepcionar.

A única novidade que, na minha opinião, não funciona, é a escolha do vestido pela internet. A noiva escolhe, envia as medidas e recebe em casa. Tem empresas que fazem isso, ou pode comprar direto nas lojas. O problema é que às vezes precisam de reparou. Conheço noivas que passaram por apuros. Se quiser simplificar optar por empresas e-commerces que tiram as suas medidas e fazem provas, é o melhor. Mesmo assim, ainda penso que o prazer de ir nas estilistas e ateliers e escolher os modelos é tão bom, que faz parte do momento e não deve ser simplificado.

Outra coisa que mudou foi a idade para ter filhos. Se as moças estão se casando com 30, os bebês só começam a chegar depois dos 34 a 36 anos. Por isso, aumentou bastante o número de mulheres tendo o segundo e terceiro filho aos 40 anos de idade, ou até mais.

A vida é assim, dinâmica, em constante mudança. Gosto disso.

Isabela Teixeira da Costa

Quando os sogros se metem na vida do casal

Boa convivência
Boa convivência

Em vida de casal ninguém mete a colher, nem os sogros

Tem um ditado que diz que não se deve morar perto da sogra o suficiente para ela ir de chinelo e nem longe a ponto de ela ir de mala. Brincadeira à parte, penso que a intenção é mostrar o risco da convivência excessiva o que leva a uma interferência de terceiros na vida do casal.

Pra mim não existe livro melhor que a Bíblia. Fala sobre tudo, ensina tudo. É a Palavra de Deus. Em Gênesis 2:24 está escrito: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.”

Esta separação é importante. Isso não quer dizer que nunca mais os filhos verão seus pais, mas significa que é importante uma separação geográfica, emocional e financeira.

Muitos pais intrometem na vida dos filhos depois que casam, tentando evitar que sofram. Na maioria das vezes, ensinam para os filhos atitudes baseados em experiências próprias e traumas vividos por eles, realidades deles e não de seus filhos. Por exemplo: se a mãe foi traída pelo pai, vai ensinar sua filha a seguir o marido, mexer nos bolsos e na carteira quando ele não estiver olhando, etc. Vai colocar caraminholas na cabeça da moça, sem nenhuma necessidade. Um pai mais antiquado vai aconselhar o filho a não ajudar a mulher nas tarefas domésticas, a falar mais alto para ser atendido, etc. E por aí vai.

Tive uma vizinha que se tornou quase uma irmã. Ficamos muito amigas. Porém, ela cometeu alguns erros graves em seu casamento. O primeiro foi não colocar limite em sua mãe e sua sogra. A mãe ligava para ela às 7h da manhã, diariamente. Não tem marido que agüente. A sogra, sempre que a visitava, colocava defeito em sua casa. Ela gostava de um estilo, mas a sogra queria impor o seu estilo de decoração. Chegava com peças completamente diferentes, e a nora era obrigada a colocar em sua casa.

O outro erro – este para mim foi o mais grave –, foi aliviar os gastos da casa para o marido. Como ele era da área financeira, diariamente conferia com ela as despesas da casa, e sempre reclamava bastante a cada gasto. Para evitar o xingatório, começou a pedir a seu pai o custeio de algumas coisas como carne, e outras coisas mais pesadas. Era filha única, o pai não negava. Seu marido nunca soube quanto a família lhe custava de verdade.

A participação excessiva dos sogros na vida do casal, principalmente na vida financeira pode ser desastrosa. Eles podem dizer que o casal gasta muito, compra coisas desnecessárias ou então que é “mão de vaca”. Podem querer palpitar também sobre a frequência que o casal sai para comer fora ou faz programas a dois. E se o casal está apertado financeiramente e o sogro resolve ajudar, é um grande risco, porque se acha no direito de intrometer.

Nem todos os sogros são assim, mas se você está em uma situação parecida, corte o mal pela raiz. Converse logo, com delicadeza, mas se impondo. A interferência, na maioria das vezes é sutil, com intenção de ajudar, mas invasiva. Fique alerta. Na maioria das vezes o problema não é a ajuda, mas a invasão. Não perguntar ao casal se podem fazer o que querem, se o casal quer a ajuda e se aceitam.

Voltando ao versículo bíblico, a separação se dá em três segmentos: separação geográfica que é morar fora da casa dos pais, barracão nos fundos não é morar fora, ok. Isso evita a intromissão. Separação emocional que é se desligar dos pais, estar mais ligado à esposa e ao marido. Se tiver que escolher entre seus pais e seu cônjuge, escolha o cônjuge. Separação financeira significa ser independente financeiramente. Se algum dia precisarem de ajuda, deixem claro que isso não lhes dá o direito da interferência.

Vivam em harmonia com os pais, honrando-os. Se relacionem bem com eles. Mas iniciem uma nova família, independente e cheia de amor.

 

Isabela Teixeira da Costa

Como equilibrar as contas após o casamento

Divulgação
Divulgação

Uma das coisas que mais atrapalha um casamento é o dinheiro

Uma coisa complicada é casamento. O início então… é pra lá de difícil. Depois que volta da lua de mel tudo é novidade, mas quando entra na rotina e o casal tem que enquadrar e combinar como vão funcionar as questões práticas de uma casa, normalmente começam os atritos.

Muitos casais não sabem administrar o dinheiro a dois. Alguns separam tudo, algumas contas o homem paga, outras são de responsabilidade da mulher. Conheci um casal que cada um paga suas despesas. Achava muito estranho. Eram extremamente unidos, cúmplices em tudo, se amavam loucamente, mas em questão financeira, cada um tinha sua renda e era tudo separado. Sempre viveram muito bem.

Outra coisa que acha muito bacana e tenho reparado que vem ocorrendo com certa frequência, é o casal pagar pelo casamento todo, desde vestido, igreja até convites e a festa. Tudo com o dinheiro dos dois juntos. O pé de meia já começa desde o noivado, ou até antes.

Segundo o coach financeiro Robson Profeta, existem muitas dúvidas sobre o assunto entre recém casados. As principais questões são: quem deve cuidar das finanças pessoais da casa, como se deve administrar o dinheiro, se eles devem abrir conta corrente conjunta ou individual, cartão de credito para os dois, como e quem deve fazer conciliação de extrato bancário, entre outras.

Para ajudar, Profeta dá algumas dicas importantes para os casais que desejam equilibrar os gastos no casamento, se preparar para uma vida estável, programar viagens anuais, etc.

Conversar para resolver

O casal deve conversar abertamente sobre finanças pessoais e como irão gerenciá-las, de forma clara, objetiva, definindo a regra do jogo e deixando claro o papel de cada um nesse processo. O modelo para gerenciar as finanças pessoais varia de pessoa para pessoa, de casal para casal. Muitas vezes existem discordância entre o casal, por isso o diálogo é tão importante.

Divisão de gastos proporcionais

Vamos supor que o casal trabalhe, um deles ganhe três mil reais e o outro, um mil e quinhentos reais, ou seja, o primeiro ganha o dobro do segundo. Agora, imagine que todos os gastos do casal somem algo em torno de três mil reais. Então o primeiro contribui com dois mil reais e o segundo com mil reais, ou seja, cada um colabora proporcionalmente com o que ganha. Se ambos não acharem necessário que seja assim, definam a regra do jogo, seja ela qual for.

Contas no Banco

Muitos casais encontram dificuldade em resolver questões quando envolve dinheiro e, a grande parte dos casos de divórcio tem relação com a parte financeira. Desse modo, o casal tem algumas opções, entre elas: abrir uma conta conjunta e ambos depositam seus salários totais nesta conta ou cada um deposita a parte que lhe é cabível, como no exemplo anterior, e o que sobra fica nas respectivas contas correntes individuais e gasto de acordo com os interesses de cada um.

Respeite o espaço do outro

É importante que cada um tenha sua individualidade e respeite a do outro. Tenha seu dinheiro para comprar sua camisa de futebol, perfume, maquiagem, sapato, ingresso de show, happy hour, etc.

Cartões de crédito

É importante que o casal tenha noção de quem é mais ou menos controlado. Nesses casos, talvez seja necessário adicionar um limite de credito para utilização àquele que é mais descontrolado, ou até mesmo não usar cartão de credito. Lembre-se que cartão de credito e limite de conta corrente andam de mãos dadas com os endividados.

Planejem as metas juntos

Definam onde querem chegar e tracem seus objetivos financeiros a médio e longo prazo. Isto é primordial para o sucesso do casal.

Conversar sobre as finanças, definir as regras do jogo antes do começo, atribuir responsabilidades entre o casal, respeitar as individualidades são atividades que devem ser feitas todos os dias, para administrar uma vida financeira saudável para o casal.

Se seguirem essas dicas, provavelmente muitos possível probleminhas devem ser solucionados.

 

Isabela Teixeira da Costa

O que não se faz por amor

Cruzeiro do Roberto Carlos
Cruzeiro do Roberto Carlos

Até onde vai um parceiro para satisfazer os desejos de sua cara metade?

Não me entendam mal nem deixem sua imaginação te levar para o lado mais picante de um relacionamento. Estou falando de questões bem mais práticas e cotidianas de uma vida a dois.

Tenho uma amiga, casada, que faz todas as vontades de seu marido. Vocês podem pensar: “O que tem demais nisso?” Realmente, nada demais, quase toda mulher procura atender os desejos do marido, e vice-versa. Faz parte de um casamento.

Se o marido gosta de café da manhã com mamão, café mais forte, pão de sal, presunto, manteiga, suco de laranja, ovos mexidos e o jornal ao lado, para ler logo de manhã, a esposa não deixa faltar nada. Procura fazer no almoço o cardápio preferido, passa a sua camisa como ele gosta, e por aí vai.

Mercedes
Mercedes

Tem maridos que presenteiam suas mulheres com joias porque sabem que elas gostam e querem agradá-las. Normal. Outros casais optam por fazer viagens, sempre escolhendo lugares que agradem aos dois, ou então alternam, a cada viagem um escolhe o destino.

Porém, com essa minha amiga tudo acontece de maneira bem unilateral e foi tomando uma proporção tão exagerada que chegou num ponto que achei um pouco absurdo.

Seu marido quis ir para o Japão assistir ao jogo do Corinthians, ela deu a viagem de presente e lá foram os dois. Tudo bem, conheceram o Japão, mas assistir futebol?! Para informação geral, eles não são paulistas.

Depois, ele quis fazer o Cruzeiro do Roberto Carlos. Lá foram eles. Ela não gostou muito. Eu ia adorar – sou fã do rei e amo viajar de navio –, mas para ela foi um pouco de suplício, preferiu conhecer o Oriente.

camaro
Camaro

Bico fino como ele só, quis um carro novo, uma Mercedes. Ganhou. Depois de um tempo, quis tocar por um Camaro. Trocado.

Não questiono tudo o que ela faz por ele. Se faz é porque deve merecer, e em vida de casal só os dois é que sabem o que se passa, o que cada um faz pelo outro, o que cada um merece e retribui. Dentro de quatro paredes a vida é íntima.

O banheiro
O banheiro

Sabia que estavam reformando a casa, resolvi perguntar como ficou e foi nessa hora que ela me disse: “o banheiro do meu quarto ficou lindo, mas meu marido quis um mictório, tentei tirar isso da cabeça dele, mas pediu tanto que decidi satisfazer mais esse desejo”. Não aguentei. Um mictório igual ao de banheiro público na suíte do quarto… Fiquei imaginando a cena. Ri muito e debochei bastante. Chamei-a de louca, disse que passou dos limites.

Minha amiga não deu o braço a torcer, me mostrou uma foto, disse que ficou lindo, que foi um alívio porque não tem mais respingos no vaso sanitário. Socorro!!! Já fui casada e nunca enfrentei respingos de marido em banheiro. Se aconteciam, ele limpava. Questão de educação. Perguntei na hora: “Não educou seu marido? Não o ensinou a limpar?”, mas ela continuou defendendo e ainda disse que existem mictório caríssimos, com descargas com sensores, mais caras ainda.

Espera um pouco, quer dizer que se o mictório for de luxo, pode? Então vamos colocar um trambolho em nossos banheiros e achar lindo porque é de luxo??? Essa para mim foi a melhor. E completou: “A vendedora da loja disse que tem muita gente fazendo isso”.

Sinceramente, conheço inúmeros arquitetos e decoradores, visito várias mostras e nunca vi nem ouvi falar sobre mictório em residências. Abro aqui o debate: homens, vocês gostariam de mictório em seus banheiros? Profissionais, vocês são demandados para colocar mictórios nas casas de seus clientes?

Só quero ver qual será o próximo desejo desse marido tão criativo.

Isabela Teixeira da Costa