Quase metade da população tem caspa

estresseUmas das principais causas de se ter caspa pode ser o estresse.

Com o nome médico de dermatite seborreica, aquelas casquinhas brancas que se soltam do couro cabeludo são popularmente conhecidas como caspas. Trata-se de uma inflamação responsável por produzir descamação da pele, normalmente na região do couro cabeludo, mas que pode também ocorrer no rosto, sobrancelha, nariz, orelha, peito, costas e virilha. Nunca soube disso, sempre pensei que essas pelezinhas no rosto não passavam de descamamento por ressecamento da pele.

Além de provocar coceiras, o pior é o constrangimento que dá por ela ficar visível nas roupas, pois as pessoas têm o costume de achar que se trata de falta de higiene. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 40% da população mundial já teve ou tem o problema, sendo que os homens tendem a apresentar mais casos do que as mulheres.

A médica Cristiane Câmara Alves explica que a caspa pode estar associada também ao estresse e fatores emocionais, além da causa genética: ‘’é comum que pessoas passem a ter caspa depois de uma cirurgia ou da perda de um ente querido. Essas situações alteram a produção de hormônios, o que causa um aumento da oleosidade na cabeça. Depois de um tempo, quando o organismo volta a ter níveis hormonais regulados, a caspa desaparece’’.
Porém, segundo a dermatologista, se a doença não for tratada, pode evoluir para psoríase e, consequentemente, para uma infecção no couro cabeludo. “O problema é que muitas vezes a caspa é vista como problema estético e não como doença, e por isso as pessoas demoram ou não procuram tratamento”. O mais grave é que a calvície também pode ser umas das consequências da caspa, se não for tratada adequadamente.

É preciso ficar alerta aos sintomas: “oleosidade na pele e no couro cabeludo: “escamas brancas que descamam; escamas amareladas que são oleosas e ardem; coceira, que pode piorar caso a área seja infectada pelo ato de ‘cutucar’ a pele; leve vermelhidão na área e possível perda de cabelo”. Segundo Cristiane Alves, é possível controlar a caspa com o uso de xampus e cremes específicos. A médica sugere evitar banho muito quente e não estimular a umidade do couro cabeludo. “No inverno, o clima frio determina uma maior descamação do couro cabeludo, em função da maior velocidade de crescimento e maturação celular. Os banhos muito quentes também pioram o estado seborreico”, explica.

O estresse não é a única causa da caspa. A disfunção das glândulas sebáceas no couro cabeludo. Elas produzem excesso de oleosidade na raiz do cabelo, gerando a seborreia.

Caspa na orelha: A caspa na região da orelha pode ser combatida evitando banhos quentes demais e adotando produtos que contenham enxofre na composição ou loções de corticosteroides. Um médico poderá indicar o uso correto de acordo com seu caso.

A médica Cristiane Câmara Alves / Divulgação
A médica Cristiane Câmara Alves / Divulgação

Caspa no rosto: A dermatite seborreica na região do rosto pode ser tratada com uma limpeza regular, somente com água e sabão. Cremes e perfumes perfumados ou cosméticos que contenham álcool na composição podem agravar o problema.

Caspa na barba: Se o homem sofre com caspa na barba, o mais indicado é mesmo se barbear constantemente. Os pelos no rosto podem agravar a condição de dermatite seborreica. Caspa nos cílios: Conhecido como blefarite, a caspa nos cílios é uma doença crônica que causa inflamação na região. O problema geralmente piora com o frio, o estresse e a ingestão de alimentos gordurosos. Lavar os cílios com água e xampu neutro, uma vez ao dia, ajuda a acabar com o problema. Caspa na sobrancelha: Além de evitar o consumo de comidas gordurosas e bebidas alcoólicas, a caspa na sobrancelha pode ser combatida com xampu anticaspa durante o banho, evitando água quente demais.

O mais importante é procurar um dermatologista para fazer o tratamento correto, porém, seguem algumas dicas de como evitar a caspa:

  • Evitar banhos com água muito quente, pois ela estimula a oleosidade da raiz dos cabelos;
  • Evitar os alimentos ricos em gordura, açúcares, frituras e/ou em carboidratos refinados;
  • Beber no mínimo 1,5L de água por dia;
  • Evitar o estresse (esta é mais difícil);
  • Evitar dormir com os cabelos molhados ou úmidos;
  • Não esfregar com as unhas o couro cabeludo, pois isso poderá causar ferimentos na cabeça. Massagear com a ponta dos dedos, em movimentos suaves e circulares, e
  • Evitar o uso de bonés e chapéus.

abacateO vinagre é um ótimo tratamento caseiro para acabar com a caspa, pois ele possui ação antibacteriana. Existem duas formas distintas de aproveitar todas as propriedades do vinagre:

  • Molhar pedacinhos de algodão em vinagre e aplicar em todo couro cabeludo, deixando agir por até 2 minutos e lavando os cabelos depois, ou
  • Após a lavagem normal dos cabelos com água fria, aplicar um pouco de vinagre na raiz dos cabelos e deixar secar naturalmente a seguir.

Mais dicas de remédios caseiros:

  • Esfregar o sumo das folhas de couve no couro cabeludo
  • Aplicar o suco do tomate
  • Assar a polpa do abacate, espremer através de um pano fino e limpo, extraindo o óleo e esfregando no couro cabeludo duas vezes ao dia.
  • Abacate: faça massagens no couro cabeludo com polpa ou óleo de abacate (cru). Ajuda a reduzir a oleosidade, dando brilho aos cabelos.
  • Suco de dois limões com um copo de água. Fazer fricção no couro cabeludo diariamente
  • Polpa da folha da babosa.
Sálvia e alecrim
Sálvia e alecrim

Chá de sálvia e alecrim

O alecrim e a sálvia possuem propriedades anti-inflamatórias e antissépticas, ajudando a combater os fungos que provocam as caspas.

 Ingredientes : 2 colheres de chá de folhas de sálvia, 1 colher de chá de folhas de alecrim, 1 xícara de água fervente

Como usar: Adicionar as folhas de sálvia e alecrim em uma xícara de água fervente e deixar descansar por 10 minutos. Após esfriar, colocar em um recipiente com um pouco de xampu e mexer bem, usando a mistura para lavar o cabelo. Além disso, pode-se colocar o extrato alcoólico de sálvia nos principais focos de caspa várias vezes ao dia.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

Fontes:

sites tuasaúde.com e remédio-caseiro.com e vix.com

livro 100 sucos com poderes medicinais

Sanduiche que vale vidas

cape
Reprodução do site da Cape

Amanhã, sábado, 27 de agosto, é dia de Mc Dia Feliz em benefício da Casa de Acolhida Padre Eustáquio, Cape.

Anualmente o Mc Donalds separa um dia e faz, nacionalmente o Mc Dia Feliz, um dua especial quando toda a renda arrecadada com a venda dos sanduíches Big Mcs são revertidos para algum hospital ou associação que cuida de crianças com câncer. Este ano, em Minas Gerais, a renda será revertida para a Casa de Acolhida Padre Eustáquio, Cape.

A Cape trabalha para que crianças e adolescentes tenham amparo e estrutura durante o tratamento oncológico e hematológico. Por isso, acolhe cerca de 90 crianças com seus acompanhantes oferecendo todo apoio sociofamiliar para a continuidade do tratamento até a cura.

Reprodução site da Cape
Reprodução site da Cape

Hoje, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer pode ser curado, se diagnosticados precocemente. No entanto, o mesmo Instituto estima que entre 2016 e 2017 ocorra mais de 12 mil novos casos de câncer nessa faixa etária no Brasil.

Cada pessoa que chega na Cape tem uma família com histórias diferentes. Encaminhadas para a Casa por meio dos hospitais de Belo Horizonte, elas vêm de cidades do interior do estado e precisam de suporte no momento em que estão longe de casa e fragilizados pela doença. A Casa se interessa por essas trajetórias e oferece acolhimento humanizado e individualizado.

A Cape tem uma ótima estrutura mantida por doações de pessoas que acreditam na importância do amparo e conforto oferecidos a todos os acolhidos

O aperfeiçoamento diário da equipe e do trabalho se deve ao aprendizado na missão de acolher crianças e adolescentes vindos do interior para tratamento oncológico e hematológico. A hospedagem completa inclui ainda o transporte para consultas, exames e quimioterapias.

A Cape conta com espaços para atendimento especializado das crianças e familiares, fisioterapia, sala de informática, refeitório, cozinha equipada, auditório de reuniões, quartos e banheiros para receber os acolhidos. Toda a estrutura está organizada para transformar a casa mais humanizada e aconchegante. O lado lúdico faz parte da estrutura para ocupar o tempo dos acolhidos de uma forma criativa como toda criança precisa, por isso não falta brinquedoteca, biblioteca e play ground. A ideia é manter a diversão em um momento não tão alegre.

Reprodução site da Cape
Reprodução site da Cape

A Casa conhece o drama de dezenas de crianças e adolescentes em busca da tão sonhada cura. Por isso, tem acompanhamento psicológico, orientação nutricional, atendimento fisioterapêutico e ensino reconhecido pelo MEC.

Projetos futuros já recebem todo o empenho da equipe como, por exemplo, o estoque regulador de medicamentos, o Diagnóstico Precoce e a Reforma Habitacional para que as famílias tenham condições para receber a criança em suas casas, sem comprometer o tratamento. Esses ainda são planos que serão possíveis com mais pessoas participando e apoiando essa causa pela vida.

Para a equipe da Cape, toda criança precisar estar em seu lar, na sua escola, com os seus amigos. Casa de acolhida é lugar de passagem. E que seja breve.

Para ajudar a Cape, uma das formas é participar do Mc Lanche Feliz, outra forma é fazendo doação; Os interessados podem entrar em contado.

Serviço:

Cape
Telefone (31) 3401.8000
cape@cape-mg.org.br
Alameda Ipê Branco, 28
São Luiz, Pampulha, BH – MG

Isabela Teixeira da Costa

 

Acidentes domésticos: perigo para idosos

Foto Adelino Meireles / Global Imagens
Foto Adelino Meireles / Global Imagens

Acidentes domésticos são os maiores riscos de graves danos para os idosos.

Já falei aqui, em mais de uma crônica, que o país está caminhando para um perfil demográfico idoso. Estudos da Organização Mundial da Saúde apontam que em 2050, serão mais de 2 bilhões de idosos no mundo, no Brasil os estudos apontam que serão 64 milhões de pessoas acima de 60 anos, contra os atuais 23 milhões.

Uma das grandes preocupações são com acidentes domésticos, que também têm crescido consideravelmente, e são responsáveis por milhares de pessoas vítimas de traumatismos cranianos e da coluna vertebral, chamados de neurotraumas.

Isso quer dizer que 70% das quedas entre idosos ocorrem dentro de casa, de acordo com o Ministério da Saúde. Sendo que 30% destes acidentes causam a morte de idosos e pelo menos 40% causam alguma lesão grave, principalmente, no cérebro e na medula. Além disso, como a pele do idoso é mais fina, um simples esbarrão pode provocar algo mais grave.

O pior de tudo é que acidentes domésticos podem ser prevenidos, basta tomar alguns cuidados e com pequenas mudanças é possível transformar a casa em um local mais seguro para o idoso.

Os riscos de acidentes domésticos estão em todo lugar, em ações rotineiras, desde o contato com altas temperaturas na cozinha até o caminhar do quarto para o banheiro durante a noite. Este último é um dos casos mais comuns de acidente com idoso.

E a recuperação da pessoa mais velha é difícil, lenta e essa demora acaba provocando outros problemas por tempo prolongado na cama, como escaras, problemas pulmonares, etc.

O médico da minha mãe, Samuel Vianey da Cunha, proibiu terminantemente o uso de chinelo, sandália ou qualquer calçado que não prenda também o calcanhar. Disse que é um dos fatores mais comuns de queda em idoso. O corpo vai para frente, mas o calçado fica. Pronto, olha o idoso no chão. E é o calçado que eles mais gostam, que mais ganham de presente. E são teimosos, querem usar de qualquer jeito. Porém, tem momentos que o importante é deixar o coração de lado e fazer valer a “autoridade do conhecimento”, pois sabemos as possíveis consequências desta desobediência.

Já pensou uma pessoa com 90 anos quebrar um fêmur? A tendência é acabar em uma cadeira de rodas, e isso ela não vai gostar. Sabemos também que, infelizmente, existem casos que os ossos se quebram com a pessoa assentada, e ela cai ao levantar, porque o osso já havia quebrado antes. É exatamente por isso que devemos prevenir o que podemos.

Foto Reprodução de Cerqueiragonçalves.com
Banheiro adaptado. Foto Reprodução de Cerqueiragonçalves.com

Os acidentes mais comuns são:

Quedas no banheiro: causam fraturas e machucados. Instale barras fixas no banheiro, próximas ao vaso sanitário e chuveiro, evita quedas, auxilia para assentar e levantar e dá segurança na hora do banho.

Evitar: uso de tapetes escorregadios no ambiente e em outros cômodos da casa, ;

Esbarrões e queimaduras: estão em segundo lugar de lesões entre idoso.

Evitar: excesso de móveis e objetos espalhados pela casa, deixar o ferro de passar roupa esfriando no chão, fogões com acendimento manual;

Quedas na casa: muito comum

Evitar: tapetes, não coloque peça pequena pela casa, se não puder retirar os tapetes, prenda-os ao chão. Chinelo e pantufas, só calce o idoso com sapatos que prendam também no calcanhar. Fios ou objetos espalhados no chão da casa.

Queda de escada: Coloque corrimão nas escadas, ponha fita adesiva antiderrapante e colorida nos degraus da escada.

Evitar: tapete no fim da escada.

Outros cuidados: Mantenha o ambiente iluminado, para que o idoso tenha sempre boa ou alguma visibilidade; coloque os objetos e utensílios que o são de uso frequente em locais que estejam a altura dos ombros e da cintura; evite deixar tacos soltos e pisos quebrados, pois podem provocar torção do pé e quedas; não encere muito os pisos, evite pisos escorregadios; evite deixar muitos móveis atrapalhando a passagem; proteja os cantos das mesas com peças próprias de silicone; mantenha os remédios de uso contínuo em caixas e etiquetados para evitar erros com a medicação; deixe em um local de fácil acesso os telefones de emergência para o caso de algum acidente.

Caso você seja o idoso, ao subir em escadas móveis, peça sempre para alguém segurá-lo para dar maior segurança; use calçados adequados ao lavar os pisos para evitar possíveis escorregões e evite o contato com produtos químicos como inseticidas e o cloro, pois podem provocar alergias ou até mesmo intoxicação.

Em caso de queda, nunca levante a pessoa imediatamente, mantenha a calma, veja se há sangramento e lesão. Se tiver, leve ao Pronto Socorro ou chame uma ambulância pelos telefones 193, 199 ou 192.

Se não teve lesão, aguarde a dor forte passar para levantar o idoso, que sempre deve ter ajuda para isso.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

O perigo mora em casa

 

Acidentes domésticos são a maior causa de morte de crianças no país.

Papo Empreendedor Afirma

Várias publicações e matérias publicadas nos principais veículos de comunicação do país, impressos e televisivos, informam dos riscos de acidentes domésticos, tanto para a as crianças quanto para os idosos. Hoje, vou falar das crianças.

Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes domésticos são a principal causa de morte de crianças de até 9 anos no Brasil. São cerca de 4,6 mil crianças que morrem por ano em decorrência desses acidentes, e no mundo todo o número chega a 830 mil.

De acordo com a pediatra Flávia Nassif, simples cuidados podem reduzir em até 90% a incidência desses casos.

São descuidos tão comuns e banais, que coisas que fazem parte da rotina que não percebemos o perigo que eles causam às crianças. Uma tomada sem proteção, material de limpeza em um armário de fácil alcance e fácil de abrir, quinas desprotegidas, banheiro molhado, janela aberta. Todas são situações comuns na casa de qualquer pessoa, mas extremamente perigosas.

A médica afirma que uma criança não pode ficar sozinha em hipótese alguma, por mais rápido que seja. O perigo está em todo lugar. “Os locais de maior risco são a cozinha, o banheiro, a escada e o quintal, nessa ordem”, informa. E dá uma dica básica para os pais: “coloquem-se na altura da criança para ver os objetos que estão ao alcance dela”. Entre esses objetos, estão até mesmo as cadeiras, sofás e banquinhos, que podem levá-las a utensílios que estão mais no alto ou às janelas que, sem proteção, são extremamente perigosas.

Na cozinha, Flávia recomenda que sejam usadas as bocas do fogão de trás e que os cabos das panelas estejam virados para dentro e para a parede. Objetos cortantes como facas, tesouras, estiletes, etc, devem ser guardados em gavetas e armários com travas. Assim como os materiais de limpeza, que não devem, em hipótese alguma, parar nas mãos das crianças.

No banheiro, medicamentos e cosméticos não devem ficar à mostra. As tampas dos vasos sanitários devem ser mantidas fechadas. Não deixe o chão molhado e use tapetes antiderrapantes que evitam quedas, que podem ser fatais.

Para a casa, de uma forma geral, a doutora explica que é preciso tomar cuidado com fiação, tomadas, janelas, plantas tóxicas, objetos de vidro e móveis com quinas. “Manter a casa iluminada e organizada, já é um bom começo para evitar acidentes”, acrescenta.

Os primeiros-socorros em caso de acidente doméstico também ajudam a salvar vidas. No caso de quedas, é preciso verificar se a criança está consciente e se a respiração ou os batimentos cardíacos apresentam alteração. Se ela tiver sonolência ou lentidão de raciocínio, é melhor levar a um pronto-socorro.

Se tiver cortes, lave com água e sabão para evitar contaminação. Com sangramento, não colocar gelo, o correto, segundo a pediatra, é comprimir ou apertar o local com um pano para estancar.

Queimaduras leves podem ser tratadas com água em temperatura ambiente. Mas se formar bolha, é o caso de se dirigir ao hospital.

Por incrível que pareça, balde com água também é risco. Por isso é importante ter sempre um adulto de olho na criança. O bebê de um conhecido se afogou, porque foi brincar e mexendo em um balde com água, caiu de cabeça dentro dele. Não conseguiu sair e não tinha um adulto do lado. Uma tragédia.

Piscina é outro grande risco. Quando estava na faculdade, tive uma colega e uma professora que perderam seus filhos afogados. Os dois estavam com 2 anos. Um dos acidentes foi durante um churrasco. Todos em torno da piscina e ninguém viu. Bastam alguns segundos para que algo terrível aconteça, por isso, todo cuidado é pouco.

Melhor do que tratar é evitar. É melhor evitar do que remediar. Evitar que acidentes aconteçam não é difícil e salva vidas.

Isabela Teixeira da Costa

 

Por que sentimos mais dores de cabeça no inverno?

Dores de cabeça no inverno podem estar relacionadas com a alimentação, infecções ou alergias respiratórias.

Papo Empreendedor AfirmaTudo o que diz respeito a dores de cabeça e enxaqueca me interessam porque eu sofro com o problema. Graças a Deus e a neurologista Renata Lysia Soares Lima Farneze as crises agora, são raras. Porém, antes de começar o tratamento precisava correr ao hospital, pelo menos duas vezes por mês, para tomar medicação venosa para dor.

O frio pode chegar acompanhado de outros incômodos, como dor de ouvido, garganta ou cabeça. Nessa época do ano, o corpo entra em vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos da superfície da pele se contraem para inibir a perda do calor corporal.

A dor de cabeça é um sintoma comum para muitas doenças diferentes. A professora e otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez, explica que as dores de cabeça no inverno envolvem as vias respiratórias e as mudanças alimentares. “As inflamações e infecções respiratórias mais comuns no inverno são as rinites, sinusites, amigdalites e faringites. Em geral, elas provocam dor ou desconforto no nariz ou na garganta, febre baixa ou alta e, muitas vezes, dor de cabeça pelo próprio estado inflamatório ou infeccioso”.

Vamos mostrar as diferenças entre cada um dos problemas para que você saiba identificar melhor:

– Rinites: inflamação crônica ou aguda da mucosa que reveste internamente o nariz e pode ocorrer por vírus ou bactérias.

– Sinusites: inflamação nos seios da face, que são regiões ósseas ao redor do nariz e dos olhos.

– Amigdalites: inflamação e inchaço nas amígdalas, sendo mais frequente em crianças e adolescentes.

– Faringites: inflamação que costuma causar dor ou desconforto na faringe, que é a região do fundo da boca.

Segundo Tanit Sanchez, nesses casos é necessário iniciar tratamento medicamentoso da infecção para acabar com as dores, inclusive a dor de cabeça provocada em consequência desses males.

Com as temperaturas mais baixas, o corpo exige o consumo de alimentos que liberam energia para mantê-lo aquecido. “Dessa forma, aumenta muito a ingestão de carboidratos como pães, sopas e massas em geral, e alimentos com alto teor de gordura como os queijos, fondues, dentre outros, que alteram o nosso metabolismo diretamente”, complementa a especialista.

Isso sem falar nos alimentos ricos em cafeína como chocolates, cafés e chás. Quando consumidos em excesso, podem aumentar a chance de provocar dor de cabeça, além de zumbido, ouvido tampado e até tonturas. Para quem não sabe, eu era viciada em coca-cola, há cerca de quatro anos decidi parar e cortei radicalmente refrigerantes. Fiquei dez dias com uma dorzinha de cabeça chata, que não parava com nenhum medicamento, nem mesmo os fortes que tomo quando tenho crise brava de enxaqueca. Liguei para a minha médica, Renata Farneze, e depois de ouvir muitos parabéns, ela disse que era o corpo sentindo a falta da cafeína, mas que passaria. Passou mesmo.

“Para evitar esses problemas, é necessário manter cautela na ingestão desses alimentos, principalmente no inverno. Como a relação da dor de cabeça com os erros alimentares é menos conhecida, nem sempre se faz o diagnóstico correto. Com isso, as pessoas tentam controlá-la usando analgésicos várias vezes ao dia, quando deveriam apenas readequar a alimentação. Por isso, ao surgir qualquer sintoma frequente, é indicado procurar um médico para que o problema não se torne crônico e de difícil tratamento”, finaliza Tanit Ganz Sanchez.

Outra coisa que aprendi com a neurologista Renata Lysia Farnese: cometemos um grave erro. Sempre que estamos com dor de cabeça tomamos analgésico, e a medida que a dor aumenta, aumentamos a quantidade do analgésico. Isso é muito errado porque o organismo se acostuma com a dose do remédio e pede mais e mais. Por isso, existem outras medicações para serem tomadas, no lugar do analgésico, que entra como complemento, e não como medicação principal.

Se sofre de dor de cabeça, não se automedique, procure um médico. Quando passei a ter que ser levada ao hospital – já faz mais de 15 anos que não passo por isso –, ingeria sete Neosaldinas de uma vez. Estava a ponto de me intoxicar de remédio. Cuidado.

Isabela Teixeira da Costa

Obesidade provoca problema até na gengiva

Sondentista
Ilustração Son Salvador

Excesso de peso pode acentuar problemas na boca.

Só o que me faltava. Já não chega o tanto de problema que atribuem ao excesso de peso, agora acrescentaram mais um na lista. Penso que a turma que luta incessantemente para reduzir o grande de número de obesos no mundo, não vai parar de descobrir problemas de saúde em consequência do sobrepeso, enquanto o índice de pessoas gordinhas não cair drasticamente.

A mais recente descoberta é de que o excesso de peso eleva em 11% o risco de ter uma periodontite, e ser obeso eleva esse risco em 22%, é o que revela estudo apresentado em uma conferência da Associação Internacional de Pesquisa Dental (IADR) em junho deste ano. A periodontite é uma doença que começa com uma inflamação na gengiva caracterizada por danos no osso e nas fibras de sustentação dos dentes. Já o risco de ter uma periodontite de moderada a severa foi 12% maior entre os participantes com sobrepeso e 27% maior entre os obesos.

O estudo, coordenado pelo pesquisador Marco Peres, da Universidade de Adelaide, na Austrália, avaliou 539 brasileiros de 31 anos de idade que passaram por exames periodontais em 2013. A cirurgiã dentista Regina Bregalda explica que a pessoa obesa costuma ter uma resposta inflamatória exagerada e, como a doença de gengiva é uma doença inflamatória, a obesidade se torna um fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de problema.

A periodontite costuma acontecer na vida adulta, após os 30 anos, decorrente de uma gengivite não tratada ou mal curada. A placa bacteriana endurece e forma o cálculo gengival (tártaro), que afasta a gengiva dos dentes e cria uma bolsa periodontal. As bactérias entram pela gengiva e atingem o tecido ósseo dos dentes e as fibras de ligamento que os sustentam. Eles podem ficar moles e até cair.

Que dizer que a chance de um obeso ficar banguela e precisar de dentadura é maior do que em uma pessoa magra. Graças a Deus que agora tem implante, o que descarta a dentadura. Obesos, não fumem! Neste quesito, os fumantes estão em prejuízo, porque o implante em fumante não fixa. Como tem mais magro fumante do que pessoas com excesso de peso, já viram, não é mesmo… Magrinhos fumantes se cuidem, porque se perderem dentes, vão acabar com dentadura mesmo…

Brincadeiras à parte, segundo a dentista, especialista em implantes e reabilitação oral, as bactérias alojadas na gengiva se deslocam pelo organismo e se instalam em outros órgãos, prejudicando seu funcionamento. Nesse caso está o mais conhecido dos problemas, e o único que é, de fato, causado diretamente pela inflamação na boca: a endocardite bacteriana. ‘’Quando a bactéria da gengiva passa pela corrente sanguínea e cai nas veias que levam sangue ao coração a membrana da válvula se infecciona’’.  E isso é sério.

Isabela Teixeira da Costa

Salvar

Colágeno: proteína importante para o corpo

colagenoIngestão de colágeno previne envelhecimento e o enfraquecimento dos ossos e cartilagens

O colágeno é uma proteína que mantém unidas as células de nosso corpo, além de ser um componente proteico de ossos, cartilagens e órgãos como a pele, entre outros. Nosso corpo produz o colágeno, porém, por volta dos 30 anos de idade, começa a queda na produção dessa proteína, que é percebida com o surgimento de rugas no rosto, fragilidade óssea e flacidez no corpo.

Chegou a hora de repor o colágeno no organismo. A melhor maneira é por meio do colágeno hidrolisado, um tipo especial de gelatina, que contém os aminoácidos essenciais – glicina e prolina – em concentração 20 vezes maior do que outras proteínas. Ambos são componentes importantes do tecido conjuntivo e asseguram sua consistência e elasticidade. Ele também tem efeito regenerativo em ossos e articulações. Desde o início da década, quando surgiu, a procura por essa substância – até então encontrada apenas em cápsula, sachê e bala manipulada -, triplicou.

Para acompanhar a demanda, as opções de produtos prontos com colágeno hidrolisado aumentaram bastante, basta dar uma voltinha nas gôndolas das farmácias e supermercados: além de balas e bombons de diferentes formatos, ele pode ser encontrado em águas aromatizadas, barrinha de cereais e até granola. O importante é saber qual a dose tomar: a maioria dos especialistas recomenda de 8 a 10 gramas de colágeno por dia.

Segundo a nutricionista Flavia Morais, além de alimentos como a carne vermelha, frango e peixe, a suplementação para pessoas acima dos 30 anos é recomendada. “O colágeno pode ser reposto por meio de suplementos disponíveis em pó ou cápsulas, mas é importante que seu consumo esteja associado a uma alimentação saudável e balanceada” explica. O consumo regular dessa proteína previne ainda a celulite, fortalece cabelos e unhas, e é constantemente aliada às dietas de emagrecimento.

O suplemento não diminui a importância de uma dieta rica em alimentos que estimulam a produção de colágeno no organismo. Essa lista inclui carne magra, frango, peixe e ovo (especialmente a clara). Invista também em legumes, verduras, frutas e castanhas. “Eles têm os nutrientes (vitaminas A, C e E, selênio e zinco) que garantem a absorção do colágeno”, avisa o nutrólogo paulista, Mohamad Barakat.

1 – Gelatina

Traz a vantagem de ser uma sobremesa leve, mas a de caixinha não usa proteína hidrolisada (ou seja, é difícil de ser absorvida). Mas faz bem para as peles, unhas e cabelo. Apenas tenha o cuidado de escolher um tipo sem corantes artificiais, pois são substâncias que prejudicam a pele.

2 – Carnes

Na lista dos alimentos ricos em colágeno, as carnes são os principais. É que elas são fontes de proteínas, que estimulam a produção do elemento.

3 – Ovos

Assim como as carnes, os ovos possuem proteínas em sua composição, portanto também contribuem com o aumento da produção de colágeno no organismo.

4 – Frutas cítricas

Frutas cítricas como a laranja têm vitamina C, que contribuem com a síntese de proteínas, que depois será transformada em colágeno. A recomendação é comer de três a quatro porções de frutas cítricas por dia.

5 – Frutas vermelhas

Frutas vermelhas como o morango e a amora contêm vitamina C e flavonoides, que ao trabalharem juntos, possuem ação antioxidante, de maneira que combatem os radicais livres e o envelhecimento do corpo humano, que é um grande causador da diminuição dos níveis de colágeno no organismo.

6 – Castanhas, nozes e amêndoas

Além de serem fonte de vitamina E, que é importante para a formação de colágeno, contêm ácidos graxos poli-insaturados que auxiliam na manutenção da vitalidade da pele. A orientação é consumir 1/3 de xícaras desses alimentos diariamente.

7 – Aveia

A aveia é fonte de silício, um dos nutrientes necessários para a formação de colágeno.

8 – Tomate, pimenta e beterraba

Esse grupo de vegetais contém o antioxidante licopeno em sua composição que protegem a pele contra danos, como se fosse um protetor solar natural, ao mesmo tempo em que faz com que os níveis de colágeno do organismo aumentem.

9 – Vegetais de cor verde-escura

Os vegetais de cor verde-escura como o espinafre, o brócolis e a couve são compostos por vitamina C, que como já mencionamos aqui colaboram com a formação de colágeno. Além disso, sua ação antioxidante fornece proteção contra os radicais livres que podem enfraquecer o colágeno.

10 – Vegetais de cor laranja

Os vegetais de coloração laranja, grupo em que a cenoura e batata-doce se destacam, são fontes de vitamina A, que é capaz de restaurar e regenerar o colágeno que foi danificado.

11 – Soja

Leite de soja, tofu, ou queijo feito à base de soja. Todos esses possuem um hormônio chamado genisteína em sua composição, que acelera a produção de colágeno e bloqueia enzimas que promovem o envelhecimento da pele.

12 – Chá branco

Protege as proteínas presentes na estrutura da pele, em especial o colágeno. A justificativa para a ocorrência de tal fato é que a bebida previne a ação de enzimas que destroem o colágeno.

13 – Alho

O alho possui enxofre, que é necessário para a formação de colágeno no corpo humano. Mas não é somente isso: ele também possui a taurina e o ácido lipoico, dois compostos que são capazes de reconstruir as fibras de colágeno que foram danificadas.

14 – Ostras

As ostras são fontes de zinco, um mineral que é essencial para a formação de colágeno no corpo humano.

Isabela Teixeira da Costa

Diabetes Gestacional

diabetesDiabetes durante a gravidez é temporário, mas precisa de cuidados

Toda gestante tem que se cuidar. Nem tudo são flores durante uma gravidez, por isso os médicos pedem tantos exames. Um dos riscos é o diabetes gestacional, que atinge 7% das mulheres brasileiras.

Os exames pré-natal não são complicados e o de diabetes pode ser realizado em casa em poucos minutos, pois ele é vendido em farmácia. O exame de sangue deve ser feito no segundo trimestre da gravidez e pode ser controlado por testes caseiros pela urina, realizados em apenas um minuto. O que pode ocorrer são alterações moderadas nos níveis de glicose no sangue durante a gestação que aumentam o risco de a mulher desenvolver diabetes no futuro. Por isso é tão importante o diagnóstico e controle da glicemia durante a gravidez.

Este tipo de problema ocorre, em alguns casos, durante a gestação, porque a placenta produz diversos hormônios que podem bloquear parcialmente a ação da insulina, como se a glândula não “desse conta” do recado nas pacientes com o diabetes gestacional. Para entender melhor, a produção de insulina é insuficiente para que o corpo processe adequadamente o excesso de glicose que está em circulação.

Conclusão: Para detectar um possível risco de diabetes gestacional, a realização de exames de sangue, que consiste na ingestão oral de uma dose de 50g de glicose, e, coleta do sangue posterior à ingestão, em dois momentos. Porém, ao perceber ou sentir qualquer sinal de diabetes durante a gestação, a paciente pode tirar suas dúvidas e monitorar em casa com auto testes vendidos vem farmácias, drogarias ou mesmo pelo site da linha Confirme. Eles são realizados por meio da urina com 99% de precisão. Caso acuse alterações nos resultados, é importante procurar sempre um médico e realizar exames mais detalhados.

Gestantes com idade mais avançada, sobrepeso ou obesidade, que tenha síndrome de ovário policístico, história prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional, história familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos), história de diabetes gestacional na mãe, se tiver hipertensão arterial na gestação ou se estiver grávida de dois ou mais bebês têm mais propensão a desenvolver o diabetes durante a gravidez.

Fique atenta aos sintomas: Se ganhar peso excessivo durante a gestação, sentir sede excessiva ou fome além do normal.

“Para ter certeza de que está ou não com qualquer tipo de diabetes, é importante o monitoramento da doença”, comenta a médica Adriana Juliani.

O Diabetes gestacional pode se regularizar logo após o nascimento do bebê – diferentemente dos outros tipos de diabetes, que duram a vida inteira. A boa notícia é que o aleitamento materno reduz o risco de desenvolvimento de diabetes após o parto. Mantenha uma alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas ajudam a manter uma boa saúde.

Isabela Teixeira da Costa

Doença de Crohn

crohnA doença de Crohn é mais um mal silencioso.

Depois de criaram o outubro rosa para alertar as mulheres para fazer o exame de mama e prevenirem o câncer, surgiu o novembro azul para falar do câncer de próstata. Aí foi um tal de colorir meses, que já virou uma confusão. Estão repetindo cores e meses. Ao estou falando mal, só acho que o exagero pode cair na banalidade e não surtir o efeito desejado. Dezembro Vermelho, Aids; Fevereiro Roxo, lúpus, fibromialgia e Alzheimer; Abril Quebra-cabeça, autismo; Maio Amarelo e Vermelho, hepatite; Junho Laranja, anemia e leucemia; Julho Amarelo, câncer ósseo; Setembro Verde, doação de órgãos.

E tem o Maio Roxo para falar da doença de Crohn, uma inflamação séria no trato gastrointestinal, principalmente no intestino delgado e grosso, que atinge 65 mil pessoas no Brasil. Tenho uma amiga que tem essa doença. Sente fortes cólicas, sempre está com enjoos. Já teve diverticulite duas vezes. Sei como é desagradável e sofrido, por isso resolvi falar sobre o assunto, apesar de estarmos fora do mês em questão.

O diagnóstico é difícil e os sintomas são confundidos com os de outros problemas de saúde, o que acaba agravando o caso, por causa da demora na descoberta, que pode levar de três a cinco anos. A doença começa, geralmente, com diarreia, cólica abdominal e febre.

Quando o paciente está com baixa no sistema imunológico, é mais fácil surgirem as irritações no sistema gastrointestinal, por isso é muito importante que a pessoa esteja bem, inclusive psicologicamente. A doença de Crohn não tem cura, mas pode ser controlada, evitando crises, e poderá ter vida normal.

Segundo a médica Arcangela Valle, a terapia biológica melhora expressivamente os sintomas. “Esse tipo de tratamento bloqueia os alvos inflamatórios, reduzindo significativamente os sintomas da doença. Nos períodos de crise, o organismo produz TNF em excesso, que são citocinas responsáveis pela inflamação. Os agentes biológicos, chamados Anti-TNF, são inibidores dos receptores da proteína TNF”, explica, sugerindo que o paciente analise essa possibilidade com o seu médico.

O curso da doença de Crohn é imprevisível, os sintomas podem aparecer apenas no momento de crise e a enfermidade pode não progredir da mesma maneira em todos os pacientes. O gastroenterologista identificará o estado do paciente, podendo ser classificado como leve a moderado, moderado grave ou grave fulminante.

Como se trata de uma doença pouco conhecida, ou pelo menos pouco divulgada, gera muitas dúvidas por parte dos pacientes e da população em geral. O maior problema é mesmo a dificuldade de ser diagnosticada e o fato de não ter um tratamento padrão para todos os pacientes, o que também contribui na dificuldade de entendimento sobre o problema.

“Os primeiros indícios são comumente diarreia, cólica abdominal e febre. Esses sintomas são facilmente confundidos com outras questões de saúde e raramente o indivíduo consegue identificar como uma possível complicação gastrointestinal”, explica Arcângela.

Para ajudar, a médica destacou alguns dos principais mitos e verdades:

MITO: ­ Dieta é a cura da doença – Não existe cura, mas pode ser controlada e o paciente pode ter uma vida normal. O tratamento é feito por meio de medicamentos e algumas mudanças no estilo de vida. Portanto, a dieta é um dos pontos que o paciente deve se preocupar. As orientações nutricionais são individuais e é preciso auxílio do médico especialista a cada caso.

VERDADE: Terapia biológica melhora expressivamente a qualidade de vida do paciente. Esse tipo de tratamento bloqueia os alvos inflamatórios, reduzindo significativamente os sintomas da doença. Nos períodos de crise, o organismo produz TNF em excesso, que são citocinas responsáveis pela inflamação. Os agentes biológicos, chamados Anti­TNF, são inibidores dos receptores da proteína TNF.

MITO: A doença é hereditária. Existe um fator hereditário, mas pesquisas apontam um índice muito baixo. Há apenas 5% de chances de os familiares desenvolverem a doença. Esse número aumenta mais apenas se o pai e a mãe forem portadores da enfermidade.

VERDADE: É possível engravidar mesmo com a doença. Não há relação entre doença de Crohn e fertilidade e a mulher pode engravidar mesmo nessa condição. O ideal é que a gravidez seja planejada. Além disso, a paciente deve contar o diagnóstico para todos os médicos envolvidos e fazer o acompanhamento da gestação com total orientação dos especialistas.

MITO: O uso de medicamentos é apenas para períodos de crise. O tratamento deve ser feito sem interrupções com o objetivo de reduzir os sintomas e o impacto da doença na rotina do paciente. A doença pode ser controlada por meio de medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores ou imunobiológicos.

VERDADE: Estresse contribui para o aparecimento da doença. Pode interferir no desenvolvimento, mas não é considerado como causa. É como um fator de interferência. Isso acontece porque nas situações de estresse as defesas do sistema imunológico baixam, contribuindo para o aparecimento de irritações no sistema gastrointestinal.

Isabela Teixeira da Costa

Emagrecer não é fácil

Eating HealthyA luta contra a balança não é fácil de vencer.

Muitas pessoas olham para uma pessoa acima do peso e pensam ou até mesmo comentam como que a pessoa chega a este ponto, porque não emagrece, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Se fosse, não existiria gordos no mundo.

Ninguém quer ser gordo, obeso. Isso não significa que todos queiram ser magros. Essa magreza dentro do padrão estipulado pela sociedade. Ao contrário, muitas pessoas preferem ter corpo, como diz um amigo, sustância. Mas obesidade, ninguém quer.

Nunca fui magrinha. Já tive épocas de usar manequim 42, porém, grande parte da minha vida fui um pouco acima do peso padrão. Por causa disso já fiz de tudo o que se pode imaginar para emagrecer. Ouvia falar em um médico novo, uma dieta nova, lá estava eu.

Não consigo lembrar a quantidade de tipo diferente de remédios que tomei. Teve uma época que cheguei a tomar umas injeções na barriga, acho que era toda semana. Já fazem tantos anos que não lembro. E sempre vivi o efeito sanfona. Depois de tanta loucura fiz um propósito de nunca mais tomar remédios para emagrecer.

Este é o grande problema, não adianta fazer nada se não mudarmos nossa cabeça, nosso olhar. Quando um gordinho chega em um restaurante self-service, seu olhar vai direto para as comidas mais calóricas, ele gosta de comer doce. Quantas vezes cheguei em um restaurante para jantar e antes mesmo de escolher meu prato, escolhia a sobremesa. É o famoso olho maior do que a barriga.

Agora, a cirurgia bariátrica resolve a questão de emagrecimento dos obesos mórbidos, o grande problema é que eles continuam a pensar como gordos, depois da cirurgia, aí querem comer, mas não conseguem e passam mal. E como o desejo de comer é muito grande, acabam trocando a compulsão de comida por bebida ou por leite condensado, e acabam engordando novamente.

Segundo a psicóloga e coach em emagrecimento, Michele Intrator, emagrecimento é um processo. “Ouço muitas pessoas dizerem que é ‘só fechar a boca’, mas não é por aí. Se fosse simples seguir uma dieta, todo mundo estaria esbelto, mas mudar hábitos não é algo simples e é por isso que a reeducação alimentar começa na cabeça. Se você está correndo na esteira da academia, você não vai desligá-la de uma hora para outra, porque você vai cair. É o mesmo raciocínio para dietas”, diz.

A psicóloga ressalta que é primordial aceitar que o processo de emagrecimento não é perfeito. Se você não resistiu àquele brigadeiro depois de comer a salada no almoço, não significa que sua dieta é um fracasso. Ter flexibilidade é fundamental. O acompanhamento de um profissional em nutrição também é imprescindível para prescrever a melhor combinação de alimentos. Você aprende que não precisa passar fome e nem se privar dos prazeres da mesa para emagrecer e, assim, gradativamente e sem perceber surge um novo estilo de vida.

A especialista dá dicas de coisinhas para se fazer no dia-a-dia, que treinam o pensamento e evitam a autosabotagem:

  1. Se livrar dos lanchinhos engordativos. Se você procura deixar chocolatinhos, bolos, ou qualquer outro tipo de docinho dentro da sua gaveta no trabalho, do criado-mudo em casa, ou até mesmo na geladeira “para não desperdiçar”, mude isso. “Dificulte seu acesso a essas tentações.”
  2. Se for a um buffet self-service, olhe tudo o que está ao seu dispor primeiro, antes de começar a colocar no prato, assim você já tem uma ideia do que escolheria e não acaba pegando “um pouquinho de cada” e enchendo mais o seu prato.
  3. Aprenda a distinguir necessidade de desejo. Identifique o que você sente e pensa antes de comer. Não coma no automático.
  4. Se ocupe o máximo possível. Isso ajuda a canalizar a sua ansiedade e diminui o a vontade de comer.
  5. Diminua o tamanho dos pratos. Assim suas porções também reduzirão.
  6. Evite comer vendo TV. “Seu cérebro não estará completamente focado na comida e demorará a reconhecer a saciação.”, ressalta.

Isabela Teixeira da Costa