Feriado: um refresco na semana

feriado1Tem coisa mais gostosa do que um feriado no meio de uma semana sobrecarregada?

É como um bálsamo na vida da gente. Tem vez que as pessoas nem sabem qual feriado é, não é importante, o valor é a folga, o respiro que vamos receber. Acordar tarde, ficar de preguiça na cama! Pena que para mim não funciona. Meu relógio biológico já está treinado e faça chuva ou faça sol, de segunda a segunda sempre acordo no mesmo horário. Nem preciso de despertador – graças a Deus, porque eu detesto.

São 11 nacionais e mais dois municipais (Belo Horizonte), quando todos caem no meio da semana, são menos 13 dias no ano. Se caírem terça ou quinta-feira, a tendência é das pessoas emendarem a segunda ou sexta, ou seja, menos dias úteis. Isso às vezes atrapalha. O Brasil tem mania de feriado e quando cai em excesso interrompe demais a vida da gente e quebra o ritmo do trabalho. Alguém já sentiu isso ou será que sou só eu?

Às vezes estou com algum trabalho tão importante e está fluindo tão bem, que quando entra um feriado, em vez de ajudar, atrapalha. Juro que não sou doida, é verdade. Faço muitos eventos todos beneficentes (isso não vem ao caso agora), e o tempo é imprescindível na produção. Quando tem feriado no meio da preparação prejudica bastante. O prazo dos fornecedores muda, atrapalha no cálculo de entrega para o frete e uma coisa puxa a outra. Mas quando as datas caem bem distribuídas no calendário, as folgas são muito bem-vindas.

E quando a empresa dá de presente o direito da emenda… Fica melhor ainda! Mas o que fazer no feriado?

Começo a ouvir amigos e colegas falando e fico impressionada com as escolhas. Cada um é cada um, mesmo. Muita gente vai viajar. Escarpas do Lago ficará cheia, animada. Sítios e fazendas também. Alguns mais animados optaram em dar um pulinho no mar, de ônibus mesmo. Um decidiu fazer “sonoterapia”, disse que vai dormir de hoje até domingo, e ai de quem acordá-lo. Mas a pior para mim foi a que escolheu fazer faxina em sua casa, durante os quatro dias de feriado.

Apesar da virada do tempo, acho que vai dar para fazer muita coisa. Se não chover, até o piquenique que uma colega está programando com as amigas será possível, mas ela terá que levar muito agasalho e vários pesos, porque desde terça, no final do dia o vento chegou.

O importante é aproveitar bem o tempo, se possível com a família, com pessoas que a gente ama. Quem sabe matar a saudade de amigos queridos que não conseguimos ver com frequência… Afinal, quem faz o nosso dia somos nós e o tempo vivido não volta, então, devemos viver bem.

Isabela Teixeira da Costa

Para esquentar

Chegou o frio. Neste país tropical isso é raro, pode ser apenas uma frente fria, mas é uma ótima oportunidade para usarmos as peças outono/inverno das coleções lançadas há algum tempo pelas diversas grifes e que continuam no guarda roupa por falta das baixas temperaturas. Os tricôs estão lindos e merecem dar um passeio. Cores, estampas, geométricos. Variedade de estilos para todos os gostos, tudo para deixar a mulher elegante. O que importa é saber escolher o que lhe cai melhor. Confira.

Torta de ragu de carne com café

Ragu de Carne Foto Melitta/Divulgação
Ragu de Carne Foto Melitta/Divulgação

Recebi uma receita bem surpreendente, um prato com ingredientes bem conhecidos pelos brasileiros, simples de preparar, porém com um sabor diferente. Uma torta de ragu de carne que leva café tanto na massa quanto no recheio, criada pelo café Melitta. O preparo é fácil, rende seis porções. Para quem gosta de café e de novidades, ótima pedida, porque a receita proporciona o máximo prazer do café. Mas, para aqueles que preferem a bebida como acompanhamento, no final da receita damos a sugestão de substituição.

Ingredientes para a massa

4 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 gema
½ xícara (100ml) de café coado, bem concentrado, preparado com 2 colheres de sopa de café
2 ½ xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar
1 colher de chá de fermento em pó

Ingredientes para o recheio

300g de carne picada bem miudinho (alcatra ou coxão mole)
200g de linguiça defumada picada bem miudinho
1 xícara de cenoura picada em cubinhos
1 xícara de milho verde
1 ovo cozido duro, picado
100g de queijo minas fresco picado
1 cebola picada bem miudinho
1 xícara (200ml) de polpa de tomate
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 xícara (200ml) de café coado, preparado com 3 colheres de sopa de café

Preparo da massa

Misture bem a gema com o café e a manteiga amolecida. Adicione a farinha, aos poucos, até obter uma massa homogênea. Abra 2/3 da massa com um rolo, deixando-a bem fininha, e disponha sobre uma travessa retangular média* (de porcelana ou vidro). Abra o restante da massa e corte tiras finas (aproximadamente 0,5 cm). Reserve.

Preparo do recheio

Em uma frigideira grande e funda, refogue a cebola com a linguiça, até começar a dourar. Acrescente a carne picada para refogar, mexendo sempre, até dourar. Adicione a cenoura picada e continue mexendo. Quando começar a grudar no fundo da frigideira, acrescente a farinha de trigo, misture bem e adicione a polpa de tomate. Por último, acrescente o milho verde e o café coado, mexendo bem para misturar tudo e formar um caldo bem encorpado. Tempere com sal e pimenta a gosto, retire do fogo, deixe esfriar um pouco e adicione o queijo e o ovo.

Finalização da receita

Despeje o recheio sobre a massa na travessa, espalhando-o uniformemente. Cubra com as tiras de massa. Corte o excesso de massa com uma faca e descarte. Leve ao forno pré-aquecido a 180C por 20 a 30 minutos ou até aquecer o recheio e assar a parte de cima da massa. Sirva quente.

Rendimento: 6 porções
Tempo de preparo: 2h20

Substituição do café:

Na massa:  substituir o café por água na mesma medida
No recheio: substituir o café pelo vinho branco. Sugestão: o Malbec combina muito com esse tipo de recheio.

Dica: Normalmente, quando faço qualquer tipo de torta salgada, antes de colocar o recheio, pré asso a massa. Dou pequenos furos de garfo na massa, coloco grãos de feijão cru em um papel alumínio e ponho sobre a massa. Levo ao forno por alguns minutos. O feijão é para pesar e não dar bolhas na massa.

Até onde leva a obsessão

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Ana Hickmann Foto Uai.com.br/Reprodução

Como não ficar chocada com o que aconteceu com Ana Hickmann, em Belo Horizonte, por um obcecado.

Sempre me incomodou o excesso de idolatria a artistas. Todos nós temos pessoas que admiramos. Cantores, atores, escritores, enfim, profissionais de qualidade que nos tocaram com o seu trabalho, de forma que passamos a gostar deles, consumir o seu produto. Compramos discos, filmes, livros.

Vamos ao cinema assistir determinado filme em função de quem escreveu o roteiro, por causa do diretor ou de algum ator que está no elenco. Podemos até ir porque alguém indicou, mas esse “alguém” é especial, tem conteúdo, confiamos em sua avaliação, ou seja, admiramos esse “alguém”.

Quantas pessoas pagam caro para assistir a um show de sua banda favorita? Qual o problema? Porém, acho muito quando vejo moças se descabelando na fila do gargarejo por causa de um artista. Isso ultrapassa qualquer admiração.

Certa vez, quando trabalhava na editoria de Cultura, fui escalada para acompanhar uma banda em sua turnê por algumas cidades mineiras. Viajei com os rapazes e ficava nos bastidores durante as apresentações. Uma vista privilegiada da banda e da plateia. Impressionante. As meninas mandavam de tudo no palco, desde bichinhos de pelúcia a bilhetes e calcinhas. Se os integrantes quisessem, “pegariam” qualquer uma, fácil. Isso faz tempo, imagina hoje, que as meninas estão bem mais atrevidas, o que não deve estar rolando.

Quando produziam o Pop Rock em BH, minha filha pediu para levá-la. Mais para atender uma amiga que era fã do Charlie Brown Jr. do que por ela mesma. Lá fui eu, atender seus desejos. Na hora da banda consegui sair do camarote e chegar no cockpit. A amiga dela surtou. Berrou, descabelou, chorou, sapateou. Quando vi, minha filha estava gritando também. Que raiva! Segurei as pontas. Depois da apresentação fomos ao camarim, tiraram fotos – graças a Deus comportadamente –, e voltamos para o camarote.

No dia seguinte, tive uma conversa séria com minha filha. Expliquei que poderia ter admiração por quem fosse, mas de forma racional. Afinal, todo mundo era gente como nós. Ninguém é melhor do que ninguém. Chorar, gritar e descabelar como sua amiga, por ninguém. Adorar, só a Deus. Ela compreendeu o que eu disse.

Esse limite falta em muita gente. E a admiração vai extrapolando, vira obsessão, loucura e pode dar no que deu como no caso de Ana Hickmann, que sempre foi uma artista mais discreta. Nunca quis aparecer, se exibir. Imagino como deve estar se sentindo, depois de ter sido agredida dessa forma, sendo referida por palavras tão vulgares.

Ouvi uma entrevista da mãe de Rodrigo, o agressor, dizendo que o filho não iria fazer mal a ninguém. Imagino a dor que esta senhora deve estar sentindo. Perder um filho dever ser uma das coisas mais dolorosas que podemos passar. Com todo o respeito à sua dor, ninguém se hospeda em um hotel com nome falso – ele apresentou cartão de crédito do pai –, armado, rende uma pessoa, faz três reféns e manda ficar de costas, se não quer fazer mal a ninguém.

Tudo foi premeditado. Fruto de uma obsessão cultivada e alimentada por anos de idolatria a uma pessoa. Este é o grave risco que corre uma mente fraca, que leva a confundir admiração com amor e gera a obsessão.

É o que disse Alexander Correa, marido de Anna Hickmann: “Não conhecíamos o mal, agora conhecemos o mal, a paranoia, o medo.”

Isabela Teixeira da Costa

Rápido e devagar

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Paulo Brant Foto: arquivo pessoal

O hábito de ler expande o nosso conhecimento, nossa capacidade de comunicação, nossa criatividade, aprimora o nosso senso crítico, além de proporcionar outros incontáveis benefícios.

Iniciamos, portanto, a nossa sessão literária, onde passaremos a receber convidados especiais, que indicarão a leitura de livros de sua preferência, para que você possa aproveitar e se deleitar com essas sugestões de leituras.

Nossos convidados serão pessoas amantes da leitura, empresários, professores, pessoas de destaque em nossa vida cultural e social e, inclusive, nossos próprios leitores.

Estreando de forma magnífica, convidamos o atual presidente da CENIBRA, Paulo Brant, para nos presentear com a sua indicação.

Tenho a certeza que vocês serão muito beneficiados com essa e com as próximas indicações que serão divulgadas esporadicamente.

Cláudia Elias

Capa Rapido e Devagar.inddLivro: Rápido e Devagar: Duas formas de pensar

Autor: Daniel Kahneman

Esse livro foi escrito pelo psicólogo israelense, Daniel Kahneman, em 2011 e é uma viagem fascinante pela mente humana. Nele, o autor analisa o nosso processo de tomada de decisões, demonstrando que o mesmo está longe de ser uma experiência essencialmente racional, envolvendo de fato dois sistemas de pensamento, duas formas de pensar: uma rápida, intuitiva e emocional; outra lenta, lógica e deliberativa. Ambas extraordinárias e poderosas. Mas, como tudo o que é Humano, falíveis e sujeitas a erros. O trabalho de Kahneman foi tão influente que com ele o autor recebeu o Prêmio Nobel de Economia, sim, de Economia, pelas luzes que lançou sobre as decisões dos agentes econômicos, que em última instância configuram o funcionamento da economia como um todo. Recomendo enfaticamente!!!

Paulo Brant

Construir Design

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Construir Design/divulgação

Começa, na próxima terça-feira, 31, e vai até 9 de julho, em Lagoa Santa, a 2ª edição da Casa Construir Design.

O evento será na casa do estilista Victor Dzenk, na orla da lagoa, reunindo arquitetura, design e moda. O tema será o mediterrâneo com estampas criadas pelo estilista que serviram de inspiração aos profissionais da mostra.

São 35 ambientes que terão como proposta a sustentabilidade. A novidade será a loja conceito de Dzenk, em um container, com design minimalista assinado por Flaviane Pereira.

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Construir Design/Divulgação

A mostra terá uma programação de shows e agenda gourmet e contará também com um desfile do estilista.

Fica a dica!

Local: Avenida Getúlio Vargas, 940, Lagoa Santa, Minas Gerais.

Flávia Freitas

A língua portuguesa está indo para as cucuias

letrasExcesso do uso de mensagens digitais leva jovens a desaprender a língua portuguesa.

Sou gerente de Comunicação Interna dos Diários Associados em Minas. Há alguns anos, desenvolvemos um projeto com escolas e precisei selecionar alguns jovens para trabalhar na área. Entre os diversos testes necessários para a seleção pedi ao RH que incluísse uma redação jornalística sobre um tema sugerido por mim.

Para esta fase final ficaram oito candidatos, e coube a mim ler as referidas “matérias” redigidas por eles. Suplício foi pouco perto do que passei. A primeira dificuldade foi entender a letra. Perdia feio para a de médico, para falar a verdade, se devolvesse para cada um e pedisse leitura, acredito que nem eles mesmos conseguiriam tal façanha. A segunda foi com a pontuação; e a terceira, com os erros de português. Sinceramente, foi difícil escolher a menos ruim.

Estruturação de texto, poucos fizeram. Isso tudo é culpa do estilo de vida. Ninguém mais escreve, só tecla. A maioria em WhatsApp e Twitter, que é tudo abreviado, com linguagem própria e simbologia. Até nos e-mails e nas redes sociais já usamos abreviações.

Em 2011, o Ministério de Educação e Cultura (MEC) lançou um livro para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) defendendo a linguagem popular. Foi o maior escândalo. A mídia e outro tanto de gente cairam em cima falando mal. Outros defenderam, até que aos poucos, como tudo neste país, a polêmica se calou. Em um capítulo, os autores diziam que não tem problema falar errado, como se fala informalmente.

livromecVejam um trecho do livro:

“Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado.

Você acha que o autor dessa frase se refere a um livro ou a mais de um livro? Vejamos: o fato de haver a palavra os (plural) indica que se trata de mais de um livro. Na variedade popular, basta que esse primeiro termo esteja no plural para indicar mais de um referente.”

E continuam dizendo que é claro que uma pessoa pode falar ‘os livro’, mas ressaltam que dependendo da situação ela poderá sofrer bullying linguístico. Também exemplificam com outro exemplo: “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”, porque todo mundo entende. Entender entende, mas está errado!!!!

Não quero ser purista, porém não posso concordar com o assassinato da nossa língua. Não aguento mais conversar com profissionais, inclusive da área de comunicação que não conjugam tempo verbal correto. Nem mesmo plural! Socorro! Informalidade tem limite. O profissional está em seu ambiente de trabalho, na área de comunicação de uma empresa e fala tudo errado. Dá para aceitar???

Entendo que existe no país uma diversidade sócio-cultural-regional que faz com que pessoas falem de formas diferentes, por regionalismo ou por falta de oportunidade de frequentar uma escola e aprender a língua portuguesa básica. Claro que a comunicação é possível entre todas as pessoas, mas não podemos dizer que o uso da língua esteja correto.

A partir do momento que o órgão máximo da educação do país, publica um livro respaldando esses erros, a chance de aprendizado e ensino está fadada ao fracasso. Essas pessoas que falam errado vão querer se esforçar em aprender, se o livro diz que estão corretas? Duvido.

Para deixar claro que não vai aqui nenhum preconceito, exemplifico de outra forma: quando chega ao país um estrangeiro para se estabelecer aqui, seja ele de qual nacionalidade e nível econômico for, começa a aprender o português. No início, vai falando tudo errado, e todo brasileiro que conviver com ele vai corrigindo sua pronuncia até que aprenda a língua. Ninguém ignora a fala errada, mesmo entendendo o que ele diz.

Conheço uma moça russa que conheceu o filho de uma grande amiga, quando ambos faziam um curso na França. Apaixonaram-se e hoje, moram no Brasil. Quando ela chegou aqui, em menos de quatro meses já falava português. Dedicou-se tanto, que hoje fala melhor do que muito brasileiro.

Me desculpem os compatriotas, mas ela está certa. Salve a língua portuguesa!

Isabela Teixeira da Costa

O segredo da autoestima

autoestima1Ter uma boa qualidade de vida, saúde e felicidade estão diretamente ligados à autoestima. Principalmente a felicidade.

Tenho para mim que a tristeza traz consigo muitos problemas. Deixo claro que isso é “achômetro”, sem nenhuma pesquisa, nem estudo científico, mas opinião pessoal de observações ao longo da vida.

A maioria das pessoas ao meu redor que tiveram câncer era triste, deprimida, rancorosa. Hoje, essa doença virou epidemia, nunca vi tantos casos como nos últimos anos. Penso que agora tem muito a ver com alimentos transgênicos e a pressão e o estresse da vida.

Voltando ao assunto, tive um colega de trabalho, muito querido, que quando entrou no jornal era alegre, chegava a ser engraçado em alguns momentos. Fazíamos reuniões em sua casa com frequência. Depois que sua mãe faleceu (pode ter sido coincidência) ele se fechou, ficou mais sério, os encontros da turma acabaram, ele foi engordando. Infelizmente, faleceu esta semana. Ninguém me tira da cabeça que a tristeza tirou sua alegria de viver e isso levou ao seu fim.

Li um texto outro dia que fala muito bem de ser feliz. É exatamente como penso, e vou reproduzi-lo.

“Durante um seminário, um dos palestrantes perguntou a uma das mulheres presentes: ‘Seu marido lhe faz feliz, feliz de verdade?’
O marido aprumou-se demonstrando total segurança. Sabia que a resposta seria afirmativa, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento.
Porém, a resposta foi um sonoro ‘NÃO’, daqueles bem redondos.
O marido ficou desconcertado, mas ela continuou:

‘Meu marido nunca me fez e não me faz feliz. Eu sou feliz. O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino que serei feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.

‘Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu preciso decidir ser feliz independente de tudo o que existe. Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz. Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz. Se meu emprego é bem remunerado ou não, eu sou feliz.

‘Hoje sou casada, mas eu já era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de ‘experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria ou tristeza’. Quando alguém que eu amo morre, eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque está muito frio, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.

Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade.
Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar em seus ombros. A vida de todos fica muito mais leve.
E foi assim que consegui um casamento bem-sucedido ao longo de tantos anos.

‘Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade. Seja feliz mesmo que faça calor, que esteja doente, que não tenha dinheiro, que alguém tenha lhe machucado, que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor’ ”.

Muitas vezes, sem nem perceber, a rotina pesada e problemas pessoais abalam o amor próprio e bem-estar do ser humano.

A atitude é muito importante. Acorde, agradeça a Deus por mais um dia, pela saúde. Se arrume, maquie (isso é importante para você se sentir melhor, mais bonita), coloque um sorriso no rosto.

Faça diferente. Tudo depende do nosso olhar para nós mesmos e para a vida.

Isabela Teixeira da Costa

Ataques cardíacos: como é e o que fazer

Jair Rodrigues. Foto: André Luiz D. Takahashi
Jair Rodrigues. Foto: André Luiz D. Takahashi

Depois das mortes súbitas e precoces dos artistas José Wilker e Jair Rodrigues, que esbanjavam saúde, muita gente ficou alerta com possíveis problemas cardíacos.

Ambos faleceram em 2014 de ataque cardíaco.

Tive o prazer de conhecer Jair Rodrigues em novembro de 2012, quando veio com os filhos Jairzinho e Luciana fazerem um show em benefício da Jornada Solidária Estado de Minas. Nunca vi um homem com tanta saúde e vitalidade. Era animado, alegre, sorridente. Acho que este é o segredo para ter saúde. Acredito que alegria espanta doença.

No café da manhã, almoço ou jantar nos restaurantes, sempre que era interrompido por algum fã, abria o maior sorriso, parava e se levantava para tirar uma foto, mas não sem antes dar um grande abraço na pessoa.

No show, não teve uma pessoa que não ficasse pasma com sua energia. Dançava, sambava, pulava, sempre com gestos exagerados – sua marca. Em determinado momento deu um salto e do palco pulou na pista de dança, uma altura considerável. Subiu em mesa, dançou com as pessoas.

Na época, com 73 anos, ninguém poderia imaginar que dois anos mais tarde sofreria um infarto. Aquele homem era saudável. Ninguém, com problemas cardíacos, conseguiria fazer o que ele fez naquele show. Se fizesse, passaria mal ali mesmo.

Wilker morreu em abril, Jair, em maio. E o assunto tomou conta da mídia. Recebi ontem, de uma amiga, Lucinha Guedes, um alerta que o cardiologista paulista, Enio Buffolo, proprietário de uma grande clínica em São Paulo, fez na época, e que merece ser publicada aqui. Quanto mais visibilidade tiver, mais vidas poderá salvar.

Alerta do Dr. Enio Buffolo:

“Quando publiquei estes conselhos em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta.

IMPORTANTÍSSIMO:
OS ATAQUES DO CORAÇÃO

Uma nota importante sobre os ataques cardíacos.
Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo.
Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.
Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco.
60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam não se
levantaram.
Mas a dor no peito pode acordá-lo de um sono profundo. Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e
engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (192, 193 ou 190) e diga ”ataque cardíaco” e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se em uma cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse, pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro…
NÃO SE DEITE!!!”

Segundo o cardiologista, se cada pessoa que receber esta mensagem repassa-la a 10 pessoas, poderá ter a certeza de que salvará pelo menos uma vida. Fiz a minha parte.

Isabela Teixeira da Costa

Regime no fim de semana?

dietornotSerá que vale a pena fazer regime também nos finais de semana?

Fazer regime de segunda a sexta e ficar liberado no final de semana é muito comum. Muitas pessoas fazem isso. Usam a frase: tomar café como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo. O café da manhã exemplar é com frutas, granola, iogurte, pão integral, café, suco, queijo. Alguns mais exagerados se atrevem com ovos. No almoço, muita salada, uma carne branca, algum legume e um carboidrato. De noite, optam por uma sopa leve, ou apenas uma salada. Não podemos esquecer do lanche leve entre as refeições.

Tenho que confessar que não sou dessas. Meu café é pequeno, mas quando estou em um hotel me delicio, porque amo café da manhã. Se pudesse, passaria horas degustando um delicioso desjejum. Mas não tenho este tempo. Não almoço muito, mas de noite… É a minha perdição. E o maior crime de todos: amo doce.

Mas voltando aos “regimosos” da semana (que não é o meu caso), chega sexta à noite… Começa a vida social ativa. Saem para jantar fora com os amigos, bebem vinho, cerveja ou outra bebida às vezes mais calórica. No jantar não se preocupam com o cardápio e não abrem mão da sobremesa.

Sábado, a mesma coisa. Almoço com a família, jantar com amigos, balada… Domingo um cinema. Enfim, nada de malhar, só relaxar, dormir e acordar tarde.

Uma pesquisa feita por um jornal americano apontou que os sábados são os maiores inimigos de quem quer emagrecer. Os entrevistados faziam regime durante toda a semana, mas não alcançavam o peso desejado em função da alimentação no fim de semana.

É claro que devemos ter um descanso, mas não podemos “chutar o balde”. Se sabe que vai sair para jantar, procure manter a mesma rotina no café da manhã, ou reduza um pouco o café da manhã, caso ele seja o modelo monárquico. Evite também a sobremesa do almoço. Assim poderá aproveitar melhor o seu jantar.

Tenho muitos conhecidos que comem algo leve e saudável em casa antes de ir a um almoço ou jantar, assim evitam os canapés e só comem a entrada. Acho que é sofrimento demais. Ir a uma festa e só ficar olhando, com a boca cheia d’água. Não acho graça nisso.

Fast food nem entra em pauta, claro. Quem faz regime a semana inteira nunca vai entrar em uma lanchonete desse tipo para encarar um hambúrguer que deve ter umas 1000 calorias, acompanhado de uma porção de batata frita. Isso nem eu faço mais…

Mas o grande vilão do fim de semana são as bebidas alcoólicas, que são extremamente calóricas. Quem bebe na balada não vai para casa sem antes comer alguma coisa, e de madrugada a opção não é nada light.

E o cinema com pipoca, refrigerante, mini churros ou chocolate. Caso a opção não seja a sala Premier, porque se for, o cardápio é outro, talvez mais calórico ainda.

Enfim, ou você se diverte sem culpa, ou passa o fim de semana de regime também, porque é muito difícil ficar calculando o que pode e o que não pode. O melhor é ser feliz.

Isabela Teixeira da Costa