Herpes tem cura?

saudeVírus causa lesões contagiosas, geralmente na boca e nos órgãos genitais.

Hoje vou falar de um assunto que ninguém gosta, mas que muita gente tem e precisa saber cuidar e se prevenir: a herpes. Causada pelo vírus HSV (vírus da herpes simples), a doença possui dois tipos em sua manifestação, o tipo 1, que frequentemente se associa a lesões orais, e o tipo 2, que é responsável por até 90% das lesões genitais.  A contaminação ocorre pela exposição direta ao contato da pele e das mucosas com uma pessoa infectada.

Se beijar alguém com herpes em atividade nos lábios, pegou. Se beber no copo de alguém que está com herpes na boca, com certeza vai pegar. Se tiver relação sexual sem proteção com alguém que está com herpes, será contaminado. Vários médicos afirmam que o contágio só ocorre quando a herpes está ativa. Só de se ter o vírus, não se transmite, é preciso ter contato com a feridinha ou as bolhas que ele provoca.

A médica dermatologista Ana Regina Trávolo explica que normalmente a herpes se manifesta com pequenas vesículas agrupadas, com sensação de ardor ou dolorimento no local. “Pode aparecer também na forma de pequenas pápulas avermelhadas agrupadas também com sensação de ardor. Na sua evolução forma crostas (casquinhas) no local, até o seu completo desaparecimento”, observa.

Os locais mais afetados são a região labial ou perilabial e a região genital, como o púbis, corpo do pênis ou glande. Todavia, pode aparecer também em outras regiões do corpo, como nádegas, tronco e mãos.

Outro tipo é o herpes zoster, causado pelo vírus varicela zoster, o mesmo vírus responsável pela catapora. Normalmente, se manifesta com vesículas maiores, por vezes até bolhas, e pápulas avermelhadas, atingindo uma área mais extensa, mas normalmente limitada a um lado do corpo, por exemplo: um lado das costas, metade da região da testa ou um braço.

Tenho uma amiga que está passando maus bocados com a tal da herpes zoster, disse que é uma dor insuportável. A dela deu no pescoço e parte do rosto. Não há nada que tire a dor a não ser o tempo natural da doença, que no caso da zoster é maior do que o outro tipo de herpes que normalmente varia de 5 a 10 dias.

De acordo com a dermatologista, da Clínica Monte Parnaso, o herpes zoster segue o trajeto dos nervos da região afetada, já que o vírus do herpes, nesse subtipo, normalmente fica latente nos troncos nervosos na região. “A dor costuma ser ainda mais intensa, podendo deixar uma sensação de dolorimento no local mesmo após a regressão das lesões, a chamada neuralgia pós-herpética”, esclarece Ana Regina.

Infelizmente a herpes não tem cura, mas pode ser controlada. Os tratamentos disponíveis para a doença são medicamentos antivirais. O mais antigo e mais tradicional é o aciclovir, apesar de haver disponível outros antivirais mais potentes, tais como o fanciclovir e o valaciclovir, que têm a vantagem de serem utilizados em menos doses durante o dia do que o aciclovir. Na grande maioria das vezes, é necessário o uso da medicação por via oral pelo período de 5 a 7 dias, principalmente nos casos de herpes zoster, onde além dos antivirais, são utilizados medicamentos anti-inflamatórios, como os corticoides, devido ao quadro intenso de dor que provocam. “Casos muitos leves de herpes simples, com lesões muito pequenas, podem ser tratados apenas com medicação tópica. Estes casos mais leves podem também regredir espontaneamente em uma a duas semanas”, explica a médica.

O que pouca gente sabe é que existe uma vacina para diminuir os casos de herpes zoster e de neuralgia pós-herpes zoster que pode ser utilizada em dose única, pelos pacientes acima de 50 anos, uma vez que o herpes zoster normalmente se manifesta nos idosos. Não é barata – no Hermes Pardini, se não me engano, custa em torno de R$ 400 e é dose única –, mas vale a pena, principalmente se sabemos que todo mundo que já teve catapora tem grande chance de ter a doença. Não custa prevenir.

Isabela Teixeira da Costa

Guerra contra o sal

salSimples mudanças ajudam a reduzir a quantidade de sal presente em alimentos.

Parece que agora o Brasil descobriu que o sal faz mal à saúde. Quando era jovem e fiz intercâmbio nos Estados Unidos fiquei impressionada em ver que lá eles não colocam sal na comida. O arroz é insosso. No primeiro jantar pedi sal, e meu pai americano me deu, depois de ficar sei lá quanto tempo me passando um grande sermão. Não entendi nenhuma palavra, porque foi minha primeira noite, estava muito nervosa e não sabia falar praticamente nada em inglês.

Com o tempo fui entendendo que, para eles, o sal faz mal para o coração. Se ingerir sal com certeza terá um ataque cardíaco com o passar do tempo. Eu colocava sal no arroz e eles ficavam horrorizados. Não estava nem aí, queria comer algo temperado.

Nas mesas de restaurantes e lanchonetes não tem sal, se quiser, tem que pedir. Semana passada, conversando com alguns amigos, ouvi alguém dizer que aqui também será assim. Salvo engano é lei. Não acreditei.

Concordo que os alimentos prontos realmente têm muito sódio, e isso precisa ser controlado, mas temos que ter cuidado para não nos tornamos chiitas. Na minha opinião tudo que é muito radical é perigoso. Enfim, vários estudos já começam a ser feitos no Brasil com bons resultados.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a ingestão diária de sal é de 5 gramas.  Pensando nisso, cinco estudantes de Ciências dos Alimentos da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) dedicaram-se a criar uma linha de sopa instantânea com menor teor de sódio, a qual deram o nome de “Sopa Benevie”, do italiano, “Boa Vida”.

Além das diversas doenças crônicas que o excesso de sódio pode ocasionar à saúde humana, boa parte dos alimentos industrializados levam em sua composição ingredientes que os consumidores desconhecem e não sabem quais são as funções. “Buscamos diminuir estes ingredientes e trazer mais transparência e proximidade ao consumidor”, contou Marianne Tufani, umas das alunas responsáveis pela pesquisa. Além de Marianne e Vanessa, também participam da pesquisa Daphnnie Estevam Casale, Mariana Coutinho e Raquel Nozaki.

Os brasileiros consomem em média 12 gramas de sal, diariamente, mais do que o dobro da quantidade recomendada pela OMS. O que preocupa os profissionais da área de saúde é que o consumo excessivo de sódio é apontado como uma das causas da hipertensão, o que aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular, a principal causa de mortes no Brasil e no mundo.

Por isso, é preciso ter cuidado com a quantidade de sal que adicionamos espontaneamente em nossas preparações diárias. Segundo a nutricionista Marcia Gowdak, diretora do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia de São Paulo (Socesp), reduzir a quantidade de sódio não significa reduzir o sabor e dá algumas dicas para diminuir a quantidade de sódio presente nos pratos preferidos dos brasileiros: arroz, feijão, frango de panela, picadinho, salada (alface e tomate), molho à bolonhesa, sopa de legumes, salada de batata, strogonoff, feijoada.

Dicas para reduzir a quantidade de sódio desses alimentos:

1 – Experimente a preparação antes de adicionar mais tempero. Muitas pessoas acrescentam o sal antes de saber se o prato está saboroso;

2 – Cuidado com o consumo de alguns alimentos, tais como, bacon, queijos, azeitonas e salame.  Estes alimentos contêm quantidades elevadas de sal e são frequentemente utilizados como ingredientes do feijão, feijoada, saladas e outras preparações consumidas diariamente;

3 – Reduza a quantidade de sal utilizada gradativamente. O paladar precisa de um tempo para se acostumar ao novo sabor;

4 – Leia os rótulos das embalagens. A indicação da quantidade de sódio presente em cada produto deve ser informada ao consumidor. Além disso, alguns produtos explicam como deve ser o modo de preparo para que a quantidade de sódio informada no rótulo corresponda ao nosso consumo.

5 – Quando utilizar temperos em pó ou caldo, não adicione mais sal. Esses produtos já possuem a quantidade suficiente para deixar a comida saborosa;

6 – Retire o saleiro da mesa. Essa atitude simples vai ajudar a reduzir a vontade de acrescentar mais sal à comida. É muito comum acrescentar sal à salada sem experimentar o tempero primeiro. Isso pode levar ao consumo excessivo de sódio;

7 – Durante o preparo, utilize medidas caseiras para acrescentar sal aos pratos. A referência da colher de chá ou café é sempre melhor do que o “sal a gosto” e as “pitadas”.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com olhos amarelados

hepatiteOs olhos dizem muito mais sobre uma pessoa do que a gente costuma perceber.

O oftalmologista pode acabar direcionando o paciente a um médico de outra especialidade quando percebe alterações nos olhos que nada têm a ver com miopia, astigmatismo ou hipermetropia.

Quando os olhos estão amarelados, o que pode ser? De acordo com Renato Neves, oftalmologista do Eye Care Hospital de Olhos de São Paulo, quando a parte branca dos olhos está amarelada, geralmente indica icterícia – e costuma afetar a cor da pele também. “Níveis excessivos de bilirrubina no sangue podem ser percebidos por esse tom amarelado na pele e na esclera. Mas é importante associar essa informação com a idade do paciente, já que as causas diferem entre recém-nascidos, crianças e adultos”.

Neves explica que a esclera – parte branca que circunda a íris e protege toda a estrutura ocular interna – nos recém-nascidos é bastante comum estar amarelada. A icterícia, nessa fase, está relacionada com o fato de o fígado ainda não estar maduro o suficiente.

Além de olhos e pele amarelada, os pais podem perceber falta de energia, irritabilidade, febre e dificuldade na amamentação. Mas é preciso o monitoramento especializado de um pediatra, já que algumas causas – ainda que menos frequentes – incluem incompatibilidade sanguínea (quando mãe e bebê têm tipos sanguíneos diferentes entre si), infecções e inclusive hemorragias internas.

Na opinião do oftalmologista, quando o paciente que apresenta olhos amarelados é uma criança maiorzinha ou um adulto, isso é mais preocupante – justamente por não ser tão comum.

“Quem consome muitos alimentos de cor amarela e alaranjada, ricos em betacaroteno, pode até ficar com a pele mais dourada ou amarelada, mas a esclera deve continuar branca. O betacaroteno presente em cenoura, mamão, batata doce, abóbora, pimentões, laranja, damascos e melão, entre outros, faz muito bem à visão. Trata-se de uma substância que é convertida em vitamina A (retinol), protegendo tanto a córnea quanto as estruturas internas do olho. Também tem ação eficaz contra o ressecamento dos olhos e algumas conjuntivites inflamatórias, além de contribuir para a prevenção da catarata quando combinada com outros antioxidantes. Com tantos benefícios, quem apresenta olhos amarelados não deve atribuir ao consumo elevado de alimentos ricos em betacaroteno – porque não têm condições de alterar o branco dos olhos”, explica Renato.

Durante um checkup ocular, quando o especialista diagnostica alteração na cor da esclera, encaminha o paciente imediatamente para um clínico geral. “Em adultos, o problema pode estar relacionado a alguma doença do fígado – como inflamação ou infecção aguda –, a alguma doença que esteja provocando aumento na produção de bilirrubina – como alguns tipos de anemia – ou ainda uma icterícia obstrutiva. Até mesmo a malária causa essa mudança na coloração da parte branca dos olhos”, diz Neves. Por isso, fique atento ao ‘branco dos olhos’.

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Sífilis vira epidemia

syphilisEm seis anos foram notificados quase 230 mil novos casos de sífilis no Brasil.

O Ministério da Saúde admitiu, no final de outubro, que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. Entre junho de 2010 e 2016 foram notificados quase 230 mil casos novos da doença, de acordo com  boletim epidemiológico do governo.

Três em cada cinco ocorrências (62,1%) estavam no Sudeste e a transmissão de gestantes para bebês é atualmente o principal problema. A situação foi qualificada como “epidemia” somente agora. Em 2015, no país todo, foram notificados 65.878 casos, a maioria deles afetou pessoas na faixa dos 20 aos 39 anos (55%), que se autodeclaram da raça branca (40,1%).

A sífilis ou lues é uma DST (doença sexualmente transmissível). Conhecida como a “grande enganadora” pois apresenta  sintomas que podem aparentar outras doenças. Os sinais e sintomas da sífilis variam dependendo da fase em que se apresenta (primária, secundária, latente e terciária). O diagnóstico é feito geralmente por meio de exames de sangue.

Os casos de sífilis congênita, transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, também cresceram muito. No ano passado, a cada mil bebês que nasceram, 6,5 eram portadores de sífilis. O número triplicou em 5 anos.

A doença é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é transmitida através de contato sexual, pelo sangue e na gestação. A primeira manifestação ocorre após 3 a 4 semanas do contágio, em que aparece o candro duro: úlcera geralmente única, com bordas bem delimitadas, sem dor e sem pus.

Nas mulheres e nos homens que fazem sexo com homens esta fase pode passar despercebida pois o cancro pode estar dentro da vagina ou na região perianal. Geralmente a lesão desaparece depois de alguns dias, mesmo sem tratamento, e a pessoa entra numa fase assintomática, em que a bactéria continua se espalhando pela corrente sanguínea e por outros órgãos.

Após seis semanas, se não for tratada, pode virar sífilis secundária: várias lesões avermelhadas espalhadas pela pele, associada a febre, aumento dos gânglios linfáticos, prostração e lesões na cavidade oral. Estas lesões também podem desaparecer mesmo quando não tratadas, e são confundidas com alergias e a pessoa entra numa fase de latência (infectada, mas sem sintomas) e a bactéria atinge outros órgãos (coração, fígado cérebro, olhos e pele) e isso só se manifesta anos mais tarde: sífilis terciária.

Nas décadas de 70 e 80, se alguém pegava sífilis era porque frequentava prostíbulo do baixo meretrício, em uma época que proteção, ou seja, camisinha, não era usada. Só pegava sífilis quem era promíscuo. Hoje, isso mudou, os jovens não estão usando mais a camisinha e a liberalidade aumentou o risco. Não são poucos os jovens que fazem sexo com mais de uma pessoa na noite e muitas vezes não importa o sexo. Soma-se esse comportamento ao não uso da camisinha e chega-se ao resultado da epidemia.

Tenho um amigo de infância. Era o rapaz mais lindo de Belo Horizonte. Não tinha uma moça que não se apaixonasse por ele. E como a maioria dos homens, se aproveitava de sua beleza e charme e nadava de braçada. Não sei tudo o que ele aprontou na vida, mas sei que descobriu, depois de anos, por causa das limitações que começaram a surgir, que estava com sífilis no cérebro. Ainda está vivo, porém com grave comprometimento de locomoção, incapacidade de raciocínio, sem fala e na cadeira de rodas. Não o vejo há anos, mas tive notícias que está irreconhecível.

Após enfrentarmos por décadas a luta pela descoberta da cura da Aids, chegamos a um momento no qual a doença pode ser “controlada” com o uso do coquetel. A Aids não mata mais. Diante desta constatação, parece que os jovens deixaram de ver a doença como terrível, e toda a campanha maciça do governo pelo uso do preservativo caiu no esquecimento. “Já que não vamos mais morrer, não precisamos usar algo tão incômodo”, deve ser o pensamento geral, e aí, aceitam se arriscar com a Aids, mas se esquecem que existem centenas de outras doenças sexualmente transmissíveis que são muito graves. E saem para viver a vida na liberdade, libertinagem e inconsequência.

Conversando sobre isso com uma amiga ouvi um relato. Ela estava com o marido em um resort muito chique na Bahia, passando uma temporada para descansar. Ouviram de um funcionário, em um café da manhã, que estava muito feliz porque a noite tinha sido ótima:ele tinha ficado com 10 pessoas naquela noite. Assustador.

Essa liberação da camisinha trouxe de volta a sífilis com força total, a ponto de virar epidemia, e com esse grande aumento o remédio que trata a sífilis, a penicilina Benzatina, está em falta na rede pública. Na verdade, o mais importante é se prevenir. Façam o teste, se for diagnosticado, lembre-se de informar aos parceiros(as) para que se testem também e sejam tratados adequadamente. E cuide-se, use a camisinha.

Isabela Teixeira da Costa

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Esclerose múltipla: a doença começa mais cedo do que se imagina

escleroseSegundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla a doença é diagnosticada principalmente a partir dos 20 anos.

Imagine um jovem saindo da adolescência, entrando na juventude, pronto para viver a vida, cheio de sonhos, de energia aberto para as novas descobertas da vida e, aos 20 anos ganha um grande desafio pela frente: o diagnóstico de que está com esclerose múltipla (EM), doença já atinge cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo. Tudo o planejou, o sonho de ser um profissional, casar ter filhos fica bastante ameaçado.

A EM não tem cura e ninguém descobriu ainda o que causa a doença, mas já se sabe que é uma das doenças mais comuns em adultos jovens no mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, 35 mil brasileiros são afetados pela doença. Apesar dessa incidência, muitos ainda a desconhecem, pois seus primeiros sinais são muito sutis e transitórios, dificultando o diagnóstico precoce. Idade, gênero, histórico familiar e outras doenças autoimunes são fatores que aumentam o risco de desenvolvimento da doença.

Os sintomas mais comuns, que são a perda de equilíbrio e coordenação motora, distúrbios da sensibilidade (formigamento/dormência pelo corpo), perda de força muscular (paralisias) e de visão, visão dupla, cansaço, incontinência ou retenção urinária podem ser as primeiras manifestações da EM e ocorrem de forma isolada ou em conjunto, ou seja, com várias manifestações simultâneas de acometimento do Sistema Nervoso Central.

Cerca de 80% dos pacientes apresentam manifestações agudas ou subagudas e melhoram, ou remitem o quadro neurológico, e essa evolução é denominada “surto-remissão” ou “recorrente-remitente”.  Para essa forma da EM os tratamentos atuais estão cada vez mais eficazes, mas a melhor resposta ocorre quanto mais cedo eles se iniciam, o que se conhece como “melhor janela terapêutica”, em que o diagnóstico precoce está associado à uma evolução mais favorável.

Para diminuir o impacto da esclerose múltipla o melhor caminho é a informação para que as pessoas fiquem atentas e consigam ter um diagnóstico precoce, nesta época de redes sociais e grande facilidade comunicação isso fica mais fácil. De acordo com Soniza Alves-Leon, chefe do Centro de Referência em Esclerose Múltipla do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ e pesquisadora CNPq sobre o tema, “uma geração que vive conectada, precisa saber que a esclerose múltipla vitima pessoas de todas as idades, mas especialmente, os indivíduos entre 20 e 40 anos que estão no auge da vida reprodutiva.  Seus sintomas são imprevisíveis e nem sempre são levados a sério, por isso, a importância em atentar para qualquer um desses sinais”.

Apesar de não ter cura, existem tratamentos que minimizam os sintomas da doença.  Os Interferons beta foram os primeiros medicamentos a surtirem efeito na EM, com grande eficiência. Entre as opções de tratamento adjuvante, está o Cognifit, uma ferramenta inteligente utilizada para minimizar alguns dos sintomas da esclerose múltipla e que pode ser acessado via computador, tablet ou smartphone. O mecanismo tem como função principal treinar e estimular os aspectos cognitivos, com jogos que permitem avaliar o estágio do comprometimento da doença e suas habilidades cognitivas. O dispositivo funciona como aliado na melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Isabela Teixeira da Costa

Falta de carboidrato pode causar baixa autoestima

carboidrato
Reprodução internet

Nutricionista explica que a falta do carboidrato provoca alterações no humor e sensação de tristeza.

Existem dois times de pessoas: as que amam carboidratos e as que não comem carboidratos. As que amam chegam a colocar três, quatro ou até cinco tipos no prato em uma única refeição, quem não come, fica com muita vontade, mas faz o sacrifício para não ganhar peso.

O problema é que as pessoas não sabem que a falta deste tipo de alimento faz mal à saúde. Tenho uma prima que faz regime a semana inteira, seu almoço e jantar se resume a uma carne e salada com legumes, porém, na maioria das vezes a salada é feita de folhas. Arroz, feijão, batata, pão e massa não faz parte de seu cardápio.

Ela resolveu ir a uma nutricionista para ver se conseguiria emagrecer mais uns quilinhos, aqueles dois ou três que sempre ficam resistentes. Não é que descobriu que estava subnutrida. Levou o maior susto e teve que inserir na sua alimentação diária feijão e um carboidrato no almoço.

Agora, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) apontou que retirar o carboidrato da alimentação pode causar baixa autoestima e trazer danos ao organismo. A falta deste nutriente pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, dificultar a perda de peso e mexer com a autoconfiança.

Segundo a nutricionista Vanderli Marchiori, em geral o consumo de carboidratos fornece energia para o cérebro e, assim, temos maior controle emocional e mental. “A ingestão do carboidrato influencia diretamente na produção de neurotransmissores, como a serotonina. Essas substâncias são responsáveis por causar as sensações de prazer e bem-estar. A falta deste nutriente reduz a velocidade do metabolismo e isso pode fazer com que as percepções de realidade e do nosso corpo fiquem distorcidas e prejudiquem a autoestima, provocando também maior sensação de tristeza”, pontua Vanderli.

Por isso, é importante no dia a dia consumir de oito a 11 porções de carboidrato divididas entre as refeições. As opções são extensas, mas os principais alimentos que possuem o nutriente são: macarrão, pão, biscoitos, arroz e batata.

A nutricionista explica que só é válido retirar o carboidrato do cardápio em casos de algum tipo de doença específica, em que o consumo do nutriente pode ser fator decisivo para a piora do quadro de saúde.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com o olho seco

O oftalmologista Richard Yudi Hida / Divulgação
O oftalmologista Richard Yudi Hida / Divulgação

Estamos em uma época do ano que agrava muito o problema do ressecamento dos olhos.

O clima seco somado à permanência em ambientes com ar condicionado, muito tempo em frente ao computador, uso de lentes de contato, poluição, excesso de exposição ao sol, vento, uso de maquiagens de baixa qualidade são alguns elementos que atuam na evaporação das lágrimas e provocam secura nos olhos.

Para entender como o olho seco pode prejudicar a visão e o que pode combater este problema o oftalmologista Richard Yudi Hida, membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, chefe do Setor de Superfície Ocular da USP e do Setor de Catarata da Santa Casa de São Paulo, mandou uma série de esclarecimentos e dicas para nós.

O que é a síndrome do olho seco?

A Síndrome do Olho Seco (ou Síndrome da Disfunção Lacrimal) é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes. A qualidade da lágrima pode ficar alterada quando se altera muda uma das três camadas que a compõem: a de água, a de mucina e a de gordura. É de extrema importância o equilíbrio desses componentes para a saúde da superfície ocular.

Quais são os sintomas?

São parecidos com sintomas de cansaço ocular: ardência, ressecamento, oscilação ou baixa visão, sensação de areia nos olhos, irritação, coceira, dificuldade em permanecer em frente ao computador ou ar condicionado e olho vermelho ao final do dia.

olhoseco
Foto Leticia Abras/Estado de Minas

Quem são os maiores atingidos pela síndrome?

Indivíduos que usam computador, tablet e/ou celular, mulheres, pessoas acima dos quarenta anos e quem usa lentes de contato estão mais propensos ao problema. Fatores ambientais como poluição, alterações do meio ambiente, umidade, temperatura ou ar condicionado, são os principais causadores do olho seco devido ao aumento da evaporação da lagrima por alterações na sua qualidade. O uso de qualquer dispositivo eletrônico ou não eletrônico que faça com que o individuo permaneça constantemente fixando os olhos por muito tempo, pode causar também a síndrome do olho seco devido à deficiência no piscar, principal ato na estabilização da superfície do olho. Outros fatores importantes são a maquiagem e doenças sistêmicas.

Como prevenir? Quais os tratamentos?

Recomendações específicas para cada tipo de olho seco devem ser diagnosticados antes de iniciar o tratamento. Portanto, deve-se ir a um oftalmologista para exames de rotina. De maneira geral, algumas orientações no dia-a-dia devem ser consideradas, tais como:

Descansar os olhos: usar computador ou ler por muito tempo força a vista e reduz o número de piscadas. Faça pequenos intervalos direcionando os olhos para um ponto distante. Esse exercício também ajuda a relaxar a musculatura responsável pelo foco de perto;

Acertar a altura da tela do computador: o ideal é que a tela fique um pouco mais baixa do que a linha do olhar. Os olhos voltados para baixo ficam mais relaxados e menos abertos;

Piscar com mais frequência: quando estamos diante de atividades que exigem o olhar mais atento, piscamos menos do que o necessário, o que prejudica a lubrificação da córnea;

Beber bastante líquido: assim como os lábios e a pele, os olhos também se desidratam;

Usar óculos de sol com FPS: eles protegem os olhos de fatores externos que podem irritar a vista, como os raios UVB e o vento;

Higienizar bem a região dos olhos: retire a oleosidade da pele e resquícios de maquiagem utilizando sabonetes neutros. Esse cuidado evita a danificação da lágrima e o entupimento das glândulas;

Complementar com ômega 3: ele ajuda na composição da camada mais oleosa da lágrima, importante para evitar que ela evapore facilmente;

Descansar bem: boa qualidade e quantidade de sono são de extrema importância para descansar os olhos.

Qual a função das lágrimas artificiais?

As “lágrimas artificiais” ou “colírios umidificadores” são termos utilizados  para se referir a qualquer colírio para repor a lágrima natural. As lágrimas artificiais são colírios que possuem componentes artificiais mais próximos da lágrima e deve ser receitado pelo oftalmologista caso seja diagnosticada a Síndrome do Olho Seco relacionado com a deficiência na produção da lágrima. A utilização sem orientação médica pode causar outras doenças oculares na pálpebra (blefarites), conjuntiva (conjuntivites) e na córnea (ceratites), como também pode causar dependência das lágrimas artificiais.

Isabela Teixeira da Costa

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O desafio de ser mulher

heroinasA vida de uma mulher é intensa e sobrecarregada, quase igual a de uma super herói.

A vida de uma mulher não é nada fácil. Tem que cuidar da casa, trabalhar fora, cuidar do corpo. Se for casada, tem que dar atenção para o marido, se não, tem o namorado que também demanda tempo e atenção. Se tiver filhos, tem que levar e buscar na escolha, ajudar no para casa, dar conta dos cursos extras. Ainda não citamos o salão de beleza: manicure, pedicure, depilação, sobrancelha, tintura de cabelo. Conciliar tudo isso não é fácil.

Quando fui fazer as fotos para o site, a maquiadora Fairuze me recebeu as 9h toda linda, maquiada, penteada, depois de ter malhado. Estava na academia, às 6h. Como ela, inúmeras mulheres têm seus dias cheios e corridos para conseguir manter corpo, mente e saúde em equilíbrio. Não sei como conseguem ânimo para ainda saírem de noite, lindas e animadíssimas. Mas este é o desafio da mulher moderna.

E demandamos muito mais do que os homens. Nossas alterações hormonais são maiores, temos mais propensão a engordar e à flacidez. A perda de cálcio na mulher é maior, o que provoca osteoporose, e outros nutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo. E com o avanço da idade tem a menopausa, que traz com ela, algumas demandas para acrescentar na lista. Ufa!

O médico Marco Antônio Campos Casemiro, que há mais de 20 anos vêm trabalhando com prevenção e tratamento do envelhecimento através da prática ortomolecular, explica que a alimentação equilibrada facilita a manutenção de peso, mantém um bom desempenho físico e mental e previne doenças, influenciando no bem-estar e na saúde da mulher. As vitaminas são substâncias que desempenham papel fundamental na estimulação das enzimas responsáveis por vários dos processos metabólicos do corpo e são obtidas por meio da alimentação e sob a forma de suplementos. “Quanto mais balanceada a alimentação, mais rica em vitaminas ela será. Como nos dias de hoje isso é difícil, a suplementação que é feita na prática ortomolecular, faz-se necessária. Antioxidantes tipo vitamina E, C, Betacaroteno, Selênio, Zinco, Manganês, Ácidos Graxos e vitaminas do complexo B ajudam aliviar, por exemplo, os principais sintomas da menopausa, como as ondas de calor, estresse, fadiga e flacidez da pele, portanto são fundamentais para a saúde da mulher”, explica Casemiro.

De acordo com o médico, alimentos como aveia, alho, azeite de oliva, castanha-do-Pará, maçãs, peixes, soja, tomate, uva vermelha e muitos outros já foram comprovados serem capazes de prevenir doenças do coração, câncer, depressão e proteger o cérebro de outras doenças como mal de Alzheimer, portanto são bons alimentos para se ter no cardápio com frequência para quem se preocupa em aumentar a longevidade e viver com saúde.

Manter um peso saudável também é uma recomendação para as mulheres que buscam viver com mais saúde, o que vai muito além da questão estética. A obesidade faz mal à saúde, pois diminui a resistência a infecções e aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, etc.

O exercício físico é importante para a mulher que quer conciliar saúde e estética, mantendo o corpo em forma e dentro do peso ideal. Para Jairo Lucheta, educador físico e gerente de ginástica da Companhia Athletica, o treino resistido é indispensável para as mulheres. Os benefícios da musculação para as mulheres são basicamente os mesmos que para qualquer indivíduo: aumento de massa muscular e melhora no condicionamento e perda de gordura. Para aquelas que buscam um exercício para emagrecer, o ideal é musculação em combinação com o aeróbio.

Para ter saúde é preciso manter uma alimentação saudável, uma atividade física contínua, e com saúde damos conta do recado.

 

Isabela Teixeira da Costa

Somos todos obesos?

AFP PHOTO/Karen BLEIER
AFP PHOTO/Karen Bleier

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 82 milhões de pessoas estão acima do peso e as principais causas são o sedentarismo e a alimentação inadequada.

Hoje é o Dia Mundial de Combate à Obesidade e estudos mostraram que 60% da população do mundo está acima do peso. Isso não é privilégio de adultos, mas crianças e adolescentes também entram nessa estatística, que alarmou a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, a entidade tratou de criar uma data mundial para alertar a sociedade sobre o problema e usar da mídia para ajudá-la nesta missão e na divulgação dos dados assustadores e nas formas de prevenir e de melhor reduzir o excesso de peso.

Até bem pouco tempo, a preocupação com a obesidade era um problema comum nos Estados Unidos. Atualmente, essa preocupação está presente não só no Brasil, mas em quase todos os países. Quase 60% dos brasileiros estão com excesso de peso e, como disse anteriormente, apesar de afetar a população de forma geral,  independentemente da faixa etária, a incidência maior é entre as mulheres.

Obesidade é uma doença crônica que piora com o passar dos anos, caso o paciente não faça um tratamento adequado e contínuo. Além de reduzir a qualidade de vida, a obesidade pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e alguns tipos de câncer. A OMS aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

Para divulgar o Dia Mundial de Combate à Obesidade, os endocrinologistas lançaram a campanha Obesidade: Eu trato com respeito. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 82 milhões de pessoas estão acima do peso. Os números mostram que, para os homens, a prevalência de excesso de peso aumenta de 42,4% (em 2002–2003) para 57,3% (em 2013), e a obesidade, de 9,3 % para 17,5%. No caso das mulheres, esse aumento foi mais acentuado, passando de 42,1% (em 2002–2003) para 59,8% em 2013, ao passo que a obesidade passa de 14% para 25,2%.

A PNS fez um estudo com adolescentes entre 13 e 17 anos, em 2015, que apontou que 23,7% estão com excesso de peso e 7,8% estão obesos. O problema também atinge as crianças. Mais de um terço delas, entre 5 e 9 anos, está acima do peso. Além do aspecto físico, a obesidade infantil pode trazer vários problemas, como colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial. Para a OMS, o sobrepeso infantil está se tornando um problema epidêmico. Dados da OMS apontam que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade poderá chegar a 75 milhões caso nada seja feito.

As principais causas são o sedentarismo e a alimentação inadequada, tanto entre adultos quanto em crianças. É muito importante a mudança de hábitos, introduzindo exercícios físicos, para que crianças e adultos possam gastar calorias. É claro que para cada idade a atividade física é diferente, mas é fundamental que seja regular, podendo ser uma simples caminhada de 40 minutos, diariamente. Segundo profissionais da área, o importante é fazer 300 minutos semanais, que a pessoa pode dividir como for melhor dentro de sua rotina.

Outra ação importante é a atitude dos pais em colocar limites na alimentação dos filhos e oferecer alimentos mais saudáveis, como carnes magras, verduras e legumes, substituindo o excesso de sanduíches, chips, frituras e doces, que é o que as crianças mais comem hoje em dia.

Voltando à campanha, tratar a obesidade com respeito é respeitar o paciente obeso. A maioria das pessoas tem o costume de dizer que a pessoa é gorda porque quer, isso não é verdade. Se isso fosse verdade, não existiriam gordos no mundo. Ninguém gosta de ser gordo, pode se aceitar bem assim, mas nenhuma pessoa coloca como meta de vida ser obeso. Isso ocorre por vários fatores difíceis de controlar, e que na maioria das vezes precisam de um acompanhamento médico para ser superados. Respeitar a condição de quem está com peso acima do normal é não reforçar a ideia errada de que a obesidade é culpa de quem a tem. Tratar a obesidade com respeito é reconhecer que ela é uma doença crônica multifatorial. #obesidadeeutratocomrespeito #diamundialdaobesidade #11deoutubro #endocrinologia.

Isabela Teixeira da Costa

Como descobrir se temos aneurisma?

Tipos de aneurisma
Tipos de aneurisma

Aneurisma é um mal silencioso, mas é possível prevenir.

O meio de decoração de Belo Horizonte e alguns amigos sabem da morte repentina da decoradora Shirlene Mesquita, vítima de um aneurisma cerebral. Já escrevi aqui, semana passada, em uma crônica o que ocorreu com essa minha amiga, porém o foco era chamar atenção das pessoas para aproveitarem mais a vida. O que mais ouvi entra as conversas durante os dez dias em que Shirlene esteve em coma foi: “Como saber se temos aneurisma? Como prevenir?”. E ouvi da irmã de um médico que, quem tem aneurisma nasce com ele, e pode viver a vida toda sem ter problema, como ele pode estourar a qualquer hora.
Resolvi tentar descobri se é possível fazermos um prognóstico, se existe uma forma de tratar previamente o problema. Descobri que existem vários tipos de aneurisma. Existe o cerebral, da aorta torácica, aorta abdominal, infra renal, polítea (atrás do joelho) e esplênica (artéria no baço). Os mais comuns são o cerebral, mais conhecido como AVC e o da aorta, que na maioria dos casos levam à morte. O Aneurisma surge pelo enfraquecimento ou defeito da parede arterial. A pessoa pode nascer com o problema, ou ele pode surgir com o passar do tempo por fatores como hipertensão, tabagismo, traumatismo etc. O movimento natural de dilatação da artéria se torna anormal e a parede fica mais fina com a dilatação excessiva, levando ao rompimento da mesma.
Nem dos aneurismas apresenta sintoma antes de ter algum problema. No cérebro, os sintomas mais comuns surgem quando há ruptura. Em alguns casos, ocorre um sangramento inicial no cérebro, acompanhado de dor de cabeça súbita e intensa, antes do rompimento definitivo. Esta é a hora de procurar uma emergência. Quando o aneurisma se rompe totalmente, dependendo da intensidade do sangramento, a pessoa tem desde dor de cabeça até perda dos sentidos e coma.
anurisma2O aneurisma da aorta normalmente é descoberto quando a pessoa faz exames como RX ou ecografia para investigar outro problema. É muito importante descobrir a dilatação logo no início, por isso é aconselhável pedir ao médico um exame de imagem, pois o aneurisma da aorta tem cura. Segundo o cirurgião cardiovascular Eduardo Keller Saadi, “basta tratar clinicamente e acompanhar sua evolução. Se crescer muito existem procedimentos minimamente invasivos que corrigem o problema”, alerta.
Infelizmente, a ruptura de aneurisma é mais comum em mulheres, a chance de rompimento aumenta com a idade – a média é aos 55 anos –, e pessoas que têm histórico familiar de aneurisma rompido têm mais chance de ter o problema, por isso os exames são tão importantes. O melhor exame para detectar o aneurisma cerebral é a arteriografia, uma espécie de cateterismo cerebral. Mas a doença também pode ser detectada por angiografia e/ou tomografia computadorizada. Se não mostrar um aneurisma, deve ser feita a arteriografia.
Existem duas formas de tratamento. Para o aneurisma cerebral se faz uma cirurgia onde se coloca um clipe metálico na base do aneurisma, excluindo-o da circulação e o paciente fica curado. Outra maneira é a embolização endovascular, onde se leva um cateter até o aneurisma, no qual são introduzidas pequenas molas, fazendo-o coagular e cicatrizar. Cerca de 20% dos pacientes precisam de novo tratamento, pois o aneurisma pode voltar a se abrir.
Para o aneurisma da aorta o tratamento é mais simples ainda.  Com uma punção, sem incisão ou corte, é possível introduzir, por dentro da artéria, um cateter que leva uma prótese e elimina o aneurisma. A recuperação é rápida e a vida normal é retomada em poucos dias. O método beneficia, principalmente, pessoas idosas e com doenças associadas.
Isabela Teixeira da Costa