Estresse pode interferir na saúde do coração

Aprenda a combater o estresse e saiba como pequenas atitudes diárias podem ajudar a prevenir doenças cardiovasculares.

Você sabia que tensões emocionais podem contribuir para o aparecimento de doenças cardiovasculares, sendo estas as principais causas de morte no mundo? Estudos mostram que o estresse pode provocar redução do fluxo sanguíneo para o coração, levando-o a bater de forma irregular aumentando a chance de coagulação do sangue, o que pode ocasionar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Muitas pessoas passam sempre por situações estressantes e não percebem. Preocupações diárias com problemas pessoais, excesso de trabalho, insegurança, frustrações, pressão, etc, podem desencadear reações no organismo como dores de cabeça, nas costas ou no estômago. Além disso, também podem diminuir a disposição ao longo do dia e causar insônia, mau humor e descontrole.
Segundo o médico José Rocha Faria Neto, professor titular de cardiologia da PUC-PR, uma situação estressante faz o corpo liberar adrenalina, hormônio responsável por aumentar a respiração e a frequência cardíaca, alterando a pressão arterial.
“Embora a resposta que caracteriza o estresse seja necessária frente a um estímulo agressor, o estresse crônico é bastante prejudicial. Quando as tensões emocionais são constantes, seu corpo permanece em alta velocidade por dias ou semanas. Independentemente da causa, que pode ser um problema de saúde na família, questões financeiras ou relacionadas ao trabalho, o estresse crônico é um reconhecido fator de risco para doenças cardiovasculares, em especial infarto e derrame”, explica Rocha.
Segundo a Associação Americana de Cardiologia, oito perguntas simples podem identificar o quanto o estresse pode estar te atrapalhando:

Quando está nervoso, consome alimentos para se acalmar?
Faz as refeições muito rápidas ou até pula algumas?
Ingere bebidas alcoólicas ou fuma diariamente?
Quando está nervoso você fica agitado e acaba não fazendo o que deveria?
Costuma ficar no seu trabalho além do horário?
Costuma adiar seus compromissos e deixa para depois o que poderia ter feito antes?
Não está dormindo bem e no mínimo oito horas por noite?
Tenta fazer muitas coisas ao mesmo tempo e acaba não fazendo nada direito?

Ao responder as perguntas e identificar-se com alguns desses comportamentos, já pode significar que está passando por uma tensão emocional e não está lidando com o estresse da melhor forma.
Confira a seguir algumas dicas do dr. José Rocha Faria Neto para ajudar a combater o estresse e colaborar com a saúde do coração:
• Troque alimentos gordurosos e ricos em açúcar, por uma alimentação saudável e balanceada, diversificando o cardápio semanalmente. Pode incluir legumes, verduras, frutas, alimentos integrais e cremes vegetais ricos em gorduras “boas”, como as poliinsaturadas ou com fitoesteróis, componentes naturais encontrados em alimentos de origem vegetal, que auxiliam na redução da absorção de colesterol, quando associados a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
• Procure praticar exercícios físicos regulares. E, para pequenas atitudes diárias que podem fazer a diferença, utilize mais a escada do que o elevador no seu trabalho ou na sua residência.
• Faça exames regularmente e mantenha a saúde do coração controlada, por exemplo, monitorando os níveis de colesterol.
• Evite o cigarro e bebidas alcóolicas, que são dois dos principais fatores de risco que afetam a saúde do coração.
• Ao deitar-se para dormir, deixe de lado os problemas e as atividades do dia seguinte. O sono tranquilo é fundamental para um dia melhor.
• Pense positivo, por maior que seja o tamanho do problema. Praticar o otimismo diminui o estresse e pode evitar outras doenças.

Como lidar com o estresse no ambiente de trabalho?

Brasil é o segundo entre os países mais estressados do mundo, como superar o estresse no trabalho e na vida pessoal?

Sete em cada dez brasileiros reclamam de estresse no trabalho. Destes, pelo menos três sofrem da chamada síndrome de Burnout, que se configura pelo esgotamento mental e físico intenso causado pelas pesadas jornadas, pressão por resultados e alta competitividade. Dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) revelam que os gastos com auxílio doença concedidos por transtornos mentais ultrapassaram R$ 218 milhões no país.

Para Valquiria Manzini, diretora de projetos de carreira da RH Estratégia, as pessoas devem procurar ajuda sempre que sentirem necessidade. “É preciso estar atento aos sinais que o corpo manda. Logo que a pessoa começar a sentir problemas como desânimo, exaustão, irritabilidade e baixa produtividade é importante buscar ajuda”, revela, lembrando que as empresas não podem ficar alheias à questão, devendo apresentar saídas como a implantação de políticas de bem-estar, algo que vem sendo aderido cada vez mais no mundo corporativo.

“Nas grandes companhias, o estresse muda de acordo com o cargo, mas, algumas atitudes ajudam a enfrentar essa questão. Os funcionários, por exemplo, devem criar estratégias para enfrentar as pressões. Com o mercado cada vez mais competitivo e a crise econômica atual é comum nos sentirmos pressionados a produzir cada vez mais e melhor para mantermos nosso emprego, porém, é fundamental distinguir entre engajamento e perfeccionismo. Negociar prazos para a entrega de um projeto e definir prioridades são habilidades fundamentais para evitar problemas com a saúde”, comenta Valquiria.

Ainda para a especialista é ideal saber avaliar o tamanho de cada problema, já que pequenas questões não devem ser recebidas e nem tratadas com a mesma gravidade de grandes dificuldades. É importante, por fim, que as pessoas mantenham o pensamento positivo, por mais difícil que seja, já que isso contribui para sua qualidade de vida e estimula as outras pessoas a fazerem o mesmo, melhorando o ambiente de trabalho. Já entre os empresários, a atenção principal deve se dar na forma de comunicar-se com os funcionários. Pequenos ruídos de comunicação podem gerar grandes problemas. Transparência é fundamental, porém, deve-se sempre ter atenção com o uso adequado das palavras.

Diante desse cenário caótico, buscar ajuda por meio de psicoterapia, meditação ou outra técnica de relaxamento é uma das saídas mais usadas para fugir do estresse e buscar o equilíbrio. Entre as técnicas mais procuradas e com resultados mais efetivos está a Acupuntura, que ajuda a aliviar sintomas que se tornaram comuns, como ansiedade, fome incontrolável, irritabilidade e falta de sono. “A técnica milenar chinesa auxilia diretamente na questão emocional, melhorando o mau humor, a sensibilidade excessiva, além de aumentar a disposição para trabalhar e fazer atividades físicas. As sessões geram bem-estar e devolvem a saúde e a vitalidade perdida com a rotina estressante do dia a dia, no qual as pessoas têm que enfrentar problemas no trabalho, com a família e em casa”, comenta a especialista.

Além da acumpultura, nada como uma boa terapia, pois a técnica milenar chinesa vai tirar os sintomas, a pessoa se sentirá melhor, porém, a causa da ansiedade continuará dentro de você, sufocada, e a qualquer momento poderá emergir novamente, desencadeando nova crise. Falo com conhecimento de causa, pois já fiz acumpultura para diminuir a compulsão alimentar e para dor na coluna, porém, depois que parei com as aplicações voltei a me alimentar como antes. Para a dor na coluna, realmente melhorou bastante, mas, depois de algum tempo tive nova crise.

Isabela Teixeira da Costa

Estresse no trabalho, um problema de todos

Business people bothering stressed businesswoman

Cláudia Santos fala sobre o aumento do estresse no trabalho e a síndrome do esgotamento profissional.

Claudia Santos*

Competição, crise econômica, ambiente tenso, cobrança exagerada, reuniões improdutivas, acúmulo de atividades… Tudo isso são motivos que contribuem para o aumento do estresse no trabalho. O que pouca gente sabe, porém, é que ambientes profissionais com essas características fazem com que 30% dos brasileiros sofram com a chamada síndrome do esgotamento profissional, ou síndrome de burnout, segundo pesquisa da International Stress Management Association (Isma), realizada entre 2013 e 2014.

Pessoas com a síndrome de burnout podem apresentar esgotamento físico, alteração de humor, maior irritabilidade e dificuldade de concentração, além de sofrer com ansiedade, pessimismo, baixa autoestima e, até mesmo, depressão – para se ter uma ideia, em 2016, 75,3 mil brasileiros foram afastados de suas funções por apresentarem algum tipo de quadro depressivo, o que coloca o país em quinto lugar no ranking mundial.

O estresse não traz problemas apenas à saúde dos colaboradores, mas também impacta nos resultados organizacionais de modo geral. Afinal, funcionários estressados, além de faltarem mais, não utilizam todo o seu potencial e acabam produzindo menos. Embora muitas vezes essa responsabilidade caia exclusivamente nas mãos do RH, também é papel dos empresários e gestores incentivar os colaboradores a buscar tratamento médico e psicológico e, principalmente, prevenir o surgimento de novos casos.

As empresas precisam parar de tratar o problema como um fato isolado e buscar identificar de que forma estão contribuindo para levar seus funcionários à exaustão. Será que alimentar ambientes de trabalho estressantes, exigir um grande volume de trabalho, fazer cobranças exageradas, promover reuniões em excesso e estimular a competição interna não contribuem para que os membros da equipe se sintam desconfortáveis e insatisfeitos?

Faço um convite aos empresários para uma reflexão: “eu contribuo de alguma forma para um mundo corporativo doentio?” Reconhecer que suas atitudes podem influenciar a saúde mental dos colaboradores já é um primeiro passo para fazer uma mudança com foco na solução, e não no problema. Todos precisam entender que as relações de trabalho, a divisão de tarefas, o estilo de liderança, a comunicação interna, a disponibilidade de recursos e a organização dos processos são fatores que influenciam diretamente na saúde mental dos funcionários e podem ser decisivos na produtividade da empresa.

Em parceria com a área de recursos humanos, os líderes empresariais devem estar sempre atentos aos problemas e às reclamações, ouvindo verdadeiramente o que os colaboradores têm a dizer. Estabelecer uma comunicação clara e transparente é importante para criar uma relação de confiança. Reconhecer as conquistas da companhia e incentivar a participação de todos são maneiras de evitar o estresse e, ao mesmo tempo, criar um espaço aberto para sugestões e novas ideias. Uma empresa que valoriza seus colaboradores e incentiva novos talentos é menos impactada por problemas de saúde mental e, ainda, tem mais chance de contar com pessoas felizes para obter uma grande vantagem competitiva.

*Claudia Santos é especialista em gestão estratégica de pessoas, coach executiva e diretora da Emovere You

Estresse ocupacional: como identifica-lo e combatê-lo

Imagem extraída da internet
Imagem extraída da internet

Recebi este artigo que achei bem interessante e atual. Achei que valia a pena publicá-lo na íntegra.

As exigências e o ritmo de trabalho atuais, assim como a falta de autonomia ou um ambiente profissional ruim podem estar por trás do estresse ocupacional.

No Brasil, segundo dados da Isma-BR (International Stress Management Association), 9 entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão. Complicações cardiovasculares e transtornos do sono são algumas consequências do estresse ocupacional na saúde, assim como o isolamento social e produtividade baixa no trabalho.

Este tipo de estresse é um dos desafios que a grande maioria dos trabalhadores tem de enfrentar atualmente, já que seus efeitos ocorrem no local de trabalho, mas também podem repercutir no ambiente social e familiar. A médica Blanca Usoz, especialista em Medicina Ocupacional e Familiar da Doctoralia, relata abaixo os principais fatores que levam ao estresse em ambientes profissionais.

Quais fatores estão por trás do estresse ocupacional?

Os fatores causadores do estresse ocupacional são chamados de “riscos psicossociais”, e são: falta de controle ou autonomia sobre os processos, carga de trabalho excessiva, baixo apoio social, horário de trabalho incompatível ou pouco flexível, compensação insuficiente, entre outros.

Como o estresse ocupacional afeta a saúde?

O estresse ocupacional é um tipo de estresse crônico, por isso tende a afetar a saúde das pessoas, contribuindo para o surgimento de transtornos ou doenças cardiovasculares, doenças músculo-esqueléticas, síndrome de “burnout” (esgotamento) e depressão. Também pode levar à adoção de um estilo de vida pouco saudável: má alimentação, transtornos do sono e, inclusive, maior consumo de tabaco e álcool.

Estes transtornos estão relacionados de tal forma ao estresse ocupacional que alguns países chegaram a incluí-los em listas de patologias do trabalho.

O estresse ocupacional pode afetar a vida social e o trabalho?

No ambiente social, o estresse ocupacional pode provocar isolamento e negligência pelas relações sociais (família, amigos, cônjuge…). No ambiente ocupacional, essa situação pode levar falta de engajamento, diminuição de motivação e satisfação, rendimento reduzido, entre outros, afetando a produtividade e a competitividade da empresa.

Não tenho excesso de trabalho. Posso estar estressado?

Mesmo que tudo indique que o estresse ocupacional venha a ser consequência de excesso de trabalho, nem sempre é assim. Uma atividade ocupacional pouco exigente, sem conteúdo, na qual o trabalhador não possa desenvolver suas capacidades pessoais pode ser igualmente causadora de estresse.

Quais medidas podem ser adotadas para controlar e prevenir o estresse ocupacional?

As empresas e os trabalhadores têm responsabilidade sobre a prevenção e o controle do estresse ocupacional. É fundamental que as empresas percebam a importância desse assunto e adotem medidas para detectar possíveis riscos e preveni-los, tanto coletivamente dentro da organização, quanto individualmente. Entre as principais medidas, é preciso estimular a participação dos funcionários, para que todos se sintam envolvidos, ter uma boa comunicação dos objetivos da empresa e a adaptar a carga de trabalho, de acordo à aptidão de cada empregado. Por outro lado, entre as medidas de caráter individual, deve-se reforçar o estilo de vida saudável e a resiliência pessoal. Recomendo fazer pausas ou descansos no trabalho e praticar técnicas de relaxamento, pois são ações que ajudam a administrar melhor as pressões e exigências do trabalho causadoras do estresse ocupacional.