O mundo é das mulheres

Para falar a verdade, acho que o Dia Internacional da Mulher já teve sua importância, hoje, não precisamos mais disso. Mesmo assim, é uma boa oportunidade de ressaltarmos nossas qualidades.

Mulher é batuta. Somos bacanas demais. Somos fortes e frágeis, guerreiras e delicadas, duronas e sensíveis, racionais e emotivas. Erra quem pensa que vivemos em dualidade, absolutamente, somos completas e complexas, cheias de nuances que nos colorem, nos dão o charme e a beleza de ser.

Um poeta desconhecido, ou simplesmente alguém inspirado, escreveu certo dia um texto como se fosse um diálogo entre Deus e um anjo, quando o Criador estava criando a mulher. Este diálogo rodou internet, mas alguns trechos descrevem com perfeição as características únicas desses seres fantásticos que somos.

“Ela deve ser completamente flexível, porém não será de plástico, deve ter mais de 200 partes móveis, todas arredondadas e macias e deve ser capaz de funcionar com uma dieta rígida, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelho raspado até um coração ferido. (…) Ela se cura sozinha quando está doente e ainda pode trabalhar 18 horas por dia. (…) É suave, porém, a fiz também forte. Não tens ideia do que pode aguentar ou conseguir. (…) Será capaz de pensar, de raciocinar e negociar, mesmo que pareça ser desligada ela prestará atenção em tudo o que for importante. (…) As lágrimas são sua maneira de expressar seu amor, sua alegria, sua sorte, suas penas, seu desengano, sua solidão, seu sofrimento e seu orgulho… (…) A mulher é verdadeiramente maravilhosa.

Sim, ela é! A mulher tem forças que maravilham os homens. Aguentam dificuldades, carregam grandes cargas físicas e emocionais, porém, têm amor e sorte. Sorriem, quando querem gritar, cantam, quando querem chorar, choram, quando estão felizes, riem, quando estão nervosas, lutam por aquilo que acreditam, enfrentam a injustiça, não toleram o ‘não’ como resposta, principalmente quando elas acreditam e percebem que há uma solução melhor. E ainda privam-se, para que sua família possa ter algo, vão ao médico com uma amiga que tem medo de ir sozinha, amam incondicionalmente, choram quando seus filhos não triunfam e se alegram quando suas amizades conseguem prêmios. Seu coração se despedaça quando morre alguém próximo, mas são ainda mais fortes quando parecem não terem mais forças. Porém, há um defeito, às vezes, elas se esquecem o quanto valem…”

Somos assim mesmo. E a prova disso é que cada vez mais ocupamos cargos que geralmente e tradicionalmente sempre foram ocupados por homens. Em Ibirité, temos a Michele Alves, de 35 anos, a primeira mulher operadora que controla sozinha o processo de lacre e etiquetamento de todos os botijões de gás da Copagaz. Mãe de sete filhos, Michele atua na unidade desde 2015 diz que nunca sentiu indiferença ou dificuldade em trabalhar com homens por sempre ter sido respeitada por eles. Além disso, não há qualquer distinção formal entre os salários praticados na Copagaz em função de gênero.

Outra que voou alto foi a Dina Barile, a única brasileira a ir para o espaço. Ela é jornalista, filha de imigrantes italianos que fugiram do caos pós-guerra, viveu uma infância bem humilde, quando dependia de boas notas escolares para conseguir bolsas de estudos para poder estudar. Hoje, fala quatro idiomas. Fascinada por novas experiências e por conhecer mais, embarcou recentemente em um caça MIG 29, na base de Sokol, na Rússia, e se tornou a primeira e única mulher brasileira a chegar à Estratosfera. No dia seguinte, realizou um voo em gravidade zero. Para nós, mulheres, não há limites.

Isabela Teixeira da Costa

Coluna publicada no caderno EM Cultura do Estado de Minas

Chá de aeroporto

As companhias aéreas dispõem dos passageiros dando desculpas que nunca conseguiremos saber o que realmente é verdadeiro. Apesar dos direitos ainda ficamos à sua mercê.

Há alguns dias atrás uma amiga fez uma viagem curta. Foi brindar o aniversário de uma amiga querida. Nesta época de vacas magras e com muitas opções de sites que oferecem passagens aéreas com desconto, lembro dela me contando de sua saga para escolher o melhor custo benefício em termos de passagem aérea.
Seu destino era Goiânia. Viajaria em uma sexta-feira, com pretensão de retornar no domingo à noite. Olhou de todos os sites existentes, no site das companhias aéreas e no novo maxmilhas. Decidiu, depois de uma pesquisa, que o melhor trajeto seria a ida com uma escala e a volta direto. Comprou a ida em uma empresa, dessa forma a passagem era casada, já que todo o percurso, inclusive a escala eram com a mesma companhia.
Como é empresária e a empresa depende de seu trabalho, precisou trabalhar na sexta-feira pela manhã e por isso saiu correndo para o aeroporto, pois precisava estar lá às 14h. Já tinha feito o check in antecipado – facilidades da tecnologia moderna –, e como não teria que despachar bagagem, foi direto para o embarque. Chegando lá ouviu chamarem seu nome no alto falante. Levou aquele susto, estranhando o ocorrido já que estava dentro do horário. Chegando ao balcão o rapaz informou que o voo estava atrasado e portanto havia grande chance de ela perder a conexão, por isso eles a tinham transferido para outra cia aérea, e que era para se dirigir para lá e se apresentar.
Lá foi ela e ficou sabendo que seu voo sairia às 18h, com escala em Brasília e chegaria em Goiânia às 21h45. Ou seja, um dia de chá de aeroporto. E do nada ganhou up grade para espaço confort. Quando ela me contou o caso fiquei matutando o por quê de tamanha generosidade de outra empresa, já que eles estavam quebrando o gralho da concorrente. Aí tem. Sinceramente, não confio em ninguém, acho que o voo original estava com overbook e eles deram esse “tomé” nela.
Por isso, nunca é demais relembras os direitos que temos com relação às empresas de aviação. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), os atrasos de voos são considerados um dos maiores problemas enfrentados pelos viajantes. As causas são diversas: tráfego aéreo, problemas técnicos, condições meteorológicas ou até mesmo o próprio passageiro, quando realiza o check-in, despacha as bagagens, mas não comparece no embarque. De acordo com a ANAC, os passageiros devem ser informados a cada 30 minutos sobre o status dos voos e, em caso de cancelamento, a informação deve ser dada imediatamente. Conforme o tempo de espera, as empresas devem oferecer, gratuitamente, assistência material (acesso à internet, telefone e alimentação por meio de voucher, por exemplo).
Quando o atraso ultrapassa quatro horas, é obrigação da companhia aérea oferecer reacomodação (em caso de pernoite no aeroporto), reembolso integral e outra mobilidade de transporte ao passageiro, conforme escolha do passageiro. Conferir o site da companhia aérea e o e-mail cadastrado para verificar se não houve alterações nos voos, chegar com antecedência ao aeroporto e se atentar aos painéis informativos são algumas medidas que podem evitar atrasos por parte do passageiros. Também é recomendado optar por voos diretos. Caso não seja possível, é importante que a haja um tempo adicional entre voos, o que ajuda a reduzir a possibilidade de perder o embarque do próximo trecho.

Isabela Teixeira da Costa

Coluna publicada no caderno EM Cultura do Estado de Minas

O problema da calvície

A calvície incomoda muito as pessoas, mas os tratamentos modernos mostram que ela pode ter cura, pois têm alcançando altos índices de sucesso.

O ditado popular de que “é dos carecas que elas gostam mais” pode valer para os homens, mesmo assim muitos deles não abrem mão das madeixas, mas quando a calvície atinge mulheres, o problema fica grave. O cabelo é a moldura do rosto da mulher e quando ele começa a cair mexe, e muito com a autoestima feminina. A alopécia (nome científico para a calvície) pode estar associada a fatores exógenos, que são causas externas ao corpo, como endógenos, aqueles gerados pelo próprio organismo.

Qualquer pessoa, quando vê um volume maior de fios no chão do box, na escova ou no pente entra em pânico. A maioria corre atrás de soluções para parar o problema e recuperar o dano. Infelizmente, são poucas as pessoas que têm conhecimento do que fazer. A primeira medida é ir a uma farmácia e comprar os conhecidos medicamentos que enchem os canis de publicidade. Ajudam sim. Muitos importam o conhecido Biotin – aqui também tem, mas dizem que o importando surte melhor efeito –, porém, em muitos casos, apenas o medicamento não é suficiente para tratar o problema.

Tenho uma amiga que é praticamente careca. Ela me disse que a perda começou há cerca de seis anos e percebeu que sempre que pintava o cabelo caía muitos fios em sua mão, de forma exagerada. Procurou uma dermatologista que identificou algumas causas: genética – o pai e toda a família dele são carecas –, química (tintura de cabelo), anemia. A média disse que precisaria tomar um medicamento que em alguns casos ataca o globo ocular e como ela já tem problema grave nas vistas, optou por ficar careca em vez de cega. Hoje, está mais conformada e diz que seu problema incomoda mais as pessoas ao seu redor do que ela mesma. Já teve gente que chegou a lhe oferecer uma peruca.

O robô

Graças a tecnologia e ao avanço da medicina, já existem muitas clínicas que se dedicam ao tratamento capilar. Uma delas é a Clínica Regis, que tem um tecnologia avançada por meio de equipamento de robótica. Segundo o dermatologista Marcos Felipe Fonseca Alves, a calvície é uma condição genética que atinge em torno de 70% dos homens, até os 80 anos, e cerca de 50% das mulheres. A cirurgia robótica traz uma técnica de transplante capilar menos invasiva e não deixa cicatriz linear na área doadora. A clínica é a precursora desta terapêutica no país, mas existem vários outros tratamentos, de acordo com o problema do paciente, entre eles, a micro pigmentação, quando não se pode implantar e a área de calvície não é muito grande.

Outro estudioso no assunto que tem um método bem diferente é Moysés Salomão. Sei que dá resultado porque conheço várias pessoas que tratam com ele. Seus clientes usam um xampu feito por ele, não podem usar nenhum tipo de creme no cabelo, tem que lavar os cabelos diariamente, e usar vinagre uma vez por semana. Diariamente beber um suco com couve e ir, uma vez por mês para fazer uma poda nos cabelos que estão nascendo. A tintura é permitida, porém, nada de luzes. Como disse, dá resultado, o problema é que nem todo mundo consegue manter essa persistência para seguir suas orientações.

A fisioterapeuta dermato funcional Cristiana Motta é outra estudiosa da estética que faz um tratamento bem diferente por meio de micro agulhamento no couro cabeludo, com carbox terapia e luz de led, associados a produtos tópicos e um home care com nutre hair, capsulas e spray de fator de crescimento. A profissional deixa claro que não existe alta em tratamento capilar. Depois do tratamento é preciso uma manutenção constante.

A médica Sarina Ochipinti, do Instituto Sari faz um tratamento à base de ozonio terapia, que rejuvenesce e fortalece os folículos pilosos. A terapia melhora a circulação sanguínea e elimina qualquer infecção microbiana que tenha no couro cabeludo. Não faltam opções, resta saber qual a melhor para o tipo de queda.

Isabela Teixeira da Costa

Coluna publicada no caderno Em Cultura do Estado de Minas

A primeira mulher dentro de nós insiste: o mito da mitocôndria

Entramos em março, mês que comemoramos o Dia Internacional da Mulher. A psicanalista e doutora em psicologia pela UFMG, Iza Haddad, enviou para a coluna uma crônica sobre a mulher, bem pertinente para marcar a data, que reproduzimos aqui, na íntegra.

Ilustração Son Salvador

“Ela tinha 9 anos quando a professora lhe iniciou em um saber que se tornaria a alavanca para seu desejo de entender a origem do poder das mulheres sobre a vida. Sem o saber, já se perguntava sobre o que Simone de Beauvoir, a filósofa francesa, afirmou. “A menina torna-se mulher, não nasce mulher!”. Foi em uma aula que ciências que o inesperado calou-lhe a voz! Para a mulher em semente que existia na menina havia alí um atalho que a conduziria à porta magna do enigma da feminilidade. A menininha, fora de si, com os olhos encantados, escutou a explicação sobre uma organela chamada mitocôndria. Foi arrebatada ao campo infantil das ideias mágicas e se viu imediatamente como uma cientista ao microscópio, lá de onde avistaria a alma de cortes histológicos e ‘liquores’ do corpo feminino. Enfim, entenderia, com seus olhinhos clínicos, a mitologia da mulher!
A explicação sobre a origem da mitocôndria lhe encantou. Vagou por algum tempo no recreio, entre as árvores da escola, que ficava no coração da mata da UFMG. Desde muito pequena, sumia pelas estantes de livros da biblioteca para estudar o que não entendia. (Não tinha Google nessa época!). Quando se inquietava com algo, perguntava à mãe, a primeira mulher da vida de uma menina. Se não lhe respondia o suficiente, fazia visitas à biblioteca até sossegar seu anseio de saber. Lamentou-se por não lembrar o nome da professora que lhe iniciara nos desígnios da feminilidade, já que a lenda da organela de respiração celular mais importante do corpo humano a deixaria intrigada pela vida a fora.
Soubera naquele dia que dentro de uma mitocôndria havia apenas material genético feminino. Ou seja, dentro de você leitora, de você leitor e de todos seus antepassados há somente genes mitocondriais femininos. Essa célula carrega informações genéticas das mulheres de sua árvore genealógica, eliminando a linhagem patrilínia. Na fecundação do óvulo pelo espermatozoide, a calda do gameta masculino, rica em mitocôndrias, é perdida e o óvulo fecundado, recebe somente um acervo exclusivo de DNAs femininos. (Valeu, mãe, pelas mitocôndrias, no caso essa herança é só sua). A mitocôndria, cujo termo em grego significa mitos, filamento, e chondrion, pequeno grânulo, converte substâncias como glicose e oxigênio em energia química usada na respiração celular. Considerada usina de energia está presente em grande quantidade no sistema nervoso, no coração e no sistema muscular. Enfim, toda a complexidade dessa organela está organizada sobre uma trama de genes femininos.
Anos mais tarde, já adulta, essa descoberta produziu na menina uma constatação: há em nós o rastro de um elemento feminino, geracional. Se pudéssemos retroceder no tempo, até chegar ao fundo desse segredo, rastreando a transmissão das mitocôndrias pelos séculos, chegaríamos ao seio da hipotética Eva-Mitocondrial, analogia à primeira mulher bíblica, que soube antes de Adão sobre os mistérios da carne. Se dentro de todos nós existe o DNA mitocondrial que herdamos das mulheres, então há um lugar originário para a feminilidade no corpo da humanidade. O mito da mitocôndria reafirma o traço feminino que nos lembra de que fomos paridos por uma fêmea-mulher que carregamos na memória de nossas células. O rastro da feminilidade nessa herança recoloca o enigma sobre a mulher, e nos reconduz, como rebentos, ainda prematuros, à mitocôndria, célula-útero. Não há evolução científica que aplaque, nem fármacos que curem nossos sentidos primitivos de saber que brotamos da carne interiorana das mulheres; recanto escuro, silencioso e solitário de onde um dia viemos, e para onde retornaremos, pelo menos enquanto sonharmos que ainda temos saudade de casa.”

Isabela Teixeira da Costa

Coluna Publicada no Caderno EM Cultura do Estado de Minas

Dia Mundial das Doenças Raras

Hoje, é o Dia Mundial das Doenças Raras e pessoas que sofrem com algum tipo de doença assim, enfrentam dificuldades para conseguir diagnóstico e tratamento.

Ilustração Son Salvador

Cada dia que passa me surpreendo com as datas especiais que são criadas. Sei que é a maneira de os profissionais de comunicação e de marketing darem destaque a um determinado tema para o qual a mídia não dedica muito espaço, e na maioria das vezes não dedica espaço nenhum.
O grande problema é que o volume de dias especiais tem crescido tanto que o tiro tem saído pela culatra, pois fica difícil dar destaque para tanta coisa. A cor dos meses para voltar o olhar para determinadas doenças são tantas, que ninguém mais consegue se lembrar nem da cor, nem do seu mês e muito menos da doença que ela representa. Os que vingaram mesmo foram o outubro rosa e o novembro azul.
Porem, recebemos um material sobre 28 de fevereiro que – não fazia ideia que existia essa data – é o Dia Mundial das Doenças Raras. Penso que, quando se trata de saúde, é sempre bom destacar e alertar a população sobre o tema. Sejam novos tratamentos ou até mesmo doenças pouco conhecidas, pois isso pode ajudar muita gente.
São aproximadamente 420 a 560 milhões de pessoas que sofrem com algum tipo de doença rara e enfrentam dificuldades para conseguir diagnóstico e muitas vezes o tratamento, que costuma ser bem caro.
No material enviado, foram destacadas duas enfermidades, claro, bem raras. Uma é a distrofia muscular de Duchenne (DMD), e a outra, é a atrofia muscular espinhal (AME). Este ano, o destaque para a data é o marco de 150 anos desde que os sinais e sintomas da DMD foram descritos e publicados pela primeira vez pelo neurologista francês que deu nome à doença.
A DMD é uma doença genética rara e fatal que ocorre principalmente em meninos. Ela resulta em degeneração e fraqueza muscular progressiva desde o início da infância, levando à morte prematura em meados da faixa etária dos 20 anos por insuficiência cardíaca e respiratória. Desde as observações de Duchenne, em 1868, muitas pesquisas avançadas foram realizadas, e tratamentos estão agora disponíveis ou em fase de pesquisa e desenvolvimento. Hoje em dia, meninos com a doença vivem por mais tempo. Entretanto, ainda existe uma oportunidade significativa de melhorar o tratamento médico desses pacientes por meio do diagnóstico precoce.
Os sinais e sintomas da DMD normalmente aparecem na primeira infância e podem incluir: dificuldade para sentar-se sozinho; dificuldade para ficar de pé; quedas frequentes e demora para começar a andar até 18 meses. A distrofia muscular de Duchenne afeta aproximadamente 1 em cada 3.500 nascimentos de meninos no mundo inteiro.
Já a atrofia muscular espinhal (AME) é uma das mais de 8 mil doenças raras conhecidas no mundo e afeta aproximadamente de 7 a 10 bebês para cada 100 mil nascidos vivos. No Brasil, não há um levantamento que indique o número exato de pessoas afetadas pela doença. Ela pode começar a se manifestar em diferentes fases da vida e, quanto mais cedo aparecem os primeiros sintomas, maior é a gravidade da doença. Todos os sinais e sintomas têm como base a fraqueza, atrofia (diminuição de tamanho) e hipotonia (flacidez) musculares.
A AME é uma doença neuromuscular genética rara, com padrão de herança autossômico recessivo. Os principais sinais da doença são fraqueza muscular progressiva, simétrica (nos dois lados do corpo); hipotonia e atrofia muscular; dificuldade em controlar e movimentar a cabeça, sentar, engatinhar e caminhar; respiração e deglutição também podem ser afetadas. A AME não afeta a cognição, ou seja, a atividade intelectual é totalmente preservada. O diagnóstico de AME só é feito de forma conclusiva através de um teste genético específico.

Isabela Teixeira da Costa

Coluna Publicada no Caderno Em Cultura do Estado de Minas

Cirurgia plástica novamente em pauta

Retomo  o tema de profissionais de outras áreas e médicos de outras especialidades que fazem procedimentos estéticos.

Semana passada escrevi um artigo falando sobre a questão de profissionais de outras áreas e médicos de outras especialidades estarem realizando procedimentos da área de cirurgia plástica e estética. Recebi inúmeros elogios tanto de médicos quanto de leitores de uma forma geral, mas também fui bombardeada pelos otorrinolaringologistas, que se sentiram desprestigiados com o artigo, afirmando que foram citados de forma pejorativa no texto.
Não era a minha intenção ofender nenhum profissional em questão e muito menos a categoria. Respeito muito todos os profissionais, principalmente os médicos. Considero uma das profissões mais bonitas e importantes, afinal cuida da nossa saúde. Inclusive, tenho um irmão que é médico. Em nenhum momento me referi de forma desrespeitosa aos médicos, ao contrário, ainda ressaltei que, apesar de exercerem práticas que, na minha leiga opinião, estão fora de suas especialidades, tinham conhecimento por serem médicos, ao contrário dos odontologistas. Deixei isso claro no artigo anterior.
Recebi material da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial informando que a otorrinolaringologia é uma das especialidades mais amplas que tem dentro da medicina, pois os profissionais fazem três anos de especialização médica na área, com estudos em cirurgia cérvico-facial. Isto, segundo informações enviadas, engloba otologia (anatomia, fisiologia e patologia da orelha), bucofaringolaringologia e cirurgia da cabeça e pescoço, rinossinusologia (afecções da cavidade nasal), otorrinolaringologia pediátrica, cirurgia craniofacial e base do crânio, além de cirurgia plástica facial.
Em função dessa ampla formação, criaram a Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face – citei isso no artigo anterior –, e por isso estão capacitados para fazer procedimentos estéticos. Novamente ressalto que, em meu leigo entendimento – como eles mesmo se referiram –, pensei que eram especializados em cirurgias reparadoras, como a correção de lábio leporino, fenda palatina etc. Por sinal, são craques nessas questões e temos a sorte de ter, aqui no país, um dos melhores centros do mundo para tratar dessas deformações, que é o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), Centrinho, de Bauru, interior de São Paulo, que é publico e oferece tratamento gratuito.
O chefe da Clínica de Otorrino do Hospital das Forças Armadas de Brasília, Oswaldo Nascimento, enviou um material com sua opinião da importância de otorrinos e cirurgiões plásticos viverem em harmonia, como ocorre, segundo informou, na Academia Americana de Cirurgia Plástica Facial e também na Europa. Em entrevista cedida para revista especializada, o otorrino informou que o Brasil talvez seja o único país com medicina terciária de alto nível onde essa discussão progride. Para ele, a celeuma nada mais é que questões corporativistas e de reserva de mercado.
Sem saber, acho que mexi em um vespeiro, porque muitos cirurgiões plásticos – inclusive de outros estados – enviaram mensagens agradecendo o artigo, ressaltando a coragem de levantar a bandeira para esse problema. Não quis, em nenhum momento levantar bandeira e nem tão pouco acirrar uma discussão, apenas abri espaço na coluna, que já tem costume de dar voz aos leitores que sempre enviam sugestões.
Foi com base em muitos casos relatados que escrevi o artigo, a propósito, registre que não foi escrito pela titular desta coluna, que está de férias e sim pela interina que assina no pé do texto. Casos que serviram de base e ideia foram omitidos para evitar expor pacientes e profissionais.

Isabela Teixeira da Costa

Problemas de visão prejudicam desempenho escolar

Esforço para ler contraindo os olhos ou franzindo a testa e constantes queixas de dor de cabeça podem indicar problemas na vista.

Toda criança, em determinada idade, ainda bem pequena, precisa fazer um exame nos olhos para identificar e, se for o caso, tratar precocemente alterações na visão. A partir de então, a recomendação médica é que os pais levem regularmente o filho ao oftalmologista. Problemas de visão geram dificuldade no aprendizado escolar. O desempenho das crianças é comprometido, gerando desinteresse e pouco aproveitamento das aulas. Os problemas mais comuns são miopia, hipermetropia e astigmatismo. Infelizmente existem outros problemas mais graves e mais difíceis de serem detectados como a Síndrome de Irlen.
A Síndrome de Irlen (SI) é uma alteração visuoperceptual, causada por um desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que produz alterações no córtex visual e déficits na leitura. A Síndrome tem caráter familiar, com um ou ambos os pais também portadores em graus e intensidades variáveis. Suas manifestações são mais evidentes nos períodos de maior demanda de atenção visual, como nas atividades acadêmicas e profissionais que envolvem leitura por tempo prolongado, seja com material impresso ou computador.

Dra. Márcia Guimarães

A pesquisadora que descobriu a doença – Helen Irlen – concentrou seus estudos nos sintomas “visuais” que estes adultos apresentavam, denominando-os de Síndrome da Sensibilidade Escotópica – fazendo alusão ao escuro – devido à preferência por locais menos iluminados durante tarefas com maior exigência visual. Além da fotofobia, cinco outras manifestações podiam estar presentes: problemas na resolução viso-espacial, restrição de alcance focal, dificuldades na manutenção do foco e astenopia e na percepção de profundidade.
A síndrome produz sensação de desfocamento e de movimentação das letras que pulsam, tremem, vibram , aglomeram-se ou desaparecem, impactando na atenção e compreensão do texto que esta sendo lido. A restrição do foco reduz o número de letras apreendidas fazendo com que palavras sejam vistas parceladamente. A restrição no alcance focal pode ainda causar dificuldades na organização do texto em segmentos significativos ou porções sintáticas, sendo esta uma característica presente em leitores deficientes. Em geral, bons leitores ampliam progressivamente o campo de visão, passando a reconhecer as palavras familiares pelo conjunto ou lexicalmente de forma a registrar as pistas visuais necessárias para uma interpretação rápida e correta do significado do texto naquele ponto.
A Síndrome de Irlen atinge uma a cada sete pessoas e torna-se proporcionalmente mais frequente quando há déficits de atenção e dislexia (33 a 46% dos casos). Estudo recente, realizado em escola municipal da rede publica em Belo Horizonte, detectou ainda uma incidência de 17% entre alunos com dificuldade de leitura. Os sintomas mais comuns são confusão entre os números, percepção de distorções visuais em páginas de texto, leitura de palavras de baixo para cima e inversão de letras e palavras.
O maior centro de dignóstico e tratamento de Irlen no Brasil é o Hospital de Olhos Ricardo Guimarães e a especialista é a oftalmologista Márcia Guimarães. É feito um teste de screening ou rastreamento, por meio da aplicação de um protocolo padronizado conhecido como Método Irlen, que possibilita a classificação do grau de intensidade das dificuldades visuoperceptuais dos casos suspeitos. A correção é simples, o uso de lâminas coloridas (para cada caso tem uma combinação de cores diferenciada), que é posto sobre o texto a ser lido. Estas lâminas corrigem totalmente a forma de ler do paciente, obtendo benefícios imediatos no conforto visual, fluência e compreensão. Tratamento com custo baixo.

A difícil tarefa de mudar os hábitos alimentares

Para emagrecer e manter o peso ideal é preciso mudar os hábitos alimentares, uma coisa bem difícil de fazer.

Todo mundo sabe que para emagrecer é preciso fazer uma dieta reduzindo calorias, com uma alimentação equilibrada e praticar alguma atividade física para gastar calorias. A fórmula é bem simples, ingerir menos caloria e gastar mais. Se é simples assim e todo mundo sabe, por que é tão difícil emagrecer e mais difícil ainda permanecer magro?Por que a grande maioria das pessoas que lutam contra o peso passam a vida no efeito sanfona?
São várias as respostas para essas perguntas, mas a principal é: essas pessoas não mudam os hábitos alimentares. Isso mesmo, fazem uma dieta restritiva intensa – por sinal algumas completamente malucas que acabam por prejudicar a saúde –, emagrecem e quando chegam ao peso desejado, liberam geral. Voltam a comer tudo o que havia sido radicalmente cortado da alimentação e com isso, engordam novamente. Não levando em conta a utilização de remédios “naturais” que ajudam no emagrecimento, e quando são suspensos, o usuário ganha muitos quilinhos de novo.
Mas por quê é tão difícil fazer essa reeducação alimentar para o resto da vida? Se livrar de um comportamento ruim vai além da força de vontade. Existe um componente de peso testando a persistência sempre que resolvemos mudar: o cérebro. Ele colabora para que a gente sinta melhor cultivando os velhos hábitos, do que tentando se livrar deles.
Segundo o psicólogo clínico Weslley Carneiro, existe uma área dentro da nossa cabeça chamada de “cérebro reptiliano”, que é basicamente responsável pela nossa sobrevivência e que foi formada nos tempos das cavernas, mas que nos acompanha até hoje. “Não tendo uma maneira de conservar a carne de um animal abatido e sabendo da escassez até que surja uma nova oportunidade de caça, a mensagem enviada pelo cérebro era: coma tudo o que puder e garanta a sua sobrevivência, você não sabe quando comerá novamente. A questão é que ainda hoje, reagimos aos alimentos como se não fôssemos ter acesso a eles nunca mais”.
De acordo com o especialista, o papel que a comida ocupa na vida de alguém que sofre de compulsão alimentar não tem muita diferença da droga para um adicto, porque ambos ocupam o papel de um “amortecedor” para o sofrimento, mas que tem um alto risco de manutenção, já que o alimento é algo de fácil acesso. Por isso, cabe a mudança de hábitos e busca de ajuda profissional, uma vez que a situação de obesidade pode se instalar gradativamente sob os olhos de todos a nossa volta e de forma silenciosa.
Para quem quer adotar novos hábitos e não consegue, a psicoterapia é uma ótima aliada, porque ela trata da causa do leva a pessoa consumir coisas que engordam. Por meio das sessões é possível, por exemplo, identificar um padrão comportamental que sucede a um episódio de ansiedade. De posse dessas novas informações, o paciente pode seguir a sua trajetória com maior clareza e adotar uma nova postura que vá de encontro ao que realmente deseja, seja uma vida saudável ou qualquer outro propósito.
Weslley ressalta que não é necessariamente na balança que o paciente percebe os resultados do tratamento da melhor maneira. Para ele, vincular o êxito a apenas um número, pode significar fazer um bom trabalho, que talvez não tenha garantias a longo prazo e que com frequência pode gerar grande sentimento de frustração. Porém, quando um paciente experimenta uma roupa que antes não lhe servia ou se sente mais confiante em se comprometer a trabalhar pela sua melhor versão é notória a sua satisfação e realização pessoal.

Isabela Teixeira da Costa

Crônica publicada no caderno EM Cultura do Estado de Minas

Educação financeira para crianças

É muito importante que as crianças comecem a receber educação financeira desde cedo, tanto em casa quanto nas escolas.

Ilustração Son Salvador

Uma coisa que não é muito ensinada às crianças é como lidar com o dinheiro. Ano passado, estava ajudando na pescaria de uma festa junina e reparei em um pai negociando com o filho. O menino de uns 6 anos, já havia jogado várias vezes e queria mais. Foi pedir dinheiro ao pai que na mesma hora questionou sobre o montante que a criança tinha. O pequeno levou a mão aos bolsos, revirou cada um deles, recolheu as moedinhas e as poucas notas que restavam. Contou uma a uma e então travaram um diálogo de somas e diminuições em cima da mesada, e do valor gasto. Depois, o pai questionou se o filho realmente queria jogar, e se vala a pena entrar na semanada que ainda iria receber. Se assim fosse, que ele emprestaria e descontaria depois.
Fiquei impressionada e depois que o pequeno se afastou, perguntei ao pai – que conheço bem e sei que se trata de pessoa de posses –, o por quê de tanta conversa em vez de simplesmente ar mais R$ 2, que era o valor da pescaria, para o menino divertir. Ele explicou que era a forma que tinha encontrado de ensinar controle financeiro para o filho, pois nas escolas eles não aprendem e é importante saber dar o devido valor ao dinheiro e saber que não se pode gastar mais do que tem.
Achei muito interessante. Conheço dezenas de pessoas que não tem controle, gastam mais do que podem porque não aprenderam, desde pequenos, a controlar o caixa. Vivemos em um mundo onde o consumismo é alto. Saber o que é prioridade é fundamental para que as finanças estejam em ordem. Educar é preparar para os desafios da vida, principalmente se tratando de dinheiro. Por isso, é importante que desde cedo, as crianças saibam o valor das coisas.
Segundo o professor e educador financeiro, Aender Pereira, é essencial não as deixar os filhos repetirem os erros cometidos pelos pais quando o assunto é dinheiro. O modelo do dinheiro que recebemos é o responsável direto pelo nosso comportamento, pelo menos no primeiro momento em relação às nossas escolhas financeiras. De acordo com o especialista, a mesada pode ajudar nesse processo. Ela seria um “salário”, no qual a criança terá que aprender a administrar, com a orientação de um adulto educado financeiramente. Assim, se o dinheiro acabar, a criança pode fazer um empréstimo com os pais a ser descontado na próxima mesada. Isso o fará ter a percepção de um impacto em suas ações sem controle no mês anterior.
O ideal seria as escolas ensinarem a lidar com o dinheiro, no início de forma lúdica e depois do 7º ano com uma didática mais realista com exemplos reais, uma vez que jovens a partir de 13 anos hoje em dia, já possuem um amadurecimento que permite essa abordagem. No ensino médio, o aluno do 3º ano está nas portas da faculdade e do mercado de trabalho, assim, é preciso ser cirúrgico com a educação financeira, antes que eles financiem um carro ou um apartamento e já comecem suas vidas endividados ao invés de ir atrás de liberdade financeira.
O interessante é que muitos jovens hoje, já investem e aplicam seu dinheiro nas moedas virtuais como o bitcoin, litcoin, feathercoin, peercoin, terracoin e outros tantos que estão na rede. Cada vez esse negócio tem ganhado mais adeptos e o volume que está circulando cresce a cada dia e as moedas já estão rendendo, valorizando, caindo, sendo negociadas e levando jovens e adolescentes a serem possuidores de montantes surpreendentes. Mais um motivo para receberem essa educação financeira ainda mais cedo. A evolução tecnológica não para e os jovens estão inseridos nela.

Isabela Teixeira da Costa

Artigo publicado no caderno EM Cultura do Estado de Minas

Cuidado com as unhas nunca é demais

As unhas são mais delicadas do que se imagina, por isso alguns cuidados se fazem necessários para mantê-las bonitas e fortes.

Para muitos, o que mais chama a atenção em uma pessoa sãos aos mãos e as unhas são parte importante nesse contexto. Tive o prazer de conhecer duas pessoas que falavam pelas mãos: Elza Gentile e Marília Pêra. Elza era italiana alta, muito simpática, e tinha uma expressividade nas mãos impressionante. Cantava muito bem e sempre gesticulando com elegância. Os movimentos que fazia com as mãos era quase um balé que atraía o olhar das pessoas. A atriz e também cantora Marília Pêra era do tipo mignon, muito delicada, falava baixo. Muito delicada e tinha as mãos lindas. Era outra que quando falava fazia gestos que acompanhavam a oratória que encantava todo mundo.
Por isso mesmo, quando surge algum problema nas unhas incomoda tanto. Infelizmente, esses “probleminhas” podem ser mais graves do que parece. Determinadas manchas e rachaduras nas unhas podem ser sinais de que algo não vai bem com sua saúde, por isso é importante prestar atenção e ir a um dermatologista. Mas se for apenas unha fraca, lascando e escamando, tem algumas receitinhas caseiras que ajudam bastante.
Muitas pessoas, quando as unhas ficam fracas optam por usar unha ou esmalte de gel. Fica lindo sim, sem dúvida, porém, uma das etapas para esses procedimentos é lixar a superfície das unhas, até que sejam feitos vincos na parte natural, para que as postiças consigam aderir melhor às mãos. Isso deixa o tecido mais frágil, fino e consequentemente, mais fraco. Fica o alerta: lixar a parte de cima das unhas é prejudicial.
Quer ter unhas bonitas? Alguns cuidados devem ser tomados no dia a dia. Se quiser que a unha cresça com mais rapidez, em vez de só lixar, corte um pouco de vez em quando, ser como uma “poda”, e ela cresce bem mais rápido. Hidratar as cutículas é muito importante, pode ser feito com óleo de amêndoas ou de uva, mas se quiser uma solução caseira, mergulhar toda noite no azeite, por 20 a 30 minutos é excelente.
Cuide de sua alimentação, falta de vitaminas deixa as unhas fracas. Quem lava louça deve usar luvas, porque os produtos químicos usados nos detergentes são muito fortes e causam desidratação além da possibilidade de alergias ou outro tipo de problema tanto na pele quanto nas unhas. Use removedor de esmalte sem acetona, ou hidrate bem depois de tirar o esmalte.
Vitamina A ajuda a regenerar as unhas e deixá-las mais fortes e hidratadas, coma mais mamão, tomate, cenoura, abacate e manga. Vitaminas do complexo B evitam que as unhas se quebrem com facilidade, para isso, se alimente mais com feijão, banana e sardinha. A vitamina C atua facilitando o crescimento saudável nas unhas, e ela está na laranja, limão, acerola e goiaba. Já a vitamina D precisa estar em dia para que as pontinhas dos dedos estejam saudáveis e para isso é preciso se expor ao sol e, em determinados casos, partir para a reposição com suplementos indicados pelo médico.
Se a sua unha está descamando, fique sem esmalte por três dias seguidos ou mais, para elas respirarem. Isso pode ser desde estresse até a má alimentação, problemas na tireoide ou o fato de deixarmos as mãos na água por muito tempo. O correto é procurar um médico, entretanto, existe um tratamento caseiro para solucionar e prevenir o problema. Passe a consumir mais cálcio que está no iogurte, leite, queijo, além de outro alimentos tais como espinafre, acelga e todas as verduras de folhas verdes. Evite o consumo de bebidas gasosas, mate, café, chá, etc. Porque elas atrapalham a absorção do cálcio. Use complementos de vitamina A, B e D, ou cálcio. É recomendável consumir frutas, líquidos (água e sucos) e tomate, além de outros vegetais, para prevenir que a descamação seja maior.
Creme caseiro para hidratação: uma colher de sopa de cavalinha fresca, quatro colheres de sopa de água, uma colher de chá de manteiga de cacau e uma colher de chá de lanolina. Ferva a água com a cavalinha. Em outro recipiente, misture a manteiga de cacau e a lanolina em banho-maria. Acrescente a água com cavalinha vagarosamente e misture tudo até obter uma substância cremosa. Aplique como um hidratante.

 

Isabela Teixeira da Costa

Coluna publicada no Caderno EM Cultura do Estado de Minas