Dia da Vovó

Pode ter um cunho comercial, mas desde que foi criado aqui no Brasil, o Dia da Vovó trouxe mais alegria para a vida dessa figura tão importante na família.

Minha mãe e minha filha Luisa

Quem não se lembra com ternura de sua avó? Quem não se lembra da comida que ela fazia? Comida de vó é mais gostosa. Minha avó paterna eu não conheci, e a materna morava em Brasília. Ela sabia que eu amo pão de ló e todas as vezes que eu chegava em sua casa tinha um lindo pão de ló me esperando, que ela fazia especialmente para mim, e só comia um pedaço quem eu deixava. Chamego de vó.

Para minha irmã era melado com queijo ralado. Esse eu passava, porque certa vez, ainda menina, tive indigestão de tanto comer a iguaria. Sabe aquela história do olho maior do que a barriga? Pois é, comi um prato cheio e quis mais. Minha mãe não deixou, fiz birra e aí ela me obrigou a comer. Passei mal demais.

Nunca soube da existência desse dia da avó, até uma vez que minha filha, com seus 13 anos mais ou menos, me disse que queria comprar um presente para dar para sua avó, pelo seu dia. Ligou para minha mãe e deu os parabéns.

Minha mãe ficou tão emocionada. Ninguém nunca a tinha parabenizado por ser avó. Hoje, ela está com Alzheimer, mas até há pouco tempo lembrou desse episódio comigo. E todo dia 26 de julho me lembro da Luisa, ainda novinha, comemorando o Dia da Avó e desde lá, todo ano, fazia questão de ligar para minha mãe e enchê-la de amor e elogios.

Minha mãe com sua netinha mais nova, Júlia Teixeira da Costa, filha do meu irmão Renato e da minha cunhada Patrícia

Decidi pesquisar como surgiu a tal data e encontrei duas versões. A primeira eu achei no site mundodosavos.com, que relata ter sido criado pela portuguesa Ana Elisa do Couto Faria, avó de quatros meninas e dois meninos, nascida na cidade de Penafiel, norte de Portugal, em 1986. Celebrava a data como se faz no Dia das Mães e dos Pais, para consagrar a figura tutelar dos avós como guardiões das tradições familiares e poder ajudar a quebrar a solidão de muito avô ou avó, ao menos um dia no ano.

Ela percebeu que seus pais, perante os netos, eram um fator de orientação e perfeição familiar. Com o nascimento do primeiro neto, Ana Elisa começou a verificar e a interiorizar o modo como seria bonito dar relevo aos avós do seu país e do mundo. Por cerca de dezesseis anos percorreu diversos países do mundo levando consigo a mensagem do dia 26 de Julho.

Outra versão é que a data foi criada em homenagem aos avós de Jesus, Ana e São Joaquim, pais de Maria, porém não há registro deles na Bíblia, a não ser no evangelho apócrifo de Tiago. Nele foi comentado que o casal foi enterrado em Jerusalém, local onde encontraram suas tumbas.

Não sei a origem real, mas acho que foi uma boa ideia. Parabéns a todos os vovós pelo dia de hoje.

Isabela Teixeira da Costa

Árvore de Natal

De Cora Coralina para todos nós, um poema lindo e singelo sobre os sentimentos que devem prevalecer, não só no Natal, mas em todos os dias de nossas vidas.

“Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!
Coloque no coração laços de cetim rosa,
amarelo, azul, carmim.
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante.
Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho,
ternura,
reconciliação,
perdão!
Tem presente de montão
no estoque do nosso coração
e não custa um tostão!
A hora é agora!
Enfeite seu interior!
Seja diferente!
Seja reluzente!”

Cora Coralina

As linguagens do amor 2

Aprenda quais são as cinco linguagens do amor e como demonstrá-lo da forma correta para cada pessoa.

Existem cinco linguagens de amor, como falei ontem por aqui. Os escritores Gary Chapman e Ross Campbell escreveram dois livros sobre o tema, um para adultos e outro para os pais, ensinando como identificar o tipo de linguagem de cada criança, porque cada pessoa sente a manifestação de amor de uma forma.

Como já disse, as cinco linguagens são o toque físico, palavras de afirmação, tempo de qualidade, atos de serviço e presentes. Cada um manifesta e demonstra o seu amor para com o outro da forma que ele entende este sentimento, ou seja, se para você a linguagem de amor é receber um presente, você demonstra este sentimento dando presentes para quem você ama. O problema é que para esta pessoa a linguagem de amor pode ser outra, aí, seu ato não adianta de nada, por isso é importante descobrirmos qual a linguagem de amor do outro e passarmos a praticá-la.

É sempre bom ficar atento, principalmente em um relacionamento de casal, pois no início do namoro existe todo um clima romântico no ar, mas com o tempo e a rotina estabelecida, os filhos, o estresse e o cansaço, muitas das atitudes que fazem parte da linguagem do amor, parecem que simplesmente desaparecem. Estas linguagens são uma ótima maneira de manter o romantismo em alta no casamento.

Toque físico

O toque físico é essencial num relacionamento equilibrado. Tocar, sentir o outro, ter carinho e demonstrar carinho representa uma das formas mais intensas da linguagem do amor. É natural, quando amamos, querer abraçar, beijar, fazer carinhos nos cabelos, andar de mãos dadas e se jogar nos braços do outro. Quando sentimos o amor explodir dentro de nós, o desejo de transmitir o que se sente se torna extremamente necessário. Se a linguagem de amor de seu (sua) parceiro (a) for essa, comece a demonstrar mais o amor que você sente com atitudes assim:

Sentem-se no banquinho da praça, como faziam no início do namoro.

Tomem sorvete juntos.

Riam um das “palhaçadas” do outro.

Aprenda a ouvir mais e a estar mais atento às feições do(a) seu (sua) companheiro (a).

Faça cafuné.

Ajude seu cônjuge a desestressar, fazendo uma bela massagem relaxante.

Olhe em seus olhos.

Toque em suas mãos.

Toque em seu rosto.

Encoste-se no cônjuge e ouça as batidas do seu coração.

Atitutes de amor sempre unem e fortalecem ainda mais o elo familiar.

 

Palavras de afirmação

As palavras também são outra linguagem eficaz para o amor, da mesma maneira que com palavras você pode magoar alguém, com as palavras certas e imbuídas de amor, você consegue tocar o coração, transmitir suas necessidades, seus medos, desejos e confiança. Palavras de afirmação são vitais para o bom equilíbrio do relacionamento. Experimente dizer mais:

 

Amo muito você.

Você é minha luz do dia.

Minha flor.

Minha princesa (meu príncipe).

Meu sol.

Você me faz feliz.

Como você é inteligente.

Você é linda (o).

Você é muito importante para mim.

Fale com carinho.

Seja brando nas palavras, inclusive para resolver problemas.

Existem muitas palavras positivas que você pode falar para demonstrar seu afeto e zelo, elogios sempre são bem-vindos, eles aumentam a autoestima do cônjuge e demonstram que você sabe reconhecer o esforço que o outro tem para a família. Isso significa que verbalmente você demonstrou seus sentimentos. Palavras boas e positivas podem e devem ser ditas também aos filhos.

 

Tempo de qualidade

O tempo dedicado ao outro não poderia ser menos importante. O tempo de qualidade que dedicamos ao cônjuge faz com que ele perceba nossas intenções e prioridades familiares, traz felicidade para ambos. Significa que nada, nem ninguém, terá sua atenção naquele momento, porque o tempo naquele momento pertence somente a vocês dois. Ainda costumam separar aquele tempo por semana para curtirem sozinhos e namorar? Esse tempo pode representar ter que dar mais assistência ao lazer. Isso se refere também a dedicar tempo também aos filhos.

Atos de serviço

Não pense que é tolice, mas toda mulher gosta de ser ajudada nos afazeres domésticos. Se você, como marido, puder ajudar em algo, será uma grande contribuição e pontos a somar. A esposa, por exemplo, ama quando seu marido a ajuda com os pratos, lavá-los sozinho é uma grande demonstração de serviço e amor, entre outras atitudes.

O mesmo ocorre com relação aos filhos, quando ajudamos os pequenos a fazer algo que eles precisam. Não significa fazer por eles, mas ajuda-los.

Presentes

Também não podemos nos esquecer dos presentes… Todo mundo gosta de receber presentes. Sabe quando você ganha, inesperadamente, uma lembrança, cartão, flores ou qualquer presente material, por mais simples que seja, mas que faz seu coração “acender”? Essa é uma ação bela, que deixa a marca gravada nos sentimentos, lhe dá a certeza de que mesmo em sua ausência, o outro se lembrou de você.

Isabela Teixeira da Costa

As cinco linguagens do amor

Descubra a linguagem de amor que seus filhos entendam para saber a forma certa de demonstrar este sentimento tão importante para eles.

Cada pessoa possui uma linguagem de amor principal e específica, uma maneira pela qual ela compreende melhor o amor do outro. O mesmo ocorre com as crianças, com relação aos pais. Gary Chapman e Ross Campbell escreveram o livro As cinco linguagens do amor das crianças, que ensinará os leitores a reconhecerem e falarem a linguagem de amor fundamental do filho ou filha, e os informará sobre as outras quatro linguagens de amor pelas quais as pessoas entendem e oferecem amor.
Todos precisam aprender a amar e ser amados. Pautados em décadas de experiência em aconselhamento, os autores poderão instruir os leitores a experimentarem um nível novo de relacionamento com seu filho ou filha: mais próximo, íntimo e prazeroso. A nova edição revista e ampliada ajudará cada um a aprofundar seus laços afetivos e demonstrar de modo mais eficaz seu amor aos pequenos.

Na obra, Gary Chapman, conselheiro de casais, preletor e autor de várias publicações de grande prestígio, em parceria com Ross Campbell, conferencista, autor e professor de pediatria e psiquiatria, compartilham conselhos que ajudarão os pais a entender melhor as necessidades de seus filhos pequenos e a implementar no dia a dia atitudes eficientes para um relacionamento marcado por afinidade, companheirismo e alegria.

No livro, os autores esclarecem que na infância o amor é tão essencial quanto a disciplina para formar adultos generosos e responsáveis. Identificar e começar a falar a principal linguagem dos pequenos são atitudes poderosas com efeitos positivos que duram por toda a vida.

De acordo com Gary e Ross, cada criança possui uma linguagem própria pela qual entende melhor o afeto dos adultos. Por isso, é fundamental que os pais saibam comunicar o amor que sentem de maneira que seus filhos entendam. Isso, inclusive, fará com que os pequeninos se desenvolvam intelectual, social e espiritualmente. Toda a dinâmica, conforme apontam, deve ter como principal base o amor incondicional, aquele que não depende de méritos. Esse processo de comunicação efetiva, além de ser fundamental no aprendizado emocional das crianças, é uma saída para estabelecer a aproximação na família.

Só o amor incondicional é capaz de evitar problemas como ressentimento, sensação de não ser amado, culpa, medo e insegurança. Só quando amamos nossos filhos incondicionalmente é que de fato somos capazes de entendê-los e de lidar com seus comportamentos, sejam bons ou ruins.

Permeado de histórias elucidativas e de insights sobre o comportamento e o mundo dos pequenos, As cinco linguagens do amor das crianças é literatura altamente indicada para pais e mães que buscam aconselhamento oportuno para corrigir rotas, reparar erros e construir alicerces fortes na vida daqueles a quem tanto amam. Prático e fácil de ler, o livro vem ainda com o divertido “Jogo do mistério das linguagens do amor”, um recurso didático para os momentos em família.

Conhecer esta linguagem é importante para todo mundo. De forma rápida vou citá-las aqui: toque físico, palavras de afirmação, tempo de qualidade, atos de serviço e presentes. Não adianta demonstrar amor presenteando uma pessoa se para ela o importante é dedicação de tempo de qualidade. Por isso, não adianta usar a sua linguagem de amor, e sim a da pessoa que vai receber este amor. O livro vai ensinar a identificar essa linguagem em cada pessoa.

Amanhã vou descrever cada uma dessas linguagens.

Isabela Teixeira da Costa

Festa de Natal para os pequenos

A Jornada Solidária Estado de Minas faz festa de Natal amanhã, 25 de novembro, para as crianças das creches beneficiadas.

Um mês antes do Natal mais de 600 crianças de 4 e 5 anos vão poder abraçar o Papai Noel. Isso mesmo, o Natal vai chegar mais cedo para os pequenos das 11 creches beneficiadas pelo programa de responsabilidade social dos Diários Associados em Minas.

Durante todo o ano as ações da Jornada Solidária Estado de Minas são voltadas para a sociedade com o objetivo de arrecadar verbas para executar as reformas nas creches comunitárias assistidas pelo programa, e equipar as instituições.

Mas quando chega o final do ano, a festa é para as crianças. O Luminis Urban Play cede o espaço, decora com balões e parte dos voluntários. Os outros 70 voluntários são da Jornada Solidária, e o grupo é formado por leitores e funcionários do Estado de Minas e este ano terá um grupo de escoteiros.

Vários personagens infantis fazem questão de comparecer para alegrar as crianças como as princesas Cinderela, Frozen, Bela Adormecida, Bela (da Bela e a Fera), Tiana, Branca de Neve e Rapunzel. Os super-heróis também largam um pouco a função de salvar o mundo para brincar com os pequenos: Batman, Homem Aranha, Super Homem e Ben 10. Kiko, Chiquinha e palhaços completam o time.

O ponto alto da festa é a chegada do Papai Noel. As crianças largam tudo para ver de perto o bom velhinho, que faz questão de abraçar cada um deles. O lanche é farto e delicioso e na saída ganham brigadeiro, presente e picolé.

Para que tudo corra bem tem um time de parceiros ajudando. O Hospital Mater Dei manda uma ambulância com equipe médica que fica de plantão durante toda a festa. A padaria Pedro Padeiro, o Epa Plus, ZCM Conservadora, Company Events, Café com Bombons. Todo o patrocínio é do Instituto MRV.

Vejam algumas fotos do ano passado.

Uma bodas diferente

Iáskara Garcia, Ana Maria, Ênio Costa, eu e Sandra Botrel

Ontem, fui a uma Bodas de Ouro diferente: descontraída, divertida, animada e deliciosa.

Sabe aquele casal que foi referência de amor e vida a dois, desde a sua adolescência? Pois é, eu tenho um casal que sempre foi isso para mim, Ana Maria Mazoni Costa e Ênio Costa. Ontem, eles comemoraram suas Bodas de Ouro e o fizeram com perfeição.

Entrei para a Igreja Batista Central de Belo Horizonte aos 13 anos, e Ana e Ênio estavam lá, nos recebendo com a maior alegria, delicadeza e muito amor. Eles foram fundadores da igreja. Este casal era admirável, profundos no amor de um pelo outro e no amor a Deus. Eram eles que nos aconselhavam, orientavam e ensinavam e víamos, claramente, a harmonia entre os dois. A maioria de nós queria ir morar com eles de tão bacanas que eram. Existia uma pontinha de inveja dos seus filhos, que conheci quando ainda eram crianças e alguns ainda nem existiam. Ana faz questão de citar que eu fui a primeira pessoa a visitar seu filho Ênio Marcos, no hospital.

O coral improvisado que foi sucesso

Claro que muita gente vai ficar impressionada quando eu contar como foi a comemoração das bodas, mas dentro do nosso histórico de vida, não poderia ter sido melhor. E o mais legal, foram os dois que programaram a festa, e não os filhos, então saiu tudo com do jeito que eles são: descomplicados e com muito amor.

Existe um grupo internacional e interdenominacional em Belo Horizonte, a Mocidade para Cristo (MPC), ou Youth For Christ, que está comemorando este mês 65 anos no nosso país. Ana e Ênio participaram da MPC desde a década de 60, e foram muito amigos do casal missionário que veio para o Brasil e tocou o trabalho por longos anos: Jane e Paul Overholt.

A MPC tem um acampamento onde tem programação nas férias e feriados prolongados. O primeiro acampamento era na Lagoa dos Ingleses, onde hoje é o Alphaville. Hoje, fica na região de Macacos. A primeira vez que fui ao acampamento foi só para levar minha irmã, eu tinha 11 anos. Não existia nada, eram barracas e o banho era na lagoa. Estavam construindo tudo, tanto que eu fiquei brincando de Barbie com a June, filha dos missionários um pouco mais nova que eu.

Mauro Gualberto e seu tropeiro

Em 1973, fui pela primeira vez para acampar. Foi no feriado de finados. Só quem participou dos acampamentos da MPC sabe o que é. Foi delicioso e divertido, fiz muitas amizades. Uma programação equilibrada com esporte, brincadeiras, gincana e o principal, reuniões de estudo bíblico. Retornei em janeiro de 74 para mais uma semana como acampante e já na segunda semana comecei a trabalhar lá como equipante, e todas as férias foram assim. Foi uma adolescência muito rica. Conto os casos em outra hora.

Ana e Ênio escolheram comemorar suas Bodas de Ouro na descontração. Foi de dia e no acampamento da MPC. Começou com um café da manhã e só foi terminou por volta das 18h, depois de um delicioso almoço. Pediram que ninguém mandasse ou levasse presente, informando que o presente era a nossa presença. E o traje era esporte, e ainda reforçavam: o mais esporte possível. Queriam que ficássemos à vontade, sem salto alto e sem roupas formais, para que a festa ficasse agradável. E assim foi.

Depois do café da manhã teve um culto com muito louvor e agradecimento a Deus, relatos de histórias da vida deles e uma palavra linda do sobrinho deles, o Pastor Paulo Mazoni. Troca de alianças, novos compromissos, e nova benção. E as músicas que cantávamos na nossa adolescência. Até improvisaram um coral com todos as pessoas presentes que já tinham, em algum  momento da vida, cantado no coral da igreja. Foi muito bom.

O almoço foi assinado pelo chef Mauro Gualberto, que fez costelas na brasa, churrasco e um tropeirão feito ao vivo. Doces mineiros e bombons de sobremesa. E o tempero melhor: reencontro, muito papo e boas lembranças.

Fico pensando se tivessem optado por um culto na igreja, seguido de um coquetel, ou mesmo um jantar. Com certeza não teria sido tão agradável, e provavelmente a formalidade e o desconforto dos saltos altos e das gravatas reduziriam muito o tempo da diversão.

Parabéns Ana e Ênio, que Deus continue abençoando vocês por mais 50 anos.

Isabela Teixeira da Costa

70 anos de casados: Bodas de Vinho

Dila e Francisco Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press.

Alegria e emoção dão o tom de uma comemoração rara: 70 anos de casados, data que poucos casais alcançam.

Mês passado recebi um convite de uma comemoração rara de acontecer: Bodas de Vinho, ou seja, 70 anos de casados. Fiquei encantada e impressionada. Nunca vi ninguém completar este tempo todo de casado e acho que nunca mais eu vou ver. Só não entendi porque se chama bodas de vinho, deveria ser o nome de um metal valioso ou uma pedra preciosa, depois conversando com meu amigo Esdras Abreu – um dos filhos do casal –, chegamos à dedução que seja pelo fato de que vinho, quanto mais velho melhor, numa referência de que o casamento para durar tanto é porque foi muito bom.

Os pais Francisco e Dila entro os filhos Neusa e Nathan

Conheci o casal D. Dila e Sr. Francisco Abreu há cerca de 38 anos, quando namorei um de seus filhos. Ficava muito na casa deles. Era uma festa, afinal, dez filhos é sinônimo de casa cheia, movimentada e alegre (apesar de Sr. Francisco ser bem caladinho). Os almoços de domingo eram deliciosos (D. Dila e suas filhas cozinham muito bem e seu tempero era especial), acredito o amor que existe naquela casa e entre a família é o que tornava tudo mais gostoso e aconchegante.

Como é comum, a vida me levou a outros caminhos e nunca mais os vi. Porém, reencontrei com Esdras e sua mulher Léa (que também era amiga das antigas), casados e com seus dois filhos – Israel e Abrahão –, também casados. Por conta de nossa amizade, fui convidada para o culto de celebração dessa data tão importante.

Quando cheguei à Capela do Instituto Izabela Hendrix pensei que não reconheceria ninguém, mas tive a grata surpresa de ver que todos estavam iguais, o tempo foi muito bom com a família. Tive que conhecer apenas a nova geração, que não existia na minha época. Fiquei tão feliz e senti o mesmo por parte deles. Como podemos deixar de conviver com pessoas que gostamos tanto? Perdemos muito tempo e boas oportunidades na vida.

O culto foi um novo casamento. Os filhos estavam elegantes, seriam os padrinhos da renovação dos votos de seus pais. Os bisnetos foram as daminhas e pajens. O pastor que realizou a cerimônia foi o neto Israel Abreu (filho de Léa e Esdras), e toda a parte musical ficou por conta dos netos e do genro Humberto. O culto foi lindo e emocionante.

O primeiro casamento do casal não foi como queriam, por causa das dificuldades financeiras. A noiva não pode ter um vestido longo, pois seu pai não tinha dinheiro para comprar o tecido suficiente, e chegou à igreja de caminhão. Não teve aliança (só conseguiram comprar quando comemoraram bodas de prata), e nem fotografia. Mas nada disso impediu que se casassem, ao contrário, lutaram contra a proibição da mãe de Francisco, mas não abriram mão de seu amor.

Dessa vez, os filhos do casal fizeram questão de organizar tudo como a mãe havia sonhado e nunca pode ter. Capela decorada, D. Dila em um lindo vestido longo de renda em tom champanhe, e nada de chegar de caminhão, mas em um carro chique com motorista.

No meio do culto mais uma supresa, filhos e netos se uniram e montaram um coral da família que, regido pelo filho Nathan, cantou o hino do Salmo 128, o preferido dos pais. Não tinha como não se emocionar vendo tudo aquilo. Penso que mesmo se não conhecesse ninguém ali já me emocionaria com a situação: um casal ter tamanha longevidade e amor que conseguiram completar 70 anos de casados. Mas, conhecendo toda a família que estava lá e o lindo casal que estava no altar, não tinha como não me emocionar, bem como todos os presentes, pois a cerimônia era interrompida, com frequência, por aplausos.

No final, Sr. Francisco falou em rápidas palavras, sobre a importância do amor e da presença de Deus no casamento, o que ele chamou de peça fundamental, e finalizou dizendo que se vivesse mais 70 anos, não mudaria nada, porque eram muito felizes, afinal, o casal nunca brigou em toda a vida. E como disse Israel durante o culto, antes de casar foi pedir conselhos aos avós e ouviu da importância de Jesus como a terceira pessoa no casamento: Jesus, e D. Dila completou falando que é preciso também uma boa dose de paciência.

Fui privilegiada de poder participar de um momento tão raro.

Isabela Teixeira da Costa

 

 

 

 

Páscoa, tempo de celebração

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Olguinha Ullmann, da RD Design com a sua mesa de doces

Páscoa é tempo de celebrar com muita beleza e criatividade.

Páscoa é uma data que reunimos a família para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus, que venceu a morte para nos salvar. É um dia de muita festa e alegria, Páscoa significa passagem, foi quando os judeus saíram do Egito depois de anos de escravidão.

Com todo este significado bíblico tão importante, nada impede que, para colorir a vida e alegrar as crianças, a gente mergulhe e viaje no universo lúdico e brinque na simbologia do coelho de pelo branquinho e olhos vermelhos com ovos de chocolate.

São várias as versões de como surgiu esta lenda do coelho que entrega ovos, mesmo porque este bicho tão fofinho não põe ovos. A mais conhecida é a que uma mulher pobre escondeu ovos coloridos num ninho para entregar aos filhos na manhã da Páscoa. Porém, quando as crianças descobriram o lugar, um coelho passou correndo e os pequenos acharam que foi o bichinho que tinha deixado os ovos ali.

Desde então, a Páscoa passou a ser representada por esse lindo animal que também é símbolo de fertilidade, e os deliciosos ovos de chocolate, que estão cada vez mais produzidos.

Maria Tereza Mendonça, Guilherme Bittencourt, e os decoradores da mostra da páscoa
Maria Tereza Mendonça, Guilherme Bittencourt, Liliane Alvarenga, Délio Castello e Lídice Alvarenga

Para comemorar a data, nada como decorar a casa, com toda a simbologia existente. E para mostrar que é possível fazer uma boa produção sem gastar muito, Maria Tereza Mendonça e Guilherme Bittencourt convidaram três decoradores para montar uma mostra temática no showroom da Loja das Festas. Afinal, é mais fácil alugar e fazer uma bela produção.

O decorador Délio Castello preparou uma mesa de almoço, usando como arranjo no centro de mesa vasinhos de flores, coelhos de pelúcia e ovos de chocolate. “Quis representar um dia de alegria, de renascimento, por isso fiz tudo bem colorido”, conta Délio.

Liliane e Lídice Avarenga, da As Meninas, trabalham há 13 anos com festas infantis e casamentos, mas são especializadas em festas temáticas, e aceitaram prontamente o convite para fazer a ambientação da páscoa. Criaram um ambiente de chá na casa da Vovó. “O importante é entrar no clima da Páscoa. Se não tiver uma mesa grande que possa enfeitar, faça em uma mesa de canto, ou mesmo na mesa de centro da sala de estar.”, diz Liliane.

Já Olguinha Ullmann, da RD Design, optou por fazer uma mesa de sobremesa. “A ideia foi de fazer uma mesa para uma casa com crianças, por isso coloquei bolo, jujuba, pirulito, cupcakes, etc. Usei brinquedos que toda criança tem como elemento para decoração, e isso é bem prático para quem quer fazer sua decoração, dá para criar muita coisa. Coloquei uma escada de três degraus e decorei com vasos de flores debaixo da mesa coloquei uma mesa de centro e ornamentei com vasos de folhagens e de flores, como se fosse um jardim. Coisas que se tem em casa. O castiçal usei como suporte para os ovos de páscoa. É só usar a criatividade”, explica Olguinha.

Isabela Teixeira da Costa

Fotos Vânia Aroeira

 

Natal tempo de amor

presepio21Natal é tempo de celebração, salvação e reconciliação. Natal é amor.

Por que o mundo inteiro para no dia 25 de dezembro? Por que existe um feriado mundial? Você pode não saber, alguém pode ter esquecido, outros podem fazer questão de não lembrar, porém, um fato ocorreu há milhares de anos que mudou o mundo e é comemorado nesta data: nasceu Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Você crê nisso? Ótimo! Não? Que pena, mas nada vai mudar, o Natal continuará sendo comemorado, o nascimento de Jesus será celebrado mesmo que milhares de pessoas tentem esconder o verdadeiro motivo do Natal. A história não tem como ser apagada. O nosso calendário não pode ser destruído.

Vivemos no ano de 2016 d.C, ou seja, depois de Cristo. É assim que a história foi marcada antes de depois de sua vinda. Ninguém pode negar. E ele veio para mostrar o grande amor de Deus por nós. A vinda de Jesus ao mundo, como homem, foi um recado direto de seu Pai para nós afirmando seu amor por nós e dizendo que está conosco em todo o tempo.

Muito antes de Jesus nascer, 900 anos antes, para ser mais específica, o profeta Isaias escreveu sobre seu nascimento. Está em Isaias 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.”

Jesus veio para nos trazer a salvação, salvação de nossos pecados que nos afastou de Deus. Em João 3:16 diz “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Foi um ato de extremo amor de Deus por nós, para que nos reconciliássemos com ele, depois da salvação.

Reconciliados com Deus, teremos paz com ele. E a paz de Deus invadirá nossos corações, e assim, poderemos ter paz com nosso próximo. Por isso, Natal também é tempo de reconciliação com as outras pessoas. Então, se você está brigado com alguém, não há melhor época do ano para selar a paz, liberando o perdão. Lembre que perdão é atitude e não sentimento. E guardar mágoa e rancor só faz mal a nós mesmos.

No Natal ganhamos o maior de todos os presentes, que foi Jesus, que tal darmos aos outros o grande presente que é perdão e amor?

E mais ainda, darmos a nós mesmos o maior de todos os presentes, que é chamar Jesus para morar em nosso coração?

Desejo a todos um Feliz Natal cheio das bênçãos de Deus, com muito amor, paz, celebração e reconciliação com Deus e o próximo.

Isabela Teixeira da Costa

Quando os irmãos se encontram

Patrícia, Renato, Camila, Leonardo, Jussara, Camilo Filho, Regina, Isabela, Álvaro e Paula
Patrícia, Renato, Camila, Leonardo, Jussara, Camilo Filho, Regina, Isabela, Álvaro e Paula

Fizemos o primeiro encontro oficial dos irmãos. Lembramos de casos e nos divertimos muito.

Ontem, fizemos um encontro dos irmãos, ideia da Regina que deu super certo. Foi delicioso. Somos seis irmãos, quatro do primeiro casamento do meu pai e dois do segundo. Nos amamos muito, mas encontramos pouco e decidimos dar um basta nisso.

A família estava quase toda reunida. Quase porque o um dos filhos do Camilinho trabalha em São Paulo e só chega hoje de lá hoje, minha filha virou missionária e está morando no sertão da Bahia e a filha mais velha do Renato mora no Canadá. E meu ouro sobrinho, Henrique deu o bolo, perdeu!

Regina cozinha bem demais e decidiu fazer um festival de Cheeseburger gourmet, tudo preparado por ela. Fez um mineirinho, com queijo de minas e um molho de goiabada com pimenta, que estava dos céus.

Álvaro, meu irmão caçula tocou violão, cantamos até, contamos muitos casos, rimos muito, porque o que não falta nesta família é gente engraçada. Mas também são pessoas maravilhosas, pessoas que amam, que não têm preconceito, que aceitam as pessoas como são porque o que importa é o caráter porque defeitos todos nós temos. E devemos aprender a conviver com as diferentes personalidades e temperamentos.

Entre os casos da família começamos a falar dos carros do meu pai. Falei do opala SS Cupê verde limão com listras pretas, inesquecível, que apelidamos de periquito, foi nele que nosso pai ensinou Regina a dirigir e segundo ela, deu muito rolé com a amigas paquerando naquele opala. Uma coisa é certa, todo mundo olhava para elas, porque chamava atenção.

1949mercurycoupe
Mercury

Renato lembrou do Mercury um carro enorme. Segundo ele, só o motor devia ter três metros de comprimento era verde escuro. Gostou tanto que depois trocou por um verde claro. Bem, quando eu tinha cerca de 1 aninho, pai colocou 11 pessoas dentro do Mercury (disse que cabia, acho deu superlotação), e foi para Santa Luzia assistir Vasco e Santa Cruz, que iam jogar na terra natal do meu pai. Perto da igrejinha do Bonfim, veio um outro carro em sentido contrário e bateu de frente com nosso carro.

Pai desceu, e o motorista também, começaram a brigar e quando o homem ameaçou a chamar pai de ignorante, no “ig” pai deu um soco no meu da cara dele. Aí a coisa esquentou. O vizinho da frente desceu com uma cartucheira para defender meu pai – em vez de separar a briga, dá para acreditar? –, neste ponto do caso já estávamos dobrando de rir. E não sei como separam a briga.

No acidente eu quebrei minha clavícula, a maçaneta do carro enfiou no braço do Joca – meu tio por parte de mãe –, tio Felipe teve um corte feio na testa e estava todo sangrando muito. Tia Dulce machucou o joelho e minha mãe quebrou o dedo do pé. Renato, Camilinho, Regina, Thais e Belkis saíram ilesos.

Quem conheceu meu pai, Camilo, sabe que ele não era de briga, porém, quando chegou em Belo Horizonte ligou para o motorista do outro carro para encontrar e resolver o problema dos prejuízos. Marcaram no Mercado Central. Pai, preventivamente levou sua pistola Walter calibre 765, alemã da época da segunda guerra, que nunca foi usada na vida (esta arma ele deu de presente para o Camilinho, mas foi roubada). Penso que mais para se proteger.

Chegando no Mercado, começaram a conversar e a beber. O fim da história já era esperado, à medida que bebiam foram se conhecendo, ficaram amigos e saíram de lá bêbados.

Isabela Teixeira da Costa