Depressão infantil

Crianças estão sofrendo de depressão e os casos dobraram nos últimos dez anos. É assustador.

Sabe aquelas coisas que nunca passam pela sua cabeça? Pois  bem, tomei conhecimento do lançamento de um livro que aborda a depressão infantil. Isso me alertou para um fato sobre o qual nunca pensei. Por sinal, nunca soube que criança sofresse de depressão e isso, além de me preocupar bastante, me chocou.

Nos últimos 10 anos, o índice de crianças entre os 6 e 12 anos com depressão saltou de 4,5% para 8%, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, o mal do século tem atingido até aqueles que deveriam estar se preocupando apenas em brincar, mas ao invés disso, estão colocando as pressões contemporâneas sobre ombrinhos tão pequenos.

Mas será que a culpa disso é da correria obrigatória dos tempos atuais, que abala o psicológico de todos, inclusive das crianças? Afinal, não são as próprias pessoas que criam esse ritmo frenético? Ou elas não têm escolha e precisam se adequar ao sistema? Denise Seixas, autora de A Essência da Mulher, traz questionamentos sobre a saúde mental do ser humano desde a infância, período essencial na formação da personalidade.

Os primeiros anos da infância são fundamentais para o desenvolvimento emocional de uma pessoa. Nessa época, a linguagem é essencialmente física e, por essa razão, o afeto, o carinho e o tom de voz, por exemplo, geram marcas que permanecerão por toda a vida.

A depressão infantil é caracterizada pela presença dos seguintes sinais e sintomas, os quais podem se apresentar de forma mascarada: baixo desempenho escolar, pouca capacidade para se divertir (anedonia), sonolência ou insônia, mudança no padrão alimentar, fadiga excessiva, queixas físicas, irritabilidade, sentimentos de culpa, sentimentos de desvalia, sentimentos depressivos, ideação e atos suicida, choro, afeto deprimido, facies depressivas, hiperatividade ou hipoatividade.

Apesar do atual modo de viver afetar as pessoas involuntariamente, os pais e a família ainda são os fatores mais importantes na vida de uma criança. Em sua obra, Denise ensina sobre o quanto o exemplo e o comportamento do adulto são essenciais para criar um filho feliz, que acredita em si mesmo e é estimulado a superar seus limites. Posteriormente, a criança que é amada e encorajada torna-se um adulto saudável em todos os aspectos, até mesmo nos dias de hoje.

Segundo os estudos de Nissen em 1970 e de outros autores posteriores a ele, as causas que levam crianças à depressão estão relacionadas a problemas familiares. Os problemas conjugais; financeiros; a cobrança exagerada por parte dos pais e da sociedade em relação ao desenvolvimento da criança; a falta de contato da criança com os pais em função de suas responsabilidades profissionais e necessidades de sobrevivência, o que impede que haja um vínculo afetivo positivo, são fatores que contribuem para o aumento da possibilidade das crianças desenvolverem transtornos, sendo a depressão infantil um deles, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicossocial e acadêmico da criança.
Além disso, podemos destacar outros fatores que causam a depressão infantilI: a morte de um dos pais, dos avós ou de um ente querido muito próximo, maus tratos dentro da família; filho indesejado, filho somente de um dos pais; alcoolismo, entre outros.

“A prevenção passa pelo conhecimento da dinâmica familiar. A prevenção ideal seria orientar os pais para estabelecerem laços mais afetivos com os filhos, estimulando-os em seu desenvolvimento psicossocial. Sabemos que é uma meta muito difícil de ser atingida, pois os problemas sociais e econômicos que essa família vivencia são alheios a sua vontade, que somados aos problemas conjugais e a separação dos casais, esses problemas aumentam consideravelmente, acarretando grandes conflitos nos filhos, principalmente, os menores. São, como podemos ver, problemas que geram causas, que na maioria das vezes, os próprios pais são impotentes para solucioná-los”, explicam os professores Genário e Adriana Barbosa, especialistas no assunto .

Isabela Teixeira da Costa

Fonte: pediatriaemfoco.com.br

Joias

Para o verão, a cor de 2018, o Ultra Violet, escolhido pela Pantone para a indústria da moda e do design, já virou joia na coleção da Manoel Bernardes.

A Pantone definiu a cor Ultra Violet como tendência para este ano. Complexo e contemplativo, o tom sugere os mistérios do Cosmos, a intriga daquilo que ainda está por vir e as descobertas que estão além do lugar onde nos encontramos agora. O vasto e ilimitado céu noturno é simbólico do que é possível fazer para continuar a se inspirar no desejo de perseguir um mundo que está além do nosso.

A joalheria Manoel Bernardes trouxe em sua coleção de verão a tendência dessa cor explorando a tanzanita, uma gema valiosa, sobretudo por sua raridade. A variação de cores permeia entre o azul safira, violeta e verde. Na coleção Essência, a Manoel Bernardes utilizou a pedra em sua variação violeta combinada com pérolas, diamantes e ouro branco. “A cor marcante e expressiva nos inspirou para fazer parte da linha ‘Etério’, caracterizada por formas simples e geométricas, leves e móveis, feitas de vazados e assimetria. O grande destaque da linha fica por conta da tanzanita e apresenta delicados pontos púrpura”, destaca Manoel Bernardes, presidente da joalheria.

Outra gema de cor púrpura utilizada na coleção foi a iolita, cujo nome é derivado de duas palavras gregas que significam roxo e pedra, possui diversas tonalidades, do azul ao roxo, cinza, amarelada, marrom e, algumas vezes, esverdeada. A gema poderá parecer violeta de uma lado, clara como a água de outro e no topo pode parecer amarelo mel. Por conta desta variedade de tons, quando trabalhada pela joalheria a iolita apresenta desafios, se o ourives não tiver muita habilidade ao cortá-la, esse efeito de cores será perdido. A joalheria utilizou a gema em sua linha intitulada Bucólico que representa a simplicidade, que não está na forma, mas nos símbolos de um ambiente campestre, que convida à delicadeza em contraposição ao duro cotidiano. As formas das peças foram inspiradas na natureza, como lavanda, flores e borboletas. A assimetria, identidade da marca, é mantida nessa linha, que utiliza diamantes, pedras claras e transparentes.

Verão acelera a degeneração da visão

Sol forte durante o dia afeta os olhos. Medicamentos que tomamos normalmente, aumentam a absorção da radiação UV e da luz azul pelos olhos. Conheça os alimentos que podem bloquear este efeito.

Recebi um material que me deixou preocupada, sobre um assunto que realmente nunca pensei. Nossa visão, que é preciosa, e o efeito que o sol pode causar a ela. Li atentamente e achei importante compartilhar a informação e alertar meus leitores.

No verão nossos olhos correm mais risco de degeneração. Quando ficamos trancafiados nos escritórios ou em casa  a absorção da radiação UV (ultravioleta) emitida pelas lentes fluorescentes e pela luz azul dos LEDs, telas eletrônicas do celular, tablet, notebook e computador de mesa aumentam a formação de radicais libres no globo ocular.

Já nas atividades externas são bombardeados pela radiação UV do sol que só fica abaixo de seis nas primeiras horas do dia e no fim da tarde, índice inofensivo para nossa visão de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Como se não bastasse, segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier,  mais de 300 medicamentos aumentam a absorção dessa radiação de luz pelos olhos. Estão nesta lista, desde analgésicos, anti-histamínicos, corticóides, até  remédios de uso contínuo para diabetes ou arritmia cardíaca.

Alterações na córnea

É a maior formação de radicais livres que explica porque em quem tem hábito de  tomar anti-histamínico para controlar alergia pode desenvolver a síndrome do olho seco. Em algumas pessoas o ressecamento da lágrima leva à ceratite, que é inflamação da córnea.   Em quem já tem ceratocone, a falta de lágrima pode agravar a doença que afina e deforma a córnea. Para evitar estas complicações a dica do médico é beber muita água durante o verão.

Glaucoma e Catarata

“O uso crônico de  corticóide oral ou na forma de colírio provoca danos no globo ocular que dificultam a circulação do humor aquoso e levam ao glaucoma, maior causa de cegueira definitiva no mundo”, afirma Queiroz Neto. “A venda livre desta classe de medicamentos faz muitas pessoas acreditarem que o  colírio é uma aguinha inofensiva. Não é bem assim. O aumento da pressão interna do olho leva à morte de células do nervo óptico que são irrecuperáveis. Para piorar, a doença avança sem apresentar sintomas. Por isso é a principal causa de cegueira definitiva no mundo”, alerta.

O oftalmologista diz que outra doença ocular desencadeada pelo bombardeio de radicais livres é a catarata, opacificação do cristalino, lente interna do olho. A doença, geralmente é decorrente do envelhecimento,  mas pode ser antecipada pela radiação UV,  luz azul e medicamentos. O primeiro sinal é a fotofobia que atrapalha a condução de veículos, principalmente a noite. “O único tratamento é a cirurgia que substitui o cristalino opaco pelo implante de uma lente transparente no olho. Além do corticóide, outros medicamentos que podem antecipar a catarata são os diurético, antipsicóticos, antidepressivos, analgésicos e alguns antibióticos”, afirma.

Degeneração macular

Queiroz Neto ressalta que no fundo do olho o verão pode causar a degeneração da mácula, parte central da retina responsável pela visão de detalhes . Os tratamentos disponíveis ainda não conseguem regenerar completamente a visão.

Prevenção

Para evitar estas doenças, além de óculos com filtro UV, a recomendação internacional é adotar uma alimentação rica em antioxidantes e outros nutrientes que aumentem a defesa metabólica dos olhos. Os principais alimentos que previnem a degeneração dos olhos são:

– Folhas verde-escuro, milho, cenoura, nabo, peixes e chá de calêndula consumidos com semente de linhaça – principal fonte de ômega 3, 6 E 9 – para garantir a absorção dos três pigmentos encontrados em grande concentração na retina (luteína, zeaxantina e mesozeanxantina).

– Cereais integrais, amêndoas, amendoim e avelã que funcionam como um bloqueador dos efeitos da luz solar por conterem vitamina E, um potente antioxidante que evita a formação precoce de catarata e a degeneração macular.

– Cenoura, abóbora, mamão e goiaba por serem ricos em vitamina A, nutriente essencial para a saúde ocular. O primeiro sinal de deficiência de vitamina A, segundo Queiroz Neto, é a cegueira noturna e o ressecamento dos olhos que causa turvamento da visão. A deficiência também pode causar danos na retina com comprometimento permanente da visão e conjuntivite recorrente devido à queda da imunidade. Para melhorar a absorção é recomendável incluir na alimentação fontes de zinco como: frutos do mar, carne, ovos, tofu e gérmen de trigo.

– Semente de linhaça, sardinha e salmão  que combatem o olho seco por conterem ômega 3, além de estarem associados a um risco reduzido de surgimento e progressão da catarata.

– Tomate, vinho tinto, frutas cítricas, mirtilo, amora por protegerem os olhos da catarata e degeneração macular pela ação antioxidante da vitamina C, além de serem ricos em flavonoides que garantem a boa circulação e saúde dos vasos oculares.

– Frutos do mar e castanha do Pará que contém selênio e podem reduzir o risco de degeneração macular quando combinados a alimentos ricos em vitamina E, A e C.

Isabela Teixeira da Costa

Estresse pode interferir na saúde do coração

Aprenda a combater o estresse e saiba como pequenas atitudes diárias podem ajudar a prevenir doenças cardiovasculares.

Você sabia que tensões emocionais podem contribuir para o aparecimento de doenças cardiovasculares, sendo estas as principais causas de morte no mundo? Estudos mostram que o estresse pode provocar redução do fluxo sanguíneo para o coração, levando-o a bater de forma irregular aumentando a chance de coagulação do sangue, o que pode ocasionar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Muitas pessoas passam sempre por situações estressantes e não percebem. Preocupações diárias com problemas pessoais, excesso de trabalho, insegurança, frustrações, pressão, etc, podem desencadear reações no organismo como dores de cabeça, nas costas ou no estômago. Além disso, também podem diminuir a disposição ao longo do dia e causar insônia, mau humor e descontrole.
Segundo o médico José Rocha Faria Neto, professor titular de cardiologia da PUC-PR, uma situação estressante faz o corpo liberar adrenalina, hormônio responsável por aumentar a respiração e a frequência cardíaca, alterando a pressão arterial.
“Embora a resposta que caracteriza o estresse seja necessária frente a um estímulo agressor, o estresse crônico é bastante prejudicial. Quando as tensões emocionais são constantes, seu corpo permanece em alta velocidade por dias ou semanas. Independentemente da causa, que pode ser um problema de saúde na família, questões financeiras ou relacionadas ao trabalho, o estresse crônico é um reconhecido fator de risco para doenças cardiovasculares, em especial infarto e derrame”, explica Rocha.
Segundo a Associação Americana de Cardiologia, oito perguntas simples podem identificar o quanto o estresse pode estar te atrapalhando:

Quando está nervoso, consome alimentos para se acalmar?
Faz as refeições muito rápidas ou até pula algumas?
Ingere bebidas alcoólicas ou fuma diariamente?
Quando está nervoso você fica agitado e acaba não fazendo o que deveria?
Costuma ficar no seu trabalho além do horário?
Costuma adiar seus compromissos e deixa para depois o que poderia ter feito antes?
Não está dormindo bem e no mínimo oito horas por noite?
Tenta fazer muitas coisas ao mesmo tempo e acaba não fazendo nada direito?

Ao responder as perguntas e identificar-se com alguns desses comportamentos, já pode significar que está passando por uma tensão emocional e não está lidando com o estresse da melhor forma.
Confira a seguir algumas dicas do dr. José Rocha Faria Neto para ajudar a combater o estresse e colaborar com a saúde do coração:
• Troque alimentos gordurosos e ricos em açúcar, por uma alimentação saudável e balanceada, diversificando o cardápio semanalmente. Pode incluir legumes, verduras, frutas, alimentos integrais e cremes vegetais ricos em gorduras “boas”, como as poliinsaturadas ou com fitoesteróis, componentes naturais encontrados em alimentos de origem vegetal, que auxiliam na redução da absorção de colesterol, quando associados a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
• Procure praticar exercícios físicos regulares. E, para pequenas atitudes diárias que podem fazer a diferença, utilize mais a escada do que o elevador no seu trabalho ou na sua residência.
• Faça exames regularmente e mantenha a saúde do coração controlada, por exemplo, monitorando os níveis de colesterol.
• Evite o cigarro e bebidas alcóolicas, que são dois dos principais fatores de risco que afetam a saúde do coração.
• Ao deitar-se para dormir, deixe de lado os problemas e as atividades do dia seguinte. O sono tranquilo é fundamental para um dia melhor.
• Pense positivo, por maior que seja o tamanho do problema. Praticar o otimismo diminui o estresse e pode evitar outras doenças.

Entenda a relação do glúten com a sua saúde

A retirada do glúten na alimentação por quem não é celíaco pode prejudicar o bom funcionamento do organismo. Nutricionista responde oito perguntas comuns sobre a ingestão do ingrediente e tira dúvidas mais comuns.

Início do ano, verão. Muitas pessoas aproveitam para fazer dieta, e a maioria delas é por conta própria. Como está na moda cortar glúten e carboidratos, esses produtos são radicalmente limados das refeições, sem a preocupação do que isso poderá afetar no funcionamento do organismo. Todos os ramos alimentares são importantes e devem fazer parte da dieta. E quem não sofre da doença celíaca não deve deixar de ingerir glúten, claro que na quantidade certa.

A discussão acerca dos alimentos que contêm glúten – farinha de trigo, cevada, centeio e nos derivados dos mesmos cereais, como pão, macarrão, biscoito, bolo e tantos outros produtos presentes nas mesas dos brasileiros – continua como um dos principais tópicos quando o assunto é saúde alimentar. Entre tanta opinião disseminada pela internet e até mesmo pela mídia, Marcela Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), alerta: “somente um profissional da área da saúde, médico ou nutricionista, pode avaliar e indicar a restrição do glúten da dieta do paciente, mediante diagnóstico de alergia ou intolerância”.

Para enriquecer o debate, a especialista separou algumas das principais dúvidas sobre glúten na alimentação. Confira:

Qual o benefício do consumo do glúten?

O glúten é formado pela ligação entre duas proteínas, a gliadina e a glutenina, além de outras moléculas, que formam uma substância aderente, com elasticidade e insolúvel em água. Além disso, seu consumo se relaciona paralelamente à ingestão de carboidratos, muitas vezes na versão integral, que traz benefícios nutritivos, como saciedade e maior quantidade fibras, vitaminas, minerais na alimentação. Para mostrar sua importância, um estudo analisou a dieta de mais de 64 mil mulheres e 45 mil homens, no período de 1986 até 2010, mostrando que nos casos de restrição ao glúten sem necessidade, notou-se um menor consumo de grãos integrais e um aumento do risco de doenças coronarianas.

Posso substituir o glúten na minha dieta sem acompanhamento de médico ou nutricionista?

Não. De acordo com o Conselho Regional de Nutricionistas (CRN), essa substituição só é recomendada sob orientação de um médico (por diagnóstico), por meio de exames, confirmando disfunções relacionadas, como a doença celíaca. Ou, quando eliminada a hipótese de doença celíaca, existam sinais clínicos evidenciados no diagnóstico nutricional de sensibilidade ao glúten. Somente para esses casos há a recomendação do nutricionista para orientação da dieta, após diagnóstico médico.

É verdade que o nosso corpo não digere glúten?

Não. Em um indivíduo saudável o glúten é digerido normalmente para conseguir realizar sua função nas células. Só terão problemas neste processo, pessoas que apresentem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten, onde especificamente essa proteína não consegue ser digerida completamente.

Para evitar a retirada de glúten nestes casos, um grupo de cientistas do Instituto Agrícola de Melhoramento Genético em Vegetais de Córdoba, Espanha, iniciou um estudo para modificação experimental do trigo. Conforme explicado anteriormente, o glúten é composto por duas proteínas, a glutenina e a gliadina, esta última é a grande responsável pelas reações indesejáveis da doença celíaca. Eles usaram uma técnica para remover 90% das gliadinas no cereal, adicionando genes que desencadeiam um processo chamado interferência de RNA, o que impede a produção de proteínas específicas. Esta tecnologia de reduzir de forma precisa e eficiente a quantidade de um dos compostos causadores da intolerância e sensibilidade ao glúten possibilitará futuramente a formulação de novos produtos que apresentem o nutriente mesmo para esse público.

Não me sinto bem quando consumo massa ou pão, sou intolerante ao glúten?

Não. Para determinar alguma doença relacionada ao consumo de glúten é necessário acompanhamento de um profissional de saúde que poderá encaminhar os exames necessários para determinar se apresenta algum tipo de intolerância ou sensibilidade. É importante tomar cuidado, pois existem outras enfermidades com sinais semelhantes à intolerância, como a síndrome do intestino irritável (SII), que causa dor abdominal, inchaço, gases, diarreia e constipação, que são queixas frequentes usadas como justificativa da retirada do glúten na alimentação.

Dieta livre de glúten ajuda na perda de peso?

Não. Muitas vezes esta informação é propagada, porém, na verdade a perda ou controle de peso é gerado pela mudança na alimentação e nos hábitos de vida, como prática regular de atividade física e dieta balanceada.

O glúten pode fazer parte de uma alimentação saudável?

Sim. Dentro de uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis de vida, a presença de glúten na dieta contribui para uma maior variedade de alimentos, principalmente os carboidratos, como pães, massas e biscoitos, além dos grãos integrais, que apresentam um aporte nutricional benéfico e uma quantidade de fibra necessária para o funcionamento adequado do nosso intestino.

Porque pães sem glúten são menos macios?

Quando sovamos uma massa que contém glúten, criam-se estruturas capazes de prender o gás carbônico gerado pelas leveduras do fermento. Traduzindo: isso faz com que o pão tenha capacidade de crescer e conservar o seu tamanho. Por isso, aqueles que não contem glúten tornam-se um pouco mais quebradiços e menos macios.

Retirar o glúten da dieta é uma maneira adequada de aumentar mais nutrientes na alimentação?

Não. Um estudo recente divulgado em 2016 publicado na revista Clinical Nutrition, mostrou que dietas sem glúten são mais pobres em fibras, principalmente pela exclusão de alimentos naturalmente fontes de fibras, como os grãos. Também comprovou que elas são um pouco mais pobres em ácido fólico e vitamina D.

Isabela Teixeira da Costa

O perigo das bolsas pesadas

As mulheres devem tomar cuidado com o peso das bolsas, pois podem causar sérios problemas de saúde.

Ano passado entrei para o pilates. Sempre fui a mãe e o pai do sedentarismo e quando a minha professora Nathália Mendes foi fazer a minha ficha, a primeira coisa que observou e anotou foi a minha postura. Não poderia estar mais torta, e uma dessas “tortuosidades” era no ombro do lado direito. Ela foi direta no ponto: “você carrega sua bolsa só do lado direito e ela é pesada, e isso provoca esta diferença na postura”.

E desde então começamos a trabalhar minha postura, não só nesta questão, mas em todas as outras. Um amigo tirou uma foto minha trabalhando no computador para Nathália ver, claro que em um momento que eu não vi. É bizarro. Sinceramente, não sei como não ficava toda entrevada.

Ella Parvati, empresa de bolsas femininas, enviou um material muito bom sobre o assunto, que faço questão de publicar, porque tenho certeza será de grande ajuda e alerta para todas as mulheres. O material fala sobre os perigos da bolsa pesada e como evitar problemas de saúde que podem surgir a partir daí.

Sempre digo que bolsa de mulher é um buraco negro, nunca se sabe o que pode sair lá de dentro, e a primeira coisa que me vem à memória é aquela brincadeira que tinha no programa Silvio Santos, que ele pedia um objeto completamente inusitado, e quem tivesse dentro da bolsa, ganhava uma quantia em dinheiro. Saíam coisas hilárias. Isso só prova que não precisamos de muitas das coisas que jogamos neste universo paralelo.

Minha bolsa é uma bagunça. Não consigo mantê-la organizada. Há alguns anos lançaram o organizador de bolsas e acho que fui a primeira a comprar, em uma tentativa desesperada de conseguir um milagre. Guardei tudo no novo acessório, cada coisa no seu lugar. Fiquei radiante. Tinha conseguido me organizar, só que não. Minha alegria durou pouco. Em alguns dias a maioria das coisas estavam fora do lugar e o organizador só servia para pesar ainda mais a bolsa. Neste Natal minha sobrinha veia oferecer um organizador, que ela ganhou e também não usa – só que ela não precisa porque é prá lá de organizada. Lembrei da minha trágica experiencia e agradeci.

Segundo Ella Parvati, a rotina sempre corrida da mulher é o que a leva a ir guardando cada vez mais coisas dentro das bolsas, porém, a maioria das pessoas não se dá conta da quantidade e do peso que acabam acumulando dentro delas, e ficam carregando tudo isso para cima e para baixo. Com o passar do tempo, esse peso extra, muitas vezes desnecessário, vai cobrar seu preço e vão surgir dores nos pescoço, ombro e costas, e algumas vezes pode se desenvolver doenças mais crônicas como hérnia de disco, tendinite e má postura.

Atitudes simples vão ajudar a evitar o peso desnecessário nas bolsas, melhorando assim nossa qualidade de vida. O ideal é que o peso das bolsas não ultrapasse 10% do peso do corp de quem a carrega.

Não importa se a bolsa vai ser usada para curtir uma balada ou para sair para o trabalho, sempre há dentro dela alguma coisa que poderá ficar de fora. O excesso de peso pode acarretar problemas de saúde, como hérnia de disco, tendinite e má postura. Além de também causar transtornos para os ombros e pescoço.

Os riscos de uma bolsa pesada

Escoliose

Se os devidos cuidados não forem tomados, a longo prazo o equilíbrio postural será afetado, podendo ocasionar o desvio lateral da coluna que é muito frequente em quem usa a bolsa carregada sempre em apenas um lado do corpo, mesmo que alternando entre braços ou nos ombros. Em sedentários, isso pode piorar, pois poderá tornar-se definitivo, causando dores fortes e constantes.

Tendinite

O peso da bolsa pode sobrecarregar musculatura e os tendões do músculo, resultando em inflamações e dores crônicas. Em casos extremos, chega a causar a ruptura do disco intervertebral, evoluindo para uma hérnia de disco. Sempre que notar alguma dor que irradia pelas costas, braços, ombro ou pescoço, o ideal é procurar um ortopedista, pois existe um risco de ser algo mais grave.

Atitudes que ajudam a evitar o excesso de peso das bolsas:

  1. Se possível escolha bolsas com alças transpassadas, elas distribuem melhor o pesa da bolsa para todo o corpo.
  2. Outra opção é escolher modelos de bolsas femininas menores, Assim, obrigatoriamente, você vai levar apenas aquilo de que realmente precisa.
  3. Ainda o material da bolsa pode ser muito pesado. Ao escolher uma bolsa mais leve, você diminuirá consideravelmente o peso final.
  4. Se possível, tenha um smartphone com várias funções, assim em apenas um objeto você terá à mão calculadora, agenda, bloco de notas, espelho, etc.
  5. Alternar durante o dia o lado em que carrega a bolsa vai ajudar a manter a saúde em dia, não sobrecarregando só um lado do seu corpo.
  6. Escolha objetos menores de maquiagem e organize melhor sua bolsa, deixando os objetos maiores na parte principal, e os menores em bolsos pequenos ou externos.
  7. Uma alternativa que trará muitos benefícios é fazer alguma atividade física regular, pode ser ginástica, musculação ou pilates, algo que ajude a fortalecer a musculatura, preparando-a para suportar a sobrecarga de peso de modo que não sofra lesões.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

Dicas para se dar bem em uma entrevista de emprego

Dicas importantes para se dar bem em um processo seletivo para emprego ou estágio. Sempre é bom ter cartas na manga em épocas de vacas magras, quando a disputa é maior.

  1. Preparando a memória

Dias antes da entrevista de emprego, pare para pensar nas situações mais importantes da sua vida profissional. Selecione de 5 a 10 situações e avalie o papel que você desempenhou em cada uma, o que aprendeu, quais foram os desafios etc. “Essa dica é muito importante para quem vai passar por uma entrevista por competência, aquela em que o entrevistador pergunta sobre situações passadas em que o candidato precisou trabalhar sob pressão ou teve de liderar um grupo, por exemplo”, explica Fernanda Thees, sócia-diretora da Loite, empresa de orientação de jovens para carreira e para processos seletivos.

Na hora H você pode estar nervoso e não se lembrar dos melhores exemplos para contar. Quando selecionar essas situações, observe que cada uma pode se encaixar em diversas competências – liderança, trabalho em equipe, comunicação, resiliência etc. “É a melhor forma de você se preparar já que nunca vai saber ao certo que pergunta terá de responder na hora.”

  1. Para quem não tem experiência profissional

Se você nunca trabalhou, pode pensar nas principais situações da sua vida escolar ou em família, por exemplo. “O importante é explorar as experiências que você já passou”, ressalta Caroline Cobiak, consultora interna da área de Jovens Profissionais da Across, especializada em recrutamento de programas de estágio e trainee. E aqui valem os trabalhos em grupo da faculdade, a viagem com os amigos, o intercâmbio que fez sozinho, a festa que organizou etc.

  1. Método “estrela”

Na entrevista de emprego, principalmente para quem já tem bastante experiência profissional, é sempre importante mostrar resultados. Para apresentar suas entregas e realizações profissionais você pode utilizar a técnica Star, estruturando os casos em Situação-Tarefa-Ação-Resultado. “Dessa forma, você consegue mostrar uma sequência lógica e estruturada de suas conquistas”, afirma Denise Barreto, da GNext Talent Group, especializada em recrutamento e seleção.

  1. Com chave de ouro

O ideal, segundo Fernanda, da Loite, é que você sempre termine as suas falas com algo positivo. Por exemplo, você pode finalizar uma história contando que, quando concluiu determinado projeto, foi promovido.

“Provavelmente o entrevistador vai pegar um gancho no que você diz por último e, se o gancho vier de algo positivo, ele tenderá a continuar o assunto”, explica ela. Por outro lado, se você terminar a fala com algo negativo, como uma demissão, ele tende a perguntar, por exemplo, por que você foi demitido etc. A dica é especialmente válida quando a entrevista for baseada nas informações do seu currículo.

  1. Perguntas absurdas

Algumas empresas fazem perguntas bem esquisitas na hora da entrevista de emprego. Já ouvimos falar em “quanto pesa uma girafa”, “quantas bolas de gude cabem em um avião” ou até “quantos McDonald’s existem em São Paulo”. Essas questões — aparentemente engraçadinhas – podem parecer só uma pegadinha, mas, em grande parte dos casos, são feitas para testar o seu raciocínio lógico.

O mais comum é que elas sejam aplicadas em bancos de investimento e consultorias, além de empresas modernas como o Google, que é muito adepto desse tipo de questionamento para todas as posições. Se você se deparar com uma pergunta desse tipo, demonstre como você é capaz de estruturar seu raciocínio para chegar a uma resposta lógica, que não necessariamente precisa estar correta.

“No caso da pergunta do McDonald’s, por exemplo, conheço uma pessoa que fez uma regrinha de três e foi aprovada no processo seletivo”, conta Fernanda, da Loite. O candidato respondeu mais ou menos assim: na minha cidade, que tem X habitantes, há Y McDonald’s. Em São Paulo, há mil vezes os habitantes da minha cidade, logo, deve haver mil vezes a quantidade de McDonald’s que existem lá. Simples assim. “O importante é usar a lógica e o repertório que você tem para demonstrar que entendeu a pergunta e estruturou bem seu pensamento”.

  1. Sorriso amarelo

Há casos também em que esse tipo de pergunta aparentemente absurda é feita para “quebrar o gelo” e observar a reação do candidato. “Não existe resposta certa ou errada, o que conta é a percepção do recrutador diante da resposta, seja ela qual for”, afirma Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching. Portanto, vale a pena ter bom humor e evitar aquele “sorrisão amarelo” de quem não tem ideia do que vai dizer, ok?

  1. Fazendo a lição de casa

Outra questão que frequentemente aparece nas entrevistas é “por que você quer trabalhar aqui?”. Pode parecer uma perguntinha, mas por trás dela existe a vontade de a empresa encontrar profissionais com valores alinhados aos seus.

Pode acreditar que não existe resposta pronta para essa questão. Para respondê-la, você tem, sim, de fazer a lição de casa e pesquisar tudo o que puder sobre a empresa – desde o setor em que ela atua, suas características de gestão, seus dados financeiros, seus desafios, seus concorrentes etc.

“Muita gente confunde a empresa com a marca e responde que é consumidor da marca desde criança e sempre sonhou em trabalhar na empresa”, explica Caroline, da Across. Segundo ela, não é isso que o entrevistador quer saber. Ele quer ver se você acha bacana o horário flexível que a empresa oferece, por exemplo, ou a sua informalidade entre chefes e subordinados.

  1. Perguntas são bem-vindas (e bem vistas)

Não é apenas respondendo as perguntas do entrevistador da melhor forma que você pode ganhar pontos com ele. Sabia? Outra estratégia bem interessante é a de fazer perguntas que demonstrem primeiramente que você pesquisou informações sobre a empresa e, em seguida, que tem interesse pela empresa e pela vaga em questão.

Para começar, tome o cuidado de não perguntar coisas que você poderia saber dando uma simples busca pela internet. Se a entrevista for para uma oportunidade de trainee, por exemplo, você pode perguntar como é a retenção dos talentos na empresa. “Pergunte, por exemplo, quantos trainees a empresa teve no programa anterior, quantos permanecem lá, quantos viraram gestores”, recomenda Caroline, da Across.

  1. Totalmente “Big Brother”

Fique também atento a todos os seus gestos desde o momento em que chegar à empresa. “Você pode estar sendo analisado já na recepção, na forma como trata o atendente”, alerta José Roberto, do Instituto Brasileiro de Coaching. Gentileza e educação nunca fazem mal.

  1. Coerência nas mídias sociais

Se você está nas mídias sociais, por mais que tente proteger sua privacidade, pode estar certo de que o recrutador já deu uma espiadinha no que você anda fazendo por lá. Portanto, vale a velha recomendação de pensar antes de postar qualquer coisa. Além disso, na hora da entrevista, seja coerente com seu perfil virtual. Não diga, por exemplo, que não bebe, se já postou uma foto com copo de cerveja.

  1. Nem pense em mentir

Contar uma mentira, aumentar uma coisinha aqui e outra ali é muito arriscado em qualquer tipo de entrevista de emprego. O recrutador – lembre-se disso – é uma pessoa treinada para perceber esses deslizes. Ele faz isso o dia inteiro e tem experiência no assunto.

  1. Cuidados essenciais

Na hora de escolher o que vestir, procure algo que combine com sua área de atuação. O ideal é usar uma roupa bem cuidada, mas com que você se sinta confortável (e não como se estivesse usando uma fantasia). Na dúvida, prefira cores neutras e formas simples.

  1. Seja você na entrevista de emprego

Por fim, mesmo que você esteja sob pressão, nervoso, ansioso, tente ser você mesmo na conversa com o entrevistador. “Somente se você se colocar de forma genuína, autêntica e verdadeira é que será lembrado pela sua individualidade”, afirma Denise, da GNext.

(extraído de www.vagas.com.br)

Entrevista de emprego: Como responder perguntas pessoais

Sinceridade é a palavra de ordem para candidatos que participam de processos seletivos.

No final do ano, o filho de uma amiga passou por um processo seletivo para estágio. Eram 700 candidatos para uma vaga. Não sei como foram as dinâmicas e entrevistas, sei que foram várias e ele foi até a final. Primeiro, avaliação de currículo, depois várias dinâmicas, entrevistas no RH, entrevistas com o setor interessado, etc.

Se antes os processos seletivos se restringiam a avaliar apenas as competências profissionais dos participantes, hoje, as entrevistas também têm abordado os aspectos comportamentais dos candidatos. O objetivo é investigar tanto as habilidades de cada um, quanto a conduta fora do ambiente organizacional e como isso pode vir a refletir no seu desempenho.

Perguntas como “você já infringiu alguma lei?” ou “você já foi preso por algum motivo?” podem ser consideradas invasivas por grande parte das pessoas, mas, cada vez mais, têm sido feitas pelos recrutadores durante as seleções. “Muitas empresas têm achado que elas são essenciais em um processo porque algumas funções exigem determinados requisitos. E, neste contexto, os recrutadores têm observado atentamente a forma como os candidatos têm reagido e o que isso pode revelar sobre eles”, explica o diretor da Prepara Cursos, Guilherme Maynard.

Segundo Maynard, a ideia não é julgar se o candidato fez ou não alguma coisa, mas, analisar a sua postura diante de situações que possam causar desconforto. E o que o candidato deve fazer ao ser questionado por um entrevistador sobre assuntos como estes? “Ele deve responder o mais honestamente possível”, afirma o executivo.

Embora os candidatos não vejam sentido neste tipo de pergunta, elas têm ajudado a identificar, ainda na fase seletiva, quem já agiu de modo antiético em algum trabalho anterior ou mesmo se, por exemplo, seria uma pessoa capaz de infringir regras para, eventualmente, proteger algum colega de trabalho. “A forma como a questão será respondida dirá muita coisa ao entrevistador. Se não foi bem explicada – ou a reação for explosiva – é um sinal que pode indicar que algo está sendo escondido”, assegura Maynard.

Outro ponto destacado por Maynard diz respeito a questões como, por exemplo, “onde você se vê em cinco anos?”, “qual foi sua maior conquista?” ou “qual é sua maior fraqueza?”. Ele explica que, ao fazer questionamentos como esses, os recrutadores querem saber o quanto o candidato está ciente das suas habilidades. “Ele não quer saber necessariamente qual é o ponto fraco dos candidatos e sim qual é a percepção que eles têm sobre si mesmos. Por isso, é aconselhável fugir de respostas consideradas prontas e não contar muitas vantagens sobre as qualidades que possui”, orienta.

Segundo o executivo, todas as pessoas têm o que desenvolver e não há problema nenhum em admitir isso. “Apresentar vulnerabilidade não é defeito algum. O importante é que o entrevistado mostre que tem autoconhecimento e que é capaz de equilibrar os seus pontos fortes e fracos”, diz.

Demonstrar maturidade será primordial para passar com sucesso por avaliações como estas. “Responder com sinceridade só contará pontos a favor. O aspecto técnico é muito importante, mas o lado comportamental também tem o seu peso na hora de determinar se o candidato poderá, ou não, fazer parte do quadro de colaboradores da empresa”, finaliza  Maynard.

 

Amanhã vou postar dicas de como se sair bem na entrevista de emprego.

Maternidade depois dos 40

Cada vez mais as mulheres estão optando por serem mães aos 40 anos. O que isso representa e quais são os riscos para a mulher e para o bebê?

Karina Bacchi

Há algum tempo, engravidar após os 40 anos era sinônimo de risco gestacional tanto para as mães, quanto para os bebês. Mas graças aos avanços da medicina como o congelamento de óvulos e fertilização in vitro, é possível passar por uma gestação sem sustos e realizar o sonho da maternidade sem abrir mão de uma carreira profissional e estabilidade financeira.

A mulher moderna quer mais tempo livre para viajar, se especializar e ao mesmo tempo curtir a vida à dois, sem se preocupar com uma complicação gestacional em decorrência de sua idade. Isto é, uma grande parcela feminina está optando pela maternidade no momento em que elas verdadeiramente querem e não mais por convenções sociais.

Casos recentes como de Karina Bacchi, que aos 41 anos optou por ser mamãe de primeira viagem e por produção independente, mostra como mulheres independentes, com carreiras de sucesso, estão no comando, inclusive, na hora de engravidar.

Mas riscos podem ocorrer. A apresentadora Eliana ganhou sua filha Manuela, no primeiro semestre de 2017, depois de passar por um longo período de repouso em função de problemas gestacionais. Logo no início da gravidez teve que fazer uma cirurgia para reforçar a parede do útero. Depois, aos cinco meses, sofreu um descolamento de placenta. Graças a Deus e aos intensos cuidados médicos, tudo deu certo e mãe e filha passaram tão bem que nem foi necessário ir para emcubadora.

À espera de gêmeas, Ivete Sangalo entrou para lista de mamães famosas que engravidaram. A cantora está com 45 anos e revelou que a gestação é fruto de fertilização. No início de 2017, a atriz e apresentadora Antonia Fontenelle, 43 anos, e o cantor Jonathan Costa, de 23 anos, comemoraram a chegada do primeiro filho do então casal, Salvatore.

Fernanda Comora

Este também é o caso da apresentadora e youtuber, Fernanda Comora, está para ter sua segunda filha, Sophie, a qualquer momento.  Com uma rotina cheia de atividades, a apresentadora do Programa Profissão Mulher e do Arruma Mala, ao invés de desacelerar, esteve com sua agenda repleta de compromissos e aumentando o ritmo das gravações do seu programa diário e do canal no Youtube, que mostra experiências turísticas em destinos nacionais e internacionais.

Às vésperas do nascimento de Sophie, Fernanda conta que ter um filho com mais maturidade pode garantir uma boa estrutura emocional e familiar. “O tempo faz a gente ter percepções diferentes da vida e com a gravidez não é diferente.”

Dicas como alimentação saudável, felicidade na vida pessoal e profissional são relevantes para que essa mamãe tenha uma gestação tranquila. No entanto, os cuidados médicos são indispensáveis durante a gravidez, ressalta Fernanda.

É fato que observações genéticas e possíveis doenças pelo qual a mulher tenha passado durante a vida, podem sim interferir na gestação, mas estes casos acontecerão em qualquer idade desta mulher, e não somente se a mamãe optar pela gestação após os 40.

Fim de ano, vamos pensar no tempo

Hoje, acaba 2017 e à meia noite começa o ano de 2018. O que fizemos com o nosso tempo, e o que faremos com ele?

Nesta época, não tem como deixar de pensar o que fizemos com o nosso tempo no ano que termina e o que faremos com ele no ano que se inicia. Já disse outras vezes aqui que há três coisas que não voltam atrás e por isso devemos aproveitá-las muito bem e ter muita responsabilidade ao usá-las: a flecha lançada, a palavra dita e o tempo (ou a oportunidade) perdido.

Gosto muito do filósofo, escritor e professor Mário Sérgio Cortela e minha amiga Iáskara Garcia e mostrou uma publicação dele no Facebook, por sinal, sua única página em redes sociais. Desde então passei a segui-lo. Cortela publicou nos últimos dias dois posts muito bons sobre o tempo, pensando sobre o tempo. Foram comentários em seu programa na CBN, que faço questão de transcrever aqui.

“Vamos pensar um pouco sobre tempo perdido, a ocasião escapada. Dizemos uma frase muito forte do nosso cotidiano: ‘agora é tarde’. Claro, nunca é tarde de fato, exceto para aquilo que não tem mais reversibilidade. De maneira geral, na nossa existência, é sempre possível continuar, fazer, voltar. Quando o final do ano se aproxima nós pensamos bastante em relação a isso porque a mudança  formal de tempo,  de contagem do tempo, nos faz pensar sobre o uso do tempo e até mesmo sobre o desperdício do tempo. Por isso, a ideia de tempo perdido nos leva a refletir e pensar. Um dia, o peta francês Paul Verlaine, em poema Sabedoria, de 1880, escreveu: “tu que aí choras, o que é que fizeste da tua mocidade?”. De novo Verlaine, “diz a verdade: tu que aí choras, o que fizeste da tua mocidade?”. Claro que quando se refere à mocidade não é apenas alguém com uma idade menor, mas a uma circunstância da vida, à energia, à vibração, à capacidade de ser intenso em tudo aquilo que faz. Não é uma mocidade de faixa etária, mas a capacidade de vibrar na vida, de não desperdiçar o tempo, de saber que a vida traz perturbações, mas não traz só isso; traz dificuldades, mas não é só isso. E por isso volto em Verlaine, e o mais difícil é o início da frase: “tu que aí choras”. É tempo para o conhecimento.”

Essa chacoalhada que Cortela nos dá é fundamental neste período. Quanto tempo vamos chorar pelo que deixamos passar sem nada fazer? Quanto tempo ainda vamos demorar para perceber a importância de dar o devido valor ao nosso tempo? Estamos recebendo mais uma oportunidade para fazer tudo diferente.

Em um outro programa, para a mesma rádio, Mário Cortela lembra da época em que não existia internet. Eu sou dessa época. Usávamos agendas e todo fim de ano era um suplício ter que passar a agenda a limpo, transcrevendo para a do ano seguinte os contatos e telefones das pessoas importantes para nós, em todos os sentidos. Nunca vi um comentário tão verdadeiro. Hoje, nossos celulares estão cheios de contatos, a maioria deles não conversamos há mais de três ou quatro anos. Vejam:

“Saudade persistente, o desprezo permanente. Parece contraditório, saudade de um lado e desprezo de outro, mas tudo isso tem a ver com a nossa memória. Tanta gente a lembrar na vida, tanta gente a esquecer. Houve um tempo, antes de existir o mundo digital, que nós, quase no final do ano, início do novo, começávamos a passar a limpo a agenda, especialmente a agenda de telefones, que às vezes era um caderno separado que se guardava, mas muitas vezes estava junto da agenda diária. A gente tinha que ir alterando. Isso sempre foi um esforço, porque numa agenda que se fazia por escrito, na hora dos telefones você tinha que decidir quem ia continuar na sua agenda no ano seguinte, isto é, quem continuaria no seu mundo de relações e quem seria retirado por ter falecido ou por não ser mais “merecedor”. Havia um processo seletivo até em relação à própria condição e à própria memória. Aquilo que a gente quer esquecer e o que queremos renovar. Por isso, Belmiro Braga, um poeta mineiro que nasceu em 1872, em sua obra chamada Redondilhas, escreveu: “quantos mortos trago vivos no fundo do coração, e dentro de mim quantos vivos, há muito mortos estão”. Direto, percuciente, fundo, a noção de uma memória que também é seletiva e na hora da renovação dos nossos afetos é preciso entender daqueles mortos que continuam conosco vivos, e aqueles vivos que em nós já mortos estão porque não merecem mais. Assim é o não merecimento.”

Acho que não preciso dizer mais nada, e termino com mais uma trova de Belmiro Braga:

“Fiz na vida o meu escudo

Desta verdade sagrada:

– o nada com Deus é tudo

E tudo sem Deus é nada”

 

Feliz 2018 para todos!

 

Isabela Teixeira da Costa