Época de conjuntivite

Especialista aponta cinco cuidados fundamentais para se ter em caso de conjuntivite.

Nesta época do ano, quando manhãs e noites são frias e contrastam com o calor do meio-dia, é muito comum aumentar a ocorrência de duas doenças: gripe e conjuntivite – sendo que uma não está necessariamente relacionada à outra. Olhos avermelhados, irritados e ‘colados’ logo pela manhã dão sinal de que algo não está indo bem com a saúde. Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana mucosa que reveste a parte branca do globo ocular (esclera). Essa inflamação ocular geralmente provoca aumento de secreção do muco, acentuada pela irritação, e pode ser causada por uma série de fatores.

De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, todo tipo de virose muito comum nos dias frios pode provocar irritação ocular. Da mesma forma que a pessoa pode vir a sentir congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva está ficando congestionada, irritada. Se o quadro de conjuntivite surge na sequência de uma gripe ou resfriado, é quase certo que é do tipo viral e vai passar em uma ou duas semanas sem necessidade de antibióticos. Entretanto, é altamente contagiosa e sua propagação se dá por contato físico com pessoas ou objetos de uso comum.

Já a conjuntivite provocada por bactéria apresenta um quadro mais sério, que deve ser investigado e tratado o quanto antes. A infecção pode ser resultado do uso abusivo de lentes de contato e se transformar numa úlcera de córnea, por exemplo. “Nesse caso, a dor é algo constante e os olhos apresentam uma secreção cinza-amarelada. Colírios antibióticos devem ser prescritos o quanto antes pelo oftalmologista, a fim de conter o avanço da doença. É importante alertar para os riscos da automedicação – que pode elevar as chances de complicações”, diz Neves.

Tanto a conjuntivite bacteriana quanto a viral podem acometer apenas um olho ou ambos.  São contagiosas e atingem tanto crianças quanto adultos. As crianças, entretanto, são mais suscetíveis ao tipo bacteriano. De acordo com o especialista, também existe a conjuntivite neonatal. “Trata-se de uma doença transmitida de mãe para filho durante o trabalho de parto. O recém-nascido deve ser tratado com urgência, já que em quadros graves há risco de comprometer a visão. Nesse caso, a internação se faz necessária”.

5 cuidados durante uma crise de conjuntivite:

  1. Lavar os olhos várias vezes ao dia com água morna para eliminar a secreção;
  2. Fazer compressas de água gelada para atenuar a irritação ocular;
  3. Usar lágrimas artificiais para manter os olhos bem lubrificados;
  4. Lavar as mãos várias vezes ao dia;
  5. Evitar frequentar lugares fechados, como escola, cinema, transporte público etc.

Durante o ápice da doença, essas medidas são fundamentais para conter a propagação de conjuntivite. “Em caso de o paciente apresentar sensação de areia nos olhos, dor, irritação, coceira, vermelhidão, lacrimejamento excessivo, febre, dor nas articulações e dor de garganta, é fundamental consultar um serviço de oftalmologia o quanto antes”, alerta Renato Neves.

 

Pilates: Da gestação à melhor idade

Método traz benefícios integrais para o corpo, mantendo a forma e equilibrando o bem-estar físico e mental em qualquer fase da vida.

Reeducação postural, fortalecimento de músculos e de ossos, controle de respiração, diminuição de dores musculares são alguns benefícios que a prática de Pilates traz. Em qualquer fase da vida, da gestação à melhor idade, os exercícios são centrados no fortalecimento do organismo como um todo e utiliza a força dos músculos como impulso para ter energia necessária para a atividade. Além da melhora física, após três ou quatro semanas de treino, o aluno já tem uma ganho na autoestima e autoconfiança. Eu estou completamente encantada com o Pilates. Desde que comecei a fazer não senti nem mais um dia sequer de dor na coluna. Eu faço com a Natália Mendes, da Spirale.

Além dos benefícios físicos, o Pilates também auxilia na melhora do bem-estar mental dos alunos, colaborando no tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer e depressão. Os sintomas podem ser amenizados uma vez que o Pilates conecta corpo e mente reduzindo a ansiedade e diminuindo o estresse.

Com aulas que podem durar até 1 hora, a prática de Pilates pode ser realizada de uma a três vezes na semana. A professora da Pilates Rose Martins destaca os benefícios da atividade em cada fase da vida:

Pilates para gestantes

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças, desde hormonais até físicas, gerando dores e desconforto. Os exercícios realizados nas aulas de Pilates diminuem os primeiros sintomas da gravidez, principalmente dores nas costas e quadril, melhorando também a respiração e a circulação sanguínea. Pode ser realizado a partir do 3º mês de gestação, com a carta de liberação do médico, sem que ofereça riscos para o desenvolvimento do bebê.

“Os exercícios de Pilates na gravidez podem ser realizados desde o primeiro trimestre, mas com cuidado para não trazer qualquer problema para a mãe ou para o bebê. Com os músculos mais fortes e firmes, a gestante tende a sentir menos dores nas costas, movimenta-se com maior facilidade e encontra-se com mais disposição para realizar suas atividades do dia-a-dia”, explica Rose.

Pilates pós-parto

A recuperação pós-parto é muito importante. Durante três meses o corpo da mulher ainda está se recompondo de todos os procedimentos do parto e não voltou totalmente ao que era antes. O Pilates pode ajudar que a recuperação e a cicatrização ocorram mais rapidamente, ajudando na tonificação do abdômen e na recuperação do assoalho pélvico – região responsável pela sustentação dos órgãos do sistema reprodutor, e controlando a flacidez.

Como o pós-parto é um momento delicado, é necessária autorização médica para fazer as aulas. Os exercícios propostos respeitam os limites e restrições de cada aluna. “No começo, nem todos os exercícios e posições são permitidos, principalmente por que há uma diferença para alunas que fizeram parto normal para as que fizeram cesárea, porém com o passar das aulas os exercícios vão progredindo”, esclarece Rose.

Pilates na melhor idade

Quem pensa que já passou da hora de fazer exercícios está enganado. A prática de Pilates não tem limite de idade, basta ter disposição. Cansaço, falta de equilíbrio e fraqueza nos ossos não são mais problema para os idosos que fazem a atividade. As aulas para terceira idade são uma das mais procuradas, já que o método proporciona benefícios para todas as áreas do corpo.

Sem contraindicação, idosos que fazem uso de medicamento contínuo ou que têm doenças crônicas podem realizar as aulas com certas adaptações. “Os benefícios que o Pilates na terceira idade traz, como fortalecimento dos ossos, melhora no equilíbrio, controle motor e melhora na mobilidade das articulações, ajuda e previne que certas doenças apareçam. O fato de o idoso fazer atividade física ajuda também que sua mente esteja em constante trabalho, evitando assim que doenças como depressão, Parkinson e Alzheimer apareçam ou se agravem”, comenta Rose.

 

Ações pelo bem da comunidade

Dia C5A expectativa é de que 300 cooperativas façam parte do Dia de Cooperar em Minas Gerais.

Mês passado fui a uma reunião do grupo Mulheres do Brasil-MG, do qual faço parte, e minha amiga e colega Leila Ferreira deu uma palestra sobre felicidade. Foi maravilhoso. Uma das muitas coisas lindas e verdadeiras que ela disse foi que para viver bem, é preciso conviver bem. Nunca vi nada mais certo na vida, principalmente nos dias de hoje, quando as pessoas estão cada vez mais isoladas do mundo e da convivência física, pois mergulharam no mundo virtual.

Como viver bem sem conviver com o outro? E como conviver sabendo que o próximo está privado de tanta necessidade? É tão fácil ajudar. Não é preciso construir uma casa, reformar uma creche, como se faz na Jornada Solidária Estado de Minas e no Instituto MRV. Mas você pode dar um saco de alimento para uma pessoa que você conhece que está desempregada.

diac4Uma turma criou em BH o Banho de Amor. Um container com chuveiro, que a cada dia da semana para em um ponto de BH para dar banho em moradores de rua e devolver um pouco de dignidade a cada um deles. Isso é lindo demais. Falei sobre isso outro dia mesmo, aqui no site.

No final de maio a Igreja Batista Central de Belo Horizonte fez um trabalho em prol da Comunidade, orientando seus membros e frequentadores não estacionarem em local proibido, para não incomodar os vizinhos e fizeram um mutirão e varreram as ruas próximas à igreja.

Agora, fiquei sabendo do Dia C, que achei muito legal e todo mundo pode participar. Criado há oito anos em Minas Gerais pelo Sistema Ocemg, o Dia de Cooperar (Dia C) tornou-se uma rede nacional de voluntariado, em que cooperados, colaboradores e familiares se reúnem para pensar e executar ações em prol de suas comunidades. O diferencial do projeto é que todas as iniciativas tenham como norte a promoção e o desenvolvimento socioeconômico e ambiental. A próxima ação será no dia 1º de julho – Dia Internacional do Cooperativismo –, e terá como tema Atitudes simples movem o mundo.

O Dia C é um dia reservado para fazer o bem ao próximo por meio de ações sociais diversificadas e simultâneas em todo o país. As atividades variam de campanhas de doação de sangue, arrecadação de alimentos, livros, roupas e materiais de limpeza, até prestação de serviços à comunidade, reforma e assistência a entidades filantrópicas.

Em 2016, 1.477 cooperativas participaram da ação no Brasil, sendo 248 de Minas Gerais. Em todo o país, 1,2 milhões de pessoas foram beneficiadas, e mais de 118 mil voluntários estiveram envolvidos com o Dia de Cooperar.

diac“No meu entendimento o Dia C é um grande projeto cooperativista. O cooperativismo prioriza as pessoas e, quando os cooperativistas priorizam um projeto como o Dia C, elas estão devolvendo para a população o que a sociedade promoveu para que elas tivessem resultados positivos”, ressalta o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.

A expectativa é de que cerca de 300 cooperativas mineiras participem da iniciativa. No ano passado, o Dia C engajou no Estado mais de 34 mil voluntários em ações em prol do bem-estar da população. Ao todo, 248 cooperativas participaram da campanha, envolvendo 256 municípios do estado e beneficiando mais de 350 mil pessoas.

Entre elas está a Unimed BH, que por meio do seu Instituto desenvolve o projeto Uniclown. Criada em 2013, a iniciativa tem como objetivo capacitar colaboradores, cooperados e público em geral como voluntários da alegria, com o aprendizado de técnicas circenses, jogos de desinibição e arteterapia. O curso é dividido em duas etapas: curso teórico-prático de dois meses e passeios em locais públicos da cidade.

Depois de concluído o curso, os participantes são convidados a integrarem o grupo Uniclown, que tem como rotina visitas em creches, asilos, praças, parques e hospitais, levando alegria, diversão e cultura para pessoas de todas as idades. Em 2016, o projeto atendeu três hospitais com visitas duas vezes por semana e quatro asilos públicos com uma visita por semana. Foram 282 intervenções para mais de 25 mil pessoas.

“Como cooperativa, valorizamos o fazer junto, o trabalho da coletividade e o bem comum. Neste sentido, temos grande orgulho do projeto Uniclown, desenvolvido há quatro anos. Por meio da iniciativa, nossos cooperados e colaboradores podem, voluntariamente,  dedicar seu tempo ao outro, doando carinho, atenção, conforto. São realizadas intervenções lúdicas em comunidades, praças, asilos e hospitais, levando alegria e cultura a pessoas de todas as idades. Para nós, essa também é uma forma de cuidar, o nosso maior compromisso”, observa o diretor-presidente da Unimed-BH, Samuel Flam.

O Sicoob Credicopa, de Patos de Minas, planeja uma ação para auxiliar o Lar da Criança, mantido pela Sociedade São Vicente de Paulo, em Patrocínio. A instituição, que oferece há 40 anos cursos técnicos e profissionalizantes, possui um déficit anual de R$ 60 mil. Sensibilizada pela situação, a cooperativa doou no início do ano novos uniformes para os 80 alunos. Para o Dia C, a Credicopa está organizando uma campanha de arrecadação de arroz. A demanda pelo alimento é alta, já que os estudantes consomem mais de uma tonelada por mês. As doações serão recebidas na agência da cooperativa.

“Escolhemos o Lar da Criança por ser uma instituição que faz parte da história da cidade, principalmente pelo trabalho bonito que realiza. Por notarmos as dificuldades pelas quais passam hoje, decidimos abraçá-lo. Essas primeiras ações que estamos realizando fazem parte um plano perene de apoio”, explica Fúlvio Barbosa, gerente de negócios da Credicopa.

A ação do Sicoob Credilivre, de Manhuaçu, é voltada para conscientização sobre a importância do meio ambiente e sua preservação. A cooperativa recuperou no ano passado uma nascente em Luisburgo como parte do Dia C e já está concluindo o resgate de outra em Manhumirim até o final de junho. A escolha das nascentes é feita de acordo com o número de pessoas afetadas pela restauração do recurso hídrico.

Além da recuperação, o Sicoob Credilivre organizará palestras de educação ambiental para todos os colaboradores, para que eles se tornem multiplicadores em cada comunidade do projeto. “Queremos que o nome Sicoob Credilivre se torne sinônimo de preservação da natureza, especialmente da água doce, um recurso vital para a nossa sobrevivência”, afirma Gabriel Franco, assessor da diretoria do Sicoob Credilivre.

 

Serviço:

Dia C 2017

Data: 1º de julho

Informações: www.minasgerais.coop.br/sig

 

Isabela Teixeira da Costa

 

O Ateliê de Cerâmica faz sucesso com almoço aos sábados

A chef Gabriela Harue assina os almoços do Ateliê de Cerâmica. O próximo será 24 de junho.

A chef Gabriela Harue iniciou sua relação com a gastronomia no restaurante da família, o tradicional Sushi Naka, fundado por seus avós, um dos melhores restaurantes japoneses da cidade, e o mais tradicional. Gabriela investe agora na experiência de apresentar uma cozinha autoral a partir das experiências que ela vem acumulando.

Os encontros dos almoços especiais, que serão realizados a cada 21 dias, começaram em maio com um menu havaiano. Gabriela fez um Poke, prato havaiano com forte influência oriental, parente do tirashi e do ceviche. Para o segundo, foi escolhido o Bentô, um prato típico japonês consumido no dia a dia, montado como uma espécie de marmitinha. A grosso modo, o Bentô nada mais é do que um PF japonês.

Talvez nem a própria chef tenha a real dimensão do quanto um profissional de cozinha como ela possa contribuir na inspiração dos artistas Flávia Soares, Daniel Romeiro e Luiza Soares para a criação de peças utilitárias em cerâmica. “O interesse dos chefs e cozinheiros pela cerâmica é fundamental para que possamos ter essa liberdade tanto na hora de criarmos nossas peças como também nas fases das ideias e das experimentações. Assim foi a nossa relação com a Gabriela. Além de jovem, com grande disposição para fugir do óbvio, além de muita energia para imprimir sua marca na cozinha, ela foi nos conectando com a tradição dela e entendendo como trabalhamos as nossas peças, numa perfeita simbiose”, destaca Daniel Romeiro,  um dos artistas do ateliê.

“A primeira vez que eu entrei no ateliê, eles ainda não produziam muitos utensílios de cozinha, mas já tinham uma produção artística muito apurada. Eu imediatamente visualizei todo o potencial que aquelas cerâmicas tinham para serem utilizadas na gastronomia, principalmente por causa da minha trajetória na culinária japonesa, que é muito ligada ao universo da cerâmica. O japonês dá muita importância ao tato e ele está associado diretamente à cerâmica uma vez que a maioria dos pratos dos dia a dia são servidos em potes ou tigelas. Quando você pega num utensílio, ele precisa ter uma textura agradável. Observando o trabalho de Flávia, Luiza e Daniel, percebo o amor deles impregnado na produção daquelas peças. Sempre que visito O Ateliê de Cerâmica volto para casa cheia de ideias.“, define Gabriela.

A proposta da iniciativa é destacar a utilização da cerâmica na gastronomia, abrindo o espaço para que chefs e cozinheiros possam preparar pratos criados especialmente para a ocasião, servidos sempre no aconchegante ambiente do ateliê. Com isso, o público também terá a oportunidade de conhecer na prática como a cerâmica pode ser incorporada no dia a dia, tornando-se uma excelente aliada na preparação e na apresentação dos alimentos.

“O público que frequenta o ateliê está sempre em busca de qualidade, de novidade. Então acredito que o público esteja aberto a esta experiência. E também é um teste interessante para mim. No Sushi Naka, eu  trabalho com um cardápio fixo, que não sofre alteração há 30 anos (pela característica de ser um restaurante tradicional). Participar deste almoço será uma excelente oportunidade de colocar em prática as experiências que eu venho acumulando em viagens, cursos e estágios que tenho feito no Brasil e no exterior”, destaca Gabriela Harue.

Na próxima edição marcada para 24 de junho, Gabriela irá preparar um tradicional Lámen, prato que vem conquistando cada vez o público brasileiro, principalmente após a abertura de algumas casas especializadas na iguaria (a maioria localizada em São Paulo). Apesar de parecer ser relativamente  simples, ele exige alto grau de complexidade durante a sua execução, fazendo com que os apreciadores se dediquem na busca pelo lámen preferido. Com isso, Gabriela espera apresentar um outro lado da culinária japonesa, ainda pouco disseminado para os brasileiros.

Serviço

Almoço japonês no Ateliê de Cerâmica, por Gabriela Harue

Data: 24/06/2017 – sábado

Horário: das 11h às 15h

Local: O Ateliê de Cerâmica (Av. Prefeito Gil Diniz, 580 – Centro – Contagem)

Cardápio: Lámen (haverá versões com peixe e vegetariana/vegana)

Valor: a definir

10 dicas para viajar seguro

 

Confira itens essenciais e evite imprevistos no Brasil e no exterior

 

Quem gosta mesmo de viajar não se importa nem mesmo com a crise, não abre mão da reserva para viagens e planejam suas férias e escapadas em feriados. Ao programar o merecido descanso com a família, amigos ou até mesmo sozinho, é necessário ter atenção aos detalhes para que o passeio seja agradável e não tenha contratempos.

A Assist Card, especializada em assistência ao viajante, elaborou dez dicas para que os passageiros se mantenham seguros e aproveitem ao máximo suas viagens.

  1. Faça um planejamento

Organização é imprescindível para uma viagem tranquila. Prepare um cronograma completo com toda a logística, desde o trajeto ao aeroporto até o retorno para a casa. Analise os destinos e pesquise sobre costumes, cultura, gastronomia e segurança local para evitar “saias justas”. Fico impressionada com minha irmã neste quesito, ela compra o guia da Folha do país para onde vai, lê tudo, marca aonde quer ir, o que ver, onde ir para jantar. Preparação total.

  1. Confirme suas reservas

Antes de reservar a hospedagem, observe características como a localização do hotel, as facilidades e segurança do entorno. Caso não tenha fechado diretamente com o estabelecimento, entre em contato para confirmar a sua reserva, o que também é válido para os passeios e excursões.

  1. Verifique os documentos

Países do Mercosul liberam a entrada de brasileiros apenas com o RG – mas a data de emissão não pode ultrapassar dez anos. Para outros países é necessário ter o passaporte válido. Verifique ainda a necessidade de vistos. Faça cópias de todos os documentos e não ande com os originais.

  1. Contrate uma assistência em viagem

Procure uma que ofereça o plano adequado para diferentes perfis de viajantes e tipos de viagem. Há desde cobertura para possíveis imprevistos, como auxílio médico, odontológico e assessoria jurídica, até apoio com bagagens extraviadas e voos atrasados.

  1. Segurança da casa

Se toda a família irá viajar, não descuide da segurança do imóvel. Verifique travas de portas e janelas, não comente sobre o período de ausência com estranhos e, se morar em condomínio, avise porteiros e síndico sobre pessoas com entrada autorizada.

  1. Imprevistos médicos

Embora sempre idealizemos uma viagem perfeita, imprevistos podem acontecer. Gastos com despesas médicas em outros países costumam ser exorbitantes. Para se ter uma ideia, uma simples cirurgia de apendicite pode custar mais de US$ 30 mil. Assistências oferecidas por companhias de cartões de crédito são mais restritas e limitadas, e podem não cobrir casos mais complexos. Por isso, o ideal é contratar um seguro viagem com empresas especializadas.

  1. Bagagem e objetos de valor

Mais de 24 milhões de malas são extraviadas todo ano. Por isso, identifique a bagagem com seu nome e contatos. Decore com fitas coloridas e adesivos, para diferenciar de malas parecidas. Não despache objetos de valor, nunca carregue todo o dinheiro e cartões em um só lugar e deixe pequenos montantes separados, além de um cartão para emergências.

  1. Vacinas e medicamentos

Alguns destinos solicitam obrigatoriamente tipos diferentes de vacinas, como a da febre amarela, por exemplo. Se fizer uso de medicamentos prescritos, garanta a quantidade suficiente para toda a viagem.

  1. Gravidez

A viagem de gestantes sempre requer cuidados extras. Algumas companhias aéreas reservam os primeiros assentos da aeronave para situações especiais, pois são mais espaçosos. Por isso, informe sobre a gravidez no ato da reserva. A maior parte dos seguros viagem cobrem até a 22ª semana de gestação. Acima deste período, é preciso contratar um seguro especial.

  1. Melhor idade

Cresce a cada ano o número de viajantes acima dos 65 anos. É muito importante ter cuidados com o clima e a alimentação no destino, e ainda adquirir um seguro viagem. Verifique sempre as coberturas e a idade máxima da assistência contratada.

 

Fonte: Assit Card

Isabela Teixeira da Costa

 

Atividade Física é importante para a longevidade

Exercícios previnem doenças cardiovasculares e respiratórias, diabetes, osteoporose, colesterol alto e dores articulares.

No Brasil, o número de idosos com 80 anos ou mais pode passar de 19 milhões em 2060, um crescimento de mais de 27 vezes em relação a 1980, quando o País tinha menos de 1 milhão de pessoas nessa faixa etária. Em 2016, foram contabilizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 3.458.279 de idosos com mais de 80 anos.

Hoje, a expectativa de vida para os brasileiros é de 74,9 anos, mas pelo resultado do IBGE, essa média vai aumentar. Porém, para se chegar a essa idade com saúde, é fundamental manter uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas. Segundo a profissional de educação física e especialista em saúde da mulher, Grazielle dos Santos, ‘’Quando propomos que nossos pais, avós, tios incorporem na sua vida um programa de atividade física, estamos plantando a semente da longevidade e qualidade de vida. Antes tarde do que nunca. Por anos, as gerações se preocupavam com o trabalho, o aumento da renda para trazer conforto para suas famílias. Mas para que nossas famílias vivam com mais saúde devemos nos ater a este fato’’.

Isso é a mais pura verdade. Sempre fui extremamente sedentária – já escrevi sobre isso –, e comecei a fazer pilates em março. Fiquei chocada em ver como meu corpo estava enferrujado. Como pude fazer isso comigo mesma, é não dar valor ao corpo perfeito e saudável que recebi de Deus, e deixar ele se encher de problemas. Nós mesmos cultivamos determinadas doenças por não fazermos atividades físicas.

Não sei se todo pilates gera resultados em tão pouco tempo ou se Natália Mendes (minha professora e dona da Spirale) é competente demais. Ela é muito competente, fato. Só sei que em três meses já consigo encostar meus dedos no chão quando me curvo para frente, coisa que não conseguia fazer há décadas. Já faço prancha sem tanto sofrimento e outros exercícios que nem imaginava fazer.

Os objetivos que se definem para um idoso ao aderir a um programa de exercícios é a manutenção da saúde, a prevenção de doenças, a melhora nas AVD´s (atividades da vida diária). ‘’A nossa intenção é cuidar do fortalecimento muscular, da flexibilidade, do controle das doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose, colesterol alto, doenças cardiorrespiratórias e dores articulares que são comuns com o envelhecimento do indivíduo’’, explica a fisioterapeuta Vitória Goulart.

Com a liberação médica e um bom estado físico o idoso pode realizar qualquer atividade física e até mesmo diversos esportes, desde uma simples caminhada, bicicleta e natação, até musculação e alongamento  O importante é escolher a atividade que goste mais, que lhes dê algum prazer. ‘’Um ambiente de grupo, por exemplo, pode proporcionar um reforço social. Devemos também escolher alguma atividade que promova o bem-estar físico e mental, além da manutenção da saúde’’, explica Grazielle dos Santos.

As intensidades dos exercícios e a frequência devem ser estabelecidas de acordo com o estado físico e os objetivos a serem alcançados com essa prática. A prática de exercícios deve ser diária, começando com baixas intensidades e divididos em treinamentos aeróbios e de resistência muscular. Podem ser realizados de três a quatro vezes por semana e ter duração máxima de uma hora. Vitória Goulart conta que ‘’se o indivíduo não conseguir realizar esse treinamento de forma intermitente, ele pode ser realizado em tempos mínimos de 10 minutos ao longo do dia.’’

Fontes: Vitória Goulart, fisioterapeuta e criadora do Projeto Mães em Movimento.

Bolo de Mirtilo

Bolo tradicional ganha versão mais saborosa, criativa e saudável.

 

Cuca Leve de Mirtilobolomirtilo

 

Ingredientes

2 ovos

1 xícara de chá de água

1/2 xícara de chá de óleo de girassol

1 e 1/2 xícara de chá de açúcar mascavo

1 pitada de sal

2 xícaras de chá de farinha de trigo branca

1 xícara de chá farinha de trigo integral

1 colher de sopa de fermento químico

1 colher sopa de Masala Chai (chá de especiarias e ervas aromáticas indianas encontrado em lojas especializadas em chás.  Caso não encontre, substitua por chá de canela e maçã)

200g de mirtilos frescos

 

Modo de Preparo

Bater no liquidificador o açúcar, os ovos, o óleo, a água e o sal. Colocar a mistura em uma vasilha e misturar as farinhas e o masala. Por último, misturar o fermento.

Misture a fruta na massa com uma colher de pau. Asse em uma assadeira untada e polvilhada com açúcar e canela, em forno médio, até que a parte de cima fique dourada (cerca de 25 minutos).

Sirva quente.

Trombose: voos longos são um risco

Especialista fala sobre o risco de trombose em voos longos e dá cinco dicas para evitar o problema.

Como já disse aqui há alguns meses, fiz uma cirurgia no final de janeiro, e como viajei agora no início de junho, uma amiga me pôs o maior medo, dizendo que não poderia viajar sem antes consultar meu médico, por risco de eu sofrer uma trombose no voo. Claro que liguei para o Marcos Martins, falei com ele e fui tranquilizada. Ele deixou claro que o risco não é meu e nem por causa da cirurgia, mas de todo mundo, e que eu teria que dar uma caminhada no avião durante a viagem.

Um voo direto para os Estados Unidos, por exemplo, costuma levar em média 11 horas; para a Europa, 13 horas. Pessoas chegam a voar 36, 38 horas com escalas para visitar países da Ásia e Oceania. Isso significa que se acomodam na poltrona e passam horas sentadas na mesma posição, a dez ou 12 quilômetros de altura. Segundo os médicos, quanto mais tempo a pessoa passar sentada, maior será o risco de sofrer uma trombose venosa profunda (TVP). Trata-se da formação de trombos, uma coagulação do sangue no interior dos vasos sanguíneos, que podem oferecer alto risco de mortalidade se houver como desdobramento a embolia pulmonar.

Alguns dias depois, recebi um material bem completo sobre o tema, do cirurgião vascular e ecografista paulista, Ronald Flumignan, do CDB Medicina Diagnóstica. De acordo com Ronald, o tipo mais comum de embolia pulmonar é aquele que se forma a partir do desprendimento de um coágulo de sangue – geralmente, um que tenha se formado na perna ou região pélvica (TVP). “Pessoas que passaram muito tempo em repouso, acamadas, ou que fizeram voos longos, têm um risco aumentado para a trombose e suas complicações. Voos com mais de quatro horas de duração já são preocupantes, mas os que mais representam risco para os pacientes são aqueles com mais de 12 horas de duração. Por isso é fundamental, diante dos primeiros sintomas, não perder tempo e seguir com diagnóstico e tratamento. Vale lembrar que o fator de risco ‘idade’ é um dos mais importantes, principalmente quando diz respeito a um paciente com mais de 60 anos. Ou seja, quanto mais idade o passageiro tiver, há mais chances de sofrer TVP e suas complicações”.

Na opinião de Flumignan, inclusive, as companhias aéreas que fazem voos de longa duração deveriam incentivar mais os pacientes a esticar e movimentar as pernas durante a viagem. “A trombose venosa profunda geralmente provoca dor, inflamação e inchaço. Se o trombo se desprende da parede do vaso, há risco de circular pela corrente sanguínea e bloquear a artéria que alimenta os pulmões, causando a embolia. Esse é o principal motivo de morte relacionada à trombose venosa. Como há casos de TVP sem provocar alertas como dor ou inchaço, é fundamental que as pessoas conheçam os fatores de risco e avaliem se vale a pena fazer viagens longas e com voos diretos. Os que optam por fazer voos longos deveriam tomar precauções, como mudar de posição durante o voo, levantar e andar periodicamente, tomar muita água e ainda, os que podem, deveriam usar meias elásticas durante toda a viagem”.

O médico explica que os fatores de risco mais comuns, depois da idade ou de o paciente já ter enfrentado outros episódios de TVP, incluem: histórico familiar, imobilidade, câncer, uso de determinados contraceptivos ou terapia de reposição hormonal, gravidez, insuficiência cardíaca, obesidade, tabagismo e até mesmo varizes. “Se, depois da investigação clínica, houver suspeita de trombose, é indicado fazer um eco-Doppler colorido, também conhecido como ultrassonografia vascular, para avaliar as condições dos vasos – não só das pernas, como também dos braços e barriga. Trata-se de um exame não invasivo, sem dor, sem contraindicações, e que revolucionou o tratamento vascular”.

Flumignan explica que esse exame aponta a exata localização das veias e artérias, indicando se estão funcionando bem ou se há alguma obstrução (trombose), por exemplo. Segundo ele, a trombose pode ocorrer em qualquer vaso do corpo, seja artéria ou veia. “Diante desse recurso, é possível orientar pacientes com risco aumentado para TVP a não fazer voos longos, sem escala. Ou mesmo avaliar se um determinado paciente irá se beneficiar com o uso das meias elásticas para prevenir trombose. Afinal, o que muita gente desconhece é que nem todos os pacientes  podem usar essas meias. Para os que podem, elas de fato reduzem o risco de trombose durante voos prolongados – com evidências médicas de alta qualidade”.

Ainda com relação ao uso de meias elásticas, o médico ressalta que problemas como oclusão arterial grave nas pernas, por exemplo, contraindicam seu uso – já que isso poderia agravar o quadro arterial e trazer complicações como feridas ou até mesmo amputação. Flumignan também ressalta que alguns pacientes precisam usar medicações, como os anticoagulantes, antes de viagens longas. “Na dúvida, a melhor maneira de saber se pode ou não usar uma meia elástica, se é necessário usar alguma medicação ou não, é consultar um médico vascular de sua confiança. A avaliação do especialista, com base em exames complementares – como o ultrassom vascular – vai direcionar a conduta médica em cada caso em particular”.

Para aqueles que já estão com o voo marcado, o especialista dá cinco dicas de ouro:

  1. Procure se levantar a cada duas horas de voo e caminhar pelo corredor;
  2. Sentado, procure fazer movimentos circulares com os tornozelos e esticar os joelhos;
  3. Se não houver contraindicações, use meias elásticas prescritas por um médico vascular;
  4. Vista roupas leves e confortáveis;
  5. Procure ingerir bastante água durante o voo. Isso vai mantê-lo hidratado e fazer com que se levante para ir ao toalete algumas vezes. Além disso, a desidratação pode facilitar o surgimento de trombos.

Isabela Teixeira da Costa

Comer chocolate engorda?

Descubra se o consumo de chocolate realmente contribui para o ganho de peso e quais são seus benefícios para o corpo.

É quase impossível resistir a um chocolate, os chocólatras que o digam. Hoje, existem diferentes opções de doces, que vão desde o chocolate branco ao light. Segundo dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e derivados), o Brasil é o terceiro maior consumidor e produtor de chocolates em todo o mundo. O consumo per capita é de 2,8 kg/ano.  Mas afinal, chocolate realmente engorda?

O cirurgião endoscopista Bruno Sander, especialista em tratamentos para a obesidade, explica que o chocolate pode engordar por ser muito calórico e ter um índice glicêmico alto (rápida absorção). Além disso, possui açúcares e gorduras que contribuem no ganho de peso. “O chocolate mais recomendado é o que contém maior concentração de cacau. Já o chocolate branco é o menos saudável, por ter alta concentração de gorduras e açúcares. Uma dica importante é dar preferência a chocolates de cor escura. Quanto mais escuro o chocolate, maior é a concentração de cacau”.

O especialista ressalta que os pacientes que fizeram cirurgia bariátrica devem ter um cuidado ainda mais especial com o consumo de chocolate e evitá-lo. “O chocolate possui uma rápida absorção pelo organismo e por isso pode favorecer o aparecimento da síndrome de Dumping, que é caracterizada pela passagem rápida dos alimentos sólidos e líquidos do estômago para o intestino. Já os pacientes em uso do Balão Intragástrico podem consumir chocolate, mas em pequenas quantidades, para que o objetivo de perda de peso não seja perdido”, disse.

Mas, o médico lembra que o chocolate não oferece apenas efeitos nocivos ao nosso organismo, ele também traz benefícios. “Ele possui um efeito antioxidante para o corpo, ajuda na circulação sanguínea e ainda atua indiretamente na liberação de serotonina, auxiliando na sensação de bem estar”, citou Sander.

Além disso, muitas são as dúvidas e os mitos e verdades que cercam o consumo do chocolate. Por isso, o especialista esclareceu os principais, veja:

MITO VERDADE
O chocolate causa acne O chocolate dá sensação de bem estar
O chocolate aumenta o colesterol O chocolate branco é pobre em nutrientes
O chocolate engorda: Depende da quantidade ingerida

 

Fonte: Bruno Sander, médico cirurgião, especialista em gastroenterologia, endoscopia digestiva e tratamentos para a obesidade. É diretor clínico do Hospital Dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte (www.sandermedicalcenter.com.br).

Slow house: um novo estilo de receber

Marcela Ferrari e Ticha Ribeiro
Marcela Ferrari e Ticha Ribeiro

Marcela Ferrari e Ticha Ribeiro criaram workshop que apresenta um novo conceito de receber, no estilo faça você mesma, priorizando a qualidade de vida e a convivência.

Marcela Ferrari é uma advogada que, depois de um tempo atuando na profissão, decidiu mudar completamente de ramo. Sempre teve jeito para trabalhar com flores. Desde os 9 anos de idade faz arranjos, quando ia com a mãe na feira de flores que tinha na Praça da Liberdade às sextas-feiras à noite. “Comprava as flores, fazia os arranjos e montava as mesas, sempre gostei desse universo”, conta Marcela, que era elogiada por tudo o que fazia em sua casa, o que ocorre até hoje.

Certa vez, preparou uma grande festa surpresa para o aniversário do marido, e fez todos os arranjos florais. Foi a atração da festa, e uns amigos que iam se casar, pediram à Marcela para fazer a decoração da festa que seria para 500 pessoas. Pedido negado na hora, já que a decoração não passada de hobby para Marcela Ferrari. Helô Couto, que era o cerimonial do casamento, não desistiu. Insistiu, deu todo o apoio e estrutura necessários para Marcela, que acabou aceitando o desafio. “Foi aí que entrei para este mundo, no susto, e já estou há dez anos”, relembra.

A ideia do workshop surgiu de uma demanda. “Atualmente, as pessoas estão fazendo muita festa pequena, reuniões menores em casa e querendo que eu faça os arranjos. Muitas vezes não posso atender por indisponibilidade de tempo uma vez que as festas maiores demandam muito tempo de montagem. Quando a reunião é em casa, os arranjos são menores e podem ser feitos pela anfitriã”, conta Marcela. “Então decidi ensiná-las a montar os arranjos. Já conhecia a Ticha, desde o ano passado, quando produzimos umas mesas de primavera para o Caderno Feminino, então propus a ela esta parceria. Uma festa intimista, aconchegante e charmosa”.

Ticha Ribeiro tem uma trajetória na moda, e há alguns anos criou o site de inspiração Inventando Mesa. Adorou o convite e aceitou a parceria, porém achou importante criar um conceito para o encontro que seria para ensinar a receber preparando desde a montagem do arranjo, da mesa e dar algumas dicas. “Sou apaixonada pelo slow moviment que influenciou o slow food e o slow fashion. Fiz uma pesquisa e descobri que o movimento começou em 1984, em oposição a uma rede de lanchonete fast food que abriram na Itália, e depois disso idealizaram uma cidade slow, sem imaginar a loucura que seria o mundo com o boom da internet”, explica Ticha. “O encontro verdadeiro com tempo para as pessoas, a convivência pessoal está acabando, e o movimento mostra a importância deste relacionamento pessoal, trata-se de uma necessidade do ser humano, intrínseca que não pode acabar. A partir daí criamos o Slow House”, conta.

A proposta de Marcela e Ticha começa desde o início da produção da festa. No lugar daquela atitude ansiosa, acelerada e corrida que ficamos para organizar os preparativos, passaremos a curtir o preparar a festa. “A festa começa a ser uma alegria desde o início. Você cria o conceito da festa para ter uma harmonia em tudo o que fizer. Chama um grupo de amigas para preparar junto. Umas amigas cozinham, outras arrumam a mesa, outras fazem o arranjo. Depois os maridos chegam e começa a festa”, explica Ticha.

A dupla montou o workshop como se fosse uma festa, pensando em todos os detalhes, com tudo o que gostariam que tivessem em um encontro agradável. Um brunch com sucos, chás, cafés, pães do Mercado Grano e bolos preparados por Maria Helena Ribeiro, tudo da melhor qualidade. Depois a primeira oficina de arranjo floral com Marcela Ferrari, cheia de detalhes. Em seguida degustação de espumantes e vinhos da Oak, de Vanessa…, e o almoço com saladas da Poró e massa da Bonomi. Mais uma oficina de arranjo e em seguida a palestra de Ticha, com a montagem das mesas.

Em sua palestra, Ticha fala da table culture e de como buscar a sua inspiração, trazendo a moda para a mesa. A importância de fazer o mood board com todos os elementos que captam o seu olhar em diversas áreas, o que Ticha chama de zeitgeist, em alemão, que significa espírito da época, “você começa a perceber o que está aparecendo em vários lugares, isso está aparecendo em um sapato, em uma árvore, na decoração, no carro, então, eu quero falar disso. Aí eu monto um projeto em cima daquele tema. Isso serve para qualquer projeto, você cria a atmosfera, e aquilo te ajuda a ter mais inspiração e põe a sua intuição em cima. A intuição é importantíssima, porque você tem que colocar a sua interpretação dentro da inspiração”, explica Ticha.

Segundo Ticha, é permitido ousar, criar e misturar, sem censura. Pode tudo, desde que quando olhar para a mesa, o que for visto agrade aos olhos. Se não gostar, tem que tirar. Para ela não pode existir preconceito para criar, é preciso experimentar, misturar e se não ficar bom, vai limpando os excessos. Claro que existem regras que têm que ser respeitadas, como a colocação de talheres, por exemplo, e a posição das taças, mas nada impede a mistura de louças e taças na mesma mesa, desde que tenha uma das taças igual em todos os lugares, servindo de elo de ligação na mesa.

“Minha mestra é a holandesa Li Edelkoort, que há anos é quem dita a tendência para as grandes indústrias para 10 anos a frente, em todas as áreas. Junto com profundas pesquisas que faz, soma à sua intuição. Segundo ela, o hemisfério norte está esgotado em sua criatividade e por isso os criativos estão vindo para o hemisfério sul para dar um respiro na criatividade. Ela diz que o brasileiro não sabe usar o seu potencial”, conta Ticha. Para fechar o workshop com chave de ouro, depois da montagem das mesas é servida a sobremesa e são feitos sorteios de presentes. Na saída, um mino: cada uma levou o seu arranjo e ganhou um bolo da fofíssimo.

Com as belas mesas postadas no site Inventando Mesa veio a demanda das pessoas querendo adquirir as peças, que não estavam à venda. A insistência levou Ticha a criar a Ma Perle, sua marca de peças para mesa, onde ela coloca suas ideias de moda e cria coleções com os temas que ela quer trabalhar. A última coleção foi anos 20, com inspiração forte de Chanel, art decô, melindrosas. “Já estou desenvolvendo uma outra linha com estamparia”, conta Ticha.

A periodicidade do workshop é a cada dois meses com vagas limitadas, com tudo incluso no valor da inscrição, desde o café do receptivo, passando pelo almoço e o lanche, e todo o material utilizado. É um dia especial, onde as pessoas vivem uma experiência diferente, convivem com pessoas interessantes, aprendem coisas novas e relaxam, fugindo do agito do mundo cotidiano.

A dupla tem parceria com Oak espumantes e vinhos, Mercado Grano, Fofíssimos Bolos, Poró Salada no Pote, Hilton Impressos, Atelier A Lus de Velas, Tool Box, Florence Zyad Fotografia, Casa da Índia e Evelyn Flores.

Isabela Teixeira da Costa