Dicas para melhorar o seu network

network1Network é importante tanto na sua vida profissional quanto na vida de uma empresa.

Relacionamento é muito importante na vida de qualquer pessoa. Aquele ditado que que diz “quem tem padrinho não morre pagão” é uma grande verdade. Quantas vezes precisamos de alguma coisa tanto em âmbito pessoal quanto profissional e conseguimos graças aos amigos que fazemos ao longo da vida?

E muitas das vezes não precisa ser um grande amigo, mas são pessoas que passaram por nós e que o contato foi bom, respeitoso, bem-sucedido. E é assim que essa rede de relacionamento vai sendo construído. Na vida, uma mão lava a outra. E não me refiro, em nenhum momento a favores escusos, que fique bem claro. Falo de ajuda lícita, que mostra o caminho certo, em áreas que não dominamos.

Só que estes relacionamentos devem ser construídos de forma natural, desinteressadamente, é a minha opinião. Convivi por um tempo com uma pessoa que usava um termo que dava arrepios. Quando saíamos, ou íamos a alguma festa e eu parava para conversar com alguém, dependendo de quem era, essa pessoa tentava cortar o assunto e me tirar da roda. Claro que eu fingia não perceber, continuava o tempo que queria. Quando saía de lá ouvia o seguinte comentário: “porque gastar tanto tempo alí? Aquela pessoa é fósforo riscado”.

Eu não sabia se queria morrer ou matar, de tanta raiva e antipatia de ver um ser humano com um valor tão desprezível. Como assim? Só devemos gastar tempo com quem pode nos dar alguma coisa em troca? Com quem podemos ter alguma vantagem? Socorro! Eu gosto das pessoas pelo que elas são e não pelo que elas têm. Foi assim que aprendi de meus pais e foi assim que ensinei minha filha.

Voltando ao âmbito profissional, o crescimento de uma empresa depende de inúmeros fatores, dentre esses é imprescindível o network. Por isso, é muito importante buscar não só possíveis clientes, mas também parceiros que atuem em áreas próximas ou complementares.

Fernando Bottura, diretor executivo da Gowork, um espaço de coworking, vê isso na prática. “Vejo a real importância dessa ação, pois, quem aprende a utilizar o espaço para possibilitar uma troca com os parceiros, invariavelmente, consegue um crescimento mais rápido, principalmente em função da realização de indicações seguras”.

Vendo a importância do network, Fernando elaborou algumas dicas para aprimorar o relacionamento e gerar mais negócios:

Busque aparecer adequadamente – quem não é visto, não é lembrado, assim, mesmo que seja uma pessoa introspectiva, busque locais onde haja bastante pessoas que possam gerar negócios e passe a lutar contra a timidez e divulgar suas ideias;

Não crie inimigos – muitos profissionais possuem uma postura negativista, criticando qualquer serviço que não seja o dele, isso não pega bem, sem contar que se o comentário chegar a pessoa alvo, poderá causar indisposição e inimizades. Você só tem a perder;

Busque agregar – é papel de um profissional ser agregador, tanto de conteúdo, quanto de pessoas. Assim, busque constante atualização sobre temas pertinentes e busque criar uma corrente de profissionais de áreas análogas para indicação, o que fará com que seja respeitado pelo grupo;

Cada um no seu quadrado – evite oferecer serviços para áreas que não são a sua especialidade, pois, cada um tem um ramo de atuação, que deve ser respeitado, o que gera muito mais respeito e troca de indicações;

Seja precavido – Esteja sempre munido de cartão de visita e/ou apresentações de sua empresa, pois nunca se sabe quando surgirá uma possibilidade de negócios ou uma pessoa que poderá se interessar pelos seus serviços no futuro;

Não exagere – Existe uma linha muito tênue entre ser uma pessoa de network e ser o chato, assim, se policie, veja se não está sendo muito invasivo. Lembrando que muitas vezes o simpático, pode estar forçando a amizade. Sempre respeite o limite do próximo!

Isabela Teixeira da Costa

Estou envelhecendo

junia2O envelhecimento cronológico é inevitável.

Antes que fiquem preocupados, não estou me sentido velha nem tão pouco deprimida. Vou explicar. Nunca fui dessas de me ligar em idade. Jamais escondi quantos anos tenho – o que já incomodou muita amiga minha por causa da comparação –, e sempre afirmei que idade é uma questão de estado de espírito, porém, tem uma área que é inevitável.

Acompanhem comigo. Tem muita gente jovem, cronologicamente falando, que tem uma cabeça e um comportamento tão sério, não saem, não se divertem, enfim, só sabem trabalhar e ficar em casa, que parecem mais velhas do que muita gente de 50 e 60 anos. Por outro lado, tem muitas pessoas mais velhas que são animadas, se exercitam, convivem com amigos, saem com frequência, se divertem, enfim, vivem, são alegres, sorriem e parecem bem mais jovens do que são.

Por essas e outras, sempre disse que idade cronológica não conta muito, e sim o estado de espírito, o comportamento. Porém, chega um certo momento da nossa vida, que os amigos começam a partir e aí acende um sinal luminoso bem diante de nós.

Não daqueles que você será o próximo ou que seu fim está se aproximando. Como vocês já devem ter percebido, não sou dessas. Pessimismo e depressão passam longe de mim. Porém, começamos a ter perdas de pessoas queridas. Gente que nem passava pela nossa cabeça que nos deixariam. E aí, só aí, percebemos que já estamos com 56 e que muitos de nossos amigos já passaram dos 60. Já viveram muito e o que fizeram de errado em suas vidas, fizeram por período prolongado e isso traz consequências.

Tentamos ser racionais, mas a racionalidade não consegue ser maior que o sentimento. Em dezembro perdi um amigo, desses que a gente conhece e de cara se dá bem. Renato Biagioni, casado com minha amiga Priscila. Do primeiro momento que nos conhecemos ficamos amigos, não nos encontrávamos com frequência, mas ele sabia que podia contar comigo e eu com ele. E sempre que nos víamos era divertidíssimo. Senti muito.

juniaOntem, foi a vez de outra amiga, ou melhor de uma prima. A conheci quando eu era criança e ela adolescente namorando meu primo Carlos Helvécio (Kao). Não esqueço até hoje a primeira vez que a vi na casa da minha tia Neury. Estava de uniforme com um lindo cabelo castanho lisinho, pesado, inteiro, tão comprido que chegava no quadril. Muito alegre e educada: Júnia Couto.

Convivemos muito, a vida toda. Quando se divorciaram e nos encontramos em uma festa, fui cumprimentá-la, dei um grande abraço, um beijo chamando ela de prima e dizendo que não tinha jeito, ela sempre seria minha prima, ela me respondeu: “que alegria, foi a melhor coisa que você poderia me dizer”.

De lá em diante, todas as vezes que nos víamos ela era a primeira a me chamar: “ei, prima! ”. Apesar do divórcio ela nunca se separou da família, participava de tudo. Virou membro da nossa família, sempre dizia para minha tia que ela continuava sendo sua sogra querida, e para minhas primas que eram suas cunhadas. Conhecia os palavrões, mas só começou a falar com a convivência com nossa família. Desculpe, D. Zilda. A mãe dela nunca falou um palavrão na vida inteira, um exemplo de mulher elegante, educada e integra. Júnia herdou tudo da mãe, porém, o quesito educação ficou capenga por causa desses nomes feios, mas isso deu a ela uma certa descontração que era necessária. Acho que D. Zilda nos perdoou, porque sempre gostou muito de todos, em especial da Tia Neury e era muito amiga de minha mãe, que era mestre na arte dos palavrões.

Espero que essas perdas nos deem uma trégua.

Isabela Teixeira da Costa

10 formas de desenvolver atitude positiva para ter um ano melhor

Wallace Liimaa
Wallace Liimaa

Especialista em física quântica explica como gerenciar pensamentos e emoções para ter sempre uma perspectiva positiva e otimista em 2017.

Tudo o que pensamos e sentimos gera consequências. Quem explica isso é Wallace Liimaa, pesquisador, especialista em Saúde Quântica e fundador do Portal Saúde Quantum, que, com sua experiência, criou um miniguia com 10 medidas para ensinar a fazer de 2017 um ano melhor.

1-Valorize-se

Wallace explica que o mundo de cada pessoa é uma resposta ao que ela é. “Primeiro, procure ser dar o devido valor se quer ser valorizado. Viver reclamando da vida e se sentindo vítima das circunstâncias só vai transformar sua vida num muro de lamentações. Eleve sua autoestima, tome uma atitude de responsabilidade total pelo que lhe acontece e evolua sempre, mesmo em situações adversas”, resume.

2- Desapegue-se do passado

Viver apegado às experiências negativas do passado faz com que essas experiências se repitam ciclicamente na sua vida. “As experiências negativas devem funcionar como trampolins evolutivos. Ou seja, devemos tirar delas todo o aprendizado possível para que não se repitam. É assim que evoluímos. Quando, ao invés disso, ficamos apegados, sofrendo e remoendo, tendemos a atrair as mesmas experiências para que um dia possamos tirar delas o aprendizado necessário para não mais repeti-las e evoluir”.

pensamento-positivo3-Olhe para dentro de si mesmo

Wallace mostra que vivemos numa cultura onde as pessoas costumam sempre procurar fora delas as soluções para seus problemas. Errado. Todos os problemas e todas as soluções possuem uma única origem: nós mesmos. Ter essa compreensão lhe possibilitará investir mais em você para aprender a superar seus problemas a partir da sua mudança interior.  “Quem manifesta a sua realidade é você, a partir das suas crenças dominantes, que irão nortear as suas atitudes e escolhas, que atrairão as experiências que você vivencia. Busque viver mais no presente, revisite suas crenças, vigie seus pensamentos e qualifique-os. Faça uso cotidiano de práticas como meditação ou oração e invista em ressignificar suas experiências negativas, tirando delas todo o aprendizado possível”, complementa.

4-Aumente a imunidade
Empoderar o corpo, segundo Wallace, significa buscar falar e ouvir coisas positivas, além de ativar, conscientemente, bons pensamentos alinhados a sentimentos positivos. “Quando você faz isso, ativa positivamente o seu cérebro emocional, que fortalece seu sistema imunológico que, em cascata, fortalece o seu sistema endócrino, através das glândulas suprarrenais. Quando você alia tudo isso a um estilo de vida saudável, com alimentação de qualidade, você ativa a inteligência inata do seu corpo de se autocurar”, conclui.

 

5-Exercite o perdão dentro e fora da família
O especialista explica que experiências negativas vivenciadas no meio familiar revelam, muitas vezes, padrões mentais e emocionais que se perpetuam por gerações. “Para se livrar disso, é preciso o exercício do perdão e que mobiliza energia para que o ciclo se repita”.

6-Faça coisas diferentes
Os sentimentos que impedem a evolução comumente vêm de hábitos repetitivos que levam a pessoa a repetir condicionamentos automáticos e a obter sempre os mesmos resultados. “Se você quer superar crenças limitantes e o automatismo de comportamentos que levam você sempre ao mesmo lugar é importante investir em novos conhecimentos, ler novos livros, conhecer pessoas diferentes e buscar observar as pessoas de sucesso que fazem as coisas acontecer na vida delas, de forma criativa e próspera”, ensina o especialista.

7-Vigie os pensamentos
O pesquisador de física quântica conta que, quando permitimos que os pensamentos e sentimentos negativos tomem conta de nós, criamos um ambiente interno favorável para que aquela negatividade continue a se manifestar na nossa vida. “Seja um vigia atento dos seus próprios pensamentos e procure transformar os sentimentos de medo e raiva em amor e perdão, por exemplo. Isso irá fazer um enorme bem a você, influenciará positivamente seus resultados e deixará o mundo melhor ao seu redor”, completa.

8-Acabe com a intolerância
“Quando apontamos o dedo para alguém, automaticamente apontamos outros três dedos para nós mesmos”, explica Wallace. O especialista explica que essa metáfora mostra como a energia negativa direcionada ao outro acaba retornando para nós mesmos. “Se alguém pensa diferente, tem uma religião diferente ou demonstra gostos diferentes, respeite-a e procure agir com compaixão, para atrair para você também tolerância e boas energias”.

9-Assuma a responsabilidade e foque na solução dos problemas
Wallace alerta para as pessoas que vivem sempre a buscar culpados para os seus problemas. “Quando responsabilizamos o mundo ou uma pessoa específica pelos nossos problemas, estamos transferindo a responsabilidade da solução para uma instância que não depende de nós para que o problema seja, de fato, resolvido. Ao passo que quando assumimos a inteira responsabilidade pelos nossos problemas, estamos dizendo a nós mesmos que não dependemos de ninguém para encontrar a solução. Com isso, treinamos a mente a buscar soluções criativas dentro de nós mesmos para os nossos desafios e aprender a sempre superá-los sem depender de ninguém”, explica.

10-Cuide do seu corpo
Por fim, Wallace explica que podemos mudar a expressão genética do nosso DNA, a partir de um estilo de vida saudável e do gerenciamento eficaz dos nossos pensamentos, sentimentos e emoções. ” A ciência da Epigenética mostra que mesmo quando temos uma propensão genética a ter doenças que nossos pais tiveram, essa tendência pode ser eliminada quando adotamos um estilo de vida saudável, associados a bons hábitos alimentares, e ao gerenciamento eficaz da qualidade do que pensamos e sentimos. Agindo assim, o nosso DNA passará a produzir proteínas saudáveis, associadas a uma nova expressão genética que poderá ser transmitida às futuras gerações, eliminando a tendência de que padrões de adoecimento se perpetuem no âmbito familiar. Cuidar de você pode implicar não só na sua cura, como a quebra de um padrão de adoecimento familiar, possibilitando que as futuras gerações de sua família nasçam com uma tendência a ter uma vida saudável”, conclui.

E o consumidor?  Só na briga e carteirada?

golaviaoFalta de respeito com os direitos do consumidor batem recordes nas companhias aéreas.

Hoje, vou relatar outro caso de desrespeito com o consumidor. Estava contando para alguns amigos lá do jornal o caso da Ticha Ribeiro, que escrevi ontem aqui no site. Claro que eles ouviram horrorizados. Depois que a turma dispersou, meu colega Sandro Barnabé disse calmamente: “Se você quiser saber o que aconteceu comigo, na ida e na volta das minhas férias, com a Gol, eu te conto”.

Claro que quis saber na hora. Primeiro, porque sou jornalista e como tal sou muito curiosa. Segundo, porque poderia me render mais um artigo, como de fato está rendendo. Não para ocupar este espaço, mas para alertar os leitores de seus direitos e de como fazer valer cada um deles.

Sandro e a família compraram uma viagem para o Chile, para o dia 12 de dezembro. Sairiam de BH no voo da Gol para São Paulo bem cedo, pegariam outro em SP para Santiago às 10h30. No dia seguinte, sairiam de Santiago para outra cidade do Chile, que não me lembro mais qual era.

Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil

Saíram de casa no meio da madrugada com neblina, chegaram ao aeroporto de Confins com neblina e quando chegaram ao setor de check-in da Gol tinha uma fila enorme, tipo zig-zag e a informação era simples, voo cancelado por causa da neblina, Confins estava fechado para pousos e decolagens e a Gol iria, dentro do possível, remanejar os passageiros para outros voos.

Sandro percebeu na hora que perderia seu voo para o Chile. Viu uma fila vazia com uma placa informando que era para portadores de cartão ouro Smiles. Como tem um, foi para lá com a família e foi o primeiro a ser atendido. Mesmo assim ficou mais de 20 minutos em atendimento. A moça disse que ele seria colocado no voo do dia 16. Heim? Como assim?

O que a atendente não sabia é que conversava com uma pessoa que conhece as normas, regras, direitos e leis. Na mesma hora ele abriu seu roteiro de viagem com todas as passagens e reservas de hotéis, mostrou para a funcionária da Gol que perderia 4 dias de viagem, e perguntou se a Gol pagaria por tudo isso: passagens aéreas, hotel e passeios, para quatro pessoas.

A conversa mudou. A moça pediu um instantinho, sumiu um tempo e voltou informando que ele e a família seriam colocados em um voo às 13h para São Paulo e sairia para Santiago no mesmo dia, às 22h. Prazo suficiente para ele não perder seu voo no Chile dentro da sua programação. Como tem um cartão black da Master Card, passou a tarde na sala VIP, até a hora do seu embarque.

Mas não acabou por aí. Na volta, chegando a São Paulo, foi pegar seu voo para BH com 40 minutos de antecedência e a companhia disse que o check in já estava fechado. Como assim? Não arredaram o pé. Ele foi à Anac, pegou todos os papeis necessários com todas as leis de direito do consumidor e se dirigiu à GOL. Chegando lá, informaram que ele seria colocado em um voo às 22h. Como isso representa mais de 4 horas, ele mostrou a lei e exigiu hotel para família. Na mesma hora propuseram levá-lo para o aeroporto de Congonhas e pegar o voo das 13h para BH. Pagaram dois taxis, almoço etc. Ficaria mais barato do que hotel, almoço e transporte para os quatro.

Sandro só conseguiu tudo isso por conhecer seus direitos e por ter um cartão Ouro, porque se esperasse a fila enorme andar com certeza não chegaria a tempo de ter vaga no voo da noite que estava cheio. Afinal, não é fácil acomodar 150 pessoas e segundo ele, cerca de 40 pessoas que estavam no voo cancelado iriam para o Chile. Mas precisar dar “carteirada” para conseguir seus direitos é duro. E quem não tem a carta VIP? Vai engolindo as migalhas que eles oferecem?

Como os outros se viraram para viajar, eu não sei. Provavelmente, muita gente deve ter viajado dia 16 ou mais pra frente ainda. Outra coisa que espanta é Confins fechado. Uma das coisas que eles mais se gabam é de que este aeroporto tem uma visibilidade excelente e nunca fecha. Pelo visto isso é mais uma fala de marketing e propaganda.

Isabela Teixeira da Costa

E o consumidor? Que se dane!

Ticha Ribeiro
Ticha Ribeiro

As empresas no Brasil continuam sem respeitar o consumidor.

É impressionante como as empresas não respeitam o consumidor aqui no Brasil. Vou relatar o que ocorreu com uma amiga querida, Ticha Ribeiro, produtora de moda da melhor qualidade, é de estarrecer. Se fosse nos Estados Unidos ou na Europa com certeza o rumo da prosa seria outro, completamente diferente. Nunca vi tamanho descaso e desrespeito. Veja se não estou com a razão:

Ela comprou um tênis Nike em São Paulo, porque aqui em BH não encontrou a cor que queria. Segundo o vendedor, tratava-se de um calçado de grande tecnologia de conforto para os pés, a maior já criada.
O rapaz gastou um tempo explicando que era como caminhar nas nuvens, pois foi inspirado nos corredores africanos que corriam descalços. Disse que não precisa nem usar meias, de tão macio que era.
Bom, ela levou a maravilha para casa, até porque o design agradou muito. Já tinha visto aqui, só não tinha gostado das cores disponíveis, depois então, de entender o supra sumo que era, juntou a fome com a vontade de comer. Pagou R$ 800 pelo tênis novo.
nikePorém, quando chegou em Belo Horizonte, logo no primeiro uso teve a maior decepção da vida. Foi ao Diamond Mall e com menos de uma hora de andança seu calcanhar já estava escalavrado. Passou na loja da Nike que tem por lá e mostrou aos vendedores o estado do seu pé e eles disseram que uma única cliente tinha tido o mesmo problema, que a tira presa na meia estava com defeito.Viram que o tênis dela estava nas mesmas condições.
Como ela tinha comprando em São Paulo, não poderiam fazer a troca na hora e passaram o contato do SAC para fazer a reclamação, explicar a situação e pedir a troca.
Ticha ligou para a Nike, mandou as fotos do machucado com menos de 1 hora de uso, fotografou o tênis mostrando que estava intacto e recebeu uma resposta no mínimo desrespeitosa da Nike.

O pé confortável fica reto atrás, o que machuca está apertado e faz uma volta, comprimindo a perna. No caminhar o atrito fere a pele
O pé confortável fica reto atrás, o que machuca está apertado e faz uma volta, comprimindo a perna. No caminhar o atrito fere a pele

Veja na íntegra a resposta da Nike:

Resposta da Nike: “Agradecemos o contato. Informamos que o desconforto relacionado ao uso ou tamanho do produto não caracteriza um defeito/vício de fabricação. A troca por motivo de insatisfação com a cor, tamanho ou modelo deve ser negociada junto ao comerciante, sendo que este não tem a obrigatoriedade em seguir com a troca. Atenciosamente, Nike Brasil”

Como assim? Disseram que desconforto – num tênis que promete MÁXIMO CONFORTO –, não é motivo para troca. Eu heim, não se trata de desconforto e sim de ferir o pé de um usuário. Eles foram incapazes de recolher o tênis para fazer uma análise e ver se realmente tinha algum problema. E sugeriram que ela estava querendo trocar porque não gostou do modelo ou da cor. Como, se comprou em outro estado exatamente por ter gostado da cor!!
Uma empresa global deveria ter uma conduta global. Queria ver se eles dariam uma resposta como esta aos consumidores nos EUA ou Europa. Bom, minha amiga está com um elefante branco da Nike.

Não satisfeita ela ligou para lá novamente, se identificou, disse que era produtora de moda, respeitada, que era uma consumidora consciente, que não queria trocar por causa de modelo ou cor, que jamais faria isso. Pediram um minuto e retornaram dizendo que a primeira resposta prevalecia.

Foto depois de apenas 5 minutos de uso do tênis.
Foto depois de apenas 5 minutos de uso do tênis.

Decidiu ligar para a loja em São Paulo, falou com o vendedor e sabem o que ele disse? Para ela comprar uma meias da Nike ótimas, que tê proteção no calcanhar. Como assim? O tênis não foi vendido com a propaganda que era para ser usado sem meia? Agora, para tapar o problema querem enfiar guela abaixo meias acolchoadas e ganhar mais dinheiro da “boba” que caiu no conto do vigário e vai ter que amargas o encalhe e o prejuízo de R$ 800. Ticha, faz reclamação no Procon, entra no juizado de pequenas causas, e envie tudo para a Nike internacional para eles verem como a Nike Brasil está destruindo o nome e a imagem da empresa, que já tem suas manchas por causa da exploração de mão de obra barata em países subdesenvolvidos.

 

Isabela Teixeira da Costa

Salvar

Mudar ou não de escola? Eis a questão

escola1O que levar em conta na hora de decidir se vamos trocar nossos filhos de colégio, ou não?

Já disse aqui algumas vezes, que sempre estudei no Instituto Metodista Izabela Hendrix, e amava o colégio. Saí de lá depois de tomar uma bomba no primeiro ano do 2º grau. Foi em física. Aí, decidi fazer o chamado ensino médio com um técnico de secretariado porque já trabalhava como secretária do meu pai no jornal Estado de Minas.

Porém, um pouco antes, tinha resolvido mudar de colégio. Até hoje não sei o que deu na minha cabeça. Acho que foi burrice mesmo. Fui pro Pitágoras – nada contra o colégio –, era o colégio da moda, todo mundo estava indo pra lá e fui também. Fiquei dois meses e voltei correndo pro Izabela. Ninguém conhecia ninguém. Um colégio frio, indiferente. Nem… Gosto de calor humano, relacionamentos.

Enfim, cada aluno se adapta bem em um sistema escolar. Minha irmã estudou no Izabela, no Santo Antonio, no Pitágoras e gostou de todos. A filha de uma grande amiga, lá nos anos 90, estudava no Loyola e teve que sair porque ficou com uma depressão terrível. Não aguentou a pressão. Por outro lado, conheço diversas pessoas e filhos de amigos que estudam lá e amam. Têm turma grande, são excelentes nos estudos. Na Festa de Natal da Jornada Solidária no ano passado foi uma galera do Loyola trabalhar como voluntários.

Cada caso é um caso. Cada um sabe o calo lhe aperta. O que não pode é a criança querer trocar de colégio e os pais não escutarem o que ele diz. É claro que a primeira escolha da escola cabe aos pais que levarão em conta vários aspectos como proximidade com o local onde moram, referencia escolar de onde estudaram, avaliação geral de ser um bom colégio pedagogicamente falando e com um grau de ensino elevado, etc.

escolaMas depois que o filho já está encaminhado, resta aos pais observarem o andamento dele na vida acadêmica. Uma vez tive que tomar esta decisão. Tirei minha filha do Izabela Hendrix, onde ela estava desde o maternal 2, e passei para o Edna Roriz. Fiz isso porque o Izabela não soube alfabetizar as crianças no pré-primário com a teoria piagetiana que estavam implantando. Quem sofreu foram as crianças. Minha menina começou a ficar traumatizada e sofrendo bulling, tinha que dar um jeito nisso.

Ela detestou a turma do Edna, mas a didática do colégio foi excelente. Com dois meses lá ela me disse que era inteligente e não sabia. Nunca esqueci estas palavras. Soaram como mel nos meus ouvidos. Ficou por lá dois anos. Sei que foram anos sofridos para ela, mas necessários. Depois, voltou para o Izabela. Hoje, é formada em duas faculdades: arquitetura e teologia. Adora ler, é estudiosa, aplicada, responsável. Chega de falar, porque vão dizer que sou mãe coruja, mas quem a conhece sabe que estou falando a verdade.

Segundo Ronaldo Yungh, diretor do Colégio Visão em Goiás, o importante é avaliar, entre vários aspectos, fatores distintos do dia a dia dos jovens, como o relacionamento entre os colegas de classe. A pedagogia voltada para novos ares, além do ambiente escolar, também devem ser levados em conta na hora de optar por uma instituição de ensino. “O ideal é que a criança veja, e não os pais, se ela está satisfeita com aquele sistema de ensino. A partir da avaliação dela, os pais devem observar o comportamento”, ressalta o pedagogo, ao abordar que um dos fatores que mais ocasiona a troca de instituição é a mudança de endereço da família, fazendo com que os filhos fiquem o mais próximo de casa.

De acordo com Ronaldo, o comportamento leva a alguns indícios para os responsáveis saberem se os filhos estão satisfeitos ou não. “Muitas vezes, a criança ou o adolescente chega em casa já contando sobre a vivência dos alunos, do relacionamento com os professores, das atividades realizadas. Demonstra interesse e entusiasmo pelas atividades do dia a dia”. Para o pedagogo, até mesmo a insatisfação dos profissionais de ensino é um ponto a ser ressaltado, já que o aluno tende a se inspirar muito no que o professor fala.

O especialista diz que a troca de ambiente escolar, para os alunos que não estão satisfeitos, pode ser uma motivação, e não uma desvantagem, como veem muitos pais, já que a mudança de ares pode indicar novas ideias, no caminho para um trabalho melhor.

O que um pai não deve fazer é, percebendo que seu filho vai mal nos estudos, que o colégio está muito forte para ele, é insistir em mantê-lo ali. Isso só vai desestimulá-lo, provavelmente será vítima de bulling pelos colegas e ainda correrá o risco de tomar bomba. Fiquem atentos, a hora é agora.

Isabela Teixeira da Costa

Bocão

design-sem-nome
Pastor Luiz de Jesus

Quem tem boca grande, uma hora dança.

Esse negócio de ter boca grande dá um prejuízo… Eu sou bocuda. Já aprendei muito, mas vira e mexe meto os pés pelas mãos. Não estou me referindo ao tamanho da boca propriamente dito, mas àquelas pessoas que acabam falando mais do que devem. E aqui não me refiro a fofocas, que fique bem claro. Não sou fofoqueira.

Sabem pessoas que são sinceras demais, ou falam o que pensam, ou emitem suas opiniões, doa a quem doer? Pois é, são essas pessoas que estou chamando de bocudas, ou boca grande, ou ainda bocão. Tem horas que perdemos boas oportunidades de ficarmos calados.

Quando digo que estou aprendendo a me controlar é a mais pura verdade. Tenho uma conhecida, é uma conhecida um pouco mais chegada, mas que nos encontramos pouco. Gente boníssima, mas sabe aquela pessoa que está com um visual que já passou de moda há pelo menos três décadas? Pois é. O problema é que para o trabalho que ela exerce o visual é extremamente importante. Não falei nada com ela. Se fosse em outros tempos já teria chamado ela no canto há muito tempo e batido um papo reto. Porém, não sou tão íntima assim, e não tenho nada a ver com a vida dela. Mas que ajudaria muito, ajudaria.

Quando um bocão cruza com uma pessoa extremamente delicada, que jamais ignoraria a fala da outra, pronto, o desastre está completo. Há algumas semanas estava em um casamento com algumas amigas e uma delas começou a contar um caso – que eu já conhecia –, de quando foi para São Paulo, na época da Páscoa, e trouxe lindos coelhos de chocolate, grandes, com laços vermelhos e guizos no pescoço para dar de presente para os pastores de nossa igreja.

Trouxe tudo no colo, junto com sua filha que não gostou muito da ideia. E levou ao culto no domingo de Páscoa. Imaginem a cena: várias caixas e o barulhinho dos guizos, enquanto ela e seus filhos caminhavam com as caixas. Chegando lá, o pastor Luiz de Jesus pregava sobre o verdadeiro sentido da Páscoa. Ele é bocudo.

Abrindo um parêntese, Luiz estava no casamento, assim que ela começou a contar o caso disse que até hoje ele não sabia da história. Não deu outra, corri lá e o trouxe porque sei que é chocólatra de carteirinha. E ela contou tudo o que eu já relatei. E ele foi rindo e lembrando da pregação. Não aguentou e disse: “E eu falei para ninguém me dar coelho de chocolate!!!”.

A mesa veio abaixo de tanto rir. E ela também e concluiu. “Saí de lá com as minhas caixas, fazendo barulhinho, e não dei presente para nenhum pastor. Fui almoçar na casa da minha irmã. A mesa estava toda enfeitada de coelhinhos e tinha vários pastores. Dei uma caixa para cada um deles”.

Ele ficou desesperado. “Eu quero meu colho de chocolate. Pode me dar”. Isso foi há anos. A mesa toda estava chorando de rir. O coelho é uma poesia. Se fosse eu, daria o presente do mesmo jeito, mas ela é tão delicada que ficou constrangida depois de tudo o que ele disse, apesar de que ele brinca muito em suas pregações. Bem feito, falou demais, deu bom dia a cavalo, como dizia minha avó.

Isabela Teixeira da Costa

Salvar

Não se contente com o mais ou menos

Padre Fábio de Melo / Foto divulgação
Padre Fábio de Melo / Foto divulgação

“Porque é morno, e não é frio nem quente, vou vomitá-lo da minha boca”.

Esta semana recebi um texto do padre Fábio de Melo que achei muito legal. Eu não o conheço pessoalmente, mas temos vários amigos em comum que o elogiam tanto, que deve ser uma pessoa muito bacana. Pelo menos fala coisas muito legais. Para falar a verdade, era um áudio que resolvi transcrever parte dele. Achei tão pertinente, principalmente porque me lembrou uma amiga que encontrei recentemente, depois de alguns anos sem nos vermos.

O texto fala sobre o mais ou menos, que não devemos nos contentar com o mediano, temos que querer o melhor, porque fomos criados por Deus e somos preciosos. É a mais pura verdade. Uma vez o pastor Sandro Gonzales perguntou qual era o sinônimo de ruim. Muita gente respondeu péssimo e coisas parecidas, mas ele respondeu “bom”. O contrário de ruim não é bom, mas é ótimo. Bom é o mais ou menos.

positivo maovermelha“Você já viu o tanto que cresce no nosso meio um tipo de gente que podemos classificar assim: mais ou menos?
Você pergunta pro rapaz, assim: “E aí, como vai a vida?” E ele responde: “mais ou menos”
Olha pra menina e pergunta: “E aí, como que vai o rapazinho aí?” E ela responde: “mais ou menos” – “Como é que vai esse namoro?” – “Mais ou menos”. E quem namora mais ou menos, se conhece mais ou menos, casa mais ou menos, depois vive mais ou menos, larga mais ou menos e assim segue. A gente vai multiplicando o mais ou menos na vida. “Como vai o seu marido?” – “Mais ou menos” (mais pra menos. rsrs) “Como vai a sua esposa?” – “É… mais ou menos”.
É muito triste a gente ser mais ou menos! E não são poucos os momentos da vida em que a gente se percebe na condição de mais ou menos.
A gente aprende inglês mais ou menos, (the book is on the table. E acabou!). Você faz um cursinho mais ou menos. Você faz uma faculdade mais ou menos.
Aí, depois você vai mais ou menos doente, e o médico é mais ou menos também e vai fazer uma cirurgia mais ou menos em você… e aí a gente vai vendo as complicações do mundo “mais ou menos” a partir do momento em que você precisa de alguém competente.
Precisa-se de um advogado competente, mas infelizmente ele fez uma faculdade mais ou menos, estudou mais ou menos, se tornou um advogado mais ou menos e ele vai te ajudar mais ou menos.
Aí quando você precisa do marido… ah, ele também foi amado mais ou menos dentro de casa,  vai ser um namorado mais ou menos, vai ser um pai mais ou menos e aí você vai ter filhos mais ou menos.
Não tem nada mais triste!

Ser gente mais ou menos no mundo de hoje, é quando a gente quase faz, a gente quase acredita. Ser católico mais ou menos, ser crente mais ou menos, é uma tristeza! Sou seu amigo, mais ou menos. Não, cristão não pode se acostumar com mais ou menos, porque mais ou menos é lugar preguiçoso.
Gente que quer fazer a diferença no mundo, não pode se contentar com situações mais ou menos, de qualquer jeito. Quem ama de qualquer jeito, de qualquer jeito vai embora. Não deixe ninguém entrar de qualquer jeito na sua vida, porque você não foi feito de qualquer jeito. Você é precioso.”

Em Apocalipse Deus fala que prefere uma pessoa fria ou quente, o morno ele diz que vai vomitar de sua boca, Ele não gosta de nada mais ou menos.

Esse texto me lembra a amiga que disse lá em cima porque ela é pessimista. Toda vez que encontro com ela, sempre tem um caso de doença para contar, até o seu tom de voz é para baixo. Ela não consegue ficar alegre com nada. A vontade que tenho é de dar uma chacoalhada nela. Chamar sua atenção tipo: “Acorda, Alice. A vida é curta, divirta-se, seja feliz”.

Acho que vou mandar esse áudio para ela.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com o bullying

bullyingAgora, lei cuida de bullying e ciberbullying.

Sempre existiu implicância entre crianças. Umas bobinhas, outras mais pesadas. É só perguntar para quem tem apelido. 90% dos casos o apelido foi criado como motivo de implicância e só pegou porque a outra parte achou ruim, se irritou. A receita era garantida: não gostou do apelido, pegou. Quem não ligava, o novo apelido estava fadado ao fracasso, não colava. Coitado do criativo colega que inventava, ficava na maior frustração.

Com o passar das décadas e a evolução da sociedade começou o “politicamente correto”. Pronto, depois disso não podia se falar mais nada, tudo era “politicamente incorreto”. Por décadas o nome do programa de responsabilidade social do jornal Estado de Minas era Jornada pelo Natal do Menor, teve que mudar para Criança, porque menor era incorreto.

Para os humoristas foi outro grande problema, pois se viram cerceados em seu trabalho – nada mais era permitido, tudo recriminado –, qualquer piada que faziam era preconceito e bullying e um imenso mar de oportunidades se abriu para os maldosos colegas. O que era implicância quase inocente virou bullying da pior espécie.

Vamos concordar que tem muita criança que é maldosa, acho que faz parte da natureza humana, porém, nem tudo que elas fazem é por maldade, às vezes por simples brincadeira inocente, só para implicar mesmo. Mas agora, tudo virou provocação maldosa. Gordinho, narigudo, muito magro, negro, muito alto, baixinho, tímido, estudioso, usa óculos, até mesmo o que tem muita espinha (natural em determinada época da adolescência). Tudo é motivo para o bullying.

Para combater esse problema foi que lei de número 13.185, sancionada em novembro de 2015, entrou em vigor em fevereiro deste ano e agora as escolas, agremiações recreativas e clubes podem ser responsabilizados civilmente por omissão em casos que envolvam práticas de bullying em suas dependências.

Para quem não sabe ainda, a lei institui o Programa de Prevenção e Combate ao Bullying presencial e digital. Bullying é definido como a prática de atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima.

As escolas têm o dever de se enquadrar às exigências da nova lei e o seu não cumprimento poderá caracterizar “defeito” na prestação dos serviços educacionais. A lei trabalha com o objetivo de não minimizar os efeitos e riscos decorrentes de incidentes entre os alunos, como também, a capacitação do corpo docente para que tome as providências necessárias para o afastamento da responsabilização civil da instituição de ensino (o que também se aplica aos clubes e agremiações recreativas).

A criança ou o adolescente que sofrer ou presenciar o bullying deve buscar orientação com seus pais e educadores, e eles devem agir promovendo auxílios psicológico, jurídico e social que forem necessários, acolhendo e orientando a vítima e o agressor, para acabar, o quanto antes, com a prática do bullying e minimizar os danos.

Não tiro a importância da lei, e penso que ela deve estar funcionando, pois desde fevereiro não ouvi mais falar dela, nem mal, nem bem. Nem mesmo uma única denuncia de alguém ter denunciado uma agressão e não ter sido atendido, porém ressalto o exagero de classificar tudo como bullying.

Em março de 2012, Augusto Martini escreveu uma crônica sobre sua infância que correu a internet, e acho muito apropriada reproduzir trechos dela aqui.

“Cai uma chuva torrencial lá fora. (…) Por um instante fiquei lembrando de minha infância, em Rio Claro, nos anos 60 e 70. Chuva era sinônimo de diversão! Andar de bicicleta sentindo a chuva bater forte no rosto, brincar na enxurrada – correndo na água ou soltando barquinhos de papel.

Quem foi criança nos anos 60 e 70, sabia o que era brincar, sim senhor!

Tudo muito simples – latinhas, pneus velhos, jornais, folhas usadas de caderno – e brincadeiras aconteciam.

Uma latinha com água, um talo de mamona ou de mamoeiro (ou pedaço de mangueira de jardim) e sabão em pó. Pronto! Estava pronta a brincadeira. Era só enfiar o canudo na água ensaboada e soprar. Dezenas de bolinhas transparentes bailavam no ar até estourar. Confesso que, por diversas vezes, engoli a água com sabão. Fazíamos competições – quem fazia a bolha maior? Naquela época era simples fazer uma criança feliz!

Tudo se transformava em brinquedo ou brincadeira, graças a nossa criatividade. Diversão garantida por um longo período.

(…)Tive muitos amigos, brincávamos juntos (meninas e meninos), brigávamos muito (meia hora depois, ficávamos “de bem”), dividíamos brinquedos e guloseimas. Tive apelidos, coloquei apelidos e, tudo bem? Não se conhecia a palavra bullying, e essas perseguições vergonhosas ainda não era coisa que traumatizava tanto.

Ralei joelho, arranquei a tampa do dedão, furei o pé com prego enferrujado, briguei na rua, toquei campainha e saí correndo, roubei jabuticabas no caminho da escola, fiquei de castigo, apanhei de chinelo, de cinto, de vara.

Brinquei de pega-pega, mãe-da-rua, esconde-esconde, passa-anel, balança-caixão, morto-vivo, batata-quente, adoletá, cobra-cega, nós quatro, pula-sela, cama-de-gato, policia e ladrão, pular corda, pião, bolinha de gude, rodei pneu, tive balanço no flamboyant que tinha em frente a minha casa e muito, muito mais. Brinquei na terra, no barro, na lama, na areia, peguei peixinho e girino no rio, coloquei chinelo na enxurrada, fiz barquinho de papel. Fiz e soltei muita pipa!

Corri atrás do carrinho de algodão-doce, sorveteiro e do homem do quebra-queixo.

Tomei banho de mangueira, de bacia (não tinha chuveiro em minha casa), tomei banho no tanque de lavar roupa.

(…)Isso sim foi infância! Sem essas armadilhas tecnológicas que prendem as crianças em frente à TV, ao computador ou vídeo game. Aliás, não tinha TV em casa. Quando assistia ao Túnel do Tempo, Viagem ao fundo do mar, Perdidos no espaço, era na casa da Tia Nica, uma simpática velhinha que recolhia a mim e a minhas irmãs na sala da casa dela. Lá, tomamos Tubaína pela primeira vez!

Criança brincava com criança, com ou sem brinquedo. Usávamos a imaginação e criatividade.

Quando ganhávamos um presente e que nunca era o que queríamos, aceitávamos, pois era o que os pais podiam dar – e éramos gratos por isso.

Eu fui uma criança feliz! Por esse motivo, eu sou um adulto feliz! Simples, não é mesmo?

E você, o que pode me contar de sua infância?”

Simples assim, apelido não era bullying, apanhar de pais não era espancamento, mas correção e educação. Ouvir não e não ganhar o que queria, não tinha problema, aprendemos a ter limites, tudo isso fazia parte da formação do caráter de um ser humano.

Isabela Teixeira da Costa

Quando é hora de buscar um novo emprego?

Marcus Garcia / Divulgação
Marcus Garcia / Divulgação

As mudanças de perfil com o passar do tempo.

Recebi um artigo do especialista em inteligência motivacional e gestão de pessoas de Curitiba, Marcus Garcia, que achei bem interessante e decidi publicá-lo na íntegra. O motivo é porque esclarece um pouco o perfil tantos do mercado quanto dos profissionais de hoje.

Trabalho há 40 anos na mesma empresa. Isso não significa que não tenha feito outras coisas na vida, paralelamente ao meu trabalho no jornal. Já trabalhei na Assembleia Legislativa, na Prefeitura, tive sociedade em duas empresas de assessoria de imprensa, uma com a Adria Castro e outra com Ângela Valente, inclusive já representei uma revista de São Paulo por aqui.

Nunca saí do Estado de Minas, visto a camisa da empresa, amo o que faço e tenho que confessar, que tirando os trabalhos em órgãos governamentais – esses eu detestei política não é minha praia -, todos os outros eu gostei muito do trabalho e da companhia. E fico intrigada com os profissionais de hoje que não se apegam a nada. Outros tempos, outras cabeças.

Por Marcus Garcia

Mudar constantemente de emprego é uma atitude cada vez mais comum. A velocidade dos acontecimentos nas empresas versus as expectativas dos colaboradores contribui para esta nova realidade, e exige um novo modo de pensar. Um jovem, por exemplo, que entra como trainee em uma empresa almeja em até três anos estar em uma posição de gestão bem consolidada e se não acontece, buscará novos horizontes.

Outra razão para as mudanças de emprego é a disputa de empresas por talentos, que chegam a fazer propostas milionárias para contar com os melhores profissionais. Hoje, o mercado não considera negativo trocar de trabalho, desde que exista o bom desempenho onde atua. Para quem deseja buscar um novo emprego, deve avaliar se o perfil da instituição atende ao que se espera.

Muitos profissionais são movidos pelo novo, pelas mudanças e dificuldades inerentes à profissão. A ausência de oportunidades de ascensão a novos cargos e patamares salariais pode ser um fator que desmotive com o passar do tempo. Um ponto de partida é verificar nos portais, a Missão, Visão e Valores de uma empresa. As redes sociais, tanto reais quanto virtuais, também são poderosas ferramentas para obter conhecimento sobre uma empresa em relação aos seus funcionários.

Há quem queira deixar de ser colaborador em uma empresa privada para se tornar um empresário ou funcionário público. Em ambos os casos, o colaborador precisa avaliar o que realmente quer e saber ponderar tudo. O empreendedorismo é algo que pode ser aprendido e se transformar em uma oportunidade de negócio. Só que para isso é seguro buscar informação com um órgão de fomento antes de dar qualquer passo, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

O emprego público, sempre tão almejado por causa de suas melhores condições de salários, benefícios e adicionais de salário, pode não ser vantajoso para todos. Em uma repartição pública, um fator decisivo pode ser a velocidade com a qual a pessoa prefere fazer as coisas. Quem é muito agitado ou cheio de ideias pode acabar frustrado.

Isabela Teixeira da Costa