Dia Mundial do Diabetes

Próxima terça comemora-se o Dia Mundial do diabetes, doença perigosa e silenciosa que atinge mais de 18 milões de pessoas no Brasil.

Na próxima terça-feira, 14, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, data criada em 1991 pela International Diabetes Foundation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para conscientizar as pessoas sobre os perigos da doença, que afeta quase 9% da população, o que corresponde a mais de 18 milhões de pessoas. Com este expressivo número, o mais grave é que em 10 anos o número de casos cresceu cerca de 62% no país. Os médicos ressaltam que o mais importante é prevenir.
De acordo com a endocrinologista Livia Faccine, do Hospital Santa Paula, o aumento é resultado da falta de cuidados de rotina com a saúde e o estilo de vida cada vez mais acelerado com pouca atenção à alimentação. “Os problemas decorrentes da urbanização, como estresse e falta de tempo, muitas vezes levam o indivíduo à má alimentação e ao sedentarismo que, somados à predisposição genética, podem resultar em sobrepeso e obesidade. Juntos, esses são fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes, uma doença crônica e silenciosa com a qual o paciente deverá conviver durante a vida toda”, relata a médica.
É impressionante o grande número de pessoas que possuem a doença e não sabem. Com frequência a TV Alterosa faz em BH e cidades da Região Metropolitana a Caravana Alterosa, que traz vários serviços de utilidade para o cidadão, entre eles, medição de glicose. Não são poucos os resultados com altos índices glicêmicos. Várias vezes o carro da TV já precisou levar pessoas do exame diretamente para o Pronto Atendimento hospitalar pois apresentavam resultados máximos na máquina, que é 600mg/dl. E quando são informados dos valores ficam surpresos dizendo que nunca souberam que tinham problema de glicose. É assustador ver como a glicose no sangue pode chegar a índices tão altos sem ter nenhuma alteração no estado normal do corpo.
Apesar de existirem diferentes tipos da doença, os mais conhecidos são o diabetes tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é caracterizado pela falência das células beta no pâncreas e é mais comum em pessoas com idade abaixo dos 35 anos. Já o tipo 2 ocorre por resistência à ação da insulina, tendo a obesidade como um dos principais responsáveis, e é este tipo o de maior incidência no país. Entre a população com escolaridade baixa a incidência do diabetes é quase três vezes maior porque têm menor conhecimento sobre a doença e portanto não sabem prevenir.
Segundo Livia Faccine, os sintomas do diabetes tipo 1 podem incluir excesso de sede, perda de peso repentina e acelerada, fome exagerada, cansaço, vontade de urinar com frequência, problemas na cicatrização, visão embaçada e, em alguns casos, vômitos e dores estomacais. Já o diabetes tipo 2, o comum, não apresenta sintomas, exceto quando a glicemia está muito elevada, aí pode-se apresentar os mesmos sintomas do diabetes tipo 1.
Números divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o diabetes afeta mais mulheres do que homens. Enquanto 7,8% dos brasileiros foram diagnosticados com a doença, 9,9% das mulheres do país apresentam a doença. “O diabetes exerce um impacto maior nas artérias femininas do que nas masculinas. O fato é comprovado cientificamente, mas ainda não se sabe a razão”, relata a médica.
O tratamento inclui medicações de uso oral e opções injetáveis, como a insulina. Há vários tipos de insulina no mercado, algumas de ação rápida, outras de ação lenta, e a combinação delas são necessárias em alguns casos. Associado ao uso das medicações, é preciso fazer uma dieta com carboidratos complexos (farinha integral e sem açúcar), perder peso quando for o caso e realizar atividades físicas, tanto aeróbicas quanto anaeróbicas.

Isabela Teixeira da Costa

Direitos previstos em lei para as mulheres com relação ao câncer

Movimento pela Vida lança site sobre o direito para realização de exames, tratamentos, isenções fiscais e outros benefícios para detecção precoce de mulheres com câncer.

Neste Outubro Rosa, o Grupo Oncoclínicas, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lançam em todo o Brasil a campanha Movimento pela Vida. O objetivo é estimular mulheres de todas as idades, com ou sem câncer de mama, a promoverem uma mudança geral de atitudes, adquirindo hábitos de vida saudáveis e realização de exames preventivos periódicos, além de levar ao conhecimento público os direitos das pacientes diagnosticadas com câncer.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de mama representa 28% de todos os diagnósticos de câncer em mulheres, por ano, ou seja, 60 mil novos casos em 2017. Considerando as faixas etárias pré e pós menopausa, pesquisadores da SBM apontam que o risco de ter câncer de mama aumenta consideravelmente em mulheres acima do peso, especialmente aquelas que que tem gordura concentrada no abdomem.

Isso pode mudar com mudança de atitude como uma alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares e fazer exames preventivos. Além de reduzir as chances de câncer, reduz o risco de hipertensão e diabetes.

Segundo Antonio Luiz Frasson, presidente da SBM, para frear os avanços destes números é essencial apoiar a população na luta pelos seus direitos, como maior acesso à mamografia e diminuição do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. “Devemos lembrar que o Brasil conta com uma legislação específica que prevê que todo paciente com câncer inicie o tratamento no prazo de 60 dias após o diagnóstico – a chamada Lei dos 60 dias. Para promover uma mudança efetiva é preciso conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção, assim como incentivar médicos e pacientes a se unirem na exigência por maior acesso aos exames preventivos, caso da mamografia, e no tratamento da doença”, diz.

Foi lançada a landing pagewww.movimentopelavida.com.br que oferece uma série de informações sobre cuidados com a saúde e traz uma compilação de todos os direitos legais do paciente, incluindo isenções fiscais, liberação para saque do FGTS e acesso ao tratamento.

Conheça as principais Leis em vigor e garantias da mulher para diagnóstico e tratamento do câncer de mama:

  1. Acesso à Mamografia a partir dos 40 anos – a Lei 11.664/08 garantia a toda mulher a partir dos 40 anos a realização anual do exame. No entanto, uma portaria, através do Ministério da Saúde, modificou a idade do acesso à mamografia de 40 para 50 anos em diante, além de limitar o exame para a mamografia unilateral, ou seja, somente em uma das mamas. Essa portaria alterou a lei de 2009 que dava direito a todas as mulheres e causou um mal estar generalizado. Diante disso, através de um projeto de Decreto de Lei, já aprovado em março de 2015, as entidades do setor, inclusive a SBM, conseguiram o apoio de deputados para voltar ao termo original da lei. O projeto, que agora está no Senado, ao ser sancionado, torna o acesso ao exame possível de novo a partir dos 40 anos de idade.
  2. Lei dos 60 dias – Sancionada há três anos, a lei nº 12.732/12 é ampla e contempla todo o paciente diagnosticado com câncer. No caso do câncer de mama, assim como os outros, a lei prevê que todo paciente diagnosticado com a doença inicie o tratamento no prazo máximo de 60 dias após o diagnóstico. Essa medida é determinante para a saúde do paciente. No caso do câncer de mama, se diagnosticado precocemente e com o início do tratamento em tempo adequado, as chances de cura podem chegar a 95%.
  3. Reconstrução Imediata – A Lei 12.802, sancionada em 2013, garante as mulheres que se submetem à mastectomia (retirada de uma ou das duas mamas) o direito de ter suas mamas reconstruídas no mesmo ato cirúrgico. A exceção são aquelas cujo o quadro clínico não oferece condições para isso, ou seja, caso o estado da paciente ofereça riscos à sua saúde, a reconstrução não será feita imediatamente. Caso contrário, a reconstrução mamária imediata é um direito de cada mulher e precisa ser respeitada.

Clique aqui e baixe a cartilha explicativa com informações gerais sobre o câncer de mama e os direitos da mulher.

*Informações extraídas do guia Saiba Tudo Sobre Câncer de Mama, elaborado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

Isabela Teixeira da Costa

Alimentação correta pode ajudar na prevenção da depressão?

Depressão é uma doença terrível, que precisa ser tratada clinicamente por psiquiatras e psicanalistas, estudos indicam que a alimentação correta ajuda na prevenção.

Depressão é um mal terrível que só quem já passou por ela, ou convive com que sofre da doença pode saber o quão devastadora ela é. Para o um tratamento eficaz é preciso de um psiquiatra para entrar com a medicação e tirar o sofrimento momentâneo e um psicanalista para, junto com o paciente para descobrir a causa e assim curar e evitar novas crises. Porém, existem estudos que apontam que a alimentação correta pode ajudar na prevenção da doença.

O nutricionista Felipe Hadad, da Clínica Be Light Estar Bem, fez uma ampla pesquisa sobre o tema. Segundo o nutricionista, é necessário compreendermos a depressão como um processo de neuroinflamação. “Temos aqui o principal ponto a se considerar. O aumento da inflamação, que se associa principalmente a mecanismos relacionados ao ganho de gordura corporal e maus hábitos alimentares impede nosso corpo de formar a serotonina (neurotransmissor que precisa estar em equilíbrio para que não ocorra a depressão). Para que a serotonina seja produzida precisamos do aminoácido triptofano (castanhas, lentilha, semente de abobora, chocolate amargo, abacate), mas o triptofano não é tão facilmente absorvido, já que em nosso sistema nervoso central ele precisa de transportadores específicos que competem com outros aminoácidos. E aqui faço uma observação para o uso de suplementos como o whey protein, rico em leucina, isoleucina e valina (bcaa´s). Na depressão a administração de suplementos ricos em bcaa´s deve ser analisada com cautela, já que dificultam a absorção do triptofano”, explica.

“É muito importante também a oferta adequada de nutrientes, em especial magnésio e vitaminas do complexo B (rúcula, agrião, espinafre, brócolis, – vegetais verdes amargos, em geral – nozes, amendoim, castanhas) e zinco (feijão, castanhas de caju, grão de bico). Para controle da inflamação temos uma excelente opção na cúrcuma longa, e antioxidantes como a quercetina e o resveratrol e alimentos fontes de vitamina C e E.

“A atividade física é uma excelente aliada no controle da depressão por aumentar a liberação de serotonina, dopamina, beta-endorfina e noradrenalina, além de promover uma maior captação muscular de bcaa´s e aumentar os ácidos graxos livres no sangue, mecanismo que aumenta o triptofano livre sanguíneo. Por fim, a dieta deve estar estruturada de forma a favorecer um maior controle sobre o hormônio cortisol (hormônio do stress) e observando o ritmo circadiano.

Alimente-se bem! Com a depressão não se brinca”, conclui Hadad.

#felipehadad #teambelight #belightestarbem #depressao

Previna das infecções nas unhas dos pés

Onicomicose é uma infecção nas unhas dos pés, muito comum, que ocorre em aproximadamente 25% das pessoas até 40 anos e em 40% dos idosos.

Causada por fungos, ser vivo geralmente encontrado no solo, animais ou plantas, a onicomicose é a infecção mais comum das unhas, especialmente na unha do dedão do pé. ‘Os pés enfrentam ambientes úmidos, escuros e quentes com maior frequência do que as das mãos. Esse ambiente é considerado ideal para o crescimento dos fungos, que se alimentam da queratina, proteína que forma a maior parte das unhas’’, explica Cristiane Câmara Alves, médica tricologista, especialista em unhas e cabelos. De acordo com a especialista, esse tipo de infecção ocorre em aproximadamente 25% das pessoas até 40 anos e em 40% dos idosos.

Outras condições como psoríase das unhas e reações alérgicas por esmaltes ou por próteses (como unhas postiças ou de gel) podem ocorrer, e caso ocorram, existem exames que ajudam no diagnóstico correto. O importante é procurar o médico especialista assim que perceber a primeira alteração na unha e esperar o dano ficar grande.

“Indivíduos que sofrem de doenças como diabetes ou aquelas que têm uma deficiência do sistema imunológico podem ser mais suscetíveis a infecções nas unhas.  Pacientes HIV positivos, com AIDS, câncer (particularmente aqueles em uso de medicações anti-neoplásicas) e pacientes transplantados que tomam drogas imunossupressoras devem ser tratados para prevenir futuros problemas de saúde das suas unhas”, explica a médica.

Como se prevenir:

  • Manter as unhas curtas minimiza os traumas que predispõem a penetração do fungo.
  • Vestir meias que acomodam adequadamente os pés e rodiziar os sapatos (evite usar o mesmo sapato por dias seguidos).
  • Usar creme antifúngico no pé para prevenir infecção fúngica como o pé de atleta.
  • Uso de talcos para controlar a transpiração que podem promover infecção fúngica nos pés.
  • Tratar fungos de unhas para evitar complicações, especialmente em diabéticos e indivíduos imunossuprimidos.
  • Realizar os testes adequados.
  • Lavar e secar bem os pés antes de calçar.
  • Não dividir cortador e lixa de unha.
  • Limpar todos os instrumentos utilizados na higiene dos pés com álcool.
  • Evitar andar descalço em lugares públicos como banheiros e piscinas.
  • Nunca vista sapato de outra pessoa.
  • Evite usar sempre o mesmo tênis ou sapatos.
  • Use sapatos impermeáveis para trabalho em céu aberto.
  • Use sprays antifúngicos e pós para sapatos semanalmente.
  • Troque as meias diariamente.

Como prevenir o cálculo renal

De acordo com dados da OMS, de 10 a 15% da população mundial sofre com cálculos renais pelo menos uma vez ao longo da vida. Diversos são os fatores que influenciam neste quadro.

Quem me segue sabe que estou passando por um tratamento de retirada de cálculo renal. Tive uma crise no início de setembro, passei por um procedimento no Hospital Felício Rocho e, na última sexta-feira, passei pelo segundo procedimento para retirada dos cálculos que ficaram dentro do rim. O meu urologista, dr. Francisco de Assis Teixeira Guerra, disse que devo ir a um nefrologista para descobrir o que pode estar causando meus cálculos, já que tive duas crises no final de 2015, passando por três procedimentos.

Mas jornalista é curioso, não fica quieto e antes mesmo de marcar consulta com o nefrologista, já comecei minha pesquisa. Descobri que os cálculos renais são formados pelo acúmulo de cálcio, ácido úrico, oxalato (um sal) ou cistina (um aminoácido), dentro dos rins ou nos canais urinários. Segundo a nefrologista da  Unesp, Fernanda Carvalho, esse problema ocorre principalmente em quem tem um defeito no metabolismo, provocado por hereditariedade. A pessoa precisa já ter a predisposição para desenvolver as pedras, porque seu organismo excreta em excesso essas substâncias, que se acumulam nos rins.

Além dessa tendência natural, existem outros fatores que podem provocar o surgimento das pedras: pouca ingestão de água (principalmente no verão) ou dieta muito rica em sal e carne vermelha. Quando li isso vi que estava lascada. Nunca fui de beber muita água, depois que fiz minha cirurgia bariátrica só bebo água, mas não cabe muito, então vai de pouquinho em pouquinho. Como tenho que priorizar proteína, como carne, tá certo que é pouca quantidade, mesmo assim, são coisas do grupo de risco. Lasquei-me.

Felipe Hadad e Antônio Paulo Branjão

Dentro dos rins, existem cerca de 1 milhão de estruturas chamadas néfrons, que funcionam como filtros, descartando o que não serve para o organismo e reabsorvendo o que é benéfico, principalmente água. Segundo o nerologista Luis Cuadrado Martin, quando há pouca ingestão de líquido, ocorre uma concentração maior das substâncias que podem formar o cálculo. Quando ingerimos sal, os rins trocam o sódio presente nele pelo cálcio, liberando uma quantidade maior dessa substância, que é a causadora de cerca de 50% dessas pedras. Já no caso da carne vermelha, suas proteínas diminuem a capacidade que o rim tem de dissolver as substâncias em seu interior.

O nutricionista Felipe Hadad Myrrha, aqui de Belo Horizonte tem feito excelentes trabalhos com atletas e pessoas que querem entrar no mundo fitness, e ele tem postado ótimos artigos no seu instagram @felipe.hadad. Um deles foi sobre cálculo renal.

Segundo Felipe, a formação do oxalato de cálcio nos rins ocorre, na maioria das vezes, quando o oxalato é produzido pelo próprio corpo (e não ingerido por meio da dieta). Neste caso, há a possibilidade de suplementos de cálcio aumentar as chances de um cálculo renal, principalmente quando outros micronutrientes estiverem deficientes, pois haveria uma reação do oxalato com o cálcio nos rins.
Hadad afirma que as fontes dietéticas de oxalato não provocam cálculos renais, quando há um aporte adequado de cálcio na dieta. Neste caso, o contato entre essas duas moléculas ocorre no intestino, o que diminui a absorção renal de ambos. Nesta hipótese o consumo do cálcio reduziria as chances de cálculo renal. Temos então duas hipóteses, uma em que o consumo de cálcio é benéfico e outra em que é prejudicial.
O que fazer em caso de necessidade de suplementação de cálcio por pessoas com histórico de cálculos renais e que produzem muito oxalato?
Felipe indica o uso na forma de citrato, pois reduzem a acidez urinária e isso diminuiria a reabsorção tubular renal de oxalato. Pode-se ainda combinar ao cálcio o citrato de potássio, que diminui a disponibilidade de cálcio na urina. Existe ainda uma relação interessante entre o oxalato de cálcio com o magnésio e a vitamina B6. Quando ocorre deficiência destes dois micronutrientes, o corpo pode aumentar a produção de oxalato. Por isso, valeria a pena também incluir o citrato de magnésio e a vitamina B6. Todos estes agiriam de forma sinérgica, de modo a prevenir o surgimento de cálculos formados por oxalato de cálcio.
Mas Felipe Hadad destaca que essa interação é uma pequena parte de todo um processo que precisa ser estruturado e individualizado, em especial às dosagens de cada mineral e vitamina.

#nutricao #calculorenal #rins #felipehadad #dieta #vitaminas

 

Erros que cometemos com o nosso coração

Maus hábitos que aparentemente são inofensivos podem afetar a saúde do coração e a gente nem sabia.

Estou batendo na tecla de problemas do coração porque na última sexta-feira, 29 de setembro foi o Dia Mundial do Coração. Mesmo não conseguindo postar no dia certo, todo alerta é bem-vindo. O cirurgião cardiovascular, Élcio Pires Júnior, elencou cinco erros que cometemos com o nosso coração e nem percebemos porque, em um primeiro momento, parece não existir nenhuma relação:

  1. Diminuir o consumo de gorduras e aumentar o de carboidratos: ingerir altas quantidades de carboidratos (equivalente a mais de 60% das calorias diárias), encontrados principalmente em pães e arroz, aumenta em até 30% o risco de morte.
    A pesquisa Prospective Urban Rural Epidemiology – PURE, realizada pela Universidade de Hamilton, em Ontário, no Canadá, aponta que o efeito nocivo do excesso de carboidrato está relacionado ao fato dele ser facilmente armazenado como glicose no organismo, aumentando rapidamente seu nível no sangue, o que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e obesidade – dois fatores de risco para doenças cardiovasculares.
  2. Realizar exercícios físicos agitados para aliviar o estresse: engana-se quem pensa que essas atividades mais agressivas e estimulantes como as lutas são a melhor saída, principalmente para quem é estressado e trabalha o dia todo assentado. O ideal é mudar o foco, buscar mais calma e alívio das tensões de maneira mais equilibrada. “A pessoa estressada fabrica adrenalina e cortisol em excesso, o que sobrecarrega o organismo, principalmente o coração, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial e esses exercícios desregulam ainda mais as taxas”, reforça dr. Élcio.
  3. Não utilizar fio dental: resíduos de comida entre os dentes favorece a proliferação de bactérias. Com o tempo, surgem a placa bacteriana e a gengivite, inflamações que podem provocar o acúmulo de gordura em diferentes partes do organismo, inclusive nos vasos do coração. Não basta só escovar, tem que passar o fio dental com frequência.
  4. Não cuidar da postura: ao curvar os ombros e posicionar a barriga para a frente, a pressão sanguínea aumenta. Sentar-se de forma ereta permite que a pressão se mantenha sem alteração.
  5. Não beber água: a desidratação aumenta as chances de sofrer problemas cardíacos. A desidratação engrossa o sangue, aumentando as chances de enfartar. Não beber água pode ser tão prejudicial ao coração quanto fumar ou ser sedentário.

Outubro rosa alerta mulheres para o câncer de mama

Campanha Outubro rosa alerta para a importância de diagnóstico precoce do câncer de mama e aponta que a doença tem atingido mulheres cada vez mais jovens.

A campanha Outubro Rosa começou a surgir lá pelo ano de 1990 na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. Anos mais tarde, começou a ser realizado o Outubro Rosa em vários lugares mundo afora. E eu, como mulher e jornalista, não poderia deixar de registrar aqui a campanha.

Apesar de acreditar que todo mundo está careca de saber do que se trata, não custa falar mais uma vez que o Outubro Rosa nada mais é que uma campanha mundial de conscientização que tem como objetivo dar o alerta para mulheres e homens sobre a importância de fazer mamografia e obter um diagnóstico precoce do câncer de mama. O símbolo utilizado é um laço cor de rosa.

Ressaltei que o alerta é também para os homens porque homem também pode ter câncer de mama. Toda mulher deve fazer, constantemente, o autoexame. Para falar a verdade eu acho bem difícil de perceber qualquer diferença no toque, mas a minha ginecologista, Maria Norma Salvador Ligório afirma que no dia que tiver algo diferente eu vou sentir na hora; e também fazer a mamografia. Isso deve fazer parte da nossa rotina.

O câncer de mama é o tipo que mais provoca a morte de mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 60 mil novos casos por ano em mulheres cada vez mais jovens. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de cura. Segundo o INCA, se o tumor for descoberto com até 1 cm, há 95% de chance de cura, sem necessidade de fazer a mastectomia e em alguns casos sem quimioterapia. A entidade informa que, quando descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total.

Segundo pesquisa do Inca, feita no ano passado, 66,2% das descobertas da doença ocorrem pelas próprias pacientes com o autoexame. Uma matéria publicada no Correio Braziliense traz uma fala do coordenador-geral de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Fernando Maluf, que assusta: “A incidência em mulheres novas vem aumentando. A mamografia anual para mulheres com menos de 40 anos não é necessária, exceto nos casos de histórico familiar, mas o autoexame deve ser feito por todas, no mínimo uma vez por semana, porque uma em cada 10 mulheres tem ou vai ter o tumor. A incidência vem crescendo entre 5% e 10% nos últimos 10 anos. A população está envelhecendo, e isso (a doença) está muito relacionada à obesidade, ao sedentarismo. Os tumores femininos talvez sejam os que mais têm apresentado crescimento”, adverte o médico.

Apesar de o câncer ser uma doença, na maioria das vezes, com desenvolvimento silencioso, na mama ele pode apresentar alguns sintomas como nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e alterações na forma ou na textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase do tumor. Pode incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Em 70% dos casos, também são feitos tratamentos anti-hormonais. Esses procedimentos se tornam mais complicados conforme o estágio do tumor. Quando está avançando e é agressivo, ou quando a mulher não faz acompanhamento, a taxa de cura cai para 50%, 40%.

O importante, em caso de descobrir a doença, é encará-la com coragem e não como se fosse um bicho de sete cabeças. Dia 19 de outubro, é comemorado o Dia Internacional contra o Câncer de Mama, que tal aproveitar para fazer um check up na região e um papa Nicolau? Marque um retorno com seu ginecologista.

 

Isabela Teixeira da Costa

Você aparenta a idade que tem?

Foto Lucas Prates
Foto Lucas Prates

Exercícios e bons hábitos retardam envelhecimento.

Já parou para pensar que os seus hábitos podem influenciar diretamente no envelhecimento? Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 30% do envelhecimento tem a ver com a genética, os outros 70% estão relacionados com os nossos hábitos.

Pasmem, segundo a pesquisa, começamos a envelhecer aos 28 anos e o corpo se desgasta por dois motivos: limitação biológica e genética e hábitos como estresse, álcool, tabaco e sol.

A fisioterapeuta Thaís Godoy explica que além desses hábitos relacionados à alimentação, tem também os comportamentais ligados ao estilo de vida. “O envelhecimento sem um bom nível de atividade física pode provocar uma redução de força, perda de mobilidade articular e sensoriais, que prejudicam a capacidade coordenativa. E isso vai interferir diretamente no equilíbrio e aumentar o risco de quedas, lembrando que cerca de 90% delas comprometem pessoas acima de 65 anos”.

Outros fatores influenciam nas quedas como problemas visuais e alguns  medicamentos que agem no sistema nervoso central (como antidepressivos e ansiolíticos), porém, Thaís ensina que exercícios físicos ou funcionais com o acompanhamento de um profissional qualificado são sempre bem-vindos. “O sedentarismo acelera o processo de envelhecimento, portanto os exercícios vão influenciar diretamente na qualidade de vida. O ideal é escolher atividades que consigam unir o ganho de força muscular e o equilíbrio”.

Foto Lucas Prates
Foto Lucas Prates

Segundo a fisioterapeuta, as quedas podem ser fatais. “Os efeitos da imobilidade nos idosos são devastadores, pois aceleram o processo de envelhecimento e agravam o índice de fragilidade. Além disso, as fraturas da cabeça do fêmur normalmente levam à cirurgias e todos os riscos inerentes a esse tipo de intervenção. E o idoso pode perder sua independência”.

Como prevenção ela sugere:

  • Exercícios que melhorem a força muscular e o equilíbrio;
  • Utilização de corrimãos em escadas;
  • Tapetes antiderrapantes e barras no banheiro;
  • Manter os locais bem iluminados e até uma luz noturna, para deslocamentos a noite (como idas ao banheiro, por exemplo);
  • Cuidados com terreno irregular;
  • Não deixar objetos em locais altos e de difícil acesso e, se precisar, utilizar escadas adequadas para alcançar os mesmos.

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Dor na coluna: Prevenção e Tratamento

Marco Antônio Ferreira
Marcos Antônio Ferreira

Devemos cuidar bem da nossa coluna.

Estou com a minha coluna em frangalhos. Tenho as cinco vértebras do pescoço comprimidas e agora começou a dor na lombar. Ou seja, estou arrebentada. E dói. Só quem tem problema na coluna sabe o quanto dói.

Descobri o problema no pescoço porque comecei a ter uma dormência nos dedos da mão e do pé, e chegou um dia que meu braço simplesmente não levantou mais. Fui tentar tirar uma blusa e não consegui. Tive que ir para o pronto atendimento.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), problema na coluna é a principal causa de afastamento do trabalho para quem tem menos de 45 anos. O INSS estima que existam 116 mil trabalhadores afastados do trabalho por este motivo no Brasil. Muitos casos são tratados cirurgicamente. Entretanto, as cirurgias são reservadas a casos raros e em problemas específicos. Publico hoje, uma entrevista com o médico Marcos Antônio Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Coluna – Regional Minas Gerais, que fala sobre causas, sintomas, tratamento e dá dicas de prevenção.

Spine Vertebrae - Color PartsO que é dor na coluna?

É uma dor lombar que corresponde a uma dor na região mais baixa da coluna, mais próxima à bacia.

Quais as principais causas da dor na coluna?

A principal causa de dores lombares são as dores mecânicas, ou seja, dores associadas às sobrecargas musculares. São dores relacionadas principalmente com a obesidade, o sedentarismo, o excesso ou a inadequação nas atividades físicas, má postura e atividades de trabalho com sobrecarga do tronco. Outras causas mais raras associam-se a problemas relativos aos discos intervertebrais, traumas, infecções, doenças inflamatórias e tumores.

Qual a faixa predominante dos pacientes?

Adultos jovens, em geral com menos de 45 anos de idade.

Quais são os sintomas?

Os sintomas são as chamadas dores lombares nas costas, próximas à bacia, com irradiação nas nádegas e região posterior da coxa, porém sem ultrapassar os joelhos. Trata-se de uma dor que piora com a movimentação. Pode vir acompanhada de antecedente de trauma ou lesão mecânica.

Quais os avanços no tratamento?

O tratamento basicamente é conservador, ou seja, com medidas não-cirúrgicas, sendo esta uma exceção. As boas práticas de postura, exercícios físicos regulares e controle dietético mostram-se bastante eficazes na prevenção das dores.

Medidas fisioterápicas, osteopatia ou a quiropraxia comprovadamente são benéficas no tratamento das lombalgias. Além disso, medidas analgésicas farmacológicas e acupuntura são importantes coadjuvantes no tratamento. As cirurgias são reservadas a casos raros e em problemas específicos.

Quais são as dicas de prevenção?

Redução de peso, atividade física regular – com atenção à postura e aos excessos, manter postura ao dormir, ao levantar, ao elevar peso e nas atividades da vida diária. Quando for se deitar, mantenha-se em uma posição que não agrida as costas. Manter o corpo reto e barriga para cima. Um travesseiro embaixo dos joelhos pode ajudar na postura e dar conforto à posição. Se preferir dormir de lado, vire-se totalmente e acrescente um travesseiro entre as pernas, com os joelhos dobrados, e um travesseiro mantendo a altura dos ombros. Essa atitude aperfeiçoará a posição.

Ao levantar-se, caminhe pelo menos 30 minutos para impedir a volta de enrijecimento da lombar. Faça um alongamento das costas antes, que é levantar sempre virando para um dos lados da cama.

Outras dicas importantes: evite elevar peso de maneira inadequada, sempre flexionando quadril e os joelhos, permanecendo com a coluna ereta.

As mochilas escolares nunca devem ultrapassar 5% do peso corporal. Elas devem ficar na altura da transição do pescoço com o tronco. O uso de cintos para prendê-la, anteriormente, é muito benéfico, pois deixam as mochilas em contato direto com o dorso, evitando a sobrecarga de peso posterior

Uma boa dica também é sempre deixar os objetos que utiliza com mais frequência em locais mais altos de forma a evitar flexões repetidas da coluna. A tela de computadores deve estar no nível do campo de visão, assim como livros, evitando flexão contínua do pescoço. Deve-se também evitar más posições em sofás, na cama para ler livros ou ver TV. Na hora de calçar um sapato, faça isso sentado para evitar sobrecarga da coluna. Evite fumar, pois o cigarro atinge a musculatura e a própria coluna lombar.

Isabela Teixeira da Costa

Como descobrir se temos aneurisma?

Tipos de aneurisma
Tipos de aneurisma

Aneurisma é um mal silencioso, mas é possível prevenir.

O meio de decoração de Belo Horizonte e alguns amigos sabem da morte repentina da decoradora Shirlene Mesquita, vítima de um aneurisma cerebral. Já escrevi aqui, semana passada, em uma crônica o que ocorreu com essa minha amiga, porém o foco era chamar atenção das pessoas para aproveitarem mais a vida. O que mais ouvi entra as conversas durante os dez dias em que Shirlene esteve em coma foi: “Como saber se temos aneurisma? Como prevenir?”. E ouvi da irmã de um médico que, quem tem aneurisma nasce com ele, e pode viver a vida toda sem ter problema, como ele pode estourar a qualquer hora.
Resolvi tentar descobri se é possível fazermos um prognóstico, se existe uma forma de tratar previamente o problema. Descobri que existem vários tipos de aneurisma. Existe o cerebral, da aorta torácica, aorta abdominal, infra renal, polítea (atrás do joelho) e esplênica (artéria no baço). Os mais comuns são o cerebral, mais conhecido como AVC e o da aorta, que na maioria dos casos levam à morte. O Aneurisma surge pelo enfraquecimento ou defeito da parede arterial. A pessoa pode nascer com o problema, ou ele pode surgir com o passar do tempo por fatores como hipertensão, tabagismo, traumatismo etc. O movimento natural de dilatação da artéria se torna anormal e a parede fica mais fina com a dilatação excessiva, levando ao rompimento da mesma.
Nem dos aneurismas apresenta sintoma antes de ter algum problema. No cérebro, os sintomas mais comuns surgem quando há ruptura. Em alguns casos, ocorre um sangramento inicial no cérebro, acompanhado de dor de cabeça súbita e intensa, antes do rompimento definitivo. Esta é a hora de procurar uma emergência. Quando o aneurisma se rompe totalmente, dependendo da intensidade do sangramento, a pessoa tem desde dor de cabeça até perda dos sentidos e coma.
anurisma2O aneurisma da aorta normalmente é descoberto quando a pessoa faz exames como RX ou ecografia para investigar outro problema. É muito importante descobrir a dilatação logo no início, por isso é aconselhável pedir ao médico um exame de imagem, pois o aneurisma da aorta tem cura. Segundo o cirurgião cardiovascular Eduardo Keller Saadi, “basta tratar clinicamente e acompanhar sua evolução. Se crescer muito existem procedimentos minimamente invasivos que corrigem o problema”, alerta.
Infelizmente, a ruptura de aneurisma é mais comum em mulheres, a chance de rompimento aumenta com a idade – a média é aos 55 anos –, e pessoas que têm histórico familiar de aneurisma rompido têm mais chance de ter o problema, por isso os exames são tão importantes. O melhor exame para detectar o aneurisma cerebral é a arteriografia, uma espécie de cateterismo cerebral. Mas a doença também pode ser detectada por angiografia e/ou tomografia computadorizada. Se não mostrar um aneurisma, deve ser feita a arteriografia.
Existem duas formas de tratamento. Para o aneurisma cerebral se faz uma cirurgia onde se coloca um clipe metálico na base do aneurisma, excluindo-o da circulação e o paciente fica curado. Outra maneira é a embolização endovascular, onde se leva um cateter até o aneurisma, no qual são introduzidas pequenas molas, fazendo-o coagular e cicatrizar. Cerca de 20% dos pacientes precisam de novo tratamento, pois o aneurisma pode voltar a se abrir.
Para o aneurisma da aorta o tratamento é mais simples ainda.  Com uma punção, sem incisão ou corte, é possível introduzir, por dentro da artéria, um cateter que leva uma prótese e elimina o aneurisma. A recuperação é rápida e a vida normal é retomada em poucos dias. O método beneficia, principalmente, pessoas idosas e com doenças associadas.
Isabela Teixeira da Costa