Julgamento de vinho que abalou o mundo

O vinho branco vencedor
O vinho branco vencedor

Degustação de vinhos às cegas sempre surpreende

Recebi este material do meu amigo Lúcio Costa. Li e achei muito interessante, porque coisa muito parecida – salvo as devidas proporções – ocorreu aqui em Belo Horizonte há cerca de três anos. Um grupo de empresários, parceiros da Jornada Solidária Estado de Minas, decidiram fazer um jantar com degustação e leilão de vinhos. O comerciante, professor e sommelier de vinhos, Rodrigo Fonseca, do Taste Vin, fez uma palestra e na sequencia a degustação às cegas, e por várias vezes, os vinhos mais em conta, menos tradicionais podemos dizer, foram escolhidos como os melhores.

Tenho que confessar não entender muito , ou melhor quase nada de vinhos, uma vez que não bebo bebida alcoolica, mas me diverti vendo a reação dos meus amigos quando Rodrigo revelava suas escolhas. Tudo em clima de muita descontração já que ali só estavam amigos e bons apreciadores da bebida. Vejam como foi na França:

“Em 24 de Maio de 1976, uma degustação de vinhos em Paris mudou para sempre a visão do mundo sobre os vinhos da Califórnia. A degustação foi organizada por Steven Spurrier, um inglês comerciante de vinho que era dono de uma loja e de uma escola de vinhos no centro de Paris. Localizada perto dos escritórios da IBM, muitos dos estudantes da L’Academie du Vin eram norte-americanos que trabalhavam na França.

Spurrier ficou intrigado com alguns dos Cabernets e Chardonnays da Califórnia que seus alunos traziam à loja. Curioso para ver como esses recém-chegados se sairiam contra os vinhos franceses feitos a partir do mesmo tipo de uva, ele organizou uma degustação às cegas em comemoração as atividades do Bicentenário Americano em Paris.

Spurrier escolheu os melhores, incluindo o co-proprietário do Domaine de la Romanée-Conti, Aubert de Villaine, e sommeliers de restaurantes três estrelas como Tour d’Argent e Taillevent. Havia apenas uma mulher no júri: Odette Kahn, editora da revista La Revue du Vin de France, a mais famosa publicação francesa do assunto
Spurrier escolheu os melhores, incluindo o co-proprietário do Domaine de la Romanée-Conti, Aubert de Villaine, e sommeliers de restaurantes três estrelas como Tour d’Argent e Taillevent. Havia apenas uma mulher no júri: Odette Kahn, editora da revista La Revue du Vin de France, a mais famosa publicação francesa do assunto

Os jurados franceses escolhidos para o evento tinham credenciais profissionais impecáveis. Foram feitas duas degustações às cegas: a primeira com Chardonnays da mais alta categoria e a segunda com vinhos tintos de Cabernet Sauvignon.

Ele escolheu o melhor da França: Château Mouton-Rothschild como um dos Cabernets, e o Puligny-Montrachet Les Pucelles da Domaine Leflaive’s nos Chardonnays. Ninguém jamais acusou Spurrier de ter sido tendencioso na escolha dos franceses.

A degustação

A degustação aconteceu em um hotel no centro de Paris, foram reunidos 6 dos melhores rótulos de Napa Valley para cada tipologia (branco Chardonnay e tinto Cabernet Sauvignon) e para os Franceses eles escolheu quatro vinhos tintos de Bordeaux e quatro vinhos brancos da Borgonha. Os jurados estavam entre os melhores degustadores da França.

Lacrados e demarcados para a escolha do melhor vinho, a ordem dos vinhos foi entregue ao correspondente da revista TIME em Paris, Sr. George M. Taber. Ele foi o único jornalista que aceitou cobrir o evento (na época Steven, convidou vários jornalistas para o evento, mas todos recusaram).

A surpresa

Os vinhos brancos foram degustados primeiro, o que é uma espécie de regra nas competições de vinho. E o impensável aconteceu. Na categoria de vinhos brancos o Chateau Montelena Chardonnay 1973 da Califórnia havia superado seus homólogos franceses.

Os jurados franceses ficaram muito surpresos. Como poderiam vinhos excepcionais virem de outro lugar que não do legítimo terroir francês?

Segundo relato do jornalista presente, a segunda parte da degustação, com os vinhos tintos foi bem diferente. Os jurados não estavam mais quietos, estavam falantes e pareciam confusos. Os juízes de um lado da mesa diziam ter certeza que tinham provado um vinho francês, enquanto o outro lado jurava que o vinho em questão vinha da Califórnia. Aqueles grandes jurados franceses não conseguiam diferenciar um vinho francês de um norte-americano.

Chegou um ponto em que Christian Vannequé, sommelier do Tour d’Argent, degustou um vinho tinto e disse em seguida: ‘Este é um Mouton ou eu não sei o que estou fazendo aqui’. E de fato ele havia acertado. Acabara de degustar um Mouton Rothschild 1970.

vinho tinto
Garrafas do Stag’s Leap Cabernet Sauvignon em 1973 e atualmente.

As notas da degustação de vinhos tintos foram um pouco estranhas. O júri estava dando notas ou muito altas ou muito baixas dependendo da certeza que tinham sobre a origem do vinho.

Quando Spurrier anunciou os resultados da degustação dos tintos, a Califórnia mais uma vez saiu vencedora, o Stag’s Leap Wine Cellars Cabernet Sauvignon 1973 – a primeira safra produzida com uvas provenientes de vinhas com apenas três anos de idade – foi julgado o melhor. O Cabernet havia superado quatro Bordeaux topo de ranking, incluindo Premier Crus como Château Mouton-Rothschild e Château Haut-Brion.

Tanto na competição de brancos como na de tintos, o Napa Valley ficou com o primeiro lugar. E este foi o Julgamento de Paris.

A degustação de Paris de 1976, ou Julgamento de Paris, como ficou conhecido, teve um efeito revolucionário, ‘como um tiro vínico ouvido em todo o mundo’.

– Barbara Ensrud, Wall Street Journal

No dia 24 de maio de 2006, jurados europeus e americanos, simultaneamente em Napa e em Londres, degustaram exatamente os mesmos vinhos de 30 anos antes. O resultado foi a vitória ainda maior da Califórnia: os cinco vinhos mais bem pontuados eram de Napa. Os vinhos californianos conseguiram passar pelo teste do tempo. Mais uma vez, foi o Julgamento de Paris”.

Os vinhos degustados em 1976 e suas respectivas pontuações:

Vinhos Brancos:

  • Chateau Montelena 1973, Napa Valley/Calistoga (132)
  • Meursault-Charmes 1973, Roulot (126.5)
  • Chalone Vineyards 1974, Monterey County/Soledad (121)
  • Spring Mountain 1973, Napa Valley/Spring Mountain (104)
  • Beaune Clos des Mouches 1973, Joseph Drouhin (101)
  • Freemark Abbey 1972, Napa Valley/Rutherford (100)
  • Batard-Montrachet 1973, Ramonet-Prudhon (94)
  • Puligny-Montrachet 1972, Les Pucelles, Domaine Leflaive (89)
  • Veedercrest 1972, Napa Valley/Mt. Veeder (88)
  • David Bruce 1973, Santa Cruz Mts. (42)

Vinhos Tintos:

  • Stag’s Leap Wine Cellars 1973, Napa Valley (127.5)
  • Château Mouton-Rothschild 1970 (126)
  • Château Haut-Brion 1970 (125.5)
  • Château Montrose 1970 (122)
  • Ridge Cabernet Sauvignon ’Mountain Range’ (Montebello) 1971, Santa Cruz Mts. (105.5)
  • Château Leoville-Las-Cases 1971 (97)
  • Mayacamas 1971, Napa Valley/Mayacamas Mts. (89.5)
  • Clos Du Val 1972, Napa Valley (87.5)
  • Heitz Cellars ’Martha’s Vineyard’ 1970, Napa Valley/St. Helena (84.5)
  • Freemark Abbey 1969, Napa Valley/Rutherford (78)

Isabela Teixeira da Costa

Cheesecake de frutas vermelhas

unnamedO cheesecake é uma sobremesa americana tradicional que conquistou os brasileiros por ser leve e não muito doce. É resultado de um equilíbrio perfeito entre o neutro creme de queijo, que é o recheio, a geleia da cobertura e a base, preparada com bolachas. O Estúdio Gastronômico Luna Garcia criou uma receita que publico hoje.

Cheesecake de frutas vermelhas

Ingredientes
300g de cream cheese
300g de creme de leite fresco
1 colher de sopa de açúcar refinado
1/2 xícara de açúcar refinado
1 colher de sopa de essência de baunilha
1/2 caixinha de pudim sabor baunilha ou 200g de creme de confeiteiro
1/2 pacotinho de gelatina sem sabor
1 pacote de biscoito maisena
100g de manteiga ou margarina

Modo de preparo: Triture o biscoito no liquidificador, passe para uma vasilha e coloque a manteiga. Misture bem até virar uma farofa. Forre o fundo de uma forma e leve para assar em forno pré-aquecido a 180° graus por 10 minutos. Prepare o pudim conforme instruções da caixa e deixe esfriando. Na batedeira, bata o creme de leite fresco, com a ½ colher de sopa de açúcar em ponto de chantilly mole e reserve. Na batedeira, também bata o cream cheese com a 1/2 xícara de açúcar e a essência de baunilha, até virar um creme. Acrescente a gelatina hidratada e derretida, em seguida coloque o pudim ou o creme de confeiteiro e bata tudo até virar uma mistura homogênea. Despeje o chantilly e misture delicadamente até misturar bem. Coloque esse creme na forma e leve à geladeira. Desenforme e sirva gelado com a geleia de morango.

Ingredientes para geleia de morango
1 caixinha de morango
1 caixinha de framboesa
1 caixinha de mirtilo
1 xicara de açúcar
2 limões
1 xícara de cachaça

Modo de preparo: Em uma panela coloque o morango, a framboesa, o mirtilo, o açúcar e a cachaça. Quando o morango estiver quase todo dissolvido, acrescente o suco do limão, mexa um pouco e desligue o fogo. Passe essa geleia em uma peneira para ficar lisinha.

ITC

Arraiá light

Para quem gosta das comidas de festa junina mas não consegue enfiar o pé na jaca e se esbaldar, esquecendo um pouco do excesso de calorias, seguem algumas receitas das delícias juninas que dão água na boca, feitas com produtos Lowçucar e Magro. Assim, será possível comer sem culpa.

Cuca1CUCA DE AMENDOIM LIGHT

Ingredientes:
Farofa:
1 colher de sopa de açúcar light Magro (12g)
½ xícara de chá de margarina culinária (75g)
¼ xícara de chá de amendoim torrado e moído (35g)
Massa:
¾ xícara de chá de água morna (150ml)
2 tabletes de fermento biológico fresco (30g)
3 colheres de sopa de margarina culinária (60g)
2 colheres de sopa de leite em pó (15g)
1 colher de sopa de açúcar light Magro (12g)
1 pitada de sal 5 ½ xícaras de chá de farinha de trigo (600g)
2 ovos (100g)
Recheio:
1 embalagem de doce de leite Lowçugar zero açúcar (200g)
½ xícara de chá de amendoim torrado e moído (70g)
Modo de preparo:
Farofa: Misture todos os ingredientes e reserve. Massa: Em um recipiente dissolva o fermento na água, adicione o restante dos ingredientes, exceto a farinha e misture bem. Acrescente a farinha aos poucos, deixe a massa descansar por aproximadamente 15 minutos e cubra com um filme plástico. Recheio: Misture os ingredientes e reserve. Montagem: Após a massa crescer, separe em bolinhas e coloque uma perto da outra em uma forma untada com margarina. Deixe crescer novamente, em seguida faça cortes com um estilete em cada bolinha, preencha com o recheio e cubra com a farofa. Leve ao forno pré-aquecido à 180ºC por aproximadamente 40 minutos.

Rendimento: 21 porções de 65g com 199 kcal cada.

arrozdoce.jpgARROZ DOCE COM CAPPUCCINO (zero açúcar)

Ingredientes:
1½ litro de leite desnatado
1 xícara de chá de arroz lavado e escorrido
1 embalagem de Pó para preparo de sobremesa sabor leite condensado Lowçugar  zero açúcar (220g)
2 colheres de sopa de cappuccino Magro goumet (30g)
1 embalagem de creme de leite light (200g)
Modo de preparo:
Prepare o leite condensado seguindo as instruções da embalagem. Reserve. Em um recipiente fundo, coloque o arroz, o leite e deixe descansar por 30 minutos. Em seguida transfira para uma panela e cozinhe em fogo baixo, mexendo por aproximadamente 50 minutos ou até ficar macio. No final do cozimento a preparação deve estar cremosa. Adicione o leite condensado, o cappuccino, mexa e deixe por aproximadamente 10 minutos ou até que o arroz esteja macio. Em seguida coloque em um refratário e sirva quente ou gelado.

Rendimento: 27 porções de 60g com 87 kcal cada.
pipoca1PIPOCA DOCE (zero açúcar)

Ingredientes:
1 xícara de chá de milho de pipoca (140g)
1 xícara de chá de frutose Lowçucar (120g)
3 colheres de sopa de achocolatado new choco Lowçucar diet (30g)
5 colheres de sopa de água (50 ml)
4 colheres de sopa de óleo de soja (32g)
Modo de preparo:
Em uma panela, coloque o óleo, o milho de pipoca, tampe e deixe estourar. Reserve. Em outra panela grande, adicione a frutose, a água, o achocolatado, misture bem e deixe ferver até borbulhar. Adicione as pipocas reservadas, misturando bem por aproximadamente um minuto em fogo baixo. Desligue o fogo e continue mexendo até que fiquem uniformes.

Rendimento: 12 porções de 31g com 106,7 kcal cada

cocada.jpgCOCADA CREMOSA (zero açúcar)

Ingredientes:
1 embalagem de Pó para preparo de sobremesa sabor leite condensado Lowçucar zero adição de açúcares (220g)
1¼ xícara de chá de coco em flocos sem adição de açúcar (90g)
1 colher de sopa de farinha de trigo (10g)
1 xícara de chá de leite desnatado (200ml)
1 colher de sopa de leite em pó desnatado (8g)
3 gemas peneiradas (45g)
1 colher de sopa de margarina culinária (20g)
½ embalagem de creme de leite light (100g)
Canela em pau a gosto
Modo de preparo:
Prepare o leite condensado conforme as instruções da embalagem. Coloque em uma panela juntamente com o restante dos ingredientes, exceto o creme de leite, misture bem e leve ao fogo brando mexendo sempre até adquirir consistência. Retire do fogo, adicione o creme de leite e misture bem. Coloque em um refratário ou divida em taças. Sirva gelado.

Rendimento: 8 porções de 40g com 180 Kcal cada

ITC

Ossobuco com Polenta

Ragu de Ossobuco com Polenta / CampCarne Divulgação
Ragu de Ossobuco com Polenta / CampCarne Divulgação

Ragu de Ossobuco com Polenta

Quando o frio chega queremos comer pratos mais quentes. Uma ótima opção é uma boa polenta com ragu de ossobuco. É de dar água na boca esse prato de origem italiana.

Ingredientes da Carne:

2 peças de ossobuco

2 cebolas pequenas picadas

2 dentes de alho

1 cenoura média picada

vidro de passata de tomates

2 talos de salsão (aipo) picados

1 litro de água

2 taças de vinho tinto seco

Pimenta-do-reino, sal e azeite a gosto

Ingredientes da Polenta:

2 litros de água

2 colheres de sopa de manteiga

400g de fubá

1 colher de sopa de sal

Modo de Preparo do Ragu:

Aqueça um fio de azeite em uma panela de pressão, sele a carne e reserve. Na mesma panela refogue o alho, a cebola e, em seguida, os vegetais picados. Adicione então as carnes e o vinho, a passata e a água. Esse molho deve cobrir a carne. Caso não cubra, você pode colocar mais água. Feche a panela e deixe cozinhar por 50 minutos depois que a panela pegar pressão. Retire a carne, desfie-a e volte ao molho. Os ossos serão descartados, porém, antes, lembre-se de retirar o tutano de dentro deles e misture-o à carne. Corrija o tempero com sal e pimenta-do-reino a gosto.

Modo de Preparo da Polenta:

Leve a água ao fogo acrescentando sal e manteiga. Depois que a água começar a ferver coloque o fubá e mexa para não empelotar. Deixe cozinhar até atingir o ponto mole.

Receita enviada pela CampCarne

ITC

Broa com goiabada

broaBroa de fubá com queijo e calda de goiabada

Estou morando em Anagé, sertão da Bahia há menos de um mês. A cidade aqui é muito pequena, com apenas 25 mil habitantes contabilizando toda a zona rural e urbana. A cidade conta com apenas alguns mercadinhos que vendem o básico, há apenas uma padaria, que nem pão de sal tem, queijo minas ou branco então, nem se conhece, aqui se encontra apenas queijo muçarela, um grande pesar para os mineiros como eu.

A culinária da Bahia, principalmente do sertão, é muito mais pesada que a de Minas Gerais, e minha colega de quarto, também mineira, tem tido certa dificuldade de adaptar seu paladar. Sendo assim, o jeito tem sido improvisar na culinária do dia a dia.

Como chefe de cozinha e uma boa mineira, sou muito requisitada para fazer alguns quitutes mineiros. Fiz recentemente, para um encontro da igreja na casa de um casal, uma broa de fubá com queijo, goiabada e calda cremosa de goiabada.

Os anageenses adoraram! E olha que tive que fazer com queijo tipo muçarela, fiquei devendo a verdadeira broa para quando tiver acesso a um queijo mineiro de verdade.

Mas para vocês que têm acesso a esse queijo delicioso, que eu tanto sinto falta, segue a receita que dá água na boca:

Ingredientes:

Massa

1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de fubá cremoso
1 xícara de açúcar
3 ovos
1 copo de leite
1 copo de iogurte natural
1 copo de queijo minas ralado
150g de goiabada em pedaços
1 colher de chá de fermento

Calda

200g de goiabada
1 xícara de água
5 colheres de sobremesa de açúcar

Modo de fazer

Coloque todos os ingredientes no liquidificador – menos a goiabada e o fermento – e bata cerca de 5 minutos até ficar homogêneo. Por último, acrescente o fermento e misture lentamente com uma colher. Unte a forma com manteiga e polvilhe com fubá, coloque a massa na forma e adicione a goiabada em pedaços por cima, leve ao forno pré-aquecido a 180 graus, por 40 minutos.

Para a calda, coloque em uma panela todos os ingredientes em fogo médio e misture, por cerca de 15 minutos aproximadamente, até a goiabada dissolver com a água e o açúcar.

Coloque a calda sobre a broa e sirva com um café.

Mariele Amorim

Cuscuz de tapioca

CuscuztapiocaHoje vou dar uma receita que recebi da  SupraSoy, alimento de soja sem lactose. O melhor é que não altera em nada o sabor final. Experimente.

Ingredientes
Calda:
1 xícara de chá de SupraSoy sem lactose original (130g)
½ xícara de chá de açúcar (80g)
Cuscuz de Tapioca:
½ xícara de chá de leite de coco (100ml)
¼ de xícara de chá de SupraSoy sem lactose original (32g)
2 colheres de sopa de açúcar (24g)
1 xícara de chá de tapioca granulada (160g)
¼ de xícara de chá de coco ralado (15g)
Coco fresco para decorar

Modo de preparo
Para a calda: coloque no liquidificador o SupraSoy, o açúcar, ½ xícara de chá de água fervente e bata por um minuto. Passe para uma molheira e leve à geladeira até a hora de servir.
Para o cuscuz de tapioca: em uma panela, misture o leite de coco, o SupraSoy, o açúcar e um xícara de chá de água (200ml). Leve ao fogo médio até levantar fervura, despeje sobre a tapioca granulada e deixe-a hidratando por 30 minutos. Junte o coco ralado, misture e coloque em uma assadeira pequena (18 x 28cm), apertando bem com as costas de uma colher. Polvilhe com o coco fresco, corte em quadrados e sirva com a calda gelada.
Dica: Se preferir, sirva o cuscuz de tapioca com leite de coco adoçado.

ITC

A gastronomia vai além da cozinha

Gleice /MasterChef/Reprodução
Gleice /MasterChef/Reprodução

Gosto muito de assistir programas de culinária. Sempre que posso estou ligada. Um deles é o MasterChef.

O programa começou no Reino Unido, mas era o da Austrália que passava na TV. Gostei e continuei seguindo a franquia dos outros países.
Acompanhei quando começou o do Brasil. Estranhei um pouco a postura rígida dos jurados e o tratamento agressivo por parte deles com os participantes – nos outros programas eles são mais delicados –, mesmo assim continuei assistindo. Fui entendendo, vendo que em alguns momentos são até carinhosos.
Este ano, começou a terceira edição. Entre os participantes entrou uma menina tímida, com uma história de vida sofrida, a Gleice: na semana da seleção tinha perdido um irmão assassinado.
Foi bonito ver sua trajetória, não por ela cozinhar muito bem, mas pelo seu crescimento pessoal. O chef Henrique Fogaça mostrou à caçula da turma como ter mais confiança em si mesma com um gesto de bater no peito e dizer: “vem ne mim”. O que ela repetia a cada prova.
No dia 4 de maio, Gleice ficou entre as piores junto com a participante Gabriella Palinkas. Gleice sempre foi uma das mais frágeis. Gabriella, por outro lado, era um exemplo. Organizada, disciplinada e perfeccionista. Em uma prova de macarons foi eliminada. A prova pedia macarons de três cores diferentes, Gabriella apresentou apenas uma, mas saborosa. Gleice, as três, porém incomíveis. Para os jurados a tarefa não foi cumprida por Gabriella e foi eliminada.
A decisão causou polêmica nas redes sociais. Os telespectadores ficaram indignados e acusaram os jurados de protecionismo por causa da história de vida de Gleice.

Sanduiche vencedor Foto Band/Reprodução
Sanduiche vencedor Foto Band/Reprodução

O fato é que ela ficou, mas na última terça-feira, 24, foi eliminada por causa de um sanduiche. Foi, sem dúvida nenhuma, uma noite cheia de emoção. Todos choraram: jurados e participantes, exceto a eliminada Gleice que, apesar de emocionada, estava sorrindo, feliz, dizendo a todos que o programa salvou sua vida, se referindo ao momento de vida que estava passando.
“Foi um aprendizado, uma escola, eu só tenho a agradecer. Independente da competição, eu precisava disso. Saio daqui outra pessoa. Eu só tenho que levar daqui coisas boas, o programa realmente me fez crescer. Eu estou saindo feliz, porque coloquei minha alma”, declarou Gleice emocionada.
O fim do episódio foi muito emocionante e, com certeza, deve ter tocado também muito dos telespectadores, apesar de a eliminação ter sido justa. Isso mostra que a gastronomia ensina muito mais do que cozinhar.

MasterChef Brasil
Terça-feira, 22h30, Band
Sexta-feira, 19h30, Discovery Home & Health

Isabela Teixeira da Costa

Torta de ragu de carne com café

Ragu de Carne Foto Melitta/Divulgação
Ragu de Carne Foto Melitta/Divulgação

Recebi uma receita bem surpreendente, um prato com ingredientes bem conhecidos pelos brasileiros, simples de preparar, porém com um sabor diferente. Uma torta de ragu de carne que leva café tanto na massa quanto no recheio, criada pelo café Melitta. O preparo é fácil, rende seis porções. Para quem gosta de café e de novidades, ótima pedida, porque a receita proporciona o máximo prazer do café. Mas, para aqueles que preferem a bebida como acompanhamento, no final da receita damos a sugestão de substituição.

Ingredientes para a massa

4 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 gema
½ xícara (100ml) de café coado, bem concentrado, preparado com 2 colheres de sopa de café
2 ½ xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar
1 colher de chá de fermento em pó

Ingredientes para o recheio

300g de carne picada bem miudinho (alcatra ou coxão mole)
200g de linguiça defumada picada bem miudinho
1 xícara de cenoura picada em cubinhos
1 xícara de milho verde
1 ovo cozido duro, picado
100g de queijo minas fresco picado
1 cebola picada bem miudinho
1 xícara (200ml) de polpa de tomate
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 xícara (200ml) de café coado, preparado com 3 colheres de sopa de café

Preparo da massa

Misture bem a gema com o café e a manteiga amolecida. Adicione a farinha, aos poucos, até obter uma massa homogênea. Abra 2/3 da massa com um rolo, deixando-a bem fininha, e disponha sobre uma travessa retangular média* (de porcelana ou vidro). Abra o restante da massa e corte tiras finas (aproximadamente 0,5 cm). Reserve.

Preparo do recheio

Em uma frigideira grande e funda, refogue a cebola com a linguiça, até começar a dourar. Acrescente a carne picada para refogar, mexendo sempre, até dourar. Adicione a cenoura picada e continue mexendo. Quando começar a grudar no fundo da frigideira, acrescente a farinha de trigo, misture bem e adicione a polpa de tomate. Por último, acrescente o milho verde e o café coado, mexendo bem para misturar tudo e formar um caldo bem encorpado. Tempere com sal e pimenta a gosto, retire do fogo, deixe esfriar um pouco e adicione o queijo e o ovo.

Finalização da receita

Despeje o recheio sobre a massa na travessa, espalhando-o uniformemente. Cubra com as tiras de massa. Corte o excesso de massa com uma faca e descarte. Leve ao forno pré-aquecido a 180C por 20 a 30 minutos ou até aquecer o recheio e assar a parte de cima da massa. Sirva quente.

Rendimento: 6 porções
Tempo de preparo: 2h20

Substituição do café:

Na massa:  substituir o café por água na mesma medida
No recheio: substituir o café pelo vinho branco. Sugestão: o Malbec combina muito com esse tipo de recheio.

Dica: Normalmente, quando faço qualquer tipo de torta salgada, antes de colocar o recheio, pré asso a massa. Dou pequenos furos de garfo na massa, coloco grãos de feijão cru em um papel alumínio e ponho sobre a massa. Levo ao forno por alguns minutos. O feijão é para pesar e não dar bolhas na massa.

Banana marinada

bananamarinadaA dica de hoje foi dada pela decoradora Sandra Penna que adora cozinhar e é uma craque na arte da boa comida. Trata-se de uma sobremesa rápida, prática e deliciosa que ela aprendeu com o chef catalão Ferran Adrià.

Banana marinada em calda de açúcar com limão

4 colheres de sopa de água

6 colheres de sopa de açúcar

Sandra Pena. Foto Jacob Máximo
Sandra Pena. Foto Jacob Máximo

1 limão galego

4 bananas

Modo de fazer:

Leve ao fogo a água com o açúcar e deixe esquentar até o açúcar derreter. Não precisa ferver, nem engrossar, é apenas para esquentar até ficar uma calda clara. Pegue o limão galego e raspe toda a casca dele na calda, com o fogo ainda ligado. Não deixe chegar na parte branca porque isso dá amargor. Deixe esfriar. Depois de fria, esprema o limão na calda. Corte as bananas em rodelas e mergulhe na calda fria. Deixe marinar por uma hora.

Pode servir pura ou com uma bola de sorvete.

ITC

Bolo Red Velvet

redvelvet1Sempre tive muita curiosidade de comer um bolo Red Velvet (veludo vermelho).

Nunca tinha visto um pessoalmente, só nos programas de TV, e sua cor sempre me atraiu enchendo minha boca d’água. Começei a procurar receitas boas, mas não encontrava, nem tão pouco um lugar em Belo Horizonte que vendesse o tal bolo. O red velvet não é um bolo vermelho qualquer, mas um bolo leve, aerado e úmido. Depois de muito procurar encontrei no Quitand’arte, na Savassi. Comi! Posso afirmar que é muito bom, mas não tanto quanto esperava. Quando sonhamos muito, a expectativa fica alta demais. Pouco tempo depois, encontrei esta receita. Vale a pena tentar.
Pode escolher qualquer uma das coberturas abaixo para rechear e cobrir o bolo.

Red Velvet Cake

Ingredientes: 3 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo, 2 xícaras (chá) de açúcar, 1 ¼ xícaras (chá) de manteiga, 1 ½ xícaras (chá) de Buttermilk (Veja receita abaixo), 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio, 3 colheres (sopa) de chocolate em pó. 2 colheres (sopa) de corante em gel vermelho, 1 colher (sopa) de essência de baunilha, 3 ovos, 30ml de vinagre de vinho branco, 1 pitada de sal.
Modo de Preparo: Peneire a farinha de trigo, o sal e o bicarbonato. Reserve. Em separado, misture o chocolate em pó, a essência e o corante. Reserve. Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo. Acrescente aos poucos os ovos. Adicione a mistura de chocolate reservada e bata até obter completa homogeneização da massa. Retire da batedeira, e acrescente aos poucos, intercalando os outros ingredientes secos reservados, o Buttermilk, o vinagre e misture bem com o auxílio de uma colher de pau. Coloque a mistura na forma ou formas e leve para assar por aproximadamente 40 minutos. Para um bolo veludo vermelho de andar, prepare duas formas (quadradas ou redondas) sendo uma de 14 e outra de 20 cm forrando o fundo das formas com papel manteiga. Não unte a forma. Para um bolo veludo vermelho redondo simples, poderá utilizar duas formas de 20 cm de diâmetro.

Buttermilk: 360 ml de leite, 2 colheres (sopa) de vinagre branco. Misture bem os dois ingredientes. Deixe descansar por no mínimo 10 minutos.

Cobertura Cream Cheese (1ªOpção)

Ingredientes: ¾ xícara (chá) de cream cheese (queijo cremoso), 2 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro, 3 colheres (sopa) de manteiga sem sal, essência ou uma fava de baunilha raspada.
Modo de Preparo: Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até obter uma “farofa”. Acrescente o cream cheese, a essência e bata somente o suficiente para obter um creme, não bata muito.

Cobertura Cream Cheese (2ªOpção)

Ingredientes: 150g de cream cheese (1 pote), 50g de manteiga sem sal, 300g de açúcar de confeiteiro, 100g de chocolate branco, derretido e frio, 1 colher (sobremesa) de essência de baunilha.
Modo de Preparo: Na batedeira, velocidade alta, bata a manteiga e o cream cheese até que estejam homogêneos. Acrescente a essência, o chocolate e torne a bater o suficiente para misturá-los bem. Em velocidade média, acrescente o açúcar aos poucos e bata até obter uma mistura fofa e leve. Aproximadamente 6 minutos. Leve a cobertura para a geladeira por no mínimo 20 minutos e depois utilize.

Dicas

Note que além do Buttermilk, também utilizamos vinagre na massa. A consistência maravilhosa da massa é devido ao vinagre. A versão industrializada do Buttermilk, não há aqui no Brasil, por isso, é apresentado aqui como obtê-lo.
A manteiga (sem sal), o cream cheese e os ovos devem estar em temperatura ambiente.
Se for rechear o bolo, o ideal é fazer a massa em um dia e finalizar o bolo no dia seguinte. Isso para que massa não esfarele tanto, por ser fofa, ao espalhar o recheio. A cobertura também poderá ser utilizada como recheio com frutas picadas.
Validade da receita: 48 horas fora da geladeira ou 3 dias na geladeira.

Quitand’arte: R. Antônio de Albuquerque, 369 – Savassi

ITC