Pilates: Da gestação à melhor idade

Método traz benefícios integrais para o corpo, mantendo a forma e equilibrando o bem-estar físico e mental em qualquer fase da vida.

Reeducação postural, fortalecimento de músculos e de ossos, controle de respiração, diminuição de dores musculares são alguns benefícios que a prática de Pilates traz. Em qualquer fase da vida, da gestação à melhor idade, os exercícios são centrados no fortalecimento do organismo como um todo e utiliza a força dos músculos como impulso para ter energia necessária para a atividade. Além da melhora física, após três ou quatro semanas de treino, o aluno já tem uma ganho na autoestima e autoconfiança. Eu estou completamente encantada com o Pilates. Desde que comecei a fazer não senti nem mais um dia sequer de dor na coluna. Eu faço com a Natália Mendes, da Spirale.

Além dos benefícios físicos, o Pilates também auxilia na melhora do bem-estar mental dos alunos, colaborando no tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer e depressão. Os sintomas podem ser amenizados uma vez que o Pilates conecta corpo e mente reduzindo a ansiedade e diminuindo o estresse.

Com aulas que podem durar até 1 hora, a prática de Pilates pode ser realizada de uma a três vezes na semana. A professora da Pilates Rose Martins destaca os benefícios da atividade em cada fase da vida:

Pilates para gestantes

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças, desde hormonais até físicas, gerando dores e desconforto. Os exercícios realizados nas aulas de Pilates diminuem os primeiros sintomas da gravidez, principalmente dores nas costas e quadril, melhorando também a respiração e a circulação sanguínea. Pode ser realizado a partir do 3º mês de gestação, com a carta de liberação do médico, sem que ofereça riscos para o desenvolvimento do bebê.

“Os exercícios de Pilates na gravidez podem ser realizados desde o primeiro trimestre, mas com cuidado para não trazer qualquer problema para a mãe ou para o bebê. Com os músculos mais fortes e firmes, a gestante tende a sentir menos dores nas costas, movimenta-se com maior facilidade e encontra-se com mais disposição para realizar suas atividades do dia-a-dia”, explica Rose.

Pilates pós-parto

A recuperação pós-parto é muito importante. Durante três meses o corpo da mulher ainda está se recompondo de todos os procedimentos do parto e não voltou totalmente ao que era antes. O Pilates pode ajudar que a recuperação e a cicatrização ocorram mais rapidamente, ajudando na tonificação do abdômen e na recuperação do assoalho pélvico – região responsável pela sustentação dos órgãos do sistema reprodutor, e controlando a flacidez.

Como o pós-parto é um momento delicado, é necessária autorização médica para fazer as aulas. Os exercícios propostos respeitam os limites e restrições de cada aluna. “No começo, nem todos os exercícios e posições são permitidos, principalmente por que há uma diferença para alunas que fizeram parto normal para as que fizeram cesárea, porém com o passar das aulas os exercícios vão progredindo”, esclarece Rose.

Pilates na melhor idade

Quem pensa que já passou da hora de fazer exercícios está enganado. A prática de Pilates não tem limite de idade, basta ter disposição. Cansaço, falta de equilíbrio e fraqueza nos ossos não são mais problema para os idosos que fazem a atividade. As aulas para terceira idade são uma das mais procuradas, já que o método proporciona benefícios para todas as áreas do corpo.

Sem contraindicação, idosos que fazem uso de medicamento contínuo ou que têm doenças crônicas podem realizar as aulas com certas adaptações. “Os benefícios que o Pilates na terceira idade traz, como fortalecimento dos ossos, melhora no equilíbrio, controle motor e melhora na mobilidade das articulações, ajuda e previne que certas doenças apareçam. O fato de o idoso fazer atividade física ajuda também que sua mente esteja em constante trabalho, evitando assim que doenças como depressão, Parkinson e Alzheimer apareçam ou se agravem”, comenta Rose.

 

Nosso corpo precisa de cuidado

IMG_4665O corpo é uma máquina que precisa funcionar para não emperrar.

Como já disse aqui, estou fazendo pilates pela primeira vez na minha vida. Para falar a verdade, é a primeira vez na vida que faço um exercício físico. Sempre fui uma excelente cliente de academia, fazia o exame médico, me inscrevia, pagava o pacote, frequentava duas semanas e nunca mais voltava.

Para não ser mentirosa, quando tinha 30 anos fui ao Cepel assistir uma prova de equitação, a a convite do meu amigo Luiz Sternick e me apaixonei. Por sinal, desde menina sempre pedi ao meu pai para eu fazer equitação e ele nunca deixou. Então, quando cheguei lá fiquei enlouquecida com os animais, os saltos, tudo. Fiquei sabendo que ainda dava tempo e entrei para a escolinha.

Por mais de três anos frequentei a escolinha. E consegui com que abrissem uma turma noturna, afinal, para quem trabalha não é fácil fazer aulas de equitação pela manhã. Era ótimo. Participei de provas e cheguei a ganhar uma medalha de bronze. Depois parei.

Minha segunda incursão no esporte foi com o tênis. Quando assumi o Torneio Empresarial de Tênis Estado de Minas, a turma começou a cobrar a minha participação. Comecei a fazer aulas, participei de dois torneios, porém um problema no ombro e o princípio de artrose nos dois joelhos me afastaram das quadras. Tenho que confessar que gostei bastante do tênis.

Fora isso, só sedentarismo. E estou sentindo o reflexo disso na pele, agora que estou no pilates. Minha professora se chama Natália Mendes, é jovem, simpática e ótima profissional. Não sei se todo pilates é assim, mas nunca repeti nenhum exercício. Cada aula é diferente e trabalha uma área do corpo. Estou descobrindo músculos que nunca pensei que existissem.

Alguns exercícios eu consigo fazer fácil no início, começo no maior gás, mas ao longo das repetições a força vai diminuindo e o ritmo vai junto, a dor começa e a impressão que dá é que não vou conseguir chegar ao final. É impressionante como a musculatura sente. Tudo resultado de 56 anos de sedentarismo. Como pude deixar meu corpo chegar neste estado, por pura preguiça. A gente não pensa mesmo nas consequências de nossas atitudes.

Comentando isso com Natália ela disse uma coisa que é pura verdade. “Ganhamos um presente maravilhoso de Deus que é o nosso corpo, perfeito, com saúde, e nós não damos valor, é como se deixasse o presente jogado em um canto empoeirando”.

Fiquei pensando se eu ganhasse um presente de Deus, seu eu não ia querer abrir na hora e usá-lo todo dia, mostrar para todo mundo, cuidar dele como se cuida de um bebê, com todo cuidado e amor. No entanto, eu ganhei e não cuidei. Recebi um corpo saudável, mas nosso corpo é uma máquina perfeita que precisa ser trabalhada para não enferrujar, e eu deixei o meu emperrar, porque não trabalhei com ele, não lubrifiquei.

Hoje, estou pagando o preço. Mas Deus faz tudo tão perfeito, que apesar de tanto atraso, ainda conseguimos recomeçar e nosso corpo, apesar de sofrer um pouco, vai respondendo aos estímulos. Tenho certeza que em breve vou conseguir fazer todos os exercícios com menos dificuldade. Fica o alerta.

Isabela Teixeira da Costa

Descobri o pilates

pilates1Comecei a fazer pilates e descobri que não é nada do que eu imaginava.

Como já falei aqui antes, por indicação do médico que fez minha cirurgia bariátrica, dr. Marcos Martins, tenho que fazer atividade física e a recomendação é pilates duas vezes por semana e caminhadas diárias. Como nunca fui chegada a malhação, estou empurrando com a barriga a caminhada, mas comecei o pilates.

Encontrei a Natália Mendes, da Spirale, que trabalha bastante com pessoas que já fizeram a mesma cirurgia que eu. O pai dela é endoscopista e foi ele quem trouxe o balão que se coloca no estômago, para BH, e por incrível que pareça, hoje em dia ele é contra tal procedimento. Mas isso é assunto para outra coluna.

Cheguei lá achando que ser moleza, assentar naquelas bolas grandes e ficar equilibrando, deitar nas camas e puxar umas argolas e pronto. Que nada. Não vi nem sombra de bola, e as camas são todas amarradas em molas e todos os exercícios que eu fiz nas duas aulas que eu já tive foram uma sucessão de puxa e empurra dessas molas, que faz doer todos os músculos das pernas, braços e abdômen. Músculos que eu nem sabia que tinha.

pilates2Depois passamos para as abdominais e aí eu vi como os exercícios são difíceis. É necessário ter uma força muscular que realmente eu não tenho. Nessas horas dá pra ver o peso de décadas de sedentarismo. Natália colocou uma bola pequena entre meus joelhos, pediu que eu dobrasse as pernas com os pés para cima e levantasse os braços puxando um peso. Parecia que eu estava carregando o mundo.

Claro que antes de tudo isso ela fez minha ficha, olhou meus exames, e, diante de um espelho foi reparando minha postura e comentando cada problema. Nunca vi nada igual. Sou toda torta. Meu ombro direito é caído, segundo Natália, por causa da bolsa que tenho costume de carregar sempre do lado esquerdo. Com isso o ombro esquerdo tende a subir para suportar o peso da bolsa e ela não cair. A gente vai ficando torta.

Fiquei toda dolorida. O bom é que Natália me garantiu que vai me colocar no jeito. Minha postura voltará ao ponto correto e fortalecerá minha musculatura. Fiquei surpresa com o pilates, não é tão leve quanto eu pensava, mas é infinitamente melhor que musculação. Porém, tem um equipamento lá onde as pessoas ficam dependuradas no ar. Acho que esse eu não vou encarar.

Isabela Teixeira da Costa