Outubro rosa alerta mulheres para o câncer de mama

Campanha Outubro rosa alerta para a importância de diagnóstico precoce do câncer de mama e aponta que a doença tem atingido mulheres cada vez mais jovens.

A campanha Outubro Rosa começou a surgir lá pelo ano de 1990 na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. Anos mais tarde, começou a ser realizado o Outubro Rosa em vários lugares mundo afora. E eu, como mulher e jornalista, não poderia deixar de registrar aqui a campanha.

Apesar de acreditar que todo mundo está careca de saber do que se trata, não custa falar mais uma vez que o Outubro Rosa nada mais é que uma campanha mundial de conscientização que tem como objetivo dar o alerta para mulheres e homens sobre a importância de fazer mamografia e obter um diagnóstico precoce do câncer de mama. O símbolo utilizado é um laço cor de rosa.

Ressaltei que o alerta é também para os homens porque homem também pode ter câncer de mama. Toda mulher deve fazer, constantemente, o autoexame. Para falar a verdade eu acho bem difícil de perceber qualquer diferença no toque, mas a minha ginecologista, Maria Norma Salvador Ligório afirma que no dia que tiver algo diferente eu vou sentir na hora; e também fazer a mamografia. Isso deve fazer parte da nossa rotina.

O câncer de mama é o tipo que mais provoca a morte de mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 60 mil novos casos por ano em mulheres cada vez mais jovens. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de cura. Segundo o INCA, se o tumor for descoberto com até 1 cm, há 95% de chance de cura, sem necessidade de fazer a mastectomia e em alguns casos sem quimioterapia. A entidade informa que, quando descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total.

Segundo pesquisa do Inca, feita no ano passado, 66,2% das descobertas da doença ocorrem pelas próprias pacientes com o autoexame. Uma matéria publicada no Correio Braziliense traz uma fala do coordenador-geral de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Fernando Maluf, que assusta: “A incidência em mulheres novas vem aumentando. A mamografia anual para mulheres com menos de 40 anos não é necessária, exceto nos casos de histórico familiar, mas o autoexame deve ser feito por todas, no mínimo uma vez por semana, porque uma em cada 10 mulheres tem ou vai ter o tumor. A incidência vem crescendo entre 5% e 10% nos últimos 10 anos. A população está envelhecendo, e isso (a doença) está muito relacionada à obesidade, ao sedentarismo. Os tumores femininos talvez sejam os que mais têm apresentado crescimento”, adverte o médico.

Apesar de o câncer ser uma doença, na maioria das vezes, com desenvolvimento silencioso, na mama ele pode apresentar alguns sintomas como nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e alterações na forma ou na textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase do tumor. Pode incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Em 70% dos casos, também são feitos tratamentos anti-hormonais. Esses procedimentos se tornam mais complicados conforme o estágio do tumor. Quando está avançando e é agressivo, ou quando a mulher não faz acompanhamento, a taxa de cura cai para 50%, 40%.

O importante, em caso de descobrir a doença, é encará-la com coragem e não como se fosse um bicho de sete cabeças. Dia 19 de outubro, é comemorado o Dia Internacional contra o Câncer de Mama, que tal aproveitar para fazer um check up na região e um papa Nicolau? Marque um retorno com seu ginecologista.

 

Isabela Teixeira da Costa

Poteiro

Retrospectiva de Antônio Poteiro que pode ser vista na Galeria Errol Flynn é a maior e mais representativa exposição já montada sobre o artista.

Antônio Poteiro. Mais fotos no fim do artigo

A Errol Flynn Galeria de Arte está com uma retrospectiva do artista plástico Antônio Poteiro, que poderá ser visitada até o dia 14 de outubro. Trata-se da maior e mais importante exposição do artista já feita no país.

São 90 obras – 83 pinturas e 7 cerâmicas – que apresentam a diversidade temática de Poteiro através de quadros clássicos como “O Cavaleiro”, “Brasil” e “Revoada em Verde” e esculturas como “Madona e o menino” e “Os Músicos”. De acordo com o curador Errol Flynn Júnior, as linhas imperfeitas e rugosas de Poteiro mescladas às suas inúmeras nuances imprimem uma arte totalmente peculiar, que consegue dar vida e movimento aos seus personagens, saltando aos olhos de todos. Sua pintura, como poucos artistas brasileiros, fala de brasilidade e das coisas do Brasil, suas lendas, tradições, suas riquezas, entre outros.

Antônio Poteiro

De carreira vertiginosa e brilhante, o artista português Antônio Batista de Sousa, mais conhecido como Antônio Poteiro (1925-2010), é autor de coloridos quadros e intuitivas esculturas em argila. Sujeito matuto, sonhava, desde criança, tonar-se um poeta. E assim o fez, segundo suas próprias palavras: “… fiz da cerâmica e da pintura a minha poesia”. Seu nome civil, pouco adequado a um artista, segundo a folclorista Regina Lacerda, foi acertado de acordo seu antigo ofício. “Sou geralmente chamado de Poteiro, por causa dos potes que faço”, afirmava.

Seu sucesso, rápido e intenso, foi de muita visibilidade e prestígio. Com menos de dez anos do início de sua carreira como artista, Poteiro expôs, em 1979, na conceituada Galeria Bonino, no Rio de Janeiro, onde voltou mais quatro outras vezes na próxima década. Daí em diante o artista alçou voos mais altos, levando sua bucólica arte “do Oiapoque ao Chuí”. Japão, Alemanha, Itália, Marrocos, França, México, Portugal foram alguns dos países que “conheceram” a sua irreverência e alegria.

Com obras sacras e profanas, Poteiro revelava uma narrativa impregnada de primitivismo, inteligência, bom-humor e ironia, com referências de um Brasil visto sob sua ótica. Para o renomado crítico Olívio Tavares de Araújo, sua arte é original, incisiva e rude. “[Poteiro] Nunca fez nem saberia fazer nada de ‘bonitinho’. Tanto na pintura quanto nas esculturas sua figuração é tosca, produto de sua mão de ex-oleiro, e as técnicas são simples. Na pintura, nada de transparências, velaturas, nenhum efeito fácil…”.

Já para Enock Sacramento, também notável crítico, Poteiro não tem compromisso com o verismo nem mesmo com a imagética referencial sedimentada pela tradição religiosa. “[Poteiro] Muitas vezes metamorfoseia seres e objetos, criando peças de sentido duplo ou ampliado, como se verifica em ‘Deus Tartaruga’. A pintura do artista possui uma qualidade formal e colorística surpreendente, uma organização exemplar e uma inventividade deslumbrante, difícil de encontrar na plástica brasileira. O que ele nos legou é de uma riqueza extraordinária, de uma magia envolvente e bela”.

Antônio Poteiro já foi congratulado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural do Brasil, entregue pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso (1997); com a Elaboração do prêmio Unesco para 2001 e com a Comenda de Oficial da Ordem do Mérito, Governo da República Portuguesa – Menção Honrosa na I Bienal Internacional de Óbidos, Portugal e recebeu outras inúmeras distinções e prêmios. Há vários filmes sobre o artista além de diversas referências bibliográficas.

Todas as obras integrantes desta mostra podem ser visualizadas no site www.errol.com.br.

Serviço

Exposição Retrospectiva “Poteiro, o colorista do Brasil”

Errol Flynn Galeria de Arte

Rua Alagoas, 977 – Savassi

Até 14 de outubro

De segundas às sextas-feiras, das 9h às 19h

Aos sábados, das 9h às 14h

Informações: (31) 3318-3830 – Errol Flynn Júnior ou Leonardo Flynn

Hidroterapia é ótimo para o coração

Pressão alta é um doença crônica e silenciosa, por isso mesmo, se torna perigosa e pode causar AVC e problemas cardíacos. Hidroterapia é um bom tratamento.

Consumo de bebidas alcoólicas e excessivo de sal, obesidade, sedentarismo, tabagismo, entre outros são alguns fatores que podem levar à hipertensão, doença que teve um aumento de 14,2% nos diagnósticos no Brasil, nos últimos 10 anos, segundo o estudo do Ministério da Saúde (MS). Direta ou indiretamente essa enfermidade está ligada a 50% das mortes causadas por doenças cardiovasculares no país.

A hipertensão é uma doença crônica caracterizada pelo resultado igual ou acima de 140 por 90 quando se mede a pressão arterial em repouso. Essa pressão é a força que o sangue imprime nas paredes das artérias, fazendo com que o coração bata mais forte ao bombear o sangue para todo o corpo. Quando há uma resistência do sangue ao passar pelas veias e artérias o quadro é considerado de pressão alta.

De acordo com o fisioterapeuta Rogério Celso Ferreira, diretor clínico da Fisior Hidroterapia de Belo Horizonte, se não diagnosticada e prescrito o tratamento, a hipertensão pode levar a complicações mais sérias, como AVC, infarto e arritmia cardíaca. “Por isso é recomendado sempre o acompanhamento médico, com o check-up frequente. Além disso, ter uma alimentação saudável e praticar alguma atividade física é fundamental para uma melhor qualidade de vida”, explica Rogério, que alerta as pessoas a procurarem um médico, que poderá diagnosticar e receitar o remédio correto.

Além dos medicamentos, a fisioterapia em água aquecida ou hidroterapia pode ser um complemento ao tratamento para os pacientes que sofrem com a hipertensão. “A fisioterapia aquática consiste em atividades realizadas dentro de uma piscina aquecida e orientadas por um fisioterapeuta. Por serem realizados dentro da água, os exercícios têm baixo impacto para as articulações. Além disso, a temperatura quente da água faz com que a circulação sanguínea seja ativada para levar mais oxigênio para todo o corpo, contribuindo assim para o sistema cardiovascular, melhorando a flexibilidade dos vasos e ajudando também na diminuição do estresse”, explica.

Rogério ressalta que pessoas hipertensas não devem realizar atividade física na água sem supervisão de um fisioterapeuta especialista em hidroterapia. “Alguns exercícios aumentam excessivamente o trabalho cardíaco e, consequentemente, a pressão sanguínea, e podem ocasionar acidentes hemorrágicos graves!”, orienta.

Como cuidar do seu pet na primavera

Mudanças de estação requerem maior cuidado com os cães e gatos, por causa do clima seco e quente, mudanças que afetam a saúde das pessoas e também dos animais.

Para cuidar melhor do seu animal de estimação nessa primavera, confira as dicas da médica veterinária Jaqueline Silveira, e da farmacêutica Sandra Schuster da docg.

1 – Pele e pelagem – Nesta época ocorrem as trocas da pelagem. Quedas de pelos em maior quantidade são normais, desde que não apresentem falhas ou sinais mais graves. “Com a troca de pelos a pele fica mais sensível podendo desencadear, com maior facilidade, eritemas (vermelhidão), pústulas (infecção bacteriana secundária), prurido (coceira) ou outros sinais dermatológicos mais graves. Nesses casos deve-se consultar um médico veterinário imediatamente”, indica Jaqueline.

A indicação é escovar os cães e gatos no mínimo três vezes por semana, principalmente os animais de pelos longos. Isso evita que os pelos embolem e tira o excesso de resíduos da pelagem.

Essa época do ano também pode ressecar a pele e deixar os pelos dos pets mais opacos. Nesses casos pode-se fazer o uso de suplementos e produtos tópicos, além de aumentar a frequência de hidratações no banho. Para recuperar a hidratação dos pelos, já existem os leave-in e ampolas. “Desenvolvemos produtos que trazem resultados rápidos e são práticos de utilizar”, conta Sandra. O leave-in é composto por vitamina E, queratina e D-pantenol, que promovem a hidratação e restauração dos pelos. E a ampola fortalece, dá brilho e restaura as pontas duplas.

2 – Banho e tosa – As tosas ajudam a refrescar os pets, mas deve ficar atento ao que é indicado para cada raça e cuidar para não deixar a pele do animal muito exposta, afinal a principal função dos pelos é proteger a pele contra as agressões do clima e da exposição solar. Capriche na tosa higiênica, estendendo-a até o peito do animal. Dessa forma ele consegue se refrescar, principalmente quando se acomoda em superfícies mais frias.

3 – Proteção solar – Algumas raças são mais sensíveis à exposição solar, como as de pelos curtos e pele branca. Os locais mais afetados são focinhos e orelhas, mas alguns pets são tão sensíveis que devem utilizar protetor na barriga e regiões com pouco pelo e, ainda, evitar o sol nos períodos mais intensos, para não correrem o risco de desenvolver lesões de queimadura solar e até mesmo melanoma (câncer de pele). Nesses casos, recomenda-se o uso do protetor solar veterinário, encontrado comercialmente pronto, com FPS 15 e 30, ou manipulado conforme prescrição.

4 – Ectoparasitas – Os ovos de pulgas, carrapatos, piolhos, moscas e mosquitos eclodem nas épocas do ano mais quentes, fazendo com que as larvas precisem se alimentar para seu desenvolvimento e reprodução. Para proteger os pets devemos utilizar antipulgas e carrapaticidas durante o ano todo, mas o cuidado deve ser redobrado nos períodos de maior calor, afinal além do incômodo com coceiras, os ectoparasitas transmitem doenças e podem causar alergias como a dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP).

5 – Doenças e vacinação – A combinação calor e chuva, comum na primavera, contribui para a proliferação de doenças como a Leptospirose, uma doença bacteriana transmitida para os cães de forma direta, através do contato com o vetor – o rato e sua urina contaminada – e de forma indireta, através de tecidos, alimentos e água contaminados. Essa bactéria penetra a pele, em mucosas ou lesões, ou ainda pode ser inalada. É uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para os humanos, e os cães podem ser transmissores mesmo não apresentando sinais clínicos.

A principal forma de prevenção se faz com a vacinação anual, ou semestral em locais de maior incidência e presença de ratos. As vacinas múltiplas para cães, como óctupla e déctupla apresentam proteção contra alguns sorovares (tipos) de leptospiras presentes no Brasil. Além disso é muito importante a higienização dos quintais e locais onde ficam os pets. “O principal cuidado é não deixar ração ou alimentos disponíveis nos canis e quintais, pois é essa a principal forma de contato do cão com o rato ou sua urina. Os ratos são atraídos pelo alimento e costumam urinar no local”, alerta Jaqueline. “O ideal é fornecer o alimento em horários específicos e retirar os pratos, mesmo que o pet não tenha ingerido tudo. Inclusive, a exposição da ração ao sol faz com essa fermente e, a posterior ingestão, pode causar problemas gástricos ao cão”, complementa.

Já a espécie felina é considerada resistente à infecção pois, mesmo quando entram em contato com a bactéria, não desenvolvem a doença. São raros os relatos de gatos positivos a Leptospirose, por isso não é necessária a imunização desses animais contra as leptospiras.

6 – Passeios – Segundo a veterinária, deve-se evitar passear com os pets nos horários mais quentes do dia, das 10h às 16h, para reduzir os riscos de queimaduras nos coxins (almofadinhas das patas), desidratação, queimaduras solares na pele, dificuldades respiratórias e de troca de calor. Cães e gatos não possuem glândulas sudoríparas, fazem a troca de calor apenas via coxins, focinho e língua, por isso sofrem muito mais com os efeitos das altas temperaturas que os humanos. As raças braquicefálicas (com focinhos achatados), como Pug, Shih Tzu, Pequinês, Buldogue Francês, Buldogue Inglês, Boston Terrier, Boxer, Dogue de Bordeaux e Persa, precisam de um cuidado ainda maior, pois a troca de calor é ainda mais dificultada pela sua anatomia.

Durante as caminhadas é indicado, além do uso do protetor solar, a utilização de sapatinhos e, até mesmo, bonés. Além disso, é necessário o uso de hidratantes veterinários específicos após o passeio, principalmente nas áreas dos coxins e focinho.

Escola ensina alimentação saudável

Colégio Batista Mineiro ensina alunos a ter uma alimentação saudável e equilibrada e tem horta escolar para estimular as crianças.

Outubro é um mês voltado para a saúde alimentar. Dia 11 é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e dia 16, é a vez do Dia da Alimentação. Especialistas estão cada vez mais empenhados em disseminar a importância e necessidade de educar as crianças sobre os hábitos alimentares. O que pode parecer uma conversa nova, já é papo antigo no Colégio Batista, em BH.

Um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade, que já era preocupante pelo crescimento dos casos em adultos, vem alertando médicos e pais para a obesidade infantil, assunto que já abordei diversas vezes por aqui. Projeções apontam que em 2025 haverá mais de 700 milhões de adultos e 75 milhões de crianças obesas em escala mundial. O que é um absurdo.

Já no Brasil de hoje, alguns levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. Entre crianças, esse número chega a 15%. Penso que um dos fatores que tem contribuído para esse crescimento, além da alimentação errada, é o fato da valorização da obesidade. Deixa eu explicar. A vida inteira pessoas obesas foram vítimas de bulling. Posso dizer de cadeira porque a vida inteira fui acima do peso. Mesmo que a afronta não seja direta, tem a indireta. De um tempo pra cá, os gordinhos passaram a se aceitar, a aumentar a autoestima.

Ótimo, acho sim que a pessoa tem que ser feliz e se aceitar o jeito que é, porém, não deve achar lindo estar obesa, ignorando os problemas de saúde que isso pode provocar. Eu precisei ter minha saúde afetada para cair a ficha, perceber o quão prejudicial à minha saúde foi ser gordinha e sedentária à vida inteira. Glicose alta, colesterol aumentado, princípio de artose nos dois joelhos. Mas isso é assunto para outro artigo.

Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo, a obesidade gera vários riscos à saúde, como: aumenta a incidência de doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, doenças respiratórias, doenças osteoarticulares, hipertensão arterial, insuficiência vascular periférica, trombose, cálculo biliar, cálculo renal, distúrbios hormonais, diabete, câncer de rim e câncer hormônio dependente, como mama, próstata e pâncreas, entre outras doenças.

Segundo Mercedes Maria Campolina, coordenadora do serviço de nutrição do Colégio Batista Mineiro, uma criança obesa tem grandes possibilidades de se tornar um adulto obeso. Por isso, os pais devem ficar atentos à alimentação de seus filhos. “O melhor ensino é o exemplo! As crianças não herdam apenas a genética dos seus pais, mas, também, seus hábitos alimentares. Portanto é muito importante que a família desenvolva práticas alimentares saudáveis em casa, no dia a dia. Eventualmente não há problemas no consumo de alimentos fora deste padrão quando na rotina diária a alimentação é adequada. Costumo dizer que podemos resumir os cuidados alimentares em três regras: o alimento certo, na hora certa e na quantidade certa!”, explica a nutricionista, que acredita que a escola é uma das grandes parceiras da família na construção de diversos valores, inclusive os alimentares.

Em 2015, o Batista implantou o Serviço de Educação Integral na unidade Floresta, e com ele, o projeto Horta Escolar, um exemplo de ação que visa incentivar e conscientizar as crianças sobre a importância de uma boa alimentação.

Focado nos alunos de 2 a 6 anos, a iniciativa proporciona às crianças uma vivência concreta e prazerosa do estudo das plantas, observando seu crescimento, as variedades de frutas e hortaliças, noções de plantio, sustentabilidade e preservação da natureza.

“Um fato interessante é que as hortaliças e legumes cultivados na horta escolar são usados na alimentação escolar com muito sucesso. Todos querem provar, porque são fruto do trabalho deles”, conta Edi Soares Moura, coordenadora do SEI Plus.

Edi revela que os resultados obtidos nesses anos de Horta Escolar são ótimos, incluindo melhor aceitação das verduras e legumes e conscientização da importância de uma alimentação saudável e nutritiva. “A horta inserida no ambiente escolar torna-se um laboratório vivo, que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas. Unindo teoria e prática de forma contextualizada, auxilia no processo de ensino, aprendizagem e estreita a relação por meio da promoção do trabalho coletivo”, revela.

Edi destaca ainda que os alunos, mais conscientes da boa alimentação, tornam-se defensores e incentivadores dos bons hábitos em casa. “Os pais apoiam a ideia e acham fantástica a iniciativa! Os alunos levam para casa as mudas produzidas por eles, e junto com a família cuidam até o momento da preparação”, finaliza.

 

Isabela Teixeira da Costa

Lixar os pés é bom?

Adoro lixar meus pés quando vou à pedicure, mas dermatologistas alegam que este hábito não é tão bom e explicam como deve ser feita esfoliação na área.

Tenho costume de fazer meus pés sempre com a Solange, no LG Studio, de Laura Nunes. Solange já conhece os cantinhos que incomodam e tira o que tem que ser retirado na medida certa, lixa meus pés, e como amo uma boa massagem, prefiro não passar esmalte para que o tempo da massagem com creme hidratante seja maior. Como nunca marco hora – jornalista é assim, não consegue ter agenda fixa –, vou na hora que dá, e vez ou outra Solange está ocupada e nem sempre posso esperar ela desocupar.

Em uma dessas vezes fui atendida pela Regina, outra profissional do salão muito competente também. Reparei que ela não lixou meu pé e reclamei a hora. Ela olhou para mim como se olhasse para um ET. E sem nenhuma cerimônia, mas com muita educação disse que não lixava o pé de ninguém, porque não era bom. E muito incomodada disse que se eu fizesse questão lixaria o meu. Como eu vi o tanto que aquilo era quase um “sacrilégio” para ela, abri mão. Fez uma esfoliação no meu pé com uma ótima massagem.

Tenho que confessar que sinto uma sensação de limpeza quando lixam meu pé. É bom demais. Pelo visto a Regina é que está com a razão. A dermatologista Claudia Marçal, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), diz que a pele dos pés é naturalmente mais espessa e por isso a esfoliação e hidratação são dois processos importantes nos cuidados com os pés. Mas alerta com relação ao uso das lixas, alegando que elas podem ser prejudiciais.

“A pele dos pés, na região plantar – da sola –, tem em média seis milímetros de espessura e é composta pela epiderme, com uma área que tem mais queratina, que uma proteína morta, por isso é mais espessa. Mesmo que esteja densa demais, lixar – principalmente com lixas elétricas – não é uma boa opção. Quanto mais agressivo for o quadro de esfoliação, maior será o rebote produzido pela pele, com uma resposta natural do corpo de espessamento ainda maior. As lixas elétricas são altamente prejudiciais. Além disso, num primeiro momento, nós podemos perder a capacidade natural de autoproteção, tirando também o estrato córneo natural que protege os pés, o que abre a porta de entrada para fungos e bactérias, além de aumentar a sensibilidade, e ajudar no desenvolvimento de dermatite irritativa ou de contato”, alerta Cláudia, que também não recomenda a retirada de camadas ou de áreas mais grossas da pele com lâminas ou aparelhos elétricos. “A retirada da pele com lâminas ou aparelhos elétricos provoca um dano na estrutura da epiderme e favorece um processo de reconstrução irregular com um quadro de espessamento anômalo.”

Cláudia Marçal recomenda o uso de esfoliantes naturais para resolver o problema da pele da região mais áspera, grossa e esbranquiçada, por conta do acúmulo de queratina. “Esse é um sinal de perda de integridade da barreira cutânea, dessa forma, a pele fica seca, já que não conta com a formação adequada de água e lipídeos. Uma vez que a região da planta dos pés suporta todo o peso do corpo e faz atrito constante com o solado dos calçados, que muitas vezes é constituído por substâncias sintéticas ou couro sintético, ou mesmo os pigmentos presentes nesses materiais, isso acaba provocando um quadro de irritação com tentativa natural de espessamento para autoproteção”, destaca. Ela indica esfoliantes à base de cremes, microesferas em óleos ou creme que esfolia, hidrata e amacia.

“A esfoliação natural é a melhor forma para resolver o problema com a pele dos pés mais grossa. Antes de esfoliar, os pés devem ser embebidos numa solução que pode ser de água com uma mistura de óleos, ou mesmo com alguns extratos naturais (de mentha piperita, de hortelã, de óleo de alecrim ou de amêndoas) e só depois fazer a esfoliação, em movimentos circulares e na região do dorso e da planta dos pés, e posteriormente a hidratação. Os pés úmidos facilitam a retirada do processo das células mortas, ou seja, a queratina. E não há a possibilidade de machucar, uma vez que, com a pele úmida, há um processo melhor de esfoliação e depois de hidratação. A pedra pomes úmida pode ser usada em alguns casos para que sejam retirados somente os espessamentos necessários”, esclarece Cláudia.

A dermatologista ensina soluções caseiras como esfoliantes: “Podemos usar sal grosso, numa emulsão com óleos naturais, ou mistura de açúcar com mel para fazer a esfoliação e logo depois o uso de um bom creme hidratante à base de lanolina, vaselina, manteiga de karité, Vitamina E, Pro Vitamina B5 e a ureia. É fundamental fazer hidratação reparadora e compensatória para evitar que haja o efeito rebote”, detalha.

“Muitas vezes percebemos a descamação que pode ser causada apenas pelo processo de secura excessiva, mas pode ser devido a uma alteração muito comum na planta dos pés chamada desidrose, ou um processo de doença desidrótica. Ela ocorre por uma hipersudorese local que provoca um quadro de dermatite de contato, que pode ser contaminado secundariamente por fungos e bactérias. Apenas a questão da planta dos pés estar esbranquiçada, na maioria das vezes, não é sinônimo de doença, mas de falta de hidratação. Quando isso ocorre de uma maneira progressiva, a pele pode ficar mais áspera, mais rugosa e com a formação de pequenas fissuras, principalmente na região dos calcanhares. Por isso, a esfoliação e hidratação são fundamentais”, finaliza.

Isabela Teixeira da Costa

Exposição

Mostra Prosaica Humanidade revela a face do homem comum nas obras de grandes artistas entre eles Goya, Marc Chagall, Goeldi.

Marc Chagall

Abre amanhã, 28 de setembro, na cAsA – Obras Sobre Papel, uma exposição de coletiva com 37 gravuras de 29 artistas entre eles Erik Desmazières, Käthe Kollwitz, Evandro Carlos Jardim, Francisco Goya, Marc Chagall, Oswaldo Goeldi e Renina Katz.

Para quem não sabe, a cAsA – Obras Sobre Papel foi inaugurada em Belo Horizonte em 2015, e tem como princípio abrir suas portas para a realização de exposições, encontros, discussão de ideias e promoção da arte sobre papel em todas as suas manifestações, sobretudo a gravura.

A nova mostra apresenta o homem comum em suas atividades, do banal, passando pelo sofrimento e o trabalho até chegar à morte. A curadoria assinada pela equipe da cAsA, Lucia Palhano, Paulo Rocha e Thyer Machado, Prosaica Humanidade busca trazer a discussão sobre a representação do homem que, na historiografia tradicional das artes, sempre foi retratado com idealização. “A mostra revela a face dos vencidos, do homem comum, colocando em relevo outras narrativas a contrapelo da história dos vencedores. Em uma sociedade que frequentemente renega experiências de sofrimento e compele o ser humano a vivências anestesiadas, a arte (quem sabe) pode oferecer outras possibilidades, a partir do encontro com as imagens. Tal relação dos corpos com estas obras talvez possa questionar e impactar quem se lança nesse embate”, explicam os curadores.

Francisco Goya

As gravuras da exposição expõem o banal, pessoas em suas atividades íntimas, a vida rotineira em família, mães amamentando, pessoas bebendo, trabalhadores dormindo. É possível ver o sofrimento, como a figura materna acolhendo o filho morto na obra impactante de Käthe Kollwitz. O trabalho se faz presente por meio de imagens de operários, açougueiros, trabalhadores campesinos e desempregados, revelando a face desumana do trabalho. Rostos humanos também aparecem, caminhando do realismo até imagens degradadas, em que na última gravura, de Erik Desmazières, há apenas uma caveira. O fim.

 

 

Käthe Kollwitz

SERVIÇO:

Prosaica Humanidade

Abertura: 28 de setembro,  às 20h

Visitação: de 29 de setembro a 23 de dezembro

De segunda a sexta, das 10h às 19h. Aos sábados de 10h às 14h

Local: cAsA – Obras Sobre Papel – Av. Brasil 75 – Sta. Efigênia

Informações: (31) 2534-0899

Entrada franca

 

Artistas participantes da exposição:

  1. Anestor Tavares – BRASIL
  2. Angelo Canevari – ITALIA
  3. Benito Quinquela Martin – ARGENTINA
  4. Bernd Koblischek – ALEMANHA
  5. Clare Leighton – INGLATERRA
  6. Danúbio Gonçalves – BRASIL
  7. Edgard Cognat – BRASIL
  8. Erik​ ​Desmazières​ – FRANÇA
  9. Evandro​ ​Carlos​ ​Jardim​ – BRASIL
  10. Francesc Domingo Segura – ESPANHA
  11. Francisco​ ​Goya​ – ESPANHA
  12. Glauco Rodrigues – BRASIL
  13. Hannah Brandt – BRASIL
  14. Hans Steiner – ÁUSTRIA
  15. Ignaz Epper – SUÍÇA
  16. J. Barros – BRASIL
  17. Johann Robert Schürch – SUÍÇA
  18. John Edward Costigan – ESTADOS UNIDOS
  19. Käthe​ ​Kollwitz​ – ALEMANHA
  20. Leonard Baskin – ESTADOS UNIDOS
  21. Lionel Le Couteux – FRANÇA
  22. Marc​ ​Chagall​ – BIELORUSSIA
  23. Max Liebermann – ALEMANHA
  24. Octávio Araújo – BRASIL
  25. Oswaldo​ ​Goeldi​ – BRASIL
  26. Ramon Rodrigues – BRASIL
  27. Renina​ ​Katz​ – BRASIL
  28. Robert E. Marx – ESTADOS UNIDOS
  29. Winslow Homer – ESTADOS UNIDOS

Escolha de vida

Todos passamos por problemas, como vamos enfrentá-los, encarar a vida e escolher como viver depende de cada um.

Tenho uma amiga das antigas que gosto muito e passei a admirar mais ainda nos últimos tempos. Fomos colegas de colégio e passamos a adolescência e juventude juntas. Éramos muito ligadas mesmo. Infelizmente, depois dos 20 e poucos anos, por causa do rumo da vida toma – entrada em universidades diferentes, ingresso na vida profissional, etc –, acabamos nos distanciando bastante. Porém, de uns tempos pra cá voltamos a conviver de forma mais próximas, para minha grande alegria.

Coloquei um apelido carinhoso nela (e, tenho que confessar, bastante debochado), só entre nós duas: amiga hiena, porque dizem que a hiena ri da desgraça plena. O ex- estilista e apresentador Clodovil Hernandez definiu muito bem o animal quando disse “hiena come merda, faz sexo uma vez ao ano e ri o tempo todo”. Minha amiga é assim, apesar de todas as adversidades que passou na vida é uma pessoa completamente feliz e alegre. Ela escolheu ser assim. E sua alegria contagia a todos que convivem com essa criatura única.  Se estiver pra baixo e encontrar com ela, rapinho vai estar de alto astral.

Como ficamos muitos anos privadas do convívio próximo, consequentemente não acompanhei o que passou na vida adulta. Sei que quando era adolescente namorou firme um amigo nosso, por anos, chegou a ficar noiva. Ele aprontava todas com ela, o que a maioria dos rapazes faz, deixa a namorada em casa e vai pra farra, depois dava uma desculpa porca, jogava a lábia e conseguia engrupir a coitada, que acabava perdoando. Eu sempre pensei que esse excesso de perdão era em função do grande amor.

Outro dia saímos, eu, ela e uma outra grande amiga da mesma época e acabamos compartilhando nossas experiências. Só aí fiquei sabendo o quanto ela sofreu nas mãos dele, muito mais do que eu poderia imaginar. Aí entendi todo aquele perdão e percebi que não passava de baixa autoestima somada a uma “culpa” e um sentimento de “obrigação” de ficar com ele. Graças a Deus, em um momento da vida a ficha caiu e ela conseguiu se posicionar e sair fora.

Hoje, é uma mulher casada, excelente mãe, ótima profissional, pessoa de caráter e personalidade, porém, infelizmente, não conseguiu ter uma vida completamente realizada. Apesar de se dar muito bem com o marido, continua enfrentando problemas, dos quais não consegue se desvencilhar, mesmo assim, é uma mulher resolvida e decidiu extrair o lado bom de tudo.

Aprendeu a se dar bem com o marido, apesar de ele simplesmente não querer trabalhar. Opção de vida, emprego: viver às custas da mulher. E não é por falta de capacidade, é por preguiça mesmo, pois ele é profissional liberal. Se ela quiser separar dele ainda vai ter que pagar pensão pro bacana. Pode??? Isso me dá nos nervos, mas ela sublimou tudo isso, decidiu ser feliz, viver bem em família. E quem a conhece sabe que suas atitudes são sinceras, não é fingimento. É escolha e opção de vida.

Uma atitude assim é exemplar e invejável. Penso que deveríamos nos espelhar nessas pessoas. Acho a vida seria mais leve e fácil de levar.

Isabela Teixeira da Costa

Curiosidade interessante

Estatística é uma ferramenta e um estudo bem útil e interessante, e em alguns casos pode servir apenas para satisfazer curiosidades, mas vale a pena.

José e Maria eram os nomes mais comuns / Foto do Instituto de Identificação

Gosto de assistir o novo quadro do Caldeirão do Huck, Quem quer ser um milionário, do mesmo modo que amava assistir o Show do Milhão, que Silvio Santos comandou por alguns anos, com grande sucesso. Por sinal o jogo é o mesmo, só muda o nome e o tipo de ajuda, que no programa do Silvio tinha os universitários, que até hoje é usado como jargão. Enfim, é uma delícia tentar responder as perguntas e ver como está nossos conhecimentos gerais.

No último sábado foi um professor universitário de TI de São João Del Rei, que estava indo até muito bem, e no bate-papo com Luciano, ele disse uma coisa que deve ter surpreendido muita gente. Disse que não usa redes sociais porque as pessoas ainda não sabem fazer bom uso delas. Vindo de um professor de TI, a resposta foi no mínimo curiosa. Ele explicou.

Eu entendi e concordo. Também não acredito que as redes sociais foram criadas para que as pessoas exponham suas vidas como têm feito. Outro dia, recebi um release de um novo aplicativo que foi lançado de aprovação de look. Achei interessante porque pensei que você postasse a foto da roupa que pretendesse usar, dizendo para qual ocasião era, e que o aplicativo faria uma análise, baseado em informações e dados, e diria se a roupa estava apropriada ou não. Que nada, a pessoa posta a foto e um monte de gente que usa o mesmo aplicativo, que não entende nada de nada, dá palpite. Ou seja, mais um aplicativo para as pessoas se mostrarem. Achei o fim da picada.

Sempre gostei de estatística. Tomei bomba em física no primeiro ano científico. Como já trabalhava como secretária do meu pai, fui estudar no Instituto Técnico Executivo e o meu segundo grau foi técnico em secretariado. Ali tive o primeiro contato com estatística e amei. Anos mais tarde, quando fiz uma pós-graduação em Jornalismo, na antiga Fafi-BH – hoje Uni-BH –, novo contato e depois, fiz outra pós no IEC-PUC e nova disciplina de estatística, ministrada por minha amida e  colega Bertha Maakaroum, que é fera no assunto. E me encantei mais ainda com pesquisas e estatísticas.

Outro dia uma amiga me mandou um link de uma matéria de saiu no em.com.br sobre uma pesquisa do IBGE que para eles é um estudo e para muita gente não passa de uma simples curiosidade interessante. Uma ferramenta para pesquisar quantos nomes iguais ao seu existem no país, qual o índice de popularidade e a trajetória histórica do seu nome. Achei bem interessante saber se meu nome está na moda ou caiu em desuso.

Bem, o meu está em alta. Na minha época de colégio só tinham duas Isabelas, eu e mais uma. Até eu ter meus 35 anos, não topava com xarás mundo afora. Encontrava com Isabel, mas o a no final, que faz toda a diferença era coisa rara. Um dia a minha filha me contou que uma amiga dela perguntou por que sua mãe tinha nome de gente nova. Eu ri muito e respondi que as meninas é que estavam recebendo nome de gente velha.

Para quem interessar, segue o link https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2017/09/10/interna_nacional,899170/seu-nome-esta-na-moda-ou-caiu-em-desuso-faca-o-teste-e-descubra.shtml

Só para terem uma noção, no ano em que eu nasci (1960), existiam 1.643 Isabelas no país inteiro, em 2000, existiam 126.593. Nomezinho popular, né não… Só conhecia uma Valentina na vida, uma amiga. De um tempo pra cá, várias crianças que nascem estão recendo este nome. Antes de 1930 existiam apenas 389 Valentinas no Brasil. Já em 2000, o número cresceu para 9.025 pessoas. Ou seja: Valentina é tendência. O nome José, apesar de ser o campeão no gênero masculino, está em baixa. Ele teve um pico em 1960, quando mais de um milhão de pessoas foram batizadas assim, mas por volta dos anos 2000, a frequência caiu e o número de pessoas que se chamam José foi para 316.568 pessoas.

Entrem lá e descubram seus nomes.

Isabela Teixeira da Costa

Novos tempos

A cada dia que passa me surpreendo mais com o avanço no trato das crianças recém-nascidas e da grande diferença de como era há 30 anos.

Semana passada chegou mais um bebê na família. Quanta alegria. Agora já tenho cinco sobrinhas netas. Catarina, Bárbara, Marina, Vitória e a caçulinha da turma, Clara. Para falar a verdade, comecei a perceber as diferenças quando minha sobrinha mais nova, Julia, que também é minha afilhada, nasceu.

Ela está com 10 anos e nasceu prematura. Minha cunhada Patrícia teve pré-eclâmpsia e a gravidez teve que ser interrompida. Júlia nasceu, ficou 40 dias na UTI neonatal, fez uma cirurgia no coração, mas graças a Deus venceu e se transformou em uma menina linda, alegre, forte. Foi uma bebezinha que nasceu lutando.

Com a internação antecipada da Patrícia, não tivemos tempo de fazer chá de bebê então saí às pressas para fazer o enxoval e comecei a ver as diferenças. Minha filha Luisa estava, na época, com 19 anos. Lembro até hoje quando fiz seu enxoval. Usava cueiro, o bebê ficava enroladinho. Quando falei isso na loja as moças riram de mim. Cueiro já era, ninguém usava mais. Só manta mesmo.

Outra novidade para mim foram as roupinhas para prematuros. Nunca soube que existiam, para mim teriam que ser as de recém-nascidos, que ficariam ENORMES, e paciência, mas não, tinham as pequetitinhas, para ficarem mais confortáveis. Achei muito legal.

Depois, vieram Catarina e Bárbara. Bárbara ficou mais próxima, porque morou mais de um ano na casa de minha irmã, que mora no mesmo prédio que eu, então acompanhei mais de perto seu desenvolvimento. Rafaela, mãe de Bárbara, é fonoaudióloga e pude perceber as diferenças. Dois anos de diferença com a Júlia e mais um item descartado: a mamadeira. Que mamadeira que nada, ou mama no peito, ou bebe chá na chuquinha. Passou disso, entram os copinhos com aquela tampa que tem um bico com três furinhos e a criança chupa por ali.

Na quinta-feira fui ao hospital visitar a Clara e fiquei chocada com o que eu vi. A Clara, com um dia de nascida, no colo da enfermeira, tomando leite no copinho descartável de café. Oi? Heim? Como? Fim dos tempos. Onde está a mamadeira, meu Deus??? E a bebê não engasga? Bom, foi um tempo com calma, gole por gole, de vez em quando saía um pouquinho e a enfermeira recuperava com o copinho e nessa brincadeira a pequena tomou 25 ml de leite. Parava de tempos em tempos para arrotar. O último arroto foi no meu colo. Depois dormiu um sonão, que eu não fiquei para ver, afinal, visita de hospital tem que ser curta porque a mãe fica exausta, pelo parto, pela adaptação com o bebê e pelo entra e sai de visitas.

Conversei um pouco com as enfermeiras sobre a novidade e elas disseram que é a melhor forma de alimentar os bebês. Eles não pegam outro tipo de bico, que vão liberar um volume maior de leite e com isso não corre o risco de rejeitarem o peito materno e não tem perigo de mudar a anatomia da boquinha dos bebês, pois não estão introduzindo nada em suas bocas.

Questionadas sobre os riscos de engasgar, elas disseram que tem que ter certa prática, paciência, calma, e que não ensinam as mães a fazerem assim em casa, para evitar esse risco, que pode sim ocorrer. Mas fiz uma pesquisa na internet, e tem várias profissionais que ajudam em aleitamento, que já usam essa técnica. Inclusive tenho uma sobrinha, a Renata Maia, que é doula e também faz orientação e acompanhamento pós-parto e de aleitamento, que é craque no assunto, e ensina todos esses macetes para as novas mamães.

Fiquei impressionada. Novos tempos. Onde vamos parar?

Isabela Teixeira da Costa