O Olhar de Carolina

Carolina
Carolina

Será lançado hoje, na Leitura do Pátio Savassi, o livro de Carolina Monteiro

Amigos surgem nas nossas vidas de maneiras inusitadas e amigo que é amigo se acompanham ao longo da vida, mesmo estando à distância. Em 1985, comprei meu primeiro apartamento. Meu pai deu a entrada de presente e eu continuei a pagar o financiamento. Tinha acabado me separar. Era um dois quartos, no alto do Santo Antônio de 65m² onde fui muito feliz.

Pouco tempo depois que eu mudei, chegou uma família para o apartamento ao lado. Um casal com um filhinho de um ano. Cristina e Rodrigo Faleiro com o pequeno Bruno que hoje é advogado, casado e tem um filhinho muito fofo chamado Cesar.

Cris e eu na década de 80
Cris e eu na década de 80

Cristina Sampaio – hoje assina seu nome de solteira novamente – muito simpática, comunicativa. Claro que, como boa vizinha, ofereci ajuda, dei boas-vindas e disse que o que precisasse estaria às ordens. Foi o início de uma grande amizade que dura até hoje.

Seu segundo filho, Daniel, é apenas um ano mais velho que minha filha e cresceram juntos. Trocamos segredos, rimos e choramos juntas. Demos muito apoio uma à outra. Era convivência diária, viajamos juntas com a família.

Por conta disso conheci toda a família de Rodrigo e de Cristina. Cris tem dois irmãos, Fernando e José Henrique. Fernando mora na Bélgica e Zé Henrique aqui em BH, se casou com Juliana e teve duas filhas. A primeira, Daniela, acompanhei mais, depois me mudei do prédio e acabei me distanciando. A segunda, Carolina, nasceu especial.

Desde pequena, Carolina conseguia desenhar no paint, um programa de computador, que com mouse é bem difícil de controlar para desenho, e sua mãe foi guardando tudo. E como sempre assistiu programas sobre animais – uma de suas paixões – todos os desenhos se remetem aos bichos. Hoje, Carolina está na faculdade ao lado da mãe.

Um dia Juliana mostrou os desenhos para a amiga, a Ivanete Mirabeau, professora de psicologia educacional e de ciências humanas aplicadas às artes e ex-coordenadora do de educação artística da Escola Guignard. Quando viu os  desenhos e leu os títulos dados por Carolina quando tinha apenas 10 anos disse que tinha que transformar em um livro, e assim foi feito.

CarolinaHoje, das 11h às 14h, Carolina Monteiro lança seu livro O Olhar de Carolina, na Livraria Leitura do Pátio Savassi, e vale a pena ser adquirido. Vou reproduzir abaixo um texto escrito por Ivonete Maribeau sobre Carolina, que está publicado na última página do livro:

“A vida das pessoas muda para melhor quando conhecem Carolina Monteiro.

A princípio, o espanto supera toda compreensão. Carolina vive no mesmo planeta em que vivemos, mas seu entendimento do mundo é diferente do nosso. Sua observação aborda detalhes que nos escampam, com propriedades que dificilmente poderiam ter sido a ela ensinadas em tal qualidade e volume. Sua leitura da natureza seria impossível se ela não se sentisse participante, aliada dentro dela. Talvez os animais, as plantas, as pedras, os rios, as lagoas, o mar, o céu, a lua, o sol, a chuva e o vento segredem à Carolina informações que não ficam claras à maioria de nós. (…)

Trata as pessoas com grande carinho. Identifica com facilidade o que para elas é importante. (…) Já em curto tempo percebe-se que o que norteia os seus pensamentos e ações é um amor incomensurável.”

Apesar de ter distanciado da família, Cris e eu somos amigas até hoje, nos vemos quase toda semana e tenho certeza que essa amizade continuará por toda a vida. Nunca fui tão amiga assim de nenhuma vizinha, a não ser na época da minha mocidade. Mas isso é assunto para outra crônica.

Isabela Teixeira da Costa

Feira de culinária e literatura

Divulgação/Escola Americana
Divulgação/Escola Americana

Literatura e culinária reúnem cerca de 1 mil pessoas em feira

Hoje, 8 de abril, das 10h às 14h, será realizada a Mostra Internacional Feira de Culinária e Literatura, na Escola Americana de Belo Horizonte, que fica na Avenida Professor Mário Werneck, 3301, no Buritis.

Aberta ao público e com expectativa de receber cerca 1 mil pessoas, a feira contará com estandes representados por 18 nações com receitas típicas da África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, China, Israel, Quênia, México entre outros. Entre os destaques estão os pratos de samosa (Índia), paella (Espanha), frango xadrez (Japão), mini bolos provençais (França) e mousse de chocolate (Bélgica). Para entrar no clima, os convidados poderão ir vestidos com trajes típicos de um país da sua escolha.

Na literatura, o público poderá conferir publicações infanto-juvenis em inglês e português, que estarão à venda e terá também um estande da Livraria Leitura com outras publicações. Os ingressos para a Mostra podem ser adquiridos na entrada e custam R$55 para adultos, e R$35 até 18 anos, com buffet liberado. Crianças de até cinco anos não pagam.

Nosso corpo precisa de cuidado

IMG_4665O corpo é uma máquina que precisa funcionar para não emperrar.

Como já disse aqui, estou fazendo pilates pela primeira vez na minha vida. Para falar a verdade, é a primeira vez na vida que faço um exercício físico. Sempre fui uma excelente cliente de academia, fazia o exame médico, me inscrevia, pagava o pacote, frequentava duas semanas e nunca mais voltava.

Para não ser mentirosa, quando tinha 30 anos fui ao Cepel assistir uma prova de equitação, a a convite do meu amigo Luiz Sternick e me apaixonei. Por sinal, desde menina sempre pedi ao meu pai para eu fazer equitação e ele nunca deixou. Então, quando cheguei lá fiquei enlouquecida com os animais, os saltos, tudo. Fiquei sabendo que ainda dava tempo e entrei para a escolinha.

Por mais de três anos frequentei a escolinha. E consegui com que abrissem uma turma noturna, afinal, para quem trabalha não é fácil fazer aulas de equitação pela manhã. Era ótimo. Participei de provas e cheguei a ganhar uma medalha de bronze. Depois parei.

Minha segunda incursão no esporte foi com o tênis. Quando assumi o Torneio Empresarial de Tênis Estado de Minas, a turma começou a cobrar a minha participação. Comecei a fazer aulas, participei de dois torneios, porém um problema no ombro e o princípio de artrose nos dois joelhos me afastaram das quadras. Tenho que confessar que gostei bastante do tênis.

Fora isso, só sedentarismo. E estou sentindo o reflexo disso na pele, agora que estou no pilates. Minha professora se chama Natália Mendes, é jovem, simpática e ótima profissional. Não sei se todo pilates é assim, mas nunca repeti nenhum exercício. Cada aula é diferente e trabalha uma área do corpo. Estou descobrindo músculos que nunca pensei que existissem.

Alguns exercícios eu consigo fazer fácil no início, começo no maior gás, mas ao longo das repetições a força vai diminuindo e o ritmo vai junto, a dor começa e a impressão que dá é que não vou conseguir chegar ao final. É impressionante como a musculatura sente. Tudo resultado de 56 anos de sedentarismo. Como pude deixar meu corpo chegar neste estado, por pura preguiça. A gente não pensa mesmo nas consequências de nossas atitudes.

Comentando isso com Natália ela disse uma coisa que é pura verdade. “Ganhamos um presente maravilhoso de Deus que é o nosso corpo, perfeito, com saúde, e nós não damos valor, é como se deixasse o presente jogado em um canto empoeirando”.

Fiquei pensando se eu ganhasse um presente de Deus, seu eu não ia querer abrir na hora e usá-lo todo dia, mostrar para todo mundo, cuidar dele como se cuida de um bebê, com todo cuidado e amor. No entanto, eu ganhei e não cuidei. Recebi um corpo saudável, mas nosso corpo é uma máquina perfeita que precisa ser trabalhada para não enferrujar, e eu deixei o meu emperrar, porque não trabalhei com ele, não lubrifiquei.

Hoje, estou pagando o preço. Mas Deus faz tudo tão perfeito, que apesar de tanto atraso, ainda conseguimos recomeçar e nosso corpo, apesar de sofrer um pouco, vai respondendo aos estímulos. Tenho certeza que em breve vou conseguir fazer todos os exercícios com menos dificuldade. Fica o alerta.

Isabela Teixeira da Costa

Capitalismo Infantil

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Imagem extraída da internet

É seu, é meu, é nosso. Uma teoria sobre o capitalismo infantil

Daniel Nonohay

Quando a minha filha mais nova fez dois anos, aprendeu a dizer “é meu”. Ela vê o brinquedo que deseja, pega-o com as suas mãozinhas, traz para o peito, olha severamente para o interlocutor e sentencia.

— É meu!
Ela compreendeu como verbalizar a apropriação. Ela quer algo, toma-o e declara a sua propriedade. O doce? É dela. O celular na minha mão? É dela. Eu? Obviamente sou dela também.

No início, achei um amor. Os pais se derretem com esses sinais de evolução. Essas microdemonstrações de tirania (as mesmas que, no filho dos outros, geralmente qualificamos como decorrentes de uma má educação por pais relapsos).

Por mais que façamos beicinhos de aprovação, em algum momento faz-se necessário ser pai e contrapor aquele argumento de propriedade.

– Filha, não é “teu”, é “meu”. Ou “é nosso”. Ou “é dela”. Ou, os mais complexos, “não é de ninguém” e “é de todos nós”.

E, assim, jogamos a criança num mar de incerteza; no mundo dos conceitos fluidos e antinaturais. No pequeno olhar, onde havia a certeza da posse, passa a existir a vagueza da incompreensão, a raiva da pela desapropriação e, por fim, a firmeza da resistência.

Eu nunca expliquei para ela o que significava “é meu”. Foi um conceito que ela adquiriu sozinha, pela mera observação da prática ao seu redor. Demorei umas duas semanas explicando o significado de “é teu”. Não é tão difícil, pois é apenas um “é meu” ao contrário. Claro que, às vezes, ela não concorda com o “é teu” ou finge se esquecer que ele existe, mas isso é outra história.

Daniel Nonohay / Divulgação
Daniel Nonohay / Divulgação

Estou, contudo, há mais de um mês tentando explicar o significado de “é nosso” e sequer sei por onde começar “não é de ninguém” e “é de todos nós”. São conceitos difíceis, abstratos e sofisticados, que foram desenvolvidos para mentes um pouco mais elaboradas.

E isso me faz pensar um pouco sobre o momento político que estamos atravessando.
Não vou cair na armadilha óbvia e primária da dicotomia entre “esquerda x direita”, “capitalismo x socialismo” ou qualquer outros desses rótulos fáceis e mal compreendidos.

(Se você precisa me rotular, se não pode conviver nas zonas cinzas e sente absoluta necessidade de me colocar em algum compartimento mental identificado com grandes etiquetas, pode escrever na minha “capitalista solidário”. Não, isso não existe!, acusaram alguns amigos próximos ao ler a crônica. Acho que existe, sim, embora seja uma espécie em extinção pelo desuso).

Vou dizer, apenas, que a capacidade de se apropriar das coisas que necessitamos é inerente e foi essencial para a sobrevivência dos primeiros humanos. A capacidade de dividir, porém, permitiu nossa evolução em sociedade. A segunda veio quase junto, mas, mesmo assim, não de forma concomitante com a primeira.

Para uma sociedade sair da barbárie (ou para não retornar a ela) e se desenvolver são necessários sentimentos e ideias coletivas de empatia, alteridade e solidariedade. Assim como educamos nossas crianças a não fazer mal aos outros, a ajudar o próximo e a respeitar as diferenças, temos que fazer um exercício conjunto e adulto destas qualidades.

Esses sentimentos e ideais traduzem-se em providências simples e com as quais a grande maioria concorda. Não deixar outros morrerem de fome. Educar. Permitir que outras pessoas saiam da ignominiosa pobreza. Estabelecer uma igualdade de direitos básicos entre todos. Respeitar as minorias. Respeitar as diferenças individuais. E assim por diante.

Outras providências ainda se fazem necessárias, mas não são tão simples. Como tributar grandes fortunas e ou heranças, por exemplo, a fim de impedir que famílias vivam gerações com base exclusivamente na renda. Ou para evitar que 1% da população tenha a riqueza equivalente a de 50%.

Aí, a discussão é obliterada pela falta de entendimento. E, não bastasse a incompreensão, aqueles a quem não interessa esta conversa jogam sobre ela um manto de ódio e de medo. Voltam os rótulos. Óbvio que nada de produtivo pode ser extraído de um debate público nestes termos.

E continuamos todos assim, com nossas coisas junto ao peito, defendendo de forma infantil o que “é meu”.

O perigo das dietas restritivas para as crianças

Nutricionista explica o risco de eliminar nutrientes importantes para o organismo dos pequenos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está, há alguns anos, alertando o mundo para os altos índices de pessoas obesas. Não são poucas as campanhas que alertam para o problema e também que divulgam a importância de uma alimentação saudável e da necessidade de exercícios físicos. Porém, a preocupação maior da OMS nos últimos anos tem sido a obesidade em crianças.

Com base no relatório da OMS, pelo menos 41 milhões de crianças com menos de cinco anos são obesas ou estão acima do peso no mundo. No Brasil, a tendência também preocupa, com um terço das crianças acima do peso ou obesas. Segundo o médico e pesquisador da área da nutrição, Patrick Rocha, a falta de uma orientação e educação alimentar é um dos grandes problemas. As crianças estão comendo pior, cada vez mais sedentárias e adoecendo com mais frequência.

Com isso vem outro problema, a dieta restritiva, que acaba retirando nutrientes importantes para as crianças que estão em fase de crescimento. Uma série de informações é divulgada diariamente dividindo os alimentos em “vilões” e “mocinhos” o que acaba causando confusão no consumidor e se estendendo aos exemplos passados às crianças.

De acordo Livia Artico, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) é importante entender a necessidade de uma alimentação equilibrada.

“Cortar carboidratos, doces e gorduras, por exemplo, é uma atitude muito comum e pode ser vista como protetora para os pequenos, mas, ao invés de aprender a ingerir alimentos de forma equilibrada, as crianças acabam acreditando que existem alimentos bons ou ruins, refletindo em comportamentos alimentares inadequados no futuro”, explica a nutricionista.

O carboidrato, por exemplo, é um alvo constante de restrição das dietas da moda e na infância é ainda muito pior. As crianças estão em fase de crescimento e desenvolvimento e precisam de energia e nutrientes adequados para realizarem suas tarefas do dia a dia como estudar, brincar e praticar esportes.

Por isso é necessário ficar atento a essas “dicas saudáveis” e dietas populares. Ensine ao seu filho que alimentos como brigadeiro, bolo, pães e massas podem fazer parte de um dia a dia saudável respeitando regras como frequência e quantidade e que esses alimentos não devem se sobrepor a outros alimentos saudáveis como: hortaliças, frutas, carnes, peixe e cereais. Dessa forma, toda família ganha mais qualidade de vida.

Isabela Teixeira da Costa

A arte de conviver

emc3frdO convívio com o outro pode ser complicado, mas a diferença é que faz a vida ser interessante.

Por que o ser humano é tão complicado? Não fomos criados para viver sozinhos, portanto, devemos nos relacionar. Se esse é o curso natural da vida, era de se esperar que os relacionamentos – e não estou me referindo a relacionamentos amorosos – deveriam ser mais fáceis.
Sei que cada um tem suas peculiaridades e particularidades, e é exatamente isso que faz a vida e os relacionamentos serem interessantes. Já pensou se todo mundo fosse igual? Seria chato demais. Pareceríamos robôs, seria como nos relacionar com a gente mesmo. O que dá colorido à vida são as diferenças de personalidade, temperamento, gosto e até mesmo a carga emocional que cada um carrega consigo mesmo, fruto da educação recebida e da história vivida ao longo da vida – inclusive das marcas que essa história deixou em cada um.
O que me deixa intrigada é ver como algumas pessoas são pesadas. A vida é tão curta, seria muito mais fácil vivê-la de maneira mais alegre. Tudo seria mais fácil e leve. Por exemplo, na vida acabamos cruzando constantemente com pessoas que, apesar de nunca sermos apresentados a elas, acabam se tornando conhecidas. São pessoas com quem cruzamos diariamente na padaria, no prédio onde trabalhamos, o vizinho que raramente vemos, ou aqueles com quem nos encontramos na porta do colégio.
Com esses conhecidos tomamos uma atitude civilizada, cumprimentando-os sempre que cruzamos com eles. “Bom-dia, boa-tarde, boa-noite.” Em alguns casos, chegamos até a perguntar como estão, a desejar um bom dia de trabalho. Nessas horas, percebemos a peculiaridade do comportamento humano. Algumas pessoas respondem, outras não; algumas acenam com a cabeça, outras são mais abertas e chegam a trocar algumas palavras. Normal.
Fiquei sabendo de uma coisa que me chocou. Uma psicóloga, que trabalha no prédio de um amigo, deixou um aviso na portaria proibindo todas as pessoas de cumprimentá-la. Alguém já ouviu absurdo maior? Você está proibido de me cumprimentar! Principalmente partindo de uma psicóloga, que tem como profissão ajudar as pessoas a resolver seus problemas de relacionamento. Dessa aí quero distância.
Fiquei imaginando a cena. Se cruzar com ela no corredor, tenho que fingir que não a vi. Eu entrando no elevador, várias pessoas lá dentro e a dita-cuja também, aí vou dar bom dia e tenho que falar: “Bom- dia a todos, menos pra você”… Ou viro de costas para ela e falo bom-dia para os outros? E se alguém se esquecer da “ordem proibitiva” e cumprimentá-la? Será agredido ou ela vai chamar a polícia?
É por conta de gente assim e dessa dificuldade de se relacionar pessoalmente que, a cada dia, mais pessoas estão preferindo viver na superficialidade dos contatos virtuais via redes sociais. É mais fácil mandar parabéns pelo Facebook do que dar um telefonema, ou mandar mensagem com sua opinião do que marcar um encontro e bater papo cara a cara, mesmo que a conversa possa provocar alguma discussão. E daí? Depois tudo se resolve. O importante é conviver, não perder o relacionamento presencial, porque ele faz bem para a alma.
Pergunto a mim mesma o que leva uma pessoa a não querer receber um simples bom-dia acompanhado do sorriso de um outro ser humano. Uma atitude tão simples e rápida que dá um novo colorido ao nosso dia. Deve ser uma pessoa muito de mal com a vida.

Isabela Teixeira da Costa

Ready to go

NOVELO
Novelo Branco / Fotos Weber Pádua

Coleções verão 2018 de 12 marcas mineiras iniciantes são lançadas no Minas Trend, dentro do programa Ready to go.

O maior concurso mineiro voltado para os talentos criativos de Minas Gerais chega à sua décima edição, com o diferencial de oferecer um suporte para os empreendedores iniciantes tanto no quesito estilo quanto nos itens produto, tendência, gestão e comunicação, preparando-os para suas primeiras experiências no mercado. “O objetivo do READY TO GO é identificar, capacitar e divulgar novos talentos com potencial, destacando o trabalho dos jovens designers e suas marcas”, explica Tereza Santos, diretora do TS Studio e responsável pela curadoria e organização do projeto.

Este ano, participam as seguintes marcas:

LED –  Coleção Andarilhos: o estilista Célio Dias usa estampa geométrica que remete aos vários caminhos percorridos e não-lineares. A cartela de cores é enxuta e trabalhada principalmente no branco, cinza, preto e off white. A intenção foi mesclar tecidos utilitários, que promovem visuais sofisticadamente despojados, como o neoprene e crepe trabalhado em estampas digitais. O linho e a malha aparecem, ora mais estruturados, ora mais leves. Outra novidade são as peças feitas em telas de algodão com intervenções têxteis. As modelagens se contrapõem: as amplas e estruturadas e supercosmopolitas ultraconfortáveis, enquanto outras propõem a união do streetwear com a alfaiataria desconstruída e referências esportivas em peças como vestidos, coletes, blusas e saias. O shape da t-shirt, um dos destaques da linha, foi inspirado no movimento urbano da rua para a rua e ganhou estampas que buscam referência nos muros, de forma estilizada.

NOVELO BRANCO – Coleção Amantikir: A estilista Luciana Cordeiro se inspirou nas formas, cores e texturas que a natureza revela. E foi a partir de uma viagem para a Serra da Mantiqueira que o conceito para a criação de suas peças se consolidou. As formas são irregulares, fluidas, com movimento e profundidade. Os comprimentos são longos e quase longos. São vestidos para celebração, em tons de azul, areia e terra, em tecidos como royale, crepe Paris e crepe chanel.

CA.MAR –  A marca de beachwear, de Carolina Martins, vai muito além da moda praia. Os maiôs podem ser usados como bodies, a grife também produz saias, pantalonas e batas. A designer se inspirou no México e na Guatemala para criar a temática da coleção de verão, escolher suas cores e elaborar os modelos. O resultado é colorido, animado, fresco, vivo e alegre. Peças com recortes, amarrações, bordados e aplicações fazem a diferença. Entre os detalhes, se destacam bordados, pontos de crochê, pompons.

NULL&FILLED – De Mariana Lucchesi e Luiza Mendonça. A entrada de tecidos planos na coleção – anteriormente toda em tricô – traz uma mistura de texturas inesperada. As novidades são linho, crepe de viscose, vinil e jeans, sempre priorizando as fibras naturais. As cores da vez são azul bebê, vermelho, bege, preto, verde e lilás. Shapes diferenciados (em A, H, I e X) e estampas inspiradas pelas colagens do artista Cecil Touchon trazem um tom urbano e irreverente às peças, que foram modeladas pensando em corpos masculinos e femininos.

IM.PAR – Mulheres fortes e suas preferências de vestir estão no cerne das criações da designer Júlia Metzker. As formas da coleção verão/18 valorizam a silhueta feminina, marcando a cintura, decotes, fendas, flertando com a sensualidade. Os comprimentos vão do mini ao comprido passando pelo midi e os vestidos sobressaem, embora haja também macacão, saias e blusas. Pontos fortes: o tricô hand made, executado pela estilista.

DENISE VALADARES – Coleção Pérolas do Oriente: Movida pela paixão pelo handmade, a estilista enfatiza o trabalho colaborativo, com o uso de jeans e malhas produzidas a partir de garrafas PET. A riqueza e miscelânea cultural da Índia são transpostas para peças atemporais, urbanas e, ao mesmo tempo, clássicas, com shapes básicos sofisticados pelas superfícies em cristais, pedrarias, pérolas e metalizados. Os motivos florais, arabescos e abstratos contornam a coleção em uma cartela de cor pluralizada, retratando a magia da etnia oriental.

UPLEN – Coleção Vitrais Tiffany: Criada pela designer Juliana Cruz, mostra uma mistura do art nouveau com art déco no desenvolvimento dos bordados e na cartela de cor. São azuis, alaranjados e verde junipero intercalados por rosês e dourados. As sedas – organza e zibeline – formatam os modelos, que exibem desde saias sereias à godês. Esses tecidos se harmonizam com pedrarias foscas e acetinadas e possibilitam escolhas de peças, inclusive, para o uso durante o dia.

FIGURATI – Coleção Mulher Sol: A designer Mariana Giodarni procura representar toda a forca e importância do sol. A leveza de tecidos fluidos, mixados com bordados rústicos, e tecidos naturais dão origem a modelagens marcantes de muita personalidade. As estampas apresentam motivos que reforçam ainda mais a ideia do natural, com destaque para as que simulam raios solares, e para os desenhos sutis em forma de asas. As rendas, que normalmente remetem a romantismo e delicadeza, são trabalhadas de maneira inusitada, buscando um toque étnico. O branco e o dourado são os pontos fortes da coleção.

MIÊTTA – Coleção Ela: A coleção foi inspirada no poder das abelhas contrapondo com a delicadeza e beleza das rosas. Nas estampas e nos bordados, o cobre é único representando o elemento feminino. A cartela de cores é composta exclusivamente pelo off-white, o mescla cinza e o preto.  Os shapes são amplos, em três comprimentos: t-shirt, t-shirt dress e maxi t-shirt dress. A aplicação dos bordados e estampas em cobre enriquecem as peças. Os desenhos das rosas são da artista plástica Telma Martins, convidada especialmente pelos seus traços fortes e marcantes. A abelha é representada pelo desenho do inseto e favos de mel aplicados na forma de bordados em metal cobre.

EDD27 (Ed Diana 27) – Coleção Deslocamento: Os temas são aleatórios e divertidos – o que mais interessa ao estilista é sair da curva fashion e trabalhar com customizações usando seus bordados em peças únicas, como camisas, jaquetas, calças, bolsas e tudo que possa ser customizado e transformado em arte vestível ou como elemento decorativo. A ideia surgiu através de telas bordadas e emolduradas – uma bela maneira de apresentar um trabalho original decorativo envolvendo arte, moda e decoração.

CANDÊ – Leveza, tranquilidade, frescor e conforto são as inspirações de Alexandre Franco. Com uma estamparia focada em geométricos, listras, poás e com um leve toque de florais, as peças são atemporais e cheias de estilo. Em pauta, vestidos longos e curtos e saias delicadas para serem usadas do dia à noite, com pegada resort. As cores vão das mais claras às mais vibrantes: azul, rosa, laranja, vermelho, dourado e suas variantes. Entre os tecidos, crepes, musselines, e jérseis, que são o carro-chefe da marca.

WMDC COLLECTION – A marca de Davidson do Carmo arrisca vestidos desenhados no tules explorando a transparência e sensualidade femininas. Com um toque romântico, o bordado manual enfoca as riquezas naturais do país, apresentadas com toques leves, fluidos e delicados, além de muito brilho, que remete à ideia da exuberância botânica.

Confira os modelos nas fotos Weber Pádua

Tatuagem vai além de um significado ou modismo

tatoo1Tatuagens revelam muito sobre a identidade de seus adeptos.

Enquanto para uns as tatuagens são apenas uma forma de arte, para os outros têm significados mais profundos. Mas, por que tantas pessoas marcam o corpo?

As tatuagens revelam encontrar os significados psicológicos em relação às partes do corpo em que se tatuam e em relação à simbologia, cheia de significados. Segundo o psicólogo Miguel Soares, “uma borboleta pode representar liberdade, transmutação, metamorfose ou pode ter um significado pessoal. O ponto e vírgula mostra amor e esperança a quem tem tendências depressivas e suicidas”.

Miguel Soares explica que além de um significado para as pessoas, existe uma explicação psicológica por detrás das tatuagens. “Geralmente as pessoas que se tatuam buscam se sentir significantes no mundo. Pode ser uma forma de defesa, de pertencimento a um grupo, de reforçar o que pensam sobre algum assunto ou pessoa. O fato é que elas querem chamar atenção para si. Outras pessoas se tatuam nos momentos de muita angústia e sofrimento pessoal”.

Ainda na abordagem psicológica a tatuagem é um refúgio inconsciente. Miguel Soares explica que não é uma sentença, mas muitas vezes, as pessoas estão com medo do futuro e precisam de se refugiar em algo. “Algumas tatuagens chamam mesmo atenção e tem muita história. E é exatamente o que as pessoas almejam. Elas querem aprovação, ser diferentes, expor em que acreditam. Por isso algumas extrapolam e tatuam desde caveiras a ratos e baratas. Querem tatuagens diferentes e inusitadas, buscando destaque e por isso quando certa tatuagem deixa de ser uma novidade, inconscientemente a pessoa buscar mais atenção na forma de uma nova tatuagem”, disse Miguel Soares.

Quando estava na faculdade uma colega resolveu fazer uma tatuagem. Eu não sabia de nada e ela chegou mostrando a tatoo nas costas, logo na base da nuca. Fez um duende, mas ficou grande demais e muito feia. Tenho certeza que nem ela gostou, mas não deu o braço a torcer. Não consegui disfarçar, e sem querer questionei se tinha ficado do tamanho que ela queria. Confessou que não, que esperava menor. Não sei se ainda tem a tatuagem, se tirou ou se modificou, porque há anos não a vejo.

O grande problema da tatuagem é quando ela não sai como esperado e aí a solução fica mais difícil. Ou a pessoa engole a tatoo mal feita por um tempo e depois faz outra por cima, ou faz a remoção. Conheço várias pessoas que se arrependeram da tatuagem. Como também conheço centenas que amam os desenhos que têm. Particularmente, não gosto das pessoas que são todas tatuadas, mas tem umas tatoos que acho bem lindas.

tatooNos Estados Unidos, uma pesquisa do instituto IBISWorld revelou que o faturamento com remoção de tatoos aumentou 440% na última década. No Brasil, a rede Pró-Corpo calcula que a procura pelo tratamento aumentou 40% do primeiro semestre de 2014 para o de 2015.

“Quando se é jovem, pouco se pensa sobre doença, velhice. A vida parece passar lentamente. As fantasias, os sonhos, o idealismo ficam aflorados. Mas os jovens se esquecem de que o tempo passa e no futuro não mais estarão no padrão ideal, porque as coisas evoluem, mudam a todo o momento. Daí surge o arrependimento e o desejo de retirar”.

Ainda segundo Miguel, o que leva uma pessoa a se arrepender é o impulso da adolescência e o modismo. Já outros vivem em ambientes mais conservadores e a maioria quer eliminar um desenho que não tem o mesmo significado e sentido de quando fez, como o caso dos que têm gravado o nome de um ex-namorado. “Têm pessoas que querem remover porque o desenho perde a cor, por causa do emprego, ou porque com a maturidade passa a incomodar”, enfatiza o psicólogo.

Isabela Teixeira da Costa

Educar para Transformar

Coração da Terra
Coração da Terra

A população poderá votar nos projetos sociais na área da educação que serão beneficiados pelo Instituto MRV.

O Instituto MRV, organização sem fins lucrativos fundado pela MRV Engenharia em 2014, fez a segunda Chamada Pública para o patrocínio de projetos sociais na área da educação, com foco em esporte, meio ambiente e cultura, com o mote “Educar para Transformar”.

Os projetos selecionados serão disponibilizados para votação popular através do site do Instituto (www.institutomrv.com.br), entre os dias 1 e 7 de maio, e no dia 9 o Instituto MRV divulgará os quatro projetos mais votados pelo público que receberão cada um a quantia de R$70 mil.

O processo de aprovação dos projetos passará por uma Comissão Avaliadora e serão levados em consideração critérios como: alinhamento do projeto com a realidade da comunidade e áreas de atuação do programa; viabilidade técnica e financeira do projeto; compatibilidade de cronograma do projeto com duração do programa; motivação e potencial inovador do projeto.

Os responsáveis pelos projetos selecionados passarão por um treinamento na sede da MRV, em Belo Horizonte, que vai capacitá-los para desenvolver o projeto contemplado. No ano passado, os projetos que receberam o apoio do Instituto MRV foram:

O “Projeto Viver Basquete”, com a atuação em Nova Lima, investiu o valor recebido no ensino de esporte a crianças e jovens, oferecendo uma alternativa saudável contra a violência, possibilitando novas perspectivas para essas pessoas. As atividades conseguiram impactar diretamente 75 crianças e adolescentes.

O “Aprendizagem Criativa” que trabalhou com oficinas para aproximação de ciência e artes, por meio do desenvolvimento de projetos coletivos em bibliotecas, museus e parques da cidade de São Paulo. Foram realizados 14 oficinas em três escolas impactando 5.010 educandos.

O Projeto “Oportunidade para Brilhar” atua em Nova Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e contribui para a proteção de direitos das crianças e adolescentes expostas a vulnerabilidade social, por meio de atividades esportivas, realizadas fora do turno escolar. As ações impactaram diretamente 1.067 pessoas, envolvidas em atividades como tae-kwon-do, futsal e basquete.

O “Coração da Terra”, com sede em Belo Horizonte, trabalhou com educação ambiental, oferecendo oficinas sobre a conscientização ambiental, técnicas de utilização da terra como pigmento para o desenvolvimento e oficina de compostagem. O projeto conseguiu impactar 120 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos.

Boas ações devem ser divulgadas.

Isabela Teixeira da Costa

Com batata palha

Confira quatro receitas fáceis e criativas de entradas que o time de especialistas da Yoki criou e mandou para serem feitas com batata-palha, mostrando que ela não é apenas um bom acompanhamento. São eles: Salmão em crosta de batata palha, Batata Suiça de batata palha, bolinho de batata palha e Rolinho de abobrinha com batata palha.

 

Salmão em crosta de batata palha Foto Yoki/divulgação
Salmão em crosta de batata palha Foto Yoki/divulgação

Salmão em Crosta de Batata-Palha

Tempo de preparo: 30 min / Rendimento: 4 porções

 

Ingredientes:

1 kg de filé de salmão

2 claras (batidas em neve)

Sal e pimenta-do-reino a gosto

2 xícaras de chá de Batata-Palha Azeite e Ervas Yoki

2 xícaras de chá de vinagre Balsâmico

8 colheres de sopa de alimento à base de glicose Yoki

 

Passo a Passo:

Tempere os filés de salmão com sal e pimenta-do-reino, reserve. Passe os filés na clara em neve e depois na batata-palha pressionando bem. Leve ao forno em uma assadeira forrada com papel alumínio por 20 minutos. Para o molho, misture o vinagre e a glicose e leve ao fogo baixo até reduzir pela metade. Sirva os filés com o molho.

 

Batata Suiça Foto Yoki/divulgação
Batata Suiça Foto Yoki/divulgação

Batata Suíça de Batata-Palha

Tempo de preparo: 30 min / Rendimento: 3 porções

 

Ingredientes:

1 pacote de batata-palha Yoki (140g)

1 xícara de chá de leite (200ml)

1 ½ xícara de chá de queijo coalho ou provolone

100g de peito de peru ralado ou picado

Salsa a gosto

 

Passo a Passo:

Em uma vasilha, junte a batata-palha com o leite e deixe por alguns minutos até absorver todo o leite. Acrescente queijo e misture bem. Unte uma frigideira pequena (15 cm) antiaderente com óleo. Forre o fundo da frigideira com a massa, apertando bem com a ajuda de uma colher. Recheie com o peito de peru e a salsa. Cubra o recheio com a massa. Aperte bem. Leve ao fogo baixo e com a frigideira tampada. Doure de um lado, vire com cuidado e doure o outro. Retire do fogo, salpique a salsa para decorar e sirva quente.

 

Bolinho de batata palha Foto Yoki/divulgação
Bolinho de batata palha Foto Yoki/divulgação

Bolinho de Batata-Palha

Tempo de preparo: 30 min / Rendimento: 30 porções

 

Ingredientes:

1 pacote batata-palha Yoki (140g)

3 ovos

1 ½ xícara de chá de leite

1 ½ xícara de chá de muçarela ralada

⅔ xícara de chá de farinha de trigo

Sal e salsa a gosto

 

Passo a Passo:

Em uma tigela, misture todos os ingredientes até formar uma massa homogênea e consistente. Divida a massa em pequenas porções. Em uma panela, aqueça o óleo e frite as porções até ficar dourada. Retire o excesso de óleo sobre papel toalha. Sirva quente.

 

Rolinho de abobrinha Foto Yoki/divulgação
Rolinho de abobrinha Foto Yoki/divulgação

Rolinho de Abobrinha com Batata-Palha

Tempo de preparo: 45 min / Rendimento: 24 poções

 

Ingredientes:

4 abobrinhas italianas pequenas

250g de ricota

2 colheres de sopa de maionese

4 fatias de bacon

Raspas de 1 limão

Suco de limão

1 xícara de chá de Batata-Palha Extrafina Yoki

 

Passo a Passo:

Fatie as abobrinhas no sentido do comprimento, com a espessura de 0,5 cm. Em uma panela, grelhe cada fatia, virando dos dois lados, até ficarem macias. Reserve. Para o recheio, em um prato, coloque duas folhas de papel toalha. Coloque o bacon por cima e cubra com mais duas folhas de papel toalha. Leve ao micro-ondas por cerca de 4 minutos ou até que esteja crocante. Pique o bacon e reserve. Em uma tigela amasse a ricota e junte a maionese, o bacon, a raspa de limão com algumas gotas de limão. Misture bem. Acrescente 1/2 xícara de chá de batata-palha. Em cada fatia de abobrinha coloque uma porção do recheio na ponta, enrole e prenda com o palito. Passe cada lateral dos rolinhos pela batata-palha para decorar.