Divinos

Jefferson Lourenço, 30 anos, é autodidata. Mora e trabalha em Conselheiro Lafaiete, interior de Minas Gerais. Começou sua produção artística aos 9 anos fabricando os próprios brinquedos. Seu primeiro projeto como artista foi na adolescência. Sempre interessado por suas raízes e pela cultura ao seu redor, resolveu fazer réplicas de oratórios do período Brasil – Colônia, depois de uma visita ao Museu do Oratório, em Ouro Preto. 

 O artista tem como referência as festas populares e o folclore brasileiro, e se alimenta deles para compor seu repertório de produção artística.

Na série intitulada “Pouso”, Jefferson usa a tradição da Festa do Divino, muito presente em Minas Gerais, e em interpretação poética, o artista fala sobre os nossos momentos de “pouso” fazendo analogias com os pousos dos pássaros esculpidos por ele.

A medida que o trabalho foi avançando, os pássaros ganharam asas que depois se assemelharam a corações.  A partir daí, o artista iniciou nova fase de divinos para a qual deu o nome de mensageiros.

 Jefferson usa como base para seus pássaros fragmentos de móveis que são garimpados em brechós, fazendas antigas e que, na maioria das vezes, são doados a ele. São pedaços de móveis antigos como espaldares ou pés de camas e cadeiras, quebrados, abandonados. A esses fragmentos do mobiliário do período colonial brasileiro ele dá vida com sua arte.

Serviço:

Orlando Lemos Galeria de Arte

Rua Melita, 95, Jardim Canadá

Nova Lima

(31) 3224.5634 ou (31) 3581.2025

ITC

Abusos das operadoras de telefonia celular

Mobile Phone Bad News

As operadoras de telefonia celular estão impondo promoções de venda.

Estamos na era da comunicação. Quase toda a população mundial tem um celular. São poucas as pessoas que não se renderam a este aparelho que não se restringe a sua função básica de telefone, muito antes pelo contrário, essa é a função menos usada.

E-mail, redes sociais, internet, fotografia, filmagem, despertador, agenda, calendário, calculadora e o quase insubstituível WhatsApp, que quando é bloqueado deixa todo mundo enlouquecido. Para que tudo isso funcione é necessário o chip e é aí que tudo complica, porque por trás dele estão as operadoras.

Se não estiver satisfeita com uma das operadoras existentes pode trocar à vontade, o número permanece o mesmo. Os custos da conta podem melhorar, mas a gente só troca de problema. O pior são os “golpes” aplicados por elas, as ações de má fé para vender mais linhas.

Vejam o que aconteceu com minha prima, Silvia Freitas, que mora em São Paulo. A NET fechou uma parceria com a Claro e ligaram para ela dizendo que enviariam uns chips para celular. Que teria 300 minutos grátis, etc. Disse que não tinha interesse. Avisaram que enviariam sem custo, e que ela desbloquearia se quisesse.

Após o recebimento, ligaram quatro vezes para ela sugerindo que desbloqueasse os chips. Novamente, afirmou que não tinha interesse em ter linha da Claro. Continuaram ligando, insistentemente. Seu marido chegou a atender algumas das inúmeras ligações e, mais uma vez, perguntou se isso traria algum custo para eles. O operador da NET confirmou que não.

A NET informou que, se não houvesse desbloqueio dos chips, eles continuariam ligando para o casal. Para ter sossego, e ficar livre do insistente telemarketing, Silvia desbloqueou os chips, e novamente perguntou, mais como uma confirmação, se, se eles permanecessem na gaveta, continuariam sem custo. Foi nessa hora que teve a primeira surpresa: teria um custo adicional de R$ 39,00 por chip dependente desbloqueado… Eram quatro!

É aí que vemos a má fé. A abordagem é uma forma de enredar o cliente. Mandam o chip sem o cliente querer. Ficam ligando insistentemente para vencer pelo cansaço, dizem o tempo todo que não terá custo se o chip não for usado. Ou o cliente desbloqueia ou não tem sossego para ficar em casa, porque o telefone não para de tocar. Desbloqueia e aí vem a surpresinha: uma conta mensal de R$ 159,60. Literalmente, enfiaram a Claro goela abaixo, e ela teve que engolir.

Ligou imediatamente para cancelar. Como sempre, cancelar não é nada fácil. Horas de espera no telefone, tem que ligar várias vezes, etc. Com ela não foi diferente. Depois de ligar três vezes, conseguiu falar ontem e teve outra surpresinha: se ela cancelar terá que pagar uma multa de R$ 250.

A NET não deveria permitir que uma empresa usasse o seu nome para fazer este tipo de ação, com seus clientes. Isto depõe contra ela, que também tem seus podres. Como minha prima contou este caso ontem, em nosso grupo de WhatsApp, os comentários e casos similares começaram a pipocar. E saiu outro caso.

Ofereceram o mesmo plano para outra prima, também de São Paulo. Ela não aceitou. Eles mudaram o plano do telefone dela à revelia. No dia seguinte, ela ligou para sua mãe e sua avó, que moram em Belo Horizonte. No mês seguinte, a conta veio altíssima. Demorou meses e meses para resolver o problema. Mas não enviaram os chips para ela.

Outra prima teve problema com a NET. Estão cobrando de seu marido uma conta de 2000, de um apartamento que eles têm, onde nunca moraram, e para o qual não existe contrato algum em nome dele. Ou seja, vamos cobrar, se colar, colou. É possível? Cobrar uma conta de 16 anos atrás, sem nenhum comprovante de contratação do serviço???

Temos que ficar espertos, não aceitar nada que tentarem nos impor e se precisar, acionar o Procon.

Isabela Teixeira da Costa

Ações do bem

Devemos ajudar o próximo, de todas as formas, inclusive com ações do bem.

Este mandamento de Deus já está arraigado na grande maioria da população e virou uma ação natural. Algumas pessoas fazem mais, elas encabeçam projetos humanistas que se tornam verdadeiros exemplos de cidadania, porém precisam da nossa ajuda para manter o trabalho.

Se formos listar os bons projetos que existem, este espaço será pequeno. Como o assunto não se esgota, hoje, vou destacar alguns que admiro. Talvez não conheçam todos, mas vale a pena.

O primeiro é o que faço parte, a Jornada Solidária Estado de Minas. Não estou puxando a sardinha para o meu lado, mas esse programa existe há 52 anos. Sua longa existência é consequência do trabalho sério e transparência. Começou com um nome conhecido pelos mais velhos: Jornada pelo Natal do Menor, tímido, doando um pouco de dinheiro, no mês de dezembro, para orfanatos e instituições que trabalhavam com crianças até 12 anos, para que os dirigentes pudessem fazer uma festa Natal para as crianças e dar um singelo presente.

Com o passar dos anos, a Jornada chegou a atender 300 instituições e beneficiar mais de 65 mil crianças por ano. Da mesma forma que o programa crescia, aumentava também o sentimento de voluntariado na sociedade. Percebemos que não era mais necessário fazer festa de Natal. As necessidades eram maiores.

Faltava tudo nas creches, e o que existia precisava de reparos: torneiras e encanamento de gás com problemas, pisos e forros (quando tinham) precisando ser trocados, pouca iluminação, ambientes com mofo, colchonetes velhos, banheiros em estado de calamidade.

Mudamos o enfoque. Passamos a fazer reformas. Para isso, fizemos alterações no estatuto da Jornada. Reduzimos a faixa etária de atendimento para 6 anos. Já entregamos 35 creches para as Associações Comunitárias, totalmente reformadas e equipadas. As que foram possíveis ampliar, ampliamos. Onde foi possível colocar acessibilidade, foi colocado. Acredito que estamos no caminho certo.

Outro programa que admiro muito é a Cidade Refúgio para moradores de rua. Trata-se de uma comunidade terapêutica, sem fins lucrativos, que atende moradores de rua com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e drogas.

Lá eles têm como objetivo promover a restauração da pessoa devolvendo a dignidade, o amor próprio, a autoestima, por meio do tratamento, recuperação, profissionalização e reinserção social. A restauração do ser humano é física, emocional, social, mental, familiar e profissional.

Como parte do tratamento eles ensinam uma profissão aos moradores da Cidade Refúgio. Ninguém fica à toa. Entre os cursos tem: construção civil nas áreas de alvenaria, acabamento, pintura, gesso, bombeiro e eletricista; culinária, ensinando o ofício de padeiro, confeiteiro, pizzaiolo, chefe de cozinha e garçom; corte e costura, manutenção de máquinas e silk; marcenaria; enrolamento de motores; jardinagem e paisagismo.

Em 2015, foi criado um apiário para ajudar no sustento do projeto. A Rede Mel, como é chamada, vende o mel produzido na fazenda, pelos moradores em tratamento. Os apiários seguem os padrões exigidos pelos órgãos fiscalizadores e, como resultado, apresentam produtos de alta qualidade. O que eu acho mais legal é que eles não dão o peixe, mas ensinam os homens a pescar.

O terceiro programa é Os Engenheiros da Alegria, inspirados nos Doutores Alegria e no filme A corrente do bem. Todos os projetos alegreiros são voluntariados, abertos para todas as faixas etárias e, apesar de levar no nome a Engenharia, é aberta para todas as pessoas que gostam de construir sorrisos. Como eles explicam, “Alegreiro é a pessoa que faz sorrir e todos possuem o talento de poder construir um sorriso”. Para eles, isso é mudar o mundo.
Hoje, atuam através de três projetos: as Visitas Alegreiras, levando sorrisos para comunidades, creches, escolas e asilos, através da fantasia e da arte do palhaço; coletivo FelizCidade, que são intervenções urbanas para levar um pouco mais de amor para as ruas de Belo Horizonte e a Mão na Massa, uma forma de mudar um mundo através da mobilização comunitária. A idéia consiste transformar sonhos em realidade, promovendo a qualidade de vida. Esse trabalho é feito em comunidades, creches, escolas, asilos e hospitais de BH.

Serviço:

Para quem quiser ajudar:

Jornada Solidária Estado de Minas – 3263-5700 jornada@uai.com.br

Cidade Refúgio  – (31) 2551-1017 / 98861-1011 julioflacerda@cidaderefugio.com.br

Engenheiros da Alegria – página no Facebook

Isabela Teixeira da Costa

Banana marinada

bananamarinadaA dica de hoje foi dada pela decoradora Sandra Penna que adora cozinhar e é uma craque na arte da boa comida. Trata-se de uma sobremesa rápida, prática e deliciosa que ela aprendeu com o chef catalão Ferran Adrià.

Banana marinada em calda de açúcar com limão

4 colheres de sopa de água

6 colheres de sopa de açúcar

Sandra Pena. Foto Jacob Máximo
Sandra Pena. Foto Jacob Máximo

1 limão galego

4 bananas

Modo de fazer:

Leve ao fogo a água com o açúcar e deixe esquentar até o açúcar derreter. Não precisa ferver, nem engrossar, é apenas para esquentar até ficar uma calda clara. Pegue o limão galego e raspe toda a casca dele na calda, com o fogo ainda ligado. Não deixe chegar na parte branca porque isso dá amargor. Deixe esfriar. Depois de fria, esprema o limão na calda. Corte as bananas em rodelas e mergulhe na calda fria. Deixe marinar por uma hora.

Pode servir pura ou com uma bola de sorvete.

ITC

Mineiros em Sampa

Três ambientes da Casa Cor em São Paulo são assinados por mineiros.

Pedro Lázaro, Catarina e Renata Hermanny e Michele Luz marcam presença com espaços muito bem decorados. Pedro Lázaro assina o Espaço das Interlocuções, um living intimista em tons de cinza. Catarina e Renata Hermanny fizeram a suite do casal que está agradando em cheio o gosto dos paulistanos e Michele Luz assina o quarto do bebê.

Para quem interessa visitar segue o serviço:

Jockey Club de São Paulo – Avenida Lineu de Paula Machado, nº 775 – Cidade Jardim

De terça a quinta-feira – Ingresso inteiro: R$ 52,00 Ingresso de estudante: R$ 26,00 Ingresso senior (para pessoas com 60 anos ou mais): R$ 26,00

Sexta, sábado, domingo e feriados – Ingresso inteiro: R$ 65,00 Ingresso de estudante: R$ 32,50 Ingresso sênior (para pessoas com 60 anos ou mais): R$ 32,50

Passaporte único: R$ 150,00

Valet: R$ 25,00

Fios coloridos

Cabelo com fios coloridos?

Estamos no outono e o inverno está chegando. Não vejo nas ruas a moda tão proclamada nas passarelas da Semana de Moda em Milão, em fevereiro, afirmando com toda certeza que seria presença forte na estação: cabelos coloridos.

A grife italiana Dolce & Gabbana desfilou – complementando suas roupas – modelos usando franjas coloridas: azuis, vermelhas, rosas e amarelas. A marca de produtos para cabelos Alfaparf Milano, que apresentou a ousadia dos cabelos coloridos no final do ano passado, trouxe mais sete tons clássicos no seu tonalizante e o clear para a criação de várias nuances. Tudo para que os cabeleireiros pudessem viajar na criatividade, e colorir franjas, mechas ou todo o cabelo de suas clientes de qualquer cor.

Parece que foi um tiro no pé, pelo menos no que diz respeito ao Brasil. Por aqui a moda das madeixas coloridas continua sendo usada apenas pela galera alternativa.

Cirurgia plástica: bom senso é fundamental

O cirurgião plástico Ronan Horta. Foto Euler Júnior/D.A.Press
O cirurgião plástico Ronan Horta. Foto Euler Júnior/D.A.Press

Não são poucas as pessoas que fazem cirurgia plástica e maior ainda são as que sonham em fazer.

Ninguém está satisfeito consigo mesmo. O nariz é grande, pequeno, de batata, achatado. O cabelo é liso, anelado, grosso ou muito fino. O busto é pequeno ou grande. Tem queixo, não tem. Quer covinha. E por aí vai.

Antes a vaidade, ou melhor, a coragem era das mulheres, mas o tempo passou e há bastante tempo os homens deixaram de lado o pudor e embarcaram na onda. Até aí, tudo bem.

O problema é quando se perde a noção e o limite. Mulheres com 30 anos fazendo plásticas desnecessárias. Dá na veneta, vai ao médico e pronto, muda alguma coisa no visual. E os preenchimentos? Estamos na moda do fofão. Quantas mulheres estão a cara do famoso cachorro do extinto Balão Mágico? Fico triste de ver, principalmente porque a maioria delas eram pessoas lindas.

Tira costela para a cintura afinar e põe prótese na mama e no glúteo para ficar com o corpão violão. Há uns anos encontrei com uma amiga e fiquei chocada, tinha feito uma plástica e o cirurgião fez um corte entre a sobrancelha e o cabelo. Quis morrer. Como alguém deixa se retalhar dessa forma.

E a pálpebra? Outro problema. Fazer com cirurgião plástico ou com oftalmologista? Já vi resultados bons e ruins com os dois profissionais. O problema é que quando dá errado, como consertar? Tenho uma amiga que o olho ficou caído embaixo. Irreconhecível e sem jeito de melhorar.

Para não ficar aqui falando abobrinha e achômetro, liguei para um grande amigo que, para mim, além de excelente cirurgião plástico, é ético e criterioso: Ronan Horta. Fui esclarecer todas as minhas dúvidas sobre as questões que expus acima.

Já descobri que mineiro não é muito de aumentar o bumbum. Gluteoplastia é mais recorrente no Rio de Janeiro. Por aqui, as intervenções cirúrgicas estéticas mais procuradas são as de mama, lipoaspiração, facelifting, nariz e abdominoplastia, principalmente para ex-obesos. Pessoas mais jovens também fazem muito a reparação da famosa orelhinha de abano.

Quem faz cirurgia de mama, na maioria das vezes coloca prótese para preenchimento, ou então a mastopexia com prótese, que é a colocação da prótese para repor volume e retirada de excesso de pele em mulheres acima de 35 – 40 anos, depois que amamentaram os filhos e tiveram perda de conteúdo mamário.

Para Ronan Horta, o crime é o preenchimento com o PMMA, que só é indicado para casos raros, mas tem sido usado à revelia. “O índice de problemas causados pela aplicação deste preenchimento é altíssimo e de difícil solução. Ele é pesado, migra no rosto, gravita, e por isso a feição da pessoa muda, dando este aspecto que você cita como ‘fofão’. E ainda pode dar uma reação granular. Outro preenchimento perigoso é o ácido polilático”, alerta o cirurgião.

“O problema é que o sonho da pessoa está muito longe da realidade, é preciso ter bom senso. Quando vai a um cirurgião plástico e ele concorda com tudo, não coloca nem uma vírgula, não pondera nada, abra o olho, algo está errado. Se a promessa é muito grande, desconfia, porque não vai conseguir cumprir”, diz Horta.

Para ele, o ideal é ouvir mais de um médico e escolher o que combina mais com o jeito e a personalidade da pessoa, já que temos várias condutas diferentes. Médicos que estudaram na Europa, Estados Unidos, em diversas partes do Brasil.

É como diz o ditado: bom senso e caldo de galinha não faz mal a ninguém.

Isabela Teixeira da Costa

E a tocha olímpica passou por BH

A tocha olímpica marcou presença na cidade.

Estava louca para ver a passagem do “fogo eterno”, me programei no sábado para ir cedo para a Pampulha, mas nem sempre as coisas ocorrem como imaginamos. Minha filha está de partida. Na quinta-feira, ela embarca para Anagé, sertão da Bahia, onde inicia uma nova etapa de vida como missionária. Está terminando seu último trabalho aqui e saiu de casa às pressas me pedindo algumas tarefas.

Pronto, larguei tudo para atendê-la. Fiz com alegria, mas tive que mudar meus planos.

Desde que foi anunciada a Olimpíada do Brasil fiquei doida. Sempre sonhei em ir aos jogos olímpicos, mas era impraticável pela distância, altos custos, trabalho, etc. Mas aqui, na minha terra… Não poderia perder.

Entrei no site, me cadastrei para o sorteio da compra antecipada, comprei passagem aérea e o maior problema: hospedagem. Como não vou ficar o tempo todo, não consigo achar local para ficar. Ninguém quer alugar por poucos dias, nem hotel nem particular. Ainda não resolvi este problema.

Quando comecei a selecionar as modalidades que queria assistir fui entrando no clima olímpico. Sonhando com todos os esportes que gosto e que a TV não dá muito espaço como a ginástica rítmica, nado sincronizado, salto ornamental. Tênis e vôlei também estão garantidos.

Mês passado, Ivan Drummond – meu colega de redação –, me chamou e mostrou o vídeo do Luciano Huck, dizendo que ele tinha sido selecionado para carregar a tocha olímpica. Fiquei tão emocionada. A escolha foi por vários motivos: ele é o terceiro de uma geração de jornalistas esportivos, já cobriu várias olimpíadas, o Mineirinho recebe o nome de seu pai Felipe Drummond, e ele tem uma história de superação, há dois anos tirou um tumor do cérebro e se recuperou totalmente. Merecidíssimo.

Não fui, mas minha amiga Heloísa Silva esteve lá e me mandou muitas fotos. Me contou como foi emocionante. Ela acompanhou desde a Igrejinha da Pampulha até o Mineirão, conversou com várias pessoas que carregaram a tocha. Emocionou-se com as histórias de superação de cada uma e principalmente quando Nalbert acendeu a tocha de Ivan que saiu do Mineirão com lágrimas nos olhos.

Na edição de domingo do Estado de Minas, Ivan Drummond fez a matéria da cobertura da passagem do “fogo eterno” por Belo Horizonte, e escreveu um texto emocionante contando o que sentiu. Transcrevo aqui um trecho:

“Chegou o momento de descer e me posicionar. Dentro do Mineirão sou surpreendido: Nalbert acendeu a minha tocha. Não resisti. Os olhos se encheram de lágrimas. Estava ali, com o símbolo maior do olimpismo, como que saindo do Olimpo carregando o fogo sagrado. Não sabia se conseguiria correr 250 metros. Consegui. Para dizer a verdade, nem vi o tempo passar. Queria mais. Mas o que vale é que realizei um sonho. Além de repórter em seis edições dos Jogos Olímpicos, agora faço parte da história, carreguei a tocha. Inesquecível”.

Tive outro motivo para ficar feliz. Meu sobrinho Álvaro Cotta Teixeira da Costa, gerente de marketing da Novo Basquete Brasil (NBB), também carregou a tocha. Todos dois ganharam de presente o símbolo que carregaram. De uma coisa eu tenho certeza, se não conseguir ir à Olimpíada por falta de hospedagem, foto com a tocha está garantida.

Isabela Teixeira da Costa

O homem que ajuda em casa

Foto Marcos Vieira/Estado de Minas - Evandro Oliveira ajuda a mulher, Monica Pereira em tudo
Foto Marcos Vieira/Estado de Minas – Evandro Oliveira ajuda a mulher, Monica Pereira em tudo

Homem que ajuda nas tarefas domésticas tem melhor relacionamento.

Mulher é múltipla, todo mundo sabe disso. Nós damos conta de muita coisa, é outra verdade absoluta. Domingo passado foi o Dia das Mães e circulou nas redes sociais e WhatsApp inúmeras mensagens e uma das melhores foi a do filho falando: “Mãe, nós contratamos algumas pessoas para substituí-la enquanto você relaxa no Dia das Mães!”. Oito profissionais  estavam a postos.

É assim mesmo. A mulher trabalha fora, cuida dos filhos – leva e busca na escola, ajuda a fazer para casa, leva ao médico e em outros cursos extracurriculares – , da casa – e nisso está fazer supermercado, sacolão, açougue, controlar a empregada e cuidar da manutenção caso seja necessário –, da mãe, do pai, dos irmãos, das amigas, tem que ir na academia, salão de beleza e tem que estar linda e maravilhosa para o marido. Isso quando tem empregada, que está se tornando artigo de luxo. Atualmente, são as diaristas que trabalham duas vezes por semana, e nos outros dias a manutenção da casa fica por conta da mulher.

Sempre tive uma pontinha de inveja dos homens americanos que sempre ajudaram nas tarefas domésticas. Morei por seis meses nos Estados Unidos e ficava impressionada. Ninguém ficava nachargemae mamata. Desde o pai de família até o filho de 7 anos, todos ajudavam nas tarefas domésticas. Aqui no Brasil, o homem trabalha, chega em casa, janta ou lancha e vai descansar em frente à televisão, se não for o dia do futebol ou do pôquer.

O pior de tudo é que a culpa é nossa, das mães. Quem cria e educa os filhos? As mães. Se passamos o conceito que as meninas ajudam nas tarefas de casa e os meninos vão brincar, é assim que vão crescer e isso se repete de geração em geração. Tenho uma conhecida, mãe de três rapazes, que quando conversávamos sobre essas questões disse certa vez em alta voz: “Prefiro criar três machões do que um gay!”. Será que ajudar nas tarefas domésticas influencia na opção sexual? Se fosse assim, nos EUA não existiria nem um hétero sequer.

O papel da mulher mudou com o excesso de trabalho e o desejo, cada vez maior, de estudar e investir em uma carreira profissional. Isso levou o homem a sair de sua zona de conforto e é cada vez maior o número de parceiros que ajudam nas tarefas domésticas, tanto com os filhos quanto na arrumação da casa. Para a psicóloga clínica voltada para a saúde do homem Carla Ribeiro: “O homem já se mostra mais parceiro e atuante na família no que diz respeito à criação dos filhos e à divisão das tarefas domésticas rotineiras. O que importa nesse contexto é que os homens percebam a importância de compartilhar as atividades de casa, uma vez que os dois dividem o lar, ou seja, a limpeza da casa e o cuidado dos filhos deve ser de responsabilidade dos dois”, diz ela.

Carla ressalta que igualdade e compreensão são duas palavras-chaves para desenvolver uma relação estável. “O entendimento mútuo é cada vez mais importante. Assim como os homens vão jogar futebol, hoje as mulheres também têm o direito de sair para o cinema ou ir a um barzinho social com as amigas”, conta a especialista.

“A relação conjugal fica mais harmoniosa e até o sexo pode ficar mais intenso. Essa aproximação do homem com a mulher faz com que elas se sintam mais interessantes. Ou seja, ao entender a dupla jornada da mulher e seu cansaço natural no final das contas, o casal só tem benefícios, uma vez que a relação fica mais saudável, evitando, assim, possíveis conflitos e discussões”, conclui a psicóloga.

Que venha esse novo homem!

Escola de Princesas

pernacruzadaFoi chegando aos poucos, mas a Escola de Princesas pegou e ensina muito mais do que boas maneiras.

Com a vida corrida das mães e a modernidade despojada da contemporaneidade, uma atividade que tinha caído em desuso desde os anos 90 voltou e tem crescido no país, a Escola de Princesas.

A proposta passa pelo ensino de boas maneiras e etiqueta social, porém vai muito além, ensinado para as meninas princípios e valores. Como eles explicam, toda criança tem o sonho de se tornar uma princesa, mas isso não ocorre simplesmente usando um vestido extravagante e uma tiara brilhante.

Ser princesa é ter confiança para ser melhor, ter caráter e comportamento de princesa. “A Escola de Princesas é um projeto criado para levar ao coração de meninas valores e princípios morais e sociais que as ajudarão a conduzir sua vida com sabedoria e discernimento. É sobre tratar todos com bondade e generosidade, ter valores e princípios imutáveis independentes de modismos, assim como acreditar em si mesma e em seus sonhos”, explicam os idealizadores. Além do curso de etiqueta e comportamento, resgata valores éticos e morais em crianças e jovens de 4 a 15 anos.

Os cursos ensinam desde os valores, passando por organização, higiene pessoal, maquiagem, etiqueta, etc. E tem também espaço para festas e eventos, desde chá até festas maiores. Muito bem bolado. Acho a proposta interessante, porque tenho visto crianças tão mal-educadas e sem limites, e pais tão permissivos, que uma passadinha por lá iria fazer muito bem a elas.

Na minha época de adolescência, existia na cidade a Socila Escola (não confundam com a rede de salão de beleza). Pelo que sei, a carioca Maria Augusta Nielsen fundou a Socila em 1953 para ensinar moças a serem elegantes. Preparava para ser miss e modelo. Em 1954, aceitou o convite de Sarah Kubitschek – mulher do então presidente da República, JK –  para preparar as filhas Maria Estela e Márcia para o début em Versailles.

Pronto, ficou famosa. Teve sua profissão reconhecida. Abriu filiais Brasil afora, foi a precursora do franchising, e funcionou com todo o requinte até os anos 70. Aqui em Belo Horizonte, a Socila Escola ficou aberta até final da década de 90.

Tinha dois cursos: Aperfeiçoamento Social e Modelo. No primeiro, as meninas aprendiam etiqueta social, ou seja, chegar e sair de um ambiente, cumprimentar as pessoas, etiqueta à mesa: como servir uma mesa e se portar nela. Aquela história de qual talher para qual prato, qual taça para qual vinho, etc. No segundo, ensinavam postura, andar, desfilar, assentar e até mesmo como se vestir. Naquela época não podia passar de três cores; hoje, a moda mudou muito, as estampas dominam, mesmo assim não é para qualquer pessoa. E a combinação de sapato com bolsa era obrigatória. Ir à igreja com decotes grandes ou roupas curtas, nem pensar. Usar roupas chamativas para o trabalho era outro crime. Pelo que soube, as amigas Paula Couri e Beth Fontes reabriram, este ano, a Socila Escola em novo formato e ministram curso para grupos fechados.

Nunca frequentei a Socila porque minha mãe nos ensinou tudo isso, porém tive muitas amigas que fizeram o curso. Quando chegava a uma festa, percebia na hora quem era da Socila: assentavam com pernas cruzadas de lado e mãos postas do lado contrário com a bolsa. Tenho que confessar que me dava muita vontade de rir. Mas que era elegante, isso era.

Durante anos, o saudoso colunista social do Estado de Minas Eduardo Couri promoveu a festa Glamour Girl, onde era eleita a moça mais charmosa da alta sociedade belo-horizontina. Todas as oito candidatas tinham que passar pela Socila. Era lá que treinavam o desfile. Durante os meses que antecediam o concurso, vários casais abriam suas casas para grandes recepções em homenagem às garotas. Todas se portavam como verdadeiras ladies, by Socila.

Saudades daquele tempo…

Serviço:

Escola de Princesas BH
R. Terra, 271, Santa Lucia
Email: bh@escoladeprincesas.net
Fone: 31 3656 5877
Celular/WhatsApp: 31 98056196

Isabela Teixeira da Costa