Cursos

Com a mais de 120 dias de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus, nossas vidas se voltaram muito para a casa e para o virtual. Passamos a cozinhar mais em casa. Quem não sabia passou a se arriscar na cozinha, e a maioria tem testado novas receitas nesses momentos de quarentena. Desde o início desta reclusão diversos chefs passaram a ensinar alguns pratos, a dar receitas e vários cursos foram oferecidos. A plataforma de cursos on-line Curseria, disponibiliza cursos com professores renomados em suas áreas, para aprender a cozinhar e a fazer as melhores receitas em casa.

Churrasco, confeitaria, sushi, alimentação saudável (com opções veganas) são alguns dos temas ofertados. Confira:

Cozinha contemporânea com Felipe Bronze
No curso, Felipe Bronze, um dos 100 melhores chefs do mundo, ensina cozinha contemporânea e o passo a passo para criar receitas incríveis. Inovar nas técnicas e ir muito além, com um conteúdo de aulas exclusivas, transformando o modo de cozinhar e aprendendo a montar pratos diferenciados e inovadores.

Confeitaria com Dani Noce
Gosta de doces e confeitaria? A Dani Noce ensina segredos e técnicas para dominar de vez o mundo da confeitaria, com um método comprovado, ferramentas corretas e muita parte prática. O treinamento é completo e apresenta as característica de cada ingrediente, pontos de caldas, precisão e organização e muito mais.

Aprenda técnicas e receitas com Henrique Fogaça
Para quem tem dificuldades na hora de preparar os pratos, ainda não consegue deixar as receitas como gostaria ou até mesmo para quem ainda está iniciando a sua carreira na área, Henrique Fogaça ensina o passa a passo para dominar a cozinha, fazendo pratos incríveis. Durante o curso, o chef ensina na prática o seu método e técnicas para você prepare receitas sensacionais de forma prática e objetiva.

A arte do sushi com Jun Sakamoto
Para preparar um sushi do mais alto nível gastronômico com as técnicas e passo a passo de um incrível sushi, o chef Jun Sakamoto, dono de uma estrela Michelin, conduz o aluno a 10 aulas onde irão aprender a escolher os melhores ingredientes, a forma de preparo, os utensílios e até as melhores bebidas para acompanhar o sushi.

Alimentação saudável com Bela Gil
Já para quem prefere uma alimentação mais saudável, vegana e com dicas fáceis para fazer pratos no dia a dia, Bela Gil ensina uma alimentação que faz bem para seu corpo e mente. Durante as aulas, ela mostra como ampliar sua visão sobre a comida e ter autonomia na cozinha para preparar alimentos saudáveis, nutritivos, saborosos e sustentáveis.

Churrasco Perfeito com Rogério deBetti
Por fim, se você é fã de churrasco e quer fazer o churrasco perfeito, deBetti, um dos melhores churrasqueiros do mundo, ensina segredos e técnicas, com métodos exclusivos para que você domine o passo a passo para alcançar a perfeição na grelha e saber preparar a carne corretamente.

Amo biscoito

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Biscoito. Como sou uma amante inveterada de biscoitos não poderia deixar esta data passar em branco.

Eu amo biscoito de todo tipo. Nada melhor para mim que um cafezinho bem gostoso acompanhado de um petit four, seja ele salgado ou doce.

Sou bem eclética no que diz respeito a essa iguaria – isso mesmo, biscoito para mim é iguaria – gosto desde o tradicional e popular de maisena ao mais refinado, só não encaro o de nozes, porque de todas as frutas secas ela ée a única que eu não gosto. Outro dia minha irmã chegou a dizer que não vivo sem um farináceo, se com isto ela estava se referindo a biscoito, pura verdade.

Fomos criados na 1ª Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, que fica na Praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça ABC, que hoje não existe mais. É no cruzamento das avenidas Afonso Pena com Getúlio Vargas. Minha mãe era ativa lá. Membro da SAF, organista da igreja. E toda semana o revendo Wilson nos visitava de tarde lá em casa, e minha mãe sempre o recebia com uma grande bombonier cheia de biscoitinhos de nata (tipo quebra-quebra) que fazia com maestria, e ele amava. Enquanto conversavam ele comia os biscoitos com café, e ainda saía de lá com uma vasilha cheia deles para levar para sua esposa, d. Noemia. Quanta saudade.

Outro dia, minha irmã e eu estávamos conversando e discutindo qual era a diferença entre biscoito e bolacha, e não chegamos a nenhuma conclusão. E não é que recebi um texto da Marilan que ajudou a esclarecer essa dúvida? Vamos lá:

“Biscoito vem da junção das palavras em latim “bis” (duas vezes) e “coctus” (cozido). A técnica de assar o alimento duas vezes é o que garante suas características, como por exemplo, crocância e durabilidade. O termo bolacha surgiu de “bolo”, do também latim “bulla”, que tem significado de “objeto esférico”, com sufixo “acha”, que quer dizer diminutivo.

“Uma curiosidade é que “biscoito” entrou primeiro na língua portuguesa, talvez por isso ele seja mais popular. No entanto, “bolacha” é muito utilizada no Sul e em São Paulo, mas ainda há regiões que convivem com as duas palavras. Segundo a Marilan, as palavras são sinônimas, a preferência se dá por conta de regionalismos e costumes. Sua produção é feita com massa de farinha de cereal, que pode conter ou não açúcar, gordura ou levedura.”

Encontrei no site caminhodovinho.tur.br a história do biscoito. De acordo com suas pesquisas, “diz a lenda, que os antigos comiam grãos crus, moendo-os lentamente e triturando com os dentes, com isso surgiu a ideia de se amassar os grãos entre duas pedras, misturando água àquela massa e secá-la ao fogo, tornando-a numa pasta seca e dura.

O biscoito surgiu da necessidade de viajantes carregarem seu próprio alimento, no caso o pão, e esse precisava ser cozido duas vezes, para ter menos umidade e, assim, durar mais tempo. Ele virava, portanto, um “pão duro”. A forma que o pãozinho seco tomou foi a de um pequeno pastel recheado de carne, que era chamado de “pão do viajante”. Esse pão também foi usado para alimentar soldados durante guerras.

A popularidade do “biscoito” aumentou, rapidamente e, na Europa, em meados do século 17, começaram a adicionar chocolate ou chá ao biscoito. Criando o sabor e aroma, desde então para estimular as suas vendas, investia-se nos mais variados tipos de gostos e aromas. O progresso dos negócios dos biscoitos alertou as municipalidades para uma boa fonte de renda. Este súbito crescimento do comércio de biscoitos determinou, em retorno, uma busca por métodos e modos mais econômicos e de maior rendimento para sua fabricação – ali começava a industrialização do biscoito.

Entre os egípcios, os biscoitos já pareciam bolachas secas e eram servidos adocicados com mel – uma vez que o açúcar ainda não era conhecido. Eram objeto de gentileza entre a casta nobre, os biscoitos feitos para dar de presente aos amigos. Na época, um especialista em fabricar os biscoitos era em geral um escravo, já que a receita era passada de geração para geração entre estes. Um especialista em biscoitos podia ser comprado, alugado ou tomado à força. Era um escravo de luxo.”

Para quem gosta de biscoito e de doces, a Marilan mandou receitas de três sobremesas especiais com cookies, tortinhas e wafers. Quem animar pode fazer uma delas (ou todas) ainda hoje para celebrar esse dia em grande estilo. Eles garantem que todas elas são fáceis de preparar e muito gostosas. Veja na parte de receitas, abaixo.

Programas de culinária são muito bons

cozinheiros
Divulgação

Realities de culinária são boa opção na TV e surpreendem.

Gosto muito de assistir programas culinários na TV. Acompanho quase todos que posso: Master Chef, Cozinheiros em Ação, Cozinha Prática com Rita Lobo, Tempero de Família, Duelo dos cozinheiros, etc. Até mesmo o Que marravilha, chefinhos.

Na quinta-feira passada terminou a temporada 2016 de Cozinheiros em Ação. Quem ganhou foi uma cozinheira doméstica chamada Penha. Amei. Ela é simples, na dela, nunca afrontou ninguém, muito antes pelo contrário, foi menosprezada por outra concorrente logo no início da temporada.

Desta vez, o formato do programa foi completamente diferente. O público convidado era um dos jurados, e os cozinheiros tinham que vender o seu prato, e vender bem, porque o prato mais pedido garantia um ponto. Penha começou muito tímida, e sempre que tinha que vender o prato seu grupo recebia o menor número de pedidos. No final do programa, já estava dominando a arte de vender o seu peixe.

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Penha foi para a semifinal com um único prato pedido, porém ganhou por melhor sabor tanto do público quanto do especialista. Ela é realmente boa no que faz. Não sei se gostei muito deste novo formato, mas foi interessante ver o trio Ruth, Anne e Penha seguirem juntas e imbatíveis até a semifinal do programa. O ideal seria que Ruth tivesse disputado a final com Penha, mas infelizmente não conseguiu. Regras são regras e apesar do prato de seleção que fez ter ficado infinitamente melhor que o da Anne, ela não flambou, o que era obrigatório. Até o Olivier não conseguiu esconder a decepção.

Nos programas que mostram crianças cozinhando, fico impressionada com o que elas conseguem fazer, é inacreditável. Acho que se eu fosse cozinhar com 10 anos de idade ficaria sem um braço ou colocaria fogo na minha casa. Pelo menos, desde que sou pequena sempre escutava que criança não podia chegar perto do fogão porque poderia se queimar, não podia pegar em faca, porque poderia se cortar. Obedecia. E foi assim que criei minha filha.

Deveria ter quebrado as regras e desobedecido, se não eu mesma, pelo menos com a minha filha e ensinado ela a cozinhar desde cedo. Não fiz isso e ela teve que se virar depois de adulta. Ensinei poucas coisas, mas aprendeu muitas. Faz bolos deliciosos.

Nesta semana, no programa de Claude Troisgros onde uma criança tem que reproduzir um de suas receitas foi uma menina linda, ruiva, que fez um penne com robalo. Terminou mais de oito minutos antes do tempo, não errou nada e ainda colocou um pepino grelhado como elemento extra que deu crocância no prato. Levou a superestrela.

O programa da Rita Lobo é pra gente aprender muitas receitas bacanas. Tenho que confessar que nunca fiz nenhuma, mas amo assistir. É leve, gostoso, divertido e ela dá muitas dicas boas.

Isabela Teixeira da Costa

Bacalhau à Isabela

Silvania
Jair Amaral/Estado de Minas/D.A.Press

Silvânia Capanema é a mulher dos mil instrumentos. Empresária do ramo de turismo e hotelaria, escritora – já tem dois livros publicados e está escrevendo seu terceiro romance policial. E é cozinheira de mão cheia, o que a transformou em professora de culinária e blogueira. Fiz uma matéria com ela em 2015 para o caderno Degusta, do Estado de Minas. Ela criou um bacalhau delicioso, que resolvi postar abrindo nossa seção de gastronomia. No seu blog salcomalho.com recebeu o meu nome – fiquei emocionada – e lá vocês podem ver a receita com fotos do passo a passo.

Bacalhau à Isabela.

Esta é uma receita de inspiração ibérica, uma releitura de sua culinária tradicional. Juntei uma das maneiras mais antigas de se fazer bacalhau em Portugal com a receita da conhecida tortilla espanhola. Além disto, tomei a liberdade de dar o meu toque pessoal.

Ingredientes por pessoa:
1- Para o preparo do bacalhau: 200 gr de bacalhau dessalgado, limpo e aferventado, 1 broa de fubá de canjica, 1 cebola grande, 6 cubinhos de bacon, 3 dentes de alho, 1 colher (de café) rasa de sal grosso e 1 xícara (de café) de azeite.
2- Para a tortinha: 1 batata grande, ½ cebola grande, 2 ovos caipira, 1 colher (de chá) cheia de salsinha e cebolinha picadas, sal, pimenta-do-reino, 1 colher (de sobremesa) de azeite, ½ colher (de café) de sal com alho. Vai precisar de um aro de inox ou forma com diâmetro de 10 cm para montar.

Modo de preparo:
1- Do bacalhau: corte a cebola em fatias finas. Pique os cubinhos de bacon e os dois dentes de alho em três partes. Tome uma travessa refratária e coloque a cebola no fundo, distribuindo os pedacinhos de bacon e de alho. Coloque a posta de bacalhau já preparada no centro da travessa. Em cima da posta, coloque um dente de alho cortado miudinho. Regue o bacalhau e a cama de cebolas com azeite e salpique o sal grosso. Leve ao forno pré-aquecido a 250 graus por 20 minutos ou até começar a corar o bacalhau e a cebola. Enquanto isto, passe a broa – comprada de véspera e deixada endurecer – no ralo médio. Junte um pouco de clara de ovo, só para juntar os farelos. Reserve.
Tire a travessa do bacalhau do forno. Retire da travessa toda a cebola, o alho e o bacon, deixando apenas o bacalhau e o azeite que ficou no fundo. Arranje a mistura de broa sobre o bacalhau e volte ao forno apenas para corar a crosta de broa.
2- Do purê de cebola: Despreze o bacon e o alho. Bata a cebola em um processador até que se torne um purê homogêneo. Leve-o ao fogo baixo por cinco minutos. Reserve.
3- Da tortinha: cozinhe uma batata grande até ficar cozida, porém firme. Despele-a e corte-a em fatias finas. Reserve. Corte a cebola também em fatias finas. Aqueça o azeite em uma frigideira e doure-a ligeiramente com sal e alho. Reserve. Bata os ovos, clara com gema, e coloque sal e pimenta-do-reino. Pique a salsinha e a cebolinha bem miúdo. Reserve. Tome o aro (ou a forma) e unte com um pouco de azeite. Monte a tortinha: uma camada de batata, salpique o sal e as ervas; uma de cebola; a segunda de batata, sal e ervas; a segunda de cebola e a última de batata. Regue com a mistura do ovo batido, fazendo furinhos com um palito para que o líquido desça e se deposite entre as camadas de batata e cebola. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por 20 minutos ou até verificar que a batata está corada.
4- Montagem do prato individual: coloque primeiro a tortinha de batata. Por cima dela, arranje o bacalhau. Em volta da tortinha, distribua o purê de cebola. Para decorar, corte tomatinho cereja em fatias e retire o miolo. Escolha rodelinhas de azeitona preta do mesmo tamanho. Disponha-as de um lado do prato. Enfeite o bacalhau com um raminho de alecrim, só para dar um toque aromático.
Sirva o prato quente.

ITC