Sem limites para a beleza

Foto Mark Metcalfe/Getty Images
Foto Mark Metcalfe/Getty Images

Mulheres gastam 54% do salário com beleza e homens, menos de 1%

“Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”, já diz a Bíblia. Já contei aqui sobre o conselho que o pai do meu amigo Ricardo Pimenta deu para ele, quando saiu de sua cidade natal. “Mexa com a fome das pessoas ou a vaidade da mulher”. É impressionante como as pessoas não fazem muito as contas quando querem ficar mais bonitas e jovens.
É de conhecimento geral que as mulheres recebem até 30% menos do que os homens, e este fato foi comprovado recente em um estudo recente feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mais alarmante ainda é o relatório realizado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), que afirma que a paridade entre os valores vai demorar pelo menos 70 anos para ser alcançada. Fiquei chocada.
Sinceramente é impressionante perceber como o mundo ainda é machista. Existem milhares de mulheres muito mais competentes que homens em suas funções, e mais dedicadas, qual o motivo do salário ser menor? Simplesmente o sexo? Mas isto é assunto para outra crônica. E mesmo recebendo menos, gastam pelo menos quatro vezes mais do que eles em cuidados com o corpo e a beleza.
Sephora3Um site de relacionamento decidiu fazer uma pesquisa para medir os gastos médios de mulheres e homens com os cuidados com a beleza. Pegaram dois perfis: Mulheres jovens e bonitas e homens ricos e mais maduros. Após um levantamento do salário médio dos cadastrados (feito com 2.591 pessoas de uma base de mais de 28 mil mulheres e oito mil homens) e perguntas sobre situação profissional, hábitos de compra e tratamentos estéticos, a pesquisa indicou que os homens gastam menos de 1% de seu salário, enquanto as mulheres usam cerca de 54%.

Este consumo maior por parte das mulheres reflete no custo dos produtos. As versões masculinas são mais baratas, ou melhor, os itens voltados para as mulheres custam de 4 a 13% a mais.
Sephora2Para falar a verdade, tudo que é para o mercado feminino é mais caro. Só para se ter uma ideia, um corte de cabelo feminino pode variar de R$ 200 a R$ 500, bem como outros tratamentos que podem chegar a R$ 1.500. A depilação custa em média R$ 300 por mês. Para fazer sobrancelha não fica menos que R$ 60, só para pinçar.

Outro dado interessante é que, entre as mulheres do site que participaram do estudo, 82% responderam que compram uma roupa nova para cada encontro que venham a ter. “Os homens estão cada vez mais exigentes. Roupa nova aumenta a autoestima e confiança de qualquer mulher”, explicou uma das entrevistadas.

Os homens, na grande maioria, cortam o cabelo e fazem a barba em um barbeiro comum, alguns, inclusive, vão em barbeiros que cortam cabelo de criança e ainda contam rindo que pagaram R$40, e ganharam pirulito no final. Recentemente, começaram a abrir na cidade barbearias de luxo, com serviços especiais. Estas sim, têm um custo mais elevado, pois oferecem serviços diferenciados e profissionais com mais expertise.

Diferenças à parte, o fato é que as mulheres gostam sim de se sentirem e se verem bonitas. E isso faz muito bem, o problema é quando esta vaidade extrapola o limite da normalidade e passa a ser mais importante do que tudo. Com isso, a mulher perde a noção e faz tanta coisa, que em vez de ficar bonita, acaba se deformando.

Para tudo na vida é preciso ter bom senso.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

Acidentes domésticos: perigo para idosos

Foto Adelino Meireles / Global Imagens
Foto Adelino Meireles / Global Imagens

Acidentes domésticos são os maiores riscos de graves danos para os idosos.

Já falei aqui, em mais de uma crônica, que o país está caminhando para um perfil demográfico idoso. Estudos da Organização Mundial da Saúde apontam que em 2050, serão mais de 2 bilhões de idosos no mundo, no Brasil os estudos apontam que serão 64 milhões de pessoas acima de 60 anos, contra os atuais 23 milhões.

Uma das grandes preocupações são com acidentes domésticos, que também têm crescido consideravelmente, e são responsáveis por milhares de pessoas vítimas de traumatismos cranianos e da coluna vertebral, chamados de neurotraumas.

Isso quer dizer que 70% das quedas entre idosos ocorrem dentro de casa, de acordo com o Ministério da Saúde. Sendo que 30% destes acidentes causam a morte de idosos e pelo menos 40% causam alguma lesão grave, principalmente, no cérebro e na medula. Além disso, como a pele do idoso é mais fina, um simples esbarrão pode provocar algo mais grave.

O pior de tudo é que acidentes domésticos podem ser prevenidos, basta tomar alguns cuidados e com pequenas mudanças é possível transformar a casa em um local mais seguro para o idoso.

Os riscos de acidentes domésticos estão em todo lugar, em ações rotineiras, desde o contato com altas temperaturas na cozinha até o caminhar do quarto para o banheiro durante a noite. Este último é um dos casos mais comuns de acidente com idoso.

E a recuperação da pessoa mais velha é difícil, lenta e essa demora acaba provocando outros problemas por tempo prolongado na cama, como escaras, problemas pulmonares, etc.

O médico da minha mãe, Samuel Vianey da Cunha, proibiu terminantemente o uso de chinelo, sandália ou qualquer calçado que não prenda também o calcanhar. Disse que é um dos fatores mais comuns de queda em idoso. O corpo vai para frente, mas o calçado fica. Pronto, olha o idoso no chão. E é o calçado que eles mais gostam, que mais ganham de presente. E são teimosos, querem usar de qualquer jeito. Porém, tem momentos que o importante é deixar o coração de lado e fazer valer a “autoridade do conhecimento”, pois sabemos as possíveis consequências desta desobediência.

Já pensou uma pessoa com 90 anos quebrar um fêmur? A tendência é acabar em uma cadeira de rodas, e isso ela não vai gostar. Sabemos também que, infelizmente, existem casos que os ossos se quebram com a pessoa assentada, e ela cai ao levantar, porque o osso já havia quebrado antes. É exatamente por isso que devemos prevenir o que podemos.

Foto Reprodução de Cerqueiragonçalves.com
Banheiro adaptado. Foto Reprodução de Cerqueiragonçalves.com

Os acidentes mais comuns são:

Quedas no banheiro: causam fraturas e machucados. Instale barras fixas no banheiro, próximas ao vaso sanitário e chuveiro, evita quedas, auxilia para assentar e levantar e dá segurança na hora do banho.

Evitar: uso de tapetes escorregadios no ambiente e em outros cômodos da casa, ;

Esbarrões e queimaduras: estão em segundo lugar de lesões entre idoso.

Evitar: excesso de móveis e objetos espalhados pela casa, deixar o ferro de passar roupa esfriando no chão, fogões com acendimento manual;

Quedas na casa: muito comum

Evitar: tapetes, não coloque peça pequena pela casa, se não puder retirar os tapetes, prenda-os ao chão. Chinelo e pantufas, só calce o idoso com sapatos que prendam também no calcanhar. Fios ou objetos espalhados no chão da casa.

Queda de escada: Coloque corrimão nas escadas, ponha fita adesiva antiderrapante e colorida nos degraus da escada.

Evitar: tapete no fim da escada.

Outros cuidados: Mantenha o ambiente iluminado, para que o idoso tenha sempre boa ou alguma visibilidade; coloque os objetos e utensílios que o são de uso frequente em locais que estejam a altura dos ombros e da cintura; evite deixar tacos soltos e pisos quebrados, pois podem provocar torção do pé e quedas; não encere muito os pisos, evite pisos escorregadios; evite deixar muitos móveis atrapalhando a passagem; proteja os cantos das mesas com peças próprias de silicone; mantenha os remédios de uso contínuo em caixas e etiquetados para evitar erros com a medicação; deixe em um local de fácil acesso os telefones de emergência para o caso de algum acidente.

Caso você seja o idoso, ao subir em escadas móveis, peça sempre para alguém segurá-lo para dar maior segurança; use calçados adequados ao lavar os pisos para evitar possíveis escorregões e evite o contato com produtos químicos como inseticidas e o cloro, pois podem provocar alergias ou até mesmo intoxicação.

Em caso de queda, nunca levante a pessoa imediatamente, mantenha a calma, veja se há sangramento e lesão. Se tiver, leve ao Pronto Socorro ou chame uma ambulância pelos telefones 193, 199 ou 192.

Se não teve lesão, aguarde a dor forte passar para levantar o idoso, que sempre deve ter ajuda para isso.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

Olimpíadas: encerramos com chave de ouro

Maracana
Foto AFP

O Brasil brilhou na Olimpíada.

Brilhamos mais dos que toda as medalhas de ouro que foram entregues nos 17 dias da Olimpíada Rio 2016. Quanto orgulho. Fizemos uma abertura maravilhosa e um encerramento lindo e alegre, cheio de brasilidade. Uma festa que era a nossa cara.

Mostramos para um mundo que nos enchia de críticas antes dos jogos, que gastaram saliva e preocupação à toa. O mundo ficou envergonhado de duvidar do Brasil. E todos os problemas que ocorreram foram suplantados pela alegria, simpatia e hospitalidade dos brasileiros.

Tivemos problemas, mas foram poucos. Os mais graves foram de responsabilidade de terceiros, como a queda da câmera de filmar a OBS. A organização da Rio2016 alertou e pediu que eles retirassem o equipamento assim que o primeiro cabo se rompeu, e eles se recusaram afirmando que não havia perigo. Apenas isolaram a área sob a câmera, esquecendo que, caso caísse, seria como pêndulo. Não deu outra.

Outro grande problema foi de segurança, que no final das contas nunca existiu. Tudo não passou de uma grande mentira criada por alguns nadadores da delegação dos Estados Unidos, que já se espalhou mundo afora. Saíram, beberam demais, e depredaram o banheiro de posto de gasolina. O segurança cobrou e eles acham que foram extorquidos. Hello!!! Eles danificam um patrimônio e não querem pagar o prejuízo? Fico imaginando se fosse um brasileiro fazendo isso na terra deles, como seria. Pelo menos o rebelde que mudou o visual para parecer bom moço, já perdeu patrocinadores.

Voltando à Olimpíada, foi lindo ver os novos atletas brasileiras que fizeram bonito. Pessoas que ninguém conhecia e ganharam medalhas, como nosso canoeiro baiano Isaquias Queiroz, e o Thiago Braz, que levou o ouro no salto com vara e ainda bateu o recorde olímpico. E como a ginástica fez bonito, e nosso Diego Hipólito desencantou, brilhou, não errou e levou a prata no solo.

Porém, o que deu o sabor mais gostoso foi fechar com dois ouros. O do futebol, que estava tão desacreditado e conseguiu dar a volta por cima, e na disputa dos pênaltis, levamos a melhor. E nosso goleiro herói deu todas as honras a Deus. Quando foi entrevistado o repórter creditou tudo ao destino, já que ele não tinha sido convocado, mas ele mais do que depressa corrigiu: “destino não, foi Deus, ele sabe de tudo, preparou tudo, e fez desta forma”.

E no último dia dos jogos, para brindar esses dias todos de sucesso, a Seleção Brasileira de Volei ganha de 3×0 da Itália. Com direito a muita alegria, choro, vibração e o tradicional peixinho.

E a festa de encerramento… Que lindo quando foi projetada a bandeira do Brasil e as crianças ocuparam o lugar das estrelas. Que alegria o frevo, o grupo Corpo, os bailarinos vestidos de bonecos de barro. E o jardim de Burle Marx? Como ficou linda aquela alegoria!

Tenho que confessar que não aguento muito a falação do Galvão Bueno, mas no domingo à noite, durante a transmissão da cerimônia de encerramento ele deu uma dentro, quando disse que o Maracanã tinha se transformado em Sapucaí e o Mundo tinha caído no Samba. Foi exatamente isso que ocorreu quando o bloco de carnaval entrou com as marchinhas antigas, seguidas pelas Portas Bandeiras e Mestres Salas e baterias das Escolas de Samba. Até um carro alegórico eles colocaram dentro do estádio. Os turistas ficaram enlouquecidos. Os atletas caíram no samba e subiram no carro para tirar foto com as passistas.

Não sei até que horas foi a farra, porque interromperam a transmissão, mas se foi no estilo brasileiro, imagino que deve ter varado a madrugada. Independentemente do tempo de duração, foi uma bela festa, que duvido, apesar de toda tecnologia, que o Japão conseguirá superar.

Parabéns Brasil, parabéns brasileiros! #orgulhodeserbrasileira

Isabela Teixeira da Costa

Beleza ao alcance de todos

BH tem agora clínica de tratamento estético acessível a todos.

brincarNada como se sentir bem consigo mesmo e melhor ainda, pode corrigir tudo aquilo que te incomoda. A cada dia que passa surgem novidades em tratamentos estéticos faciais para retardar envelhecimento, rejuvenescer, deixar a pele melhor. Porém, tudo isso custa caro, muito caro. E passa a ser um sonho distante da maioria das pessoas.

Isso era o que ocorria. O médico dermatologista Rodrigo Maia, referência em cuidados com a pele, foi procurado por uma de suas auxiliares de sua casa perguntando como poderia fazer um botox. Foi o que precisou para acender um alerta e ele perceber que existia uma centena de milhares de mulheres que sonhavam com um tratamento que para elas era inatingível.

Rodrigo criou o projeto social Dermatologia para Todos DPT). Passou a atender à noite, em sua clínica no Belvedere, as amigas de sua auxiliar, fazendo os tratamentos que elas queriam, com um preço mais acessível e com um parcelamento diferenciado. O movimento foi grande, mas ainda tinha alguns inconvenientes: a localização e o horário. Não é fácil para pessoas de poder aquisitivo mais baixo, ir para o Belvedere à noite e sair de lá mais tarde ainda, para retornar para suas casas.

A experiência DPT demonstrou que um número maior de pessoas, mulheres e homens de diferentes idades deseja, e pode usufruir de serviços dermatológicos estéticos e corretivos.

Todos têm o direito de se sentirem confiantes e felizes consigo mesmo através da saúde e do bem-estar. O projeto cresceu, Rodrigo Maia firmou sociedade e, com o objetivo de democratizar a beleza nasceu a clínica 10 a menos. E dentro da proposta de estar ao alcance de todos, a primeira unidade foi inaugurada no Shopping Cidade, em Belo Horizonte.
O espaço une conveniência e acessibilidade, oferecendo serviços de cuidados com a pele com todo conforto e segurança. Os clientes são recebidos com cuidado. A equipe explica de forma didática o que é oferecido, a proposta da clínica e a importância de se senti bem. Em seguida o médico, da equipe do Rodrigo Maia, assume o atendimento e a primeira pergunta feita é o que mais incomoda a pessoa.

A partir da resposta que cada um dá é que são apresentados os procedimentos indicados para solucionar o problema. O que é muito interessante. Não importa o que o médico vê, e sim como a pessoa se enxerga. Quantas vezes a pessoa está extremamente satisfeita com ela mesma, mas o outro vê um defeito?

Tenho uma grande amiga que sempre teve uma pinta na ponta de seu nariz. Isso nunca a incomodou. Porém, recentemente, seu irmão que é médico insistiu para que ela fizesse o procedimento de retirada. Depois de muita enrolação a pinta foi extraída. Ela disse que estava se sentindo sem personalidade. Eu aplaudi a mudança, mas para ela, aquela pinta nunca foi problema e sim uma marca registrada.

Entre os serviços oferecidos estão a aplicação de botox, preenchimento facial, peeling, remoção de sinais, etc. O melhor é que o atendimento pode ser feito com ou sem agendamento, no horário de funcionamento do shopping.

Bem interessante esta visão, e tenho para mim, que muita gente de classe mais alta vai acabar aderindo à proposta, para economizar.

Isabela Teixeira da Costa

 

O perigo mora em casa

 

Acidentes domésticos são a maior causa de morte de crianças no país.

Papo Empreendedor Afirma

Várias publicações e matérias publicadas nos principais veículos de comunicação do país, impressos e televisivos, informam dos riscos de acidentes domésticos, tanto para a as crianças quanto para os idosos. Hoje, vou falar das crianças.

Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes domésticos são a principal causa de morte de crianças de até 9 anos no Brasil. São cerca de 4,6 mil crianças que morrem por ano em decorrência desses acidentes, e no mundo todo o número chega a 830 mil.

De acordo com a pediatra Flávia Nassif, simples cuidados podem reduzir em até 90% a incidência desses casos.

São descuidos tão comuns e banais, que coisas que fazem parte da rotina que não percebemos o perigo que eles causam às crianças. Uma tomada sem proteção, material de limpeza em um armário de fácil alcance e fácil de abrir, quinas desprotegidas, banheiro molhado, janela aberta. Todas são situações comuns na casa de qualquer pessoa, mas extremamente perigosas.

A médica afirma que uma criança não pode ficar sozinha em hipótese alguma, por mais rápido que seja. O perigo está em todo lugar. “Os locais de maior risco são a cozinha, o banheiro, a escada e o quintal, nessa ordem”, informa. E dá uma dica básica para os pais: “coloquem-se na altura da criança para ver os objetos que estão ao alcance dela”. Entre esses objetos, estão até mesmo as cadeiras, sofás e banquinhos, que podem levá-las a utensílios que estão mais no alto ou às janelas que, sem proteção, são extremamente perigosas.

Na cozinha, Flávia recomenda que sejam usadas as bocas do fogão de trás e que os cabos das panelas estejam virados para dentro e para a parede. Objetos cortantes como facas, tesouras, estiletes, etc, devem ser guardados em gavetas e armários com travas. Assim como os materiais de limpeza, que não devem, em hipótese alguma, parar nas mãos das crianças.

No banheiro, medicamentos e cosméticos não devem ficar à mostra. As tampas dos vasos sanitários devem ser mantidas fechadas. Não deixe o chão molhado e use tapetes antiderrapantes que evitam quedas, que podem ser fatais.

Para a casa, de uma forma geral, a doutora explica que é preciso tomar cuidado com fiação, tomadas, janelas, plantas tóxicas, objetos de vidro e móveis com quinas. “Manter a casa iluminada e organizada, já é um bom começo para evitar acidentes”, acrescenta.

Os primeiros-socorros em caso de acidente doméstico também ajudam a salvar vidas. No caso de quedas, é preciso verificar se a criança está consciente e se a respiração ou os batimentos cardíacos apresentam alteração. Se ela tiver sonolência ou lentidão de raciocínio, é melhor levar a um pronto-socorro.

Se tiver cortes, lave com água e sabão para evitar contaminação. Com sangramento, não colocar gelo, o correto, segundo a pediatra, é comprimir ou apertar o local com um pano para estancar.

Queimaduras leves podem ser tratadas com água em temperatura ambiente. Mas se formar bolha, é o caso de se dirigir ao hospital.

Por incrível que pareça, balde com água também é risco. Por isso é importante ter sempre um adulto de olho na criança. O bebê de um conhecido se afogou, porque foi brincar e mexendo em um balde com água, caiu de cabeça dentro dele. Não conseguiu sair e não tinha um adulto do lado. Uma tragédia.

Piscina é outro grande risco. Quando estava na faculdade, tive uma colega e uma professora que perderam seus filhos afogados. Os dois estavam com 2 anos. Um dos acidentes foi durante um churrasco. Todos em torno da piscina e ninguém viu. Bastam alguns segundos para que algo terrível aconteça, por isso, todo cuidado é pouco.

Melhor do que tratar é evitar. É melhor evitar do que remediar. Evitar que acidentes aconteçam não é difícil e salva vidas.

Isabela Teixeira da Costa

 

Crise dos 40

Crise dos 40 ou idade do lobo, é um problema do passado, que não se justifica mais na mulher e no homem moderno.

Papo Empreendedor Afirma

Desde a minha adolescência, ouvia dizer, sempre que um homem fazia 40 anos, que tinha entrado na idade do lobo. Não entendia o que aquilo queria dizer, e ninguém explicava. Quando me tornei uma jovem, entendi. Era a época em que o homem se sentia ameaçado na sua juventude, começava a se sentir velho e para provar que continuava cheio de sua virilidade, saia “pegando” todas as mulheres que apareciam pela frente. Não importava se ele fosse casado ou não. Tinha que provar que ainda dava conta de seduzir e finalizar.
Entre as mulheres a fala era outra. O temor era entrar na faixa dos “enta”. Hoje, já se referem como idade da loba, os novos trinta, etc. O fato é que entramos na época de mudanças físicas e hormonais. Surgem pés de galinha, cabelos brancos, alguns quilinhos a mais, a vista começa a ficar cansada e o óculos se faz necessário. E mesmo que o corpo esteja superenxuto, sarada mesmo, tipo corpinho de 30, a cabeça enche de caraminholas e balança a autoestima.
De acordo com a coach e analista comportamental, Hérica Santos, esse é um momento importante na vida. Hora de fazer uma faxina. “Com uma bagagem a mais, é hora de fazer o que realmente dá prazer, mudar hábitos e comportamentos. Não prometa que vai começar uma atividade física, comece; acorde mais cedo e curta o dia; se não estiver satisfeito com o trabalho, faça um planejamento para que mude; se o relacionamento não vai bem, resolva”.
Há muitos caminhos para se encontrar nesse momento da vida. Um deles explica Hérica é o coaching, mas também pode ser terapia, um planejamento para a vida e carreira. “Vale a pena rever valores, adotar novos comportamentos, se livrar de traumas já vividos, por exemplo. É o momento de viver os 40 e não uma crise. Sempre digo que a mulher dos 40 é uma nova geração, independente, mais informada e consciente. Mas, com o mesmo receio de há tempos, de perder o desejo do parceiro e a necessidade ou dependência dos filhos”.
No século passado, nos anos 70, 80, uma mulher de 40 poderia até se sentir velha, mas hoje? Uma pessoa nessa idade é jovem, bem informada, atual, está em plena atividade. Homens e mulheres de 40 ocupam academias, praticam corridas, pedalam. Estão em posição de comando nas empresas. São completamente ativos e participantes.
Fora isso, a medicina tem evoluído cada vez mais na área de tratamentos estéticos e preventivos. Da plástica ao botox, da academia a uma caminhada, além da reposição hormonal e da reeducação alimentar. O que não falta são boas opções para se ter, cada vez mais, uma melhor qualidade de vida. “É hora de aproveitar a maturidade para fazer e viver mais pra si. Essa fase não pode ser chamada de crise dos 40, porque crise é uma fase grave na evolução das coisas, dos sentimentos, dos fatos; do colapso e uma mulher de 40 não pode ser vista assim”, conclui Santos.
Lembro de ouvir, diversas vezes, mulheres dizendo: “quem me dera ter a cabeça de hoje com 20 anos”. Por que, naquela época, mulher de 40 era uma senhora. Hoje, mulher de 40 pode fazer o que quiser, com a cabeça que tem. Não existe impedimento, nem por limitações físicas, nem sociais, por preconceito da sociedade. A crise dos 40 só é vivida por quem quer. Por pessoas que não se dão o direito de serem felizes. Aquelas que preferem ficar murmurando e lamentando que nem a hiena Hardy, do antigo desenho de Hanna-Barbera, que tinha o bordão, lembrado até hoje: “Oh vida, oh céus, oh azar… isso não vai dar certo!”

Isabela Teixeira da Costa

Por que sentimos mais dores de cabeça no inverno?

Dores de cabeça no inverno podem estar relacionadas com a alimentação, infecções ou alergias respiratórias.

Papo Empreendedor AfirmaTudo o que diz respeito a dores de cabeça e enxaqueca me interessam porque eu sofro com o problema. Graças a Deus e a neurologista Renata Lysia Soares Lima Farneze as crises agora, são raras. Porém, antes de começar o tratamento precisava correr ao hospital, pelo menos duas vezes por mês, para tomar medicação venosa para dor.

O frio pode chegar acompanhado de outros incômodos, como dor de ouvido, garganta ou cabeça. Nessa época do ano, o corpo entra em vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos da superfície da pele se contraem para inibir a perda do calor corporal.

A dor de cabeça é um sintoma comum para muitas doenças diferentes. A professora e otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez, explica que as dores de cabeça no inverno envolvem as vias respiratórias e as mudanças alimentares. “As inflamações e infecções respiratórias mais comuns no inverno são as rinites, sinusites, amigdalites e faringites. Em geral, elas provocam dor ou desconforto no nariz ou na garganta, febre baixa ou alta e, muitas vezes, dor de cabeça pelo próprio estado inflamatório ou infeccioso”.

Vamos mostrar as diferenças entre cada um dos problemas para que você saiba identificar melhor:

– Rinites: inflamação crônica ou aguda da mucosa que reveste internamente o nariz e pode ocorrer por vírus ou bactérias.

– Sinusites: inflamação nos seios da face, que são regiões ósseas ao redor do nariz e dos olhos.

– Amigdalites: inflamação e inchaço nas amígdalas, sendo mais frequente em crianças e adolescentes.

– Faringites: inflamação que costuma causar dor ou desconforto na faringe, que é a região do fundo da boca.

Segundo Tanit Sanchez, nesses casos é necessário iniciar tratamento medicamentoso da infecção para acabar com as dores, inclusive a dor de cabeça provocada em consequência desses males.

Com as temperaturas mais baixas, o corpo exige o consumo de alimentos que liberam energia para mantê-lo aquecido. “Dessa forma, aumenta muito a ingestão de carboidratos como pães, sopas e massas em geral, e alimentos com alto teor de gordura como os queijos, fondues, dentre outros, que alteram o nosso metabolismo diretamente”, complementa a especialista.

Isso sem falar nos alimentos ricos em cafeína como chocolates, cafés e chás. Quando consumidos em excesso, podem aumentar a chance de provocar dor de cabeça, além de zumbido, ouvido tampado e até tonturas. Para quem não sabe, eu era viciada em coca-cola, há cerca de quatro anos decidi parar e cortei radicalmente refrigerantes. Fiquei dez dias com uma dorzinha de cabeça chata, que não parava com nenhum medicamento, nem mesmo os fortes que tomo quando tenho crise brava de enxaqueca. Liguei para a minha médica, Renata Farneze, e depois de ouvir muitos parabéns, ela disse que era o corpo sentindo a falta da cafeína, mas que passaria. Passou mesmo.

“Para evitar esses problemas, é necessário manter cautela na ingestão desses alimentos, principalmente no inverno. Como a relação da dor de cabeça com os erros alimentares é menos conhecida, nem sempre se faz o diagnóstico correto. Com isso, as pessoas tentam controlá-la usando analgésicos várias vezes ao dia, quando deveriam apenas readequar a alimentação. Por isso, ao surgir qualquer sintoma frequente, é indicado procurar um médico para que o problema não se torne crônico e de difícil tratamento”, finaliza Tanit Ganz Sanchez.

Outra coisa que aprendi com a neurologista Renata Lysia Farnese: cometemos um grave erro. Sempre que estamos com dor de cabeça tomamos analgésico, e a medida que a dor aumenta, aumentamos a quantidade do analgésico. Isso é muito errado porque o organismo se acostuma com a dose do remédio e pede mais e mais. Por isso, existem outras medicações para serem tomadas, no lugar do analgésico, que entra como complemento, e não como medicação principal.

Se sofre de dor de cabeça, não se automedique, procure um médico. Quando passei a ter que ser levada ao hospital – já faz mais de 15 anos que não passo por isso –, ingeria sete Neosaldinas de uma vez. Estava a ponto de me intoxicar de remédio. Cuidado.

Isabela Teixeira da Costa

Brincadeiras ajudam o desenvolvimento da criança

brincarPais podem fazer brincadeiras para ajudar no desenvolvimento de seus filhos.

 

As crianças de hoje, por incrível que pareça, são muito ocupadas. Além da escola normal, existe a escola de iniciação ao esporte, inglês, música e em alguns casos, psicólogo. Em casa tem que fazer o para casa, que hoje é um desafio para criança e para os pais, inclusive já fiz uma crônica sobre o assunto. Os poucos momentos livres eles gastam nos tablets com joguinhos eletrônicos e caçadas a pokemons.

Os pais participam cada vez menos do desenvolvimento e do lazer dos filhos. Psicólogos e psicopedagogos trabalham buscando aumentar essa proximidade e o crescimento de tempo entre pais e filhos, visando um melhor relacionamento familiar e um maior desenvolvimento da criança.

sheila

Segundo a psicopedagoga e fonoaudióloga Sheila Leal, criadora do projeto Filhos brilhantes, “nas brincadeiras, as crianças se aproximam dos pais, e ambos passam a se reconhecer melhor. Isso é primordial para ajudar no desenvolvimento das crianças e ainda ajuda a identificar um possível distúrbio no tempo certo, já que quanto mais cedo forem tratados os transtornos ou dificuldades de aprendizagem, menos problemas a criança terá de enfrentar”.

Para ajudar os pais, Sheila ensina oito brincadeiras para diferentes etapas do desenvolvimento da criança, que os pais podem fazer em casa.

Até 4 meses:
Nos primeiros meses de vida, o ideal é oferecer brinquedos que fazem barulhos como chocalhos, ou até mesmo garrafinhas com grãos dentro, as crianças adoram. Mordedores também são bem importantes, pois nos primeiros meses de vida a criança conhece o mundo pela boca. O bebê está aprendendo a descobrir o mundo através dos sentidos. 

4 a 6 meses:
Nessa idade, os bebês começam a se dar conta de como podem jogar coisas no chão e movimentar objetos. O melhor são brinquedos de pano para a criança movimentar, e deixá-la rolar uma bola, por exemplo.

6 a 10 meses:
Neste período, segundo Sheila, deve-se começar a utilizar brinquedos de encaixe que emitem sons, porque as crianças já conseguem identificar formas, e já são recomendados os livros de pano ou plástico.

10 meses a 1 ano:
Nesta idade os bebês começam a ter mais noção de balanço do próprio corpo. “Comece a brincar de dançar músicas e ofereça a oportunidade de o bebê movimentar o próprio corpo, como em cavalinhos de balanço, por exemplo”, sugere Sheila.

1 a 2 anos:
Nesta fase, os pequenos já começam a poder empilhar coisas. Pode usar brinquedos específicos, ou outros da casa, como copos de plástico. “A partir de 1 ano e meio, já é interessante começar a brincar com o corpo, como uma pequena aula de ginástica, em que você pede para colocar as mãos para cima e depois para baixo”, sugere a especialista.

2 a 4 anos:
Esta é a fase em que a criança começa a desenvolver melhor o equilíbrio. Pode-se fazer um caminho dentro de casa e brincar de caminhar como um leão ou como uma tartaruga dentro e depois fora da linha, por exemplo.

4 a 6 anos:
Segundo a psicopedagoga, a partir dos quatro anos os pequenos começam a ter mais dominância sobre os números, letras e traços. O ideal é brincar de desenhar e colocar letras em grandes folhas de papel, como várias sulfites coladas.

ferias-forca-016 a 8 anos:
Nesta fase, Sheila explica que as crianças já estão aprendendo a escrever e conectar as letras e os fonemas. Brincar de forca ou ‘stop’, jogos de desenhar ou imitar animais que tenham a letra R, por exemplo.

Com estas brincadeiras, é possível identificar eventuais problemas de desenvolvimento. “As crianças têm até os 4 anos e meio a 5 anos para adquirir todos os sons da língua, incluindo os últimos que consegue aprender, como o ‘pra’ de prato e o ‘tra’ de trator”, destaca. Para estar atento aos filhos e saber o momento de procurar ajuda profissional, é preciso estar presente na brincadeira. “Desligue a TV, deixe o celular por um tempo, e dedique-se somente ao seu filho”, alerta Sheila.

Vale a dica.

Isabela Teixeira da Costa

 

A nova moda: cirurgia para diminuir bochechas

Credito:Instagran/Reproducao - Megan Fox
Credito:Instagran/Reproducao – Megan Fox

A bichectomia está entre as preferidas dos homens e mulheres, mas é preciso pensar no futuro.

O Brasil é líder mundial em cirurgias plásticas, somando mais de 1,5 milhão de operações por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É exatamente por isso que temos os melhores cirurgiões do mundo. As mulheres são responsáveis por 88% das operações estéticas feitas no país. Já falei várias vezes aqui que a campeã é a cirurgia de mama, porém, com um nome bem estranho, está despontando a bichectomia, redução das bochechas, muito comum nos Estados Unidos e que chegou ao Brasil há poucos anos.  Em 2014, eram realizadas cerca de 10 bichectomias por mês no país, em 2015, esse número subiu para 30 por mês.

O nome vem das bolas de bichat, bolsas de gordura que ficam na bochecha, entre a maçã do rosto e a mandíbula, pesam entre 8 e 12g e são retiradas na cirurgia, com corte interno. Com isso o rosto fica mais fino, angulado e alongado, realçando as estruturas ósseas, como o contorno da mandíbula.

Credito:Instagran/Reproducao - Megan Fox
Credito:Instagran/Reproducao – Megan Fox

Qualquer adulto pode fazer essa cirurgia. A anestesia é local, com leve sedação. A liberação do paciente é feita no mesmo dia. O ideal é que o procedimento seja executado por um cirurgião plástico, apesar de outros profissionais já estarem oferecendo o serviço, como cirurgiões dentistas.

O pós-operatório não é complicado. Normalmente ocorre um inchaço na região, devido ao corte cirúrgico, que pode ser tratado com compressas de água fria. É fundamental uma boa higiene oral, comer alimentos macios nos primeiros dias evitando os cítricos que podem causar maior desconforto, e  fazer uso de anti-séptico várias vezes ao dia. O uso de protetor solar com fator de proteção maior do 30 é muito importante.

Um dos problemas é que não se fala muito dos riscos da cirurgia. A região onde estão localizadas as bolas de Bichat está próxima de duas das ramificações do nervo do trigêmeo, o ramo maxilar (que acompanha todo o maxilar superior) e o ramo mandibular (que acompanha o maxilar inferior). O nervo do trigêmeo controla as sensações que se espalham pela face, enviando-as como mensagens ao cérebro. Caso o médico seja inexperiente e danifique esse nervo, o paciente pode ficar com fortes dores no rosto o resto da vida – quem sofre com problema do trigêmeos ou conhece alguém que sofra sabe do que estou falando –, ou pior ainda, como paralisia facial.

Megan Fox em 2003, antes da cirurgia Foto Jeffrey Mayer/WireImage
Megan Fox em 2003, antes da cirurgia Foto Jeffrey Mayer/WireImage

Outro ponto controverso da cirurgia que poucas pessoas falam é que alguns profissionais combatem a bichectomia alegando que essa região do rosto costuma perder gordura com o passar da idade e a retirada dessas bolsas de gordura pode acarretar em uma aparência mais envelhecida, principalmente se for total.

Semana passada fui, com um amigo, à Clínica da Pele, do dermatologista Rodrigo Maia, porém em um novo projeto que lançou do qual falarei em outro momento. Conversando com Luiz Diniz, um dos médicos da equipe, meu amigo foi logo falando da bichectomia e manifestando seu interesse em fazê-la. O dr. Luiz respondeu na hora: “Pode fazer, depois de alguns anos você virá aqui”. Não entendemos e perguntamos o que estava falando.

A explicação complementou muito bem a controvérsia da cirurgia. “Esta cirurgia será um grande ganho para os dermatologistas no futuro. Todos que estão tirando as bolas de Bichat hoje, quando ficarem mais velhos virão fazer preenchimento. O rosto afina nesta região com o avançar da idade, se retira agora, no futuro terá que repor de alguma maneira”, diz Luiz Diniz.

Vale a pena refletir bem antes de optar por tal intervenção.

Isabela Teixeira da Costa