Programas de culinária são muito bons

cozinheiros
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Realities de culinária são boa opção na TV e surpreendem.

Gosto muito de assistir programas culinários na TV. Acompanho quase todos que posso: Master Chef, Cozinheiros em Ação, Cozinha Prática com Rita Lobo, Tempero de Família, Duelo dos cozinheiros, etc. Até mesmo o Que marravilha, chefinhos.

Na quinta-feira passada terminou a temporada 2016 de Cozinheiros em Ação. Quem ganhou foi uma cozinheira doméstica chamada Penha. Amei. Ela é simples, na dela, nunca afrontou ninguém, muito antes pelo contrário, foi menosprezada por outra concorrente logo no início da temporada.

Desta vez, o formato do programa foi completamente diferente. O público convidado era um dos jurados, e os cozinheiros tinham que vender o seu prato, e vender bem, porque o prato mais pedido garantia um ponto. Penha começou muito tímida, e sempre que tinha que vender o prato seu grupo recebia o menor número de pedidos. No final do programa, já estava dominando a arte de vender o seu peixe.

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Penha foi para a semifinal com um único prato pedido, porém ganhou por melhor sabor tanto do público quanto do especialista. Ela é realmente boa no que faz. Não sei se gostei muito deste novo formato, mas foi interessante ver o trio Ruth, Anne e Penha seguirem juntas e imbatíveis até a semifinal do programa. O ideal seria que Ruth tivesse disputado a final com Penha, mas infelizmente não conseguiu. Regras são regras e apesar do prato de seleção que fez ter ficado infinitamente melhor que o da Anne, ela não flambou, o que era obrigatório. Até o Olivier não conseguiu esconder a decepção.

Nos programas que mostram crianças cozinhando, fico impressionada com o que elas conseguem fazer, é inacreditável. Acho que se eu fosse cozinhar com 10 anos de idade ficaria sem um braço ou colocaria fogo na minha casa. Pelo menos, desde que sou pequena sempre escutava que criança não podia chegar perto do fogão porque poderia se queimar, não podia pegar em faca, porque poderia se cortar. Obedecia. E foi assim que criei minha filha.

Deveria ter quebrado as regras e desobedecido, se não eu mesma, pelo menos com a minha filha e ensinado ela a cozinhar desde cedo. Não fiz isso e ela teve que se virar depois de adulta. Ensinei poucas coisas, mas aprendeu muitas. Faz bolos deliciosos.

Nesta semana, no programa de Claude Troisgros onde uma criança tem que reproduzir um de suas receitas foi uma menina linda, ruiva, que fez um penne com robalo. Terminou mais de oito minutos antes do tempo, não errou nada e ainda colocou um pepino grelhado como elemento extra que deu crocância no prato. Levou a superestrela.

O programa da Rita Lobo é pra gente aprender muitas receitas bacanas. Tenho que confessar que nunca fiz nenhuma, mas amo assistir. É leve, gostoso, divertido e ela dá muitas dicas boas.

Isabela Teixeira da Costa

Médicos displicentes e secretárias autoritárias

medicoidoso1Médicos que não dão retornos e secretárias que acham que são chefes: isso é problema.

Cuidar de idoso é uma coisa delicada. O idoso é delicado. Está tudo bem e de repente, uma coisinha à toa desestabiliza a pessoa e ela baqueia muito, e o médico precisa ter atenção redobrada e qualquer descuido pode ser fatal.

Experiências não faltam já que estou com uma mãe que fará 90 anos no próximo dia 5. Certa vez, ela teve uma embolia pulmonar, foi internada e só se salvou porque o Dr. Samuel Vianney da Cunha Pereira ficou na sua cabeceira 24 horas, cuidando e monitorando seu quadro, porque sabia que ela não suportaria ir para uma UTI. Uma dedicação como essa a gente não esquece. Ela ficou mais tempo internada, mas saiu inteira.

Tem um caso que vou me dar o direito de não citar os envolvidos. Uma idosa, que sofre de Mal de Alzheimer, estava dormindo muito e a família decidiu que deveria rever isso. Como ela também tomava antidepressivo há muitos anos, pensaram que poderia ser isso. Enfim, foi indicado um outro médico para eles, que mexeu na medicação da senhora.

Não deu outra, ela ficou totalmente desestabilizada. Um dos filhos ligou para ele e a secretária do médico não transferiu a ligação porque ele estava atendendo. Até aí, tudo bem. Porém, não satisfeita, começou a discutir a medicação e o caso, como se ela fosse médica, e ainda questionou dizendo “estou aqui há muitos anos, entendo do que estou falando”, e continuou discutindo sobre base de medicamentos.

Foi deixado o recado para o médico retornar a ligação, já que a idosa estava completamente desestabilizada, fugindo de casa, sem conhecer ninguém, com medo de tudo. Sintomas que ela nunca havia sentido antes. O médico só retornou cinco dias depois. Fico me perguntando como um médico que é especialista em trabalhar com idosos, fica sabendo que um deles não está bem e demora uma semana para retornar.

secretariaClaro que a família procurou outro médico para acudir a mãe. Quando o referido médico ligou, falaram tudo o que estava engasgado, agradeceram a falta de atenção e cuidado, e desligaram o telefone. Porém, só depois de fazer a referida reclamação da secretária que acha que tem diploma médico por osmose.

O que mais existe é secretária que se acha. Não sei se pensam que seu trabalho é inferior e esse “complexo de inferioridade” provoca uma postura de poder absoluto sobre o chefe. Se a gente não falar tudo para elas, simplesmente não conseguimos falar com quem queremos. Algumas, depois que falamos tudo, ela é quem leva o caso para seu chefe e nos dá a resposta. É um verdadeiro muro blindado. O que é um grande problema, pois precisamos de acesso aos chefes para dar andamento a N coisas importantes.

Outras secretárias, que eu chamo de verdadeiramente profissionais, são maravilhosas, só ajudam. Sabem fazer uma imagem positiva do chefe. São simpáticas e mesmo que o chefe peça para barrarem as pessoas, elas fazem isso com tanta classe que não deixam transparecer.

Tudo é uma questão de ser um bom profissional, seja em qual profissão for.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com olhos amarelados

hepatiteOs olhos dizem muito mais sobre uma pessoa do que a gente costuma perceber.

O oftalmologista pode acabar direcionando o paciente a um médico de outra especialidade quando percebe alterações nos olhos que nada têm a ver com miopia, astigmatismo ou hipermetropia.

Quando os olhos estão amarelados, o que pode ser? De acordo com Renato Neves, oftalmologista do Eye Care Hospital de Olhos de São Paulo, quando a parte branca dos olhos está amarelada, geralmente indica icterícia – e costuma afetar a cor da pele também. “Níveis excessivos de bilirrubina no sangue podem ser percebidos por esse tom amarelado na pele e na esclera. Mas é importante associar essa informação com a idade do paciente, já que as causas diferem entre recém-nascidos, crianças e adultos”.

Neves explica que a esclera – parte branca que circunda a íris e protege toda a estrutura ocular interna – nos recém-nascidos é bastante comum estar amarelada. A icterícia, nessa fase, está relacionada com o fato de o fígado ainda não estar maduro o suficiente.

Além de olhos e pele amarelada, os pais podem perceber falta de energia, irritabilidade, febre e dificuldade na amamentação. Mas é preciso o monitoramento especializado de um pediatra, já que algumas causas – ainda que menos frequentes – incluem incompatibilidade sanguínea (quando mãe e bebê têm tipos sanguíneos diferentes entre si), infecções e inclusive hemorragias internas.

Na opinião do oftalmologista, quando o paciente que apresenta olhos amarelados é uma criança maiorzinha ou um adulto, isso é mais preocupante – justamente por não ser tão comum.

“Quem consome muitos alimentos de cor amarela e alaranjada, ricos em betacaroteno, pode até ficar com a pele mais dourada ou amarelada, mas a esclera deve continuar branca. O betacaroteno presente em cenoura, mamão, batata doce, abóbora, pimentões, laranja, damascos e melão, entre outros, faz muito bem à visão. Trata-se de uma substância que é convertida em vitamina A (retinol), protegendo tanto a córnea quanto as estruturas internas do olho. Também tem ação eficaz contra o ressecamento dos olhos e algumas conjuntivites inflamatórias, além de contribuir para a prevenção da catarata quando combinada com outros antioxidantes. Com tantos benefícios, quem apresenta olhos amarelados não deve atribuir ao consumo elevado de alimentos ricos em betacaroteno – porque não têm condições de alterar o branco dos olhos”, explica Renato.

Durante um checkup ocular, quando o especialista diagnostica alteração na cor da esclera, encaminha o paciente imediatamente para um clínico geral. “Em adultos, o problema pode estar relacionado a alguma doença do fígado – como inflamação ou infecção aguda –, a alguma doença que esteja provocando aumento na produção de bilirrubina – como alguns tipos de anemia – ou ainda uma icterícia obstrutiva. Até mesmo a malária causa essa mudança na coloração da parte branca dos olhos”, diz Neves. Por isso, fique atento ao ‘branco dos olhos’.

Salvar

Cuidado para não ser demitido do emprego

perderempregoEm época de vacas magras, todo cuidado é pouco para não perder o emprego.

Apesar de já pairar no ar um clima de otimismo, e vermos alguns pequenos sinais de que alguma coisa vai melhorar, ainda estamos em crise, e que crise. Já citei aqui, diversas vezes a estatística do desemprego divulgada pelo IBGE, apontando que são mais de 11 milhões de pessoas em todo o país.

Por isso, quem está empregado deve ficar atento a alguns detalhes que podem levar a uma demissão. Guilherme Maynard, diretor da Prepara Cursos, rede de cursos profissionalizantes, comenta algumas atitudes que influenciam negativamente a imagem de um profissional dentro da empresa. Fique atento e evite fazer essas coisas, caso queira permanecer no emprego. Porém, se não estiver satisfeito e quiser sair, o melhor é pedir demissão e partir para outra, em vez de ficar catimbando e falando mal da empresa.

Chegar atrasado: claro que existem os imprevistos e, se isso for esporádico não será um empecilho no seu caminho, mas quando se torna rotina, prepare-se para um feedback negativo. “Quando ocorrer alguma eventualidade, informe o seu chefe. Às vezes, não é o atraso que o irrita, mas sim a sua falta de comprometimento”, afirma Maynard.

Guilherme Maynard / Divulgação
Guilherme Maynard / Divulgação

Mau relacionamento com os colegas: ´Equipe unida jamais será vencida´, já diz o ditado. Os gestores buscam funcionários que sejam flexíveis e consigam se relacionar bem com as pessoas. “Tente não se envolver em intrigas, seja positivo e ajude os colegas sempre que possível. Esse tipo de comportamento é extremamente bem visto e pode levar a uma futura promoção”, comenta Guilherme.

Falta de qualidade nas entregas: É comum queda de rendimento quando já não está satisfeito com seu trabalho. Este sentimento impacta na qualidade de entrega do serviço. “Quando estamos à frente de um projeto é necessário ter dedicação total. Quando é feito de qualquer maneira, o prejudicado será você mesmo. O produto final é o espelho do seu empenho e, se você não se entrega completamente, pode se preparar para entregar currículos”, comenta.

      Cometer sempre os mesmos erros: uma das competências mais importantes para qualquer profissional é saber aprender com o que deu errado. “Se você receber uma bronca, não leve para o lado pessoal. O superior tem a missão de te orientar quando perceber que você não está indo bem em determinada tarefa. Mostre que o escutou e tente melhorar a habilidade. Saiba ouvir e não repita os mesmos erros que te fizeram ganhar o sermão”, comenta Maynard.

      Reclamar da empresa: Falar mal do local onde trabalha é um hábito comum, porém prejudicial. Não cometa este erro. Reclamar frequentemente do salário, do chefe, ou do cargo e sempre enxergar as coisas de forma negativa será prejudicial para a sua carreira. “As notícias ruins são as primeiras a chegar e essa insatisfação pode alcançar a chefia. Se você quer ser demitido, este é um ‘bom’ caminho”, relata.

Estagnar: não é porque você já conquistou uma boa colocação profissional que vai relaxar de vez. Desenvolver novas competências é imprescindível para se destacar.  Com o mercado concorrido, é importante buscar qualificação mesmo já estando empregado. “Dominar novas linguagens tecnológicas e ter na ponta da língua outro idioma é essencial para um plano de carreira. Quando você amplia o currículo, a empresa reconhece sua dedicação e, certamente, será recompensada”, finaliza Maynard.

Isabela Teixeira da Costa

Clima de Natal

Natal by Casa Futuro / Foto Divulgação
Natal by Casa Futuro / Foto Divulgação

O ano está acabando e com ele chega o clima de Natal e todas as suas luzes e cores.

Ontem, feriado, nos damos ao luxo de ficar em casa. Com essa chuvinha então, que delícia, pude curtir mais tempo a cama. Dormir até tarde não rola, meu relógio biológico é infalível, mas fiquei debaixo das cobertas assistindo TV – sou telemaníaca – os jornais e zapeando.

Entre as diversas matérias uma delas foi sobre as decorações de Natal que já estão por todo lado, sugestões de pratos para ceia de Natal. Tudo que eu amo. Para quem não sabe ainda, amo o Natal e não ligo a mínima para Réveillon. Acredito que muito por ser o dia que Jesus nasceu, momento de reunião familiar, pela decoração especial, e nem tanto pela troca de presentes.

Foto Estado de Minas reprodução
Foto Estado de Minas reprodução

Por sinal, os presentes já foram abolidos da minha família há alguns anos. Só damos presentes para nossa mãe, cada um para seus filhos e todos nós para as crianças da família. Agora já são cinco. Antes era uma multidão, todo mundo dando para todos. Depois decidimos fazer amigo-oculto entre os maiores de 18 anos, porém até isso decidimos abolir depois de um tempo. Ficou melhor, menos comercial.

Uma de minhas funções no jornal é o trabalho com creches comunitárias. Anualmente fazemos uma grande festa de Natal onde reunimos todas as crianças de 4 e 5 anos das creches beneficiadas pela Jornada Solidária Estado de Minas. É lindo. Elas brincam a manhã toda, voluntários se vestem de personagens infantis, tem a chegada do Papai Noel, lanche, entrega de presentes.

Foto Estado de Minas reprodução
Foto Estado de Minas reprodução

Antes da festa, visitamos as creches e falamos da festa. E pergunto para as crianças o que é o Natal. Fico indignada porque nenhum deles responde que é o nascimento de Jesus. E aí vou contando que o Natal é aniversário de Jesus, filho de Deus, que veio aqui para morrer por nós, para nos salvar. É tão importante isso. Comemorar o nascimento do maior presente de Deus, pelo grande amor que tem por nós, nos deu, seu único filho, Jesus. Não podemos esquecer disso. Esse é o motivo de celebrar o Natal, o resto é perfumaria.

Amo a cidade quando as pessoas decoram suas casas do lado externo. Saio de carro passeando, admirando cada fachada e “viajando” da minha imaginação. Vou na Praça da Liberdade, na Avenida Barbacena que são magistralmente decoradas. Cláudia Travesso, da Futuro é quem assina há anos e se supera sempre.

Por sinal, a loja dela, na Rua Rio de Janeiro, em Lourdes está um escândalo de linda, toda iluminada. Aproveitei a folga e já decorei minha casa. Tenho que confessar duas coisas: depois que os natais passaram a ser comemorados no sítio desanimei um pouco de arrumar minha casa, e sou frustrada porque nunca soube pendurar luzinhas na minha varanda de forma que ficasse bonito. Não sei como as pessoas fazem. Pergunto e ninguém que conta o segredo. Com durex não é porque chove e ele mela inteiro. Fita crepe aparece. Mistério!!!

Bem-vindo Natal, bem-vindo fim de ano.

Isabela Teixeira da Costa

Como lidar com a frustração de um ano sem muitas realizações

Foto Excellence Studio
Foto Excellence Studio

Nos últimos meses do ano muitos se desesperam pensando no que ainda não conquistou!

O fim do ano se aproximando, para muitos é momento de renovação e alegrias. As luzes natalinas trazem consigo o símbolo do renascimento. É hora de agradecer as conquistas ou simplesmente o fato de que vivemos mais um ano.

Essas datas comemorativas despertam na maioria das pessoas o desejo de mudança e de realização. Um novo ano se inicia e com ele as promessas em relação a transformar sonhos em realidades. Isso se dá por vários fatores, entre eles está o fato que nesses momentos estamos bastante reflexivos e envolvidos num estado emocional de grande expectativa e esperança.

Porém, nem todas as pessoas têm esse sentimento festivo no fim do ano. Muitos não gostam dessas datas, já que as mesmas remetem a alguma lembrança dolorosa do passado. Outros sentem saudades daqueles que não estão mais presentes. Outros ainda se sentem frustrados por tantas promessas que ficaram no meio do caminho.

Quando empolgados fazemos listas enormes de desejos. Prometemos que vamos ganhar mais dinheiro, mudar de emprego, emagrecer, comprar uma casa, casar, ser um pai melhor, um filho mais dedicado etc.  São muitas promessas, todas misturadas e sem prazos definidos. Queremos agora!

Hilda Medeiros/ Divulgação
Hilda Medeiros/ Divulgação

O querer infantil, sem um plano detalhado, não permite tempo necessário entre o plantio e a colheita. É aí que entra em cena mais uma vez o fator frustração. Passada a empolgação dos primeiros quinze dias de janeiro, temos que lidar com a realidade de muitos afazeres e ainda assimilar os novos desafios. Sem organização e persistência, desistimos. Felizmente algumas pessoas conseguem levar os seus objetivos até o fim e têm o prazer de comemorar a vitória. Mas, por que a maioria para no meio do caminho?

Fazer a lista do que se quer é fácil, toma pouco tempo e exige o mínimo esforço. No entanto, colocar em prática até chegar no resultado desejado é um trabalho árduo, que exige dedicação e muitas vezes sacrifícios. Para colocar um plano em ação é preciso muito mais do que palavras no papel. É necessário comprometimento e um real valor agregado, capaz de nos impulsionar todas as vezes que sentimos vontade de desistir.

É importante saber o que queremos e, principalmente, o que verdadeiramente nos motiva a conseguir. Qual é o propósito por trás do objetivo desejado. Sabendo exatamente o porquê se quer, o próximo e mais importante passo é agir. Sem atitude o sonhador viverá numa eterna utopia. Para agir é fundamental ter sabedoria e conhecimento para colocar o plano de ação numa ordem correta e organizada, como num game, que o primeiro passo leva ao seguinte e assim sucessivamente. É na ação específica que conseguimos progredir na direção do que queremos.

Algumas vezes dizemos para nós mesmos que queremos muito alguma coisa, mas não estamos dispostos a fazer o necessário para conseguir. Outras vezes temos um desejo fraco, sem alma, esses também não se sustentam. Para agir é preciso saber o que fazer. Quando imaginamos uma meta muito grandiosa, ela pode parecer assustadora, fazendo com que nem comecemos deixando o propósito no meio do caminho. São as minimetas que fazem com que algo grandioso aconteça.

É hora de deixar para trás as frustrações por aquilo que não foi feito e vislumbrar estratégias diferentes para o novo que se aproxima.

Hilda Medeiros – coach e terapeuta

Enem: a corrupção está em todo lugar

enemFiquei chocada com a criatividade e investimento que fizeram para fraudar o Enem.

O Enem é a nova forma de se ingressar em uma Universidade Federal no país. Os alunos estudam o ano inteiro em cursinhos para se preparar para os dois dias de provas e a temível redação. Depois, com base na pontuação alcançada podem escolher qual curso que querem fazer.

Isso porque os cursos mais concorridos acabam precisando de pontuação muito alta, pois normalmente os concorrentes estão mais preparados e elevam muito o nível do resultado. E aí é ver em qual Universidade você conseguirá vaga. O processo de verificação da pontuação e posterior escolha da universidade ou instituto federal, se dá pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A pessoa tem duas opções de escolha: ou dois cursos ou duas universidades federais em diferentes localidades. A grosso modo é assim.

Tenho uma sobrinha emprestada, mas que considero sobrinha, que queria muito fazer medicina, não alcançou os pontos necessários e preferiu mudar para farmácia. Está adorando o curso. Particularmente, acho que ela deveria ter tentado mais. É extremamente inteligente e muito nova, tinha todo o tempo do mundo para realizar seu grande sonho.

Reprodução g1.com
Reprodução g1.com

Voltando ao assunto, entendo que as faculdades particulares estão caras e poucas pessoas têm condições de arcar com a mensalidade, porém, estão pagando algo em torno de R$ 200 mil pela fraude. Isso são quase 40 mensalidades do curso de Medicina. Quem tem dinheiro para pagar isso, não seria melhor estudar e fazer um vestibular em faculdade particular?

A quadrilha também ofereceu esquema de vaga sem a pessoa precisar fazer a prova por R$ 400 mil. Quem tem dinheiro para pagar tudo isso por um crime, não precisa, nem de longe, estudar em uma Universidade Federal. Tem grana de sobra para pagar mensalidade do curso mais caro que existe. Será que é preguiça de estudar, ou falta de confiança em si mesmo?

O esquema só foi descoberto porque uma das meninas que foi abordada pela quadrilha não aceitou a oferta, ficou tão indignada que foi na delegacia e denunciou o esquema. A mineira Sofia Macedo foi presa em flagrante, no segundo dia de prova do Enem, e estava usando o ponto eletrônico. Pelo que entendi foi aliciada. Os ataques virtuais a ela foram tão grandes que teve que deletar todas as suas redes sociais, e não está nem saindo de casa, pois sofre constrangimento.

Será que tudo isso vale a pena? Agora, já foi descoberto que, 6 minutos depois que as provas iniciaram, as respostas do gabarito da principal prova para quem tenta Medicina, já estava sendo cantado. O gabarito vazou, resta saber como. E o governo diz que não comprometeu o exame.

Como não? Eles conseguiram rastrear e pegar em todo o país todos os alunos que participaram do esquema? Será mesmo? Porque é uma concorrência totalmente desleal com os milhões de estudantes que se dedicaram e empenharam o ano todo para prestar o Enem.

Outro ponto frágil que ficou provado: é possível uma pessoa fazer inscrição e outra entrar no lugar dela, com documento falso e fazer a prova em seu lugar. Quantos já não devem ter feito isso sem ser descoberto.

E a tal Sofia chora porque perdeu um ano inteiro da sua vida. Será que não pensou nesta possibilidade quando comprou o esquema? Provavelmente, se tivesse dado certo estaria toda feliz. Ou estaria chorando, arrependida, por ter tomado o lugar de uma pessoa que realmente estudou? Duvido.

Isabela Teixeira da Costa

Adeus a um fiel amigo e companheiro

mussa3Ontem me despedi do meu cachorro, depois de 15 anos juntos.

Só quem tem animal de estimação entende o amor que sentimos por esses bichinhos tão especiais. Sempre gostei de cachorro. O primeiro que tive foi um Dog Alemão que ganhei de presente de Águeda Chaves e Moacir Carvalho, ficou seis meses comigo no apartamento, mas depois tive que levar para o sitio, porque cresceu demais. Viveu anos.

Depois ganhei uma Cocker spaniel inglês dourado da Solange, mulher do Oldack Steves, mas infelizmente, depois de alguns anos me mudei e era proibido ter animais. Doei para uma família e amigos, que gostavam muito dela.

Aí tive uma yorkshire, a Sofia, linda demais, só faltava falar. Infelizmente foi atropelada dentro do nosso sítio. Fiquei arrasada. Jurei que nunca mais teria um cachorro, mas dois dias depois, a casa estava tão vazia que sai à procura de uma nova cadelinha e encontrei uma maltês lindinha. Por incrível que pareça ela já estava reservada para mim. Gisah Gonzaga e Marcelo Patrus me deram de presente. Clara viveu 12 anos.

Sempre tratei meus cachorros na Clínica Veterinária São Francisco de Assis. Trabalhava lá a Jurema, uma moça que era mais do que uma secretária. Resolvia todos os problemas. Vez ou outra conseguia uns convites de shows para sua filha e um dia, chega um presente dela para mim, no jornal. Era um schnauzer macho, com uns 30 dias de nascido. A coisa mais fofa.

Não queria ficar com ele porque tinha uma fêmea, a Clara. Como ficar com um casal, de raças diferentes dentro de um apartamento? Impossível. Mas quando cheguei em casa a minha filha caiu de amores pelo pequeno. Já foi logo colocando nome: Mussarela. Isso mesmo, com SS e não com Ç como é o certo, mas acho muito feio e como é nome próprio, podemos escrever do jeito que quiser.

E ele ficou. Se tornou o rei da casa. Carente, engraçado, como uma orelha tão grande que apelidamos de cãolicóptero, e pulava tão alto que era um verdadeiro cãoguru. Mas nunca vi um cachorro com tanta sensibilidade. Quando chorava ele lambia nossa lágrima. Se eu adoecia, ele não saia do meu lado nem para comer.

Quando chegou deu muito trabalho para a Clara, que era uma verdadeira lady e já estava mais velha, e não tinha muita paciência com filhote, mas ele a protegia. Sempre deixava que ela comesse primeiro, um chantleman.

mussa1Quando Clara se foi ele ficou tão amuado que comprei uma fêmea da mesma raça que ele. Quem sabe poderiam namorar. Chegou a Leka, tirou o sossego dele. E ele, com uma paciência de Jó, aceitou me dividir com ela. Nunca namoraram. Ele deixou ela ocupar seu espaço, mas quando precisava sabia impor respeito.

Uma vez, levando meus cachorros ao veterinário, vi um animalzinho lá que estava irreconhecível e tantos caroços. Assim que entrei, perguntei ao Carlos Augusto qual era o problema e ele me disse que eram tumores e que os donos não aceitavam sacrificar o cachorro. Só fiquei imaginando as dores que aquele bichinho estava sentindo. Como um ser humano poderia deixar alguém que ele amava tanto, sofrer daquele jeito.

Fiz uma promessa a mim mesma: Nunca deixar um de meus cachorros sofrer daquela forma. Não poderia ser egoísta assim, afinal, quem é racional aqui sou eu e se amo tanto o meu cachorro e ele me dá tanto amor, como deixar ele ficar deformado, enfrentando dores horríveis só para tê-lo mais tempo comigo? Se não tem possibilidade de cura, eu preferiria sacrificá-lo e eu sofrer a sua perda.

Assim Mussarela se foi. Estava pele e osso, com tumor no baço e no intestino, sopro no coração. Estreitamento no reto e não conseguia mais evacuar. Não queria comer, acho que era instinto, para diminuir as dores intestinais. Depois de alguns dias internados, voltou para casa, mas não melhorou. Liguei para o veterinário e chegamos à conclusão que ele só iria piorar e sofrer mais ainda e a solução seria sacrificá-lo.

Sei que foi a decisão correta, fiquei ao seu lado até ele dormir, mas como dói. Despedir de um amigo, de um companheiro de quase 16 anos, que nunca negou um carinho, uma manifestação de amor, que sabia me alegrar e que quando não conseguia, me fazia companhia na minha tristeza, porém nunca me deixou na solidão.

Isabela Teixeira da Costa

Quando os irmãos se encontram

Patrícia, Renato, Camila, Leonardo, Jussara, Camilo Filho, Regina, Isabela, Álvaro e Paula
Patrícia, Renato, Camila, Leonardo, Jussara, Camilo Filho, Regina, Isabela, Álvaro e Paula

Fizemos o primeiro encontro oficial dos irmãos. Lembramos de casos e nos divertimos muito.

Ontem, fizemos um encontro dos irmãos, ideia da Regina que deu super certo. Foi delicioso. Somos seis irmãos, quatro do primeiro casamento do meu pai e dois do segundo. Nos amamos muito, mas encontramos pouco e decidimos dar um basta nisso.

A família estava quase toda reunida. Quase porque o um dos filhos do Camilinho trabalha em São Paulo e só chega hoje de lá hoje, minha filha virou missionária e está morando no sertão da Bahia e a filha mais velha do Renato mora no Canadá. E meu ouro sobrinho, Henrique deu o bolo, perdeu!

Regina cozinha bem demais e decidiu fazer um festival de Cheeseburger gourmet, tudo preparado por ela. Fez um mineirinho, com queijo de minas e um molho de goiabada com pimenta, que estava dos céus.

Álvaro, meu irmão caçula tocou violão, cantamos até, contamos muitos casos, rimos muito, porque o que não falta nesta família é gente engraçada. Mas também são pessoas maravilhosas, pessoas que amam, que não têm preconceito, que aceitam as pessoas como são porque o que importa é o caráter porque defeitos todos nós temos. E devemos aprender a conviver com as diferentes personalidades e temperamentos.

Entre os casos da família começamos a falar dos carros do meu pai. Falei do opala SS Cupê verde limão com listras pretas, inesquecível, que apelidamos de periquito, foi nele que nosso pai ensinou Regina a dirigir e segundo ela, deu muito rolé com a amigas paquerando naquele opala. Uma coisa é certa, todo mundo olhava para elas, porque chamava atenção.

1949mercurycoupe
Mercury

Renato lembrou do Mercury um carro enorme. Segundo ele, só o motor devia ter três metros de comprimento era verde escuro. Gostou tanto que depois trocou por um verde claro. Bem, quando eu tinha cerca de 1 aninho, pai colocou 11 pessoas dentro do Mercury (disse que cabia, acho deu superlotação), e foi para Santa Luzia assistir Vasco e Santa Cruz, que iam jogar na terra natal do meu pai. Perto da igrejinha do Bonfim, veio um outro carro em sentido contrário e bateu de frente com nosso carro.

Pai desceu, e o motorista também, começaram a brigar e quando o homem ameaçou a chamar pai de ignorante, no “ig” pai deu um soco no meu da cara dele. Aí a coisa esquentou. O vizinho da frente desceu com uma cartucheira para defender meu pai – em vez de separar a briga, dá para acreditar? –, neste ponto do caso já estávamos dobrando de rir. E não sei como separam a briga.

No acidente eu quebrei minha clavícula, a maçaneta do carro enfiou no braço do Joca – meu tio por parte de mãe –, tio Felipe teve um corte feio na testa e estava todo sangrando muito. Tia Dulce machucou o joelho e minha mãe quebrou o dedo do pé. Renato, Camilinho, Regina, Thais e Belkis saíram ilesos.

Quem conheceu meu pai, Camilo, sabe que ele não era de briga, porém, quando chegou em Belo Horizonte ligou para o motorista do outro carro para encontrar e resolver o problema dos prejuízos. Marcaram no Mercado Central. Pai, preventivamente levou sua pistola Walter calibre 765, alemã da época da segunda guerra, que nunca foi usada na vida (esta arma ele deu de presente para o Camilinho, mas foi roubada). Penso que mais para se proteger.

Chegando no Mercado, começaram a conversar e a beber. O fim da história já era esperado, à medida que bebiam foram se conhecendo, ficaram amigos e saíram de lá bêbados.

Isabela Teixeira da Costa

Sífilis vira epidemia

syphilisEm seis anos foram notificados quase 230 mil novos casos de sífilis no Brasil.

O Ministério da Saúde admitiu, no final de outubro, que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. Entre junho de 2010 e 2016 foram notificados quase 230 mil casos novos da doença, de acordo com  boletim epidemiológico do governo.

Três em cada cinco ocorrências (62,1%) estavam no Sudeste e a transmissão de gestantes para bebês é atualmente o principal problema. A situação foi qualificada como “epidemia” somente agora. Em 2015, no país todo, foram notificados 65.878 casos, a maioria deles afetou pessoas na faixa dos 20 aos 39 anos (55%), que se autodeclaram da raça branca (40,1%).

A sífilis ou lues é uma DST (doença sexualmente transmissível). Conhecida como a “grande enganadora” pois apresenta  sintomas que podem aparentar outras doenças. Os sinais e sintomas da sífilis variam dependendo da fase em que se apresenta (primária, secundária, latente e terciária). O diagnóstico é feito geralmente por meio de exames de sangue.

Os casos de sífilis congênita, transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, também cresceram muito. No ano passado, a cada mil bebês que nasceram, 6,5 eram portadores de sífilis. O número triplicou em 5 anos.

A doença é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é transmitida através de contato sexual, pelo sangue e na gestação. A primeira manifestação ocorre após 3 a 4 semanas do contágio, em que aparece o candro duro: úlcera geralmente única, com bordas bem delimitadas, sem dor e sem pus.

Nas mulheres e nos homens que fazem sexo com homens esta fase pode passar despercebida pois o cancro pode estar dentro da vagina ou na região perianal. Geralmente a lesão desaparece depois de alguns dias, mesmo sem tratamento, e a pessoa entra numa fase assintomática, em que a bactéria continua se espalhando pela corrente sanguínea e por outros órgãos.

Após seis semanas, se não for tratada, pode virar sífilis secundária: várias lesões avermelhadas espalhadas pela pele, associada a febre, aumento dos gânglios linfáticos, prostração e lesões na cavidade oral. Estas lesões também podem desaparecer mesmo quando não tratadas, e são confundidas com alergias e a pessoa entra numa fase de latência (infectada, mas sem sintomas) e a bactéria atinge outros órgãos (coração, fígado cérebro, olhos e pele) e isso só se manifesta anos mais tarde: sífilis terciária.

Nas décadas de 70 e 80, se alguém pegava sífilis era porque frequentava prostíbulo do baixo meretrício, em uma época que proteção, ou seja, camisinha, não era usada. Só pegava sífilis quem era promíscuo. Hoje, isso mudou, os jovens não estão usando mais a camisinha e a liberalidade aumentou o risco. Não são poucos os jovens que fazem sexo com mais de uma pessoa na noite e muitas vezes não importa o sexo. Soma-se esse comportamento ao não uso da camisinha e chega-se ao resultado da epidemia.

Tenho um amigo de infância. Era o rapaz mais lindo de Belo Horizonte. Não tinha uma moça que não se apaixonasse por ele. E como a maioria dos homens, se aproveitava de sua beleza e charme e nadava de braçada. Não sei tudo o que ele aprontou na vida, mas sei que descobriu, depois de anos, por causa das limitações que começaram a surgir, que estava com sífilis no cérebro. Ainda está vivo, porém com grave comprometimento de locomoção, incapacidade de raciocínio, sem fala e na cadeira de rodas. Não o vejo há anos, mas tive notícias que está irreconhecível.

Após enfrentarmos por décadas a luta pela descoberta da cura da Aids, chegamos a um momento no qual a doença pode ser “controlada” com o uso do coquetel. A Aids não mata mais. Diante desta constatação, parece que os jovens deixaram de ver a doença como terrível, e toda a campanha maciça do governo pelo uso do preservativo caiu no esquecimento. “Já que não vamos mais morrer, não precisamos usar algo tão incômodo”, deve ser o pensamento geral, e aí, aceitam se arriscar com a Aids, mas se esquecem que existem centenas de outras doenças sexualmente transmissíveis que são muito graves. E saem para viver a vida na liberdade, libertinagem e inconsequência.

Conversando sobre isso com uma amiga ouvi um relato. Ela estava com o marido em um resort muito chique na Bahia, passando uma temporada para descansar. Ouviram de um funcionário, em um café da manhã, que estava muito feliz porque a noite tinha sido ótima:ele tinha ficado com 10 pessoas naquela noite. Assustador.

Essa liberação da camisinha trouxe de volta a sífilis com força total, a ponto de virar epidemia, e com esse grande aumento o remédio que trata a sífilis, a penicilina Benzatina, está em falta na rede pública. Na verdade, o mais importante é se prevenir. Façam o teste, se for diagnosticado, lembre-se de informar aos parceiros(as) para que se testem também e sejam tratados adequadamente. E cuide-se, use a camisinha.

Isabela Teixeira da Costa

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