Estatística é uma ferramenta e um estudo bem útil e interessante, e em alguns casos pode servir apenas para satisfazer curiosidades, mas vale a pena.
Gosto de assistir o novo quadro do Caldeirão do Huck, Quem quer ser um milionário, do mesmo modo que amava assistir o Show do Milhão, que Silvio Santos comandou por alguns anos, com grande sucesso. Por sinal o jogo é o mesmo, só muda o nome e o tipo de ajuda, que no programa do Silvio tinha os universitários, que até hoje é usado como jargão. Enfim, é uma delícia tentar responder as perguntas e ver como está nossos conhecimentos gerais.
No último sábado foi um professor universitário de TI de São João Del Rei, que estava indo até muito bem, e no bate-papo com Luciano, ele disse uma coisa que deve ter surpreendido muita gente. Disse que não usa redes sociais porque as pessoas ainda não sabem fazer bom uso delas. Vindo de um professor de TI, a resposta foi no mínimo curiosa. Ele explicou.
Eu entendi e concordo. Também não acredito que as redes sociais foram criadas para que as pessoas exponham suas vidas como têm feito. Outro dia, recebi um release de um novo aplicativo que foi lançado de aprovação de look. Achei interessante porque pensei que você postasse a foto da roupa que pretendesse usar, dizendo para qual ocasião era, e que o aplicativo faria uma análise, baseado em informações e dados, e diria se a roupa estava apropriada ou não. Que nada, a pessoa posta a foto e um monte de gente que usa o mesmo aplicativo, que não entende nada de nada, dá palpite. Ou seja, mais um aplicativo para as pessoas se mostrarem. Achei o fim da picada.
Sempre gostei de estatística. Tomei bomba em física no primeiro ano científico. Como já trabalhava como secretária do meu pai, fui estudar no Instituto Técnico Executivo e o meu segundo grau foi técnico em secretariado. Ali tive o primeiro contato com estatística e amei. Anos mais tarde, quando fiz uma pós-graduação em Jornalismo, na antiga Fafi-BH – hoje Uni-BH –, novo contato e depois, fiz outra pós no IEC-PUC e nova disciplina de estatística, ministrada por minha amida e colega Bertha Maakaroum, que é fera no assunto. E me encantei mais ainda com pesquisas e estatísticas.
Outro dia uma amiga me mandou um link de uma matéria de saiu no em.com.br sobre uma pesquisa do IBGE que para eles é um estudo e para muita gente não passa de uma simples curiosidade interessante. Uma ferramenta para pesquisar quantos nomes iguais ao seu existem no país, qual o índice de popularidade e a trajetória histórica do seu nome. Achei bem interessante saber se meu nome está na moda ou caiu em desuso.
Bem, o meu está em alta. Na minha época de colégio só tinham duas Isabelas, eu e mais uma. Até eu ter meus 35 anos, não topava com xarás mundo afora. Encontrava com Isabel, mas o a no final, que faz toda a diferença era coisa rara. Um dia a minha filha me contou que uma amiga dela perguntou por que sua mãe tinha nome de gente nova. Eu ri muito e respondi que as meninas é que estavam recebendo nome de gente velha.
Para quem interessar, segue o link https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2017/09/10/interna_nacional,899170/seu-nome-esta-na-moda-ou-caiu-em-desuso-faca-o-teste-e-descubra.shtml
Só para terem uma noção, no ano em que eu nasci (1960), existiam 1.643 Isabelas no país inteiro, em 2000, existiam 126.593. Nomezinho popular, né não… Só conhecia uma Valentina na vida, uma amiga. De um tempo pra cá, várias crianças que nascem estão recendo este nome. Antes de 1930 existiam apenas 389 Valentinas no Brasil. Já em 2000, o número cresceu para 9.025 pessoas. Ou seja: Valentina é tendência. O nome José, apesar de ser o campeão no gênero masculino, está em baixa. Ele teve um pico em 1960, quando mais de um milhão de pessoas foram batizadas assim, mas por volta dos anos 2000, a frequência caiu e o número de pessoas que se chamam José foi para 316.568 pessoas.
Entrem lá e descubram seus nomes.
Isabela Teixeira da Costa