Próstata aumentada traz incômodos, mas tem tratamento

Homens acima dos 50 anos, geralmente sofrem com aumento da próstata, a causa pode estar ligada a questões hormonais e genéticas e tem tratamento.

O assessor de comunicação G.T. vivia muito cansado, mesmo assim que acordava, porque não conseguia dormir ininterruptamente. Acordava várias vezes para urinar. Com isso, durante a madrugada, tinha dificuldades para pegar no sono de novo. Em uma visita ao urologista, reclamou do problema. Por recomendação e a pedido do especialista, submeteu-se a exames e os resultados não deixaram dúvida: o volume de sua próstata estava maior, dificultando a passagem da urina pela uretra. Hoje, com medicamento, resolveu o problema.

Tenho um grande amigo que depois de anos sofrendo com o problema resolveu enfrentar. Demorou muito e a única solução foi a cirurgia. Sua próstata estava do tamanho de uma laranja Bahia. Correu tudo bem, apesar do pós operatório demandar um certo cuidado.

A noctúria – quando se tem de acordar diversas vezes para urinar, interferindo na qualidade do sono – é um dos sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB), denominação complicada de um dos problemas mais comuns entre homens. Estudos da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a patologia pode acometer até 80% das pessoas do sexo masculino com 50 anos ou mais (equivalente a 14 milhões de brasileiros).

Segundo Tiago Soares Bissonho, médico urologista do Hapvida Saúde, o aumento benigno da próstata pode estar ligado a questões hormonais e genéticas. “A doença é provocada pela proliferação de células musculares lisas e células glandulares das chamadas regiões periuretral e zona de transição da próstata, que causam o aumento volumétrico do órgão”, esclarece. Considerado por muitos cientistas uma condição natural e inflexível do envelhecimento masculino, a taxa de mortalidade por HPB é baixa e se refere, principalmente, as complicações pela falta de tratamento.

Sintomas – De acordo com o especialista, os sinais da doença são os chamados sintomas do trato urinário inferior, que são divididos em armazenamento da urina, esvaziamento de bexiga e pós-miccionais:

  • Sintomas de armazenamento: urgeincontinência (necessidade de esvaziar a bexiga rapidamente quando sente vontade, não conseguindo chegar ao vaso sanitário a tempo); frequência (mais de oito urinações por dia); urgência (quando a necessidade de urinar é inevitável, mas é possível chegar a tempo no vaso sanitário); incontinência por transbordamento (quando a bexiga fica tão cheia que chega a transbordar, ocorre vazamento de uma pequena quantidade de urina que causa a impressão de incontinência, quando na verdade é retenção urinária); e a já mencionado noctúria.
  • Sintomas de esvaziamento: hesitância (quando o primeiro jato de urina demora a sair); jato fraco (não há força suficiente para o mictar, isto é, urinar); intermitência (o jato de urina não é constante e ocorrem interrupções na micção); jato afilado (redução na capacidade na impulsão da urina) e gotejamento terminal (gotejamento involuntário da urina).
  • Sintomas pós-miccionais (pós-urinar): esvaziamento vesical incompleto (permanência de volume residual de urina anormal na bexiga após urinar) e gotejamento pós-miccional (gotejamento automático depois que o paciente terminou a micção).

Diagnose – O diagnóstico da hiperplasia prostática benigna é feito mediante perguntas direcionadas aos sintomas, para que o urologista dimensione a gravidade da doença, além do resultado de exames, como o toque retal (avalia o tamanho e forma da próstata), ultrassom, estudos do fluxo de urina e cistocopia (analisa o interior da bexiga). “Todo o processo possui o objetivo de fornecer uma avaliação completa, que contribui para a escolha do tratamento mais efetivo para cada caso”, ressalta Bissonho.

Tratamento – O tratamento inicial, que na maioria dos casos são eficazes, pode ser realizado com dois tipos de medicação que são utilizados isolados ou combinados, sendo os mais prescritos na prática clínica os alfa-bloqueadores e os inibidores da 5-alfa-redutase. “Recentemente, novos medicamentos foram disponibilizados aos urologistas, os inibidores fosfodiesterase 5 (também usados para o tratamento de disfunção erétil) e agonistas beta 3-adrenérgicos”, explica o médico.

Nos casos em que os medicamentos não apresentam efeito, a alternativa é o procedimento cirúrgico, que são de dois tipos: transuretrais endoscópicos e cirurgia aberta.  “Nas próstatas com peso entre 30g e 75g, os métodos transuretrais (executados através da uretra) são os mais adequados. Já nas próstatas com peso de 80g ou mais, o procedimento torna-se mais difícil de ser realizado e os riscos de complicações aumentam. Neste caso, a cirurgia aberta é a mais indicada”, orienta Bissonho.

As possíveis complicações da HPB não tratada são a retenção urinária aguda, uso de sonda, infecção urinária, cálculos de bexiga, hematúria (sangramento na urina), descompensação vesical (bexiga sem funcionamento, com necessidade de uso de sonda para esvaziá-la), hidronefrose (dilatação dos rins) e insuficiência renal, podendo ser necessária a hemodiálise.

Luta contra a Aids

Hoje é o Dia Internacional de Luta Contra a AIDS, saiba como diagnosticar e como se defender dos males que atacam o imunideprimido.

Infelizmente muitas pessoas não de previnem da Aids desde que foi criado o coquetel que evita a morte e proporciona uma vida razoável ao HIV positivo. O que não se pode ignorar é que quem tem a doença vive com fragilidade e suscetível a sofrer com outras doenças que atacam o organismo vulnerável.

Você sabe o que são doenças oportunistas e porque elas atacam?

Pessoas que possuem o vírus da AIDS e ficam doentes com frequência ou demoram muito tempo para se recuperar totalmente precisam ter cuidado. Com o corpo vulnerável, muitas outras doenças aproveitam para atacar o organismo. Pensando nisso, a Euroimmun explica um pouco mais sobre a imunodepressão e algumas doenças oportunistas.

Um sistema imunológico fraco deixa o corpo indefeso e uma imunodeficiência pode se desenvolver. Em contato com um determinado antígeno, o imunodeprimido não é capaz de criar anticorpos já que suas células não estão mais funcionando. Uma simples gripe pode acabar evoluindo para uma pneumonia e levar ao óbito. É o que ocorre com os pacientes com HIV, que o vírus destrói o seu sistema imunológico fazendo com que fiquem suscetíveis a esses microrganismos. É o caso também de pacientes em tratamentos quimioterápicos, idosos e crianças.

As doenças autoimunes como esclerose múltipla e o lúpus afetam o tecido que se conecta aos órgãos, provocando um colapso do sistema imunológico. A rubéola, hemocromatose, líquor, herpes e a sífilis também são doenças oportunistas que atacam com mais facilidade o imunodeprimido.

A causa mais comum de um sistema imunológico enfraquecido são desnutrição, ingestão de álcool, alguns medicamentos mais fortes ou de uso prolongado (corticoides e imunossupressores), exercícios físicos muito cansativos, fatores hormonais e infecções por alguns vírus, como o HIV.

A Euroimmun disponibiliza testes laboratoriais altamente indicados para a detecção do tipo de doença, inclusive para sua detecção no sistema nervoso central. A partir do teste laboratorial o médico de sua confiança definirá qual será o melhor tipo de controle e a melhor forma de tratamento para a doença.

Fica em pé o dia todo?

Muita gente trabalha em pé o dia todo, principalmente no fim de ano com o aumento do movimento. Especialista fala como evitar dor e inchaço nas pernas.

Quem trabalha o dia todo em pé, sabe o quanto as pernas e os pés ficam sobrecarregados no final do expediente. Para quem tem veias dilatadas e tortuosas, as conhecidas varizes, os incômodos são ainda maiores. Enquanto o coração leva o sangue para os órgãos pelas artérias, as veias são responsáveis pelo retorno desse sangue, mas o coração sozinho não tem força suficiente para esse retorno. A musculatura da batata da perna é responsável pelo retorno do sangue pelas veias para o coração, e é chamada de bomba periférica ou coração periférico.

De acordo com o angiologista e diretor da Angiogold Clínica Estética, Carlos Eduardo Jorge, alguns hábitos adotados no dia a dia podem ajudar a aliviar os sintomas de queimação, dor e inchaço. “Para quem permanece longos períodos em pé, é importante alternar o peso do corpo entre uma perna e outra. As mulheres devem evitar o uso de saltos muito altos ou extremamente baixos. Procure calçar sapatos ou sandálias com cerca de três centímetros e que não tenham bico muito finos”, explica o médico. O especialista lembra que ficar muito tempo sentado também é prejudicial para a circulação. Quando esse for o caso, o indicado é levantar-se a cada hora e mexer as pernas por alguns minutos. “A cada uma hora de trabalho, saia da cadeira por alguns minutos para mexer as pernas.  Evite ficar com as pernas cruzadas por baixo da mesa e ao sentar- se, mantenha as pernas ligeiramente separadas e os pés no chão. Invista também em apoios para os pés que fiquem até 15 centímetros acima do chão”, ensina.

O médico Carlos Eduardo Jorge

Carlos Eduardo ensina outras dicas que podem ser adotadas: “Pratique exercícios físicos, como correr e andar de bicicleta, porque eles melhoram a circulação. Consuma menos sal, já que o sódio contribui para a retenção de líquido. Ao chegar em casa no final do dia, permita-se deitar no sofá ou na cama com as pernas para cima, na altura do coração, por pelo menos meia hora. E antes de dormir, massageie as pernas e os pés em movimentos circulares e de baixo para cima, para melhorar a circulação”, diz o profissional.  O angiologista esclarece que, se sintomas como inchaço e sensação de peso nas perdas se acentuarem, é importante procurar o médico e se informar sobre o uso de meias compressoras. “As meias colaboram para a circulação sanguínea, melhorando o retorno venoso e linfático”, afirma.

Dia Mundial do Diabetes

Próxima terça comemora-se o Dia Mundial do diabetes, doença perigosa e silenciosa que atinge mais de 18 milões de pessoas no Brasil.

Na próxima terça-feira, 14, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, data criada em 1991 pela International Diabetes Foundation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para conscientizar as pessoas sobre os perigos da doença, que afeta quase 9% da população, o que corresponde a mais de 18 milhões de pessoas. Com este expressivo número, o mais grave é que em 10 anos o número de casos cresceu cerca de 62% no país. Os médicos ressaltam que o mais importante é prevenir.
De acordo com a endocrinologista Livia Faccine, do Hospital Santa Paula, o aumento é resultado da falta de cuidados de rotina com a saúde e o estilo de vida cada vez mais acelerado com pouca atenção à alimentação. “Os problemas decorrentes da urbanização, como estresse e falta de tempo, muitas vezes levam o indivíduo à má alimentação e ao sedentarismo que, somados à predisposição genética, podem resultar em sobrepeso e obesidade. Juntos, esses são fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes, uma doença crônica e silenciosa com a qual o paciente deverá conviver durante a vida toda”, relata a médica.
É impressionante o grande número de pessoas que possuem a doença e não sabem. Com frequência a TV Alterosa faz em BH e cidades da Região Metropolitana a Caravana Alterosa, que traz vários serviços de utilidade para o cidadão, entre eles, medição de glicose. Não são poucos os resultados com altos índices glicêmicos. Várias vezes o carro da TV já precisou levar pessoas do exame diretamente para o Pronto Atendimento hospitalar pois apresentavam resultados máximos na máquina, que é 600mg/dl. E quando são informados dos valores ficam surpresos dizendo que nunca souberam que tinham problema de glicose. É assustador ver como a glicose no sangue pode chegar a índices tão altos sem ter nenhuma alteração no estado normal do corpo.
Apesar de existirem diferentes tipos da doença, os mais conhecidos são o diabetes tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é caracterizado pela falência das células beta no pâncreas e é mais comum em pessoas com idade abaixo dos 35 anos. Já o tipo 2 ocorre por resistência à ação da insulina, tendo a obesidade como um dos principais responsáveis, e é este tipo o de maior incidência no país. Entre a população com escolaridade baixa a incidência do diabetes é quase três vezes maior porque têm menor conhecimento sobre a doença e portanto não sabem prevenir.
Segundo Livia Faccine, os sintomas do diabetes tipo 1 podem incluir excesso de sede, perda de peso repentina e acelerada, fome exagerada, cansaço, vontade de urinar com frequência, problemas na cicatrização, visão embaçada e, em alguns casos, vômitos e dores estomacais. Já o diabetes tipo 2, o comum, não apresenta sintomas, exceto quando a glicemia está muito elevada, aí pode-se apresentar os mesmos sintomas do diabetes tipo 1.
Números divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o diabetes afeta mais mulheres do que homens. Enquanto 7,8% dos brasileiros foram diagnosticados com a doença, 9,9% das mulheres do país apresentam a doença. “O diabetes exerce um impacto maior nas artérias femininas do que nas masculinas. O fato é comprovado cientificamente, mas ainda não se sabe a razão”, relata a médica.
O tratamento inclui medicações de uso oral e opções injetáveis, como a insulina. Há vários tipos de insulina no mercado, algumas de ação rápida, outras de ação lenta, e a combinação delas são necessárias em alguns casos. Associado ao uso das medicações, é preciso fazer uma dieta com carboidratos complexos (farinha integral e sem açúcar), perder peso quando for o caso e realizar atividades físicas, tanto aeróbicas quanto anaeróbicas.

Isabela Teixeira da Costa

Efeitos positivos da cirurgia bariátrica

Por que protelamos certas coisas na vida que poderíamos ter feito muito antes, e com isso seríamos felizes mais cedo?

Ilustração Son Salvador

Tem coisas que demoramos a fazer e depois que tomamos a atitude pensamos por que não fizemos antes. Para quem não sabe, dia 30 de janeiro fiz uma cirurgia bariátrica com o dr. Marcos Eduardo Martins da Costa. Preciso dizer quem foi o responsável, pois o sucesso foi tão grande, que o crédito merece ser dado. Depois de nove meses de operada, saí dos 91 quilos e cheguei na casa dos 53,6, abandonei o manequim 48 e hoje visto 38 e até 36. Estou me sentindo tão bem, que muitas vezes penso do por que demorei tanto a fazer a cirurgia.
Quero esclarecer que nunca fui obesa mórbida. Era gorda, já entrando na obesidade, mas o que me levou à cirurgia foi a saúde. A maioria das mulheres da família passam a ter o diabetes 2 após os 50 anos e minha glicose já estava em 105. Um especialista já havia me tachado de diabética, porém estava conseguindo controlar a glicose apenas com a alimentação. O colesterol estava alto e tinha princípio de artrose nos dois joelhos (isso não regride), sem contar a lesão por estresse na perna esquerda que médico nenhum conseguiu explicar, já que esse problema é típico de maratonista e eu sempre fui o pai e a mãe do sedentarismo. Diante de tantos problemas, a cirurgia bariátrica se tornou a solução ideal. Por tabela, tive um ganho estético espetacular.
Se tive medo no início? Não, uma certa cautela. Conheço uma centena de pessoas que passaram pelo processo e que estão muito bem, outras que acabaram engordando novamente e, por isso, sabia bem o que pode ocorrer no pós-operatório. Meu medo era nas semanas após a cirurgia, o ficar sem mastigar por vários dias. Coloquei o problema nas mãos de Deus e encarei o desafio. Estava na mão do melhor cirurgião, do melhor hospital – operei no Mater Dei –, e Deus no comando. Não senti nada. Sucesso é pouco perto de como tudo fluiu tão bem. Dor no primeiro dia, náusea no segundo, fatos que a medicação debelou com rapidez. Pronto.
Fui para casa e nunca mais senti nada. Encarei a alimentação liquida na maior tranquilidade, introduzi os sólidos com facilidade. Estou começando a comer um pouco mais, porém tem dias que a comida não desce bem. Fico atenta para não passar longos períodos sem me alimentar e sempre como uma fruta. Estou ótima. A única coisa ruim é que as unhas ficam fracas e o cabelo cai muito, mas tudo é recuperável.
A autoestima vai lá em cima. Cada elogio que recebo, cada roupa P que experimento e cai como uma luva são um afago no meu ego. É engraçado encontrar na rua com pessoas que estão cansadas de conviver comigo e simplesmente não me reconhecem. Faz parte, tenho que me reapresentar. Aí é um susto cheio de elogios. Se é verdadeiro ou falso, não me importa, tenho espelho e o que vejo e sinto é o que conta.
Semana passada estava com uma prima de fora de BH e fomos a uma loja. A caixa era uma jovem linda, de 29 anos, e bem obesa. Eu não ligo e não ponho reparo, afinal, já estive naquele lugar. Mas conversa vai conversa vem, comentei que não poderia mostrar meu braço porque estava despencado (não estou reclamando, apenas constatando fatos), e perguntaram por quê. Expliquei e a curiosidade veio na hora. Todas querendo saber como eu era quando estava com mais peso, já que não conseguiam me imaginar gordinha. Busquei fotos antigas nas minhas redes sociais e o queixo delas caiu. A moça que fica no caixa esticou o assunto. Pronto, deu corda, entrei de sola. Contei minha experiência, indiquei o médico. Todas as colegas incentivaram. Acho que vai marcar uma consulta. Disse a ela que, quanto mais cedo, melhor. A qualidade de vida é outra. Não justifica esperarmos perder a saúde para tomarmos uma atitude. #fica a dica.

* Isabela Teixeira da Costa

Crônica publicada no Caderno de Cultura do Estado de Minas

LowCarb: a moda que veio pra ficar

A dieta Lowcarb está na moda há um bom tempo e tem ganhado cada dia mais adeptos, o importante é não cortar todo o carboidrato pois o organismo necessita dele para um bom funcionamento.

Criadas na década de 90, as dietas lowcarb são programas alimentares que restringem o consumo de carboidratos, muitas vezes, para o tratamento de obesidade ou diabetes. O termo “dieta pobre em carboidratos” é geralmente aplicado às dietas que restringem a ingestão de carboidratos para menos de 20% do total de calorias, mas, também podem referir-se às dietas que simplesmente restringem ou limitam os hidratos de carbono a menos que as proporções recomendadas (geralmente menos de 45% do total de energia proveniente de carboidratos).

O carboidrato em excesso inflama e pode promover excesso de peso. Apesar disso, nosso corpo precisa desse nutriente, mesmo que em pouca quantidade, para gerar energia, ajudar na recuperação dos músculos e manter a mente alerta. Então daí surge a aposta da lowcarb, que consiste em montar um cardápio especifico para que o organismo utilize outra fonte de reserva –  de preferência gordura – para gerar energia. Segundo a nutricionista Pâmela Sarkis, a base da lowcarb se resume em reduzir a porção de carboidratos no plano alimentar para 10 a 20%, seja para emagrecer ou não.

“A maioria dos alimentos naturais, mesmo os que não são fontes, contém um teor mínimo de carboidratos seja na casca ou em alguma parte. Por isso, não tem como obter uma dieta isenta 100% de carboidratos e saudável ao mesmo tempo. Uma dieta normal tem entre 50 e 60% e quando trabalho com a lowcarb com meus pacientes utilizo entre10 e 30%, teor nada prejudicial em relação à energia”, conta Pâmela.

É necessário subir 20 lances de escada para queimar as calorias de uma fatia de pão. Algo tem que ser feito para ajudar a queimar o que a pessoa ingeriu se esse for o objetivo. E, mesmo estando numa dieta como a lowcarb, os exercícios também são necessários quando o foco é perda de peso.

Para Pâmela, o exercício potencializa muito os resultados de emagrecimento. “Quem não associa a dieta a uma atividade física deve reduzir o carboidrato e o valor calórico total para ver resultados em perda de peso. Isso é importante para que o corpo tenha menor estimulo de liberação de insulina, hormônio associado com ganho de peso, liberado pelo pâncreas principalmente quando consumimos carboidratos”, diz.

Existem vários tipos de dieta LowCarb, mas, as mais conhecidas são Atkins, que fez um sucesso estrondoso na década de 90, e foi aderida por muitas estrelas de Hollywood, e mais recentemente a Dukan, que é bem parecida, mas um pouco mais flexível que a primeira. Ambas receberam os nomes de seus criadores.

Em uma revisão de vários estudos, os cientistas constataram que 1.797 voluntários submetidos a uma alimentação com baixo carboidrato (cerca de 20%), por até dois anos, tiveram uma redução nos riscos de doenças cardiovasculares, além de apresentar melhora na glicemia e na qualidade do sono, comenta o endocrinologista Pedro Assed, pesquisador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota).

Quando atingir seu objetivo com a dieta, e já tiver uma estabilidade no peso desejado, faça o processo inverso da lowcarb: volte lentamente a consumir porções maiores dos carboidratos nas suas refeições, mas não tanto quanto antes. Exames clínicos mostram que entre 25 e 40% por dia do carboidrato é o necessário. “Prefira os carboidratos integrais ou os que têm uma absorção mais lenta, como batata doce, inhame, mandioca e cará”, acrescenta a nutricionista.

Sedentarismo e maus hábitos alimentares causam doença

80% dos casos de câncer no mundo estão relacionados ao nosso modo de vida. Oncologistas apontam algumas medidas que contribuem para afastar os riscos de desenvolver a doença.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de câncer no mundo estão relacionados ao nosso modo de vida. Entre os principais fatores responsáveis por este preocupante cenário estão hábitos alimentares pouco saudáveis e falta de uma rotina de exercícios físicos. Por isso, a recomendação é que pessoas de 18 a 64 anos pratiquem pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana – ou, em média, pouco mais de 20 minutos por dia. Isso significa que pequenos ajustes na rotina, como caminhar pequenas distâncias, aderir à bicicleta como opção de transporte ou subir e descer escadas ao invés de usar o elevador, podem colaborar para o afastamento da grande maioria dos fatores de risco que levam ao surgimento da doença.

Posso falar isso com tranquilidade porque fui sedentária a vida inteira e este ano comecei a fazer pilates duas vezes por semana. É impressionante perceber como estava enferrujada e como deixei meu corpo chegar a este ponto. Já disse isso aqui algumas vezes, ganhamos de presente uma máquina em perfeito funcionamento e nós mesmos, por maus cuidados, vamos danificando-a. O grande problema é quando acordamos tarde de mais para este fator.

Estava obesa , com problema na coluna, joelhos, perna, glicose e colesterol altos. Mas Deus é tão bom comigo que colocou na minha frente o dr. Marcos Eduardo Valadares Meireles Martins da Costa, mais conhecido com dr. Marcos Martins. Minha vida mudou, sou outra pessoa. Para começar estou 36 quilos a menos. Sempre penso como conseguia carregar, o dia inteiro, 7 sacos de arroz e um de açúcar. Se quiser fazer isso hoje, não consigo. Mas andava com este peso a mais diariamente. Não há perna, joelho e coração que aguentem. E olha que tem gente muito mais pesa do que eu era.

“Sedentarismo, sobrepeso, obesidade e consumo excessivo de gorduras podem ser classificados como ‘vilões’ que respondem, em especial, pela elevação no risco de desenvolvimento de tumores que afetam intestino, endométrio, próstata, pâncreas e mama”, explica dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO).

De acordo como especialista, estes fatores se tornam ainda mais preocupantes quando levamos em conta sua relação direta com o aumento constante nos registros de casos de câncer entre jovens. Dados do Inca apontam que a condição já é a segunda maior causa de morte de pessoas entre 15 a 29 anos no país, perdendo apenas para óbitos decorrentes de acidentes e violência. Entre 2009 e 2013, a entidade estima que 17.500 jovens morreram em decorrência de tumores malignos.

O incentivo à prática constante de exercícios físicos e ingestão de alimentos saudáveis surgem não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados da doença como também forma de potencializar o processo de tratamento para pessoas com câncer. “Uma série de estudos científicos sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas às terapêuticas e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico”, afirma o oncologista do CPO.

Confira 10 passos indicados pelo médico que contribuem para a redução global dos riscos de incidência do câncer:

  1. Alimentação saudável é um hábito que ajuda na prevenção ao câncer. A dieta do mediterrâneo, que inclui frutas, peixes, grãos e azeite, é um excelente exemplo;
  2. Existem vacinas que podem contribuir para a prevenção do câncer. Um exemplo é a vacina contra o HPV, vírus responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero;
  3. Após os 40 anos, realize mamografia anualmente. A detecção precoce aumenta em até 95% as chances de recuperação em casos de câncer de mama.
  4. Na maioria dos casos, o câncer de pulmão está associado ao consumo de cigarro ou derivados. Parando agora, sua saúde melhora radicalmente. Em 1 ano, o risco de doenças ligadas a males do coração, como infarto, cai pela metade.
  5. A prática regular de atividades físicas ajuda a prevenir o câncer. O sobrepeso e a obesidade estão relacionados aos seguintes tipos de câncer: intestino, endométrio, próstata, pâncreas e mama.
  6. O apoio familiar é fundamental na vida do paciente oncológico. Centrados no cuidado integral, os tratamentos atuais ajudam o paciente na parte médica com terapias complementares como massoterapia, assistência nutricional e psicológica, além dos cuidados com a boca.
  7. A imunoterapia é hoje um grande avanço no tratamento do melanoma, câncer de pulmão, câncer de rim e outras doenças. Essa nova terapia potencializa o sistema imunológico para combater as células malignas.
  8. A detecção precoce do câncer pode salvar vidas. Consulte sempre um médico especialista e faça exames periodicamente.
  9. Existem testes genéticos que possibilitam a personalização do tratamento dos pacientes e, mais do que isso, a identificação de risco e o diagnóstico precoce de doenças hereditárias, incluindo o câncer.
  10. O câncer de pele é o tipo mais comum em todo o mundo, e pode ser prevenido. Evite e exposição ao sol entre as 10h às 15h. Use protetor solar diariamente com Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de 30.

Como prevenir o cálculo renal

De acordo com dados da OMS, de 10 a 15% da população mundial sofre com cálculos renais pelo menos uma vez ao longo da vida. Diversos são os fatores que influenciam neste quadro.

Quem me segue sabe que estou passando por um tratamento de retirada de cálculo renal. Tive uma crise no início de setembro, passei por um procedimento no Hospital Felício Rocho e, na última sexta-feira, passei pelo segundo procedimento para retirada dos cálculos que ficaram dentro do rim. O meu urologista, dr. Francisco de Assis Teixeira Guerra, disse que devo ir a um nefrologista para descobrir o que pode estar causando meus cálculos, já que tive duas crises no final de 2015, passando por três procedimentos.

Mas jornalista é curioso, não fica quieto e antes mesmo de marcar consulta com o nefrologista, já comecei minha pesquisa. Descobri que os cálculos renais são formados pelo acúmulo de cálcio, ácido úrico, oxalato (um sal) ou cistina (um aminoácido), dentro dos rins ou nos canais urinários. Segundo a nefrologista da  Unesp, Fernanda Carvalho, esse problema ocorre principalmente em quem tem um defeito no metabolismo, provocado por hereditariedade. A pessoa precisa já ter a predisposição para desenvolver as pedras, porque seu organismo excreta em excesso essas substâncias, que se acumulam nos rins.

Além dessa tendência natural, existem outros fatores que podem provocar o surgimento das pedras: pouca ingestão de água (principalmente no verão) ou dieta muito rica em sal e carne vermelha. Quando li isso vi que estava lascada. Nunca fui de beber muita água, depois que fiz minha cirurgia bariátrica só bebo água, mas não cabe muito, então vai de pouquinho em pouquinho. Como tenho que priorizar proteína, como carne, tá certo que é pouca quantidade, mesmo assim, são coisas do grupo de risco. Lasquei-me.

Felipe Hadad e Antônio Paulo Branjão

Dentro dos rins, existem cerca de 1 milhão de estruturas chamadas néfrons, que funcionam como filtros, descartando o que não serve para o organismo e reabsorvendo o que é benéfico, principalmente água. Segundo o nerologista Luis Cuadrado Martin, quando há pouca ingestão de líquido, ocorre uma concentração maior das substâncias que podem formar o cálculo. Quando ingerimos sal, os rins trocam o sódio presente nele pelo cálcio, liberando uma quantidade maior dessa substância, que é a causadora de cerca de 50% dessas pedras. Já no caso da carne vermelha, suas proteínas diminuem a capacidade que o rim tem de dissolver as substâncias em seu interior.

O nutricionista Felipe Hadad Myrrha, aqui de Belo Horizonte tem feito excelentes trabalhos com atletas e pessoas que querem entrar no mundo fitness, e ele tem postado ótimos artigos no seu instagram @felipe.hadad. Um deles foi sobre cálculo renal.

Segundo Felipe, a formação do oxalato de cálcio nos rins ocorre, na maioria das vezes, quando o oxalato é produzido pelo próprio corpo (e não ingerido por meio da dieta). Neste caso, há a possibilidade de suplementos de cálcio aumentar as chances de um cálculo renal, principalmente quando outros micronutrientes estiverem deficientes, pois haveria uma reação do oxalato com o cálcio nos rins.
Hadad afirma que as fontes dietéticas de oxalato não provocam cálculos renais, quando há um aporte adequado de cálcio na dieta. Neste caso, o contato entre essas duas moléculas ocorre no intestino, o que diminui a absorção renal de ambos. Nesta hipótese o consumo do cálcio reduziria as chances de cálculo renal. Temos então duas hipóteses, uma em que o consumo de cálcio é benéfico e outra em que é prejudicial.
O que fazer em caso de necessidade de suplementação de cálcio por pessoas com histórico de cálculos renais e que produzem muito oxalato?
Felipe indica o uso na forma de citrato, pois reduzem a acidez urinária e isso diminuiria a reabsorção tubular renal de oxalato. Pode-se ainda combinar ao cálcio o citrato de potássio, que diminui a disponibilidade de cálcio na urina. Existe ainda uma relação interessante entre o oxalato de cálcio com o magnésio e a vitamina B6. Quando ocorre deficiência destes dois micronutrientes, o corpo pode aumentar a produção de oxalato. Por isso, valeria a pena também incluir o citrato de magnésio e a vitamina B6. Todos estes agiriam de forma sinérgica, de modo a prevenir o surgimento de cálculos formados por oxalato de cálcio.
Mas Felipe Hadad destaca que essa interação é uma pequena parte de todo um processo que precisa ser estruturado e individualizado, em especial às dosagens de cada mineral e vitamina.

#nutricao #calculorenal #rins #felipehadad #dieta #vitaminas

 

Erros que cometemos com o nosso coração

Maus hábitos que aparentemente são inofensivos podem afetar a saúde do coração e a gente nem sabia.

Estou batendo na tecla de problemas do coração porque na última sexta-feira, 29 de setembro foi o Dia Mundial do Coração. Mesmo não conseguindo postar no dia certo, todo alerta é bem-vindo. O cirurgião cardiovascular, Élcio Pires Júnior, elencou cinco erros que cometemos com o nosso coração e nem percebemos porque, em um primeiro momento, parece não existir nenhuma relação:

  1. Diminuir o consumo de gorduras e aumentar o de carboidratos: ingerir altas quantidades de carboidratos (equivalente a mais de 60% das calorias diárias), encontrados principalmente em pães e arroz, aumenta em até 30% o risco de morte.
    A pesquisa Prospective Urban Rural Epidemiology – PURE, realizada pela Universidade de Hamilton, em Ontário, no Canadá, aponta que o efeito nocivo do excesso de carboidrato está relacionado ao fato dele ser facilmente armazenado como glicose no organismo, aumentando rapidamente seu nível no sangue, o que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e obesidade – dois fatores de risco para doenças cardiovasculares.
  2. Realizar exercícios físicos agitados para aliviar o estresse: engana-se quem pensa que essas atividades mais agressivas e estimulantes como as lutas são a melhor saída, principalmente para quem é estressado e trabalha o dia todo assentado. O ideal é mudar o foco, buscar mais calma e alívio das tensões de maneira mais equilibrada. “A pessoa estressada fabrica adrenalina e cortisol em excesso, o que sobrecarrega o organismo, principalmente o coração, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial e esses exercícios desregulam ainda mais as taxas”, reforça dr. Élcio.
  3. Não utilizar fio dental: resíduos de comida entre os dentes favorece a proliferação de bactérias. Com o tempo, surgem a placa bacteriana e a gengivite, inflamações que podem provocar o acúmulo de gordura em diferentes partes do organismo, inclusive nos vasos do coração. Não basta só escovar, tem que passar o fio dental com frequência.
  4. Não cuidar da postura: ao curvar os ombros e posicionar a barriga para a frente, a pressão sanguínea aumenta. Sentar-se de forma ereta permite que a pressão se mantenha sem alteração.
  5. Não beber água: a desidratação aumenta as chances de sofrer problemas cardíacos. A desidratação engrossa o sangue, aumentando as chances de enfartar. Não beber água pode ser tão prejudicial ao coração quanto fumar ou ser sedentário.

Hidroterapia é ótimo para o coração

Pressão alta é um doença crônica e silenciosa, por isso mesmo, se torna perigosa e pode causar AVC e problemas cardíacos. Hidroterapia é um bom tratamento.

Consumo de bebidas alcoólicas e excessivo de sal, obesidade, sedentarismo, tabagismo, entre outros são alguns fatores que podem levar à hipertensão, doença que teve um aumento de 14,2% nos diagnósticos no Brasil, nos últimos 10 anos, segundo o estudo do Ministério da Saúde (MS). Direta ou indiretamente essa enfermidade está ligada a 50% das mortes causadas por doenças cardiovasculares no país.

A hipertensão é uma doença crônica caracterizada pelo resultado igual ou acima de 140 por 90 quando se mede a pressão arterial em repouso. Essa pressão é a força que o sangue imprime nas paredes das artérias, fazendo com que o coração bata mais forte ao bombear o sangue para todo o corpo. Quando há uma resistência do sangue ao passar pelas veias e artérias o quadro é considerado de pressão alta.

De acordo com o fisioterapeuta Rogério Celso Ferreira, diretor clínico da Fisior Hidroterapia de Belo Horizonte, se não diagnosticada e prescrito o tratamento, a hipertensão pode levar a complicações mais sérias, como AVC, infarto e arritmia cardíaca. “Por isso é recomendado sempre o acompanhamento médico, com o check-up frequente. Além disso, ter uma alimentação saudável e praticar alguma atividade física é fundamental para uma melhor qualidade de vida”, explica Rogério, que alerta as pessoas a procurarem um médico, que poderá diagnosticar e receitar o remédio correto.

Além dos medicamentos, a fisioterapia em água aquecida ou hidroterapia pode ser um complemento ao tratamento para os pacientes que sofrem com a hipertensão. “A fisioterapia aquática consiste em atividades realizadas dentro de uma piscina aquecida e orientadas por um fisioterapeuta. Por serem realizados dentro da água, os exercícios têm baixo impacto para as articulações. Além disso, a temperatura quente da água faz com que a circulação sanguínea seja ativada para levar mais oxigênio para todo o corpo, contribuindo assim para o sistema cardiovascular, melhorando a flexibilidade dos vasos e ajudando também na diminuição do estresse”, explica.

Rogério ressalta que pessoas hipertensas não devem realizar atividade física na água sem supervisão de um fisioterapeuta especialista em hidroterapia. “Alguns exercícios aumentam excessivamente o trabalho cardíaco e, consequentemente, a pressão sanguínea, e podem ocasionar acidentes hemorrágicos graves!”, orienta.