Acredite, um espírito baixou nesses dois!

A dupla mineira de atores Ílvio Amaral e Maurício Canguçu comemora hoje, 20 anos de sucesso nacional com o espetáculo Acredite, um espírito baixou em mim.

Com Ílvio Amaral

Talvez muita gente não saiba, mas sou atriz, ou pelo menos fui, já que estou parada há décadas. Certa vez o saudoso Elvécio Guimarães me disse que ninguém deixa de ser ator, quem é, o é a vida inteira, sendo assim, ainda sou.

Enfim, o produtor e diretor Márcio Machado foi ele quem me levou para o teatro profissional, meu grande sonho, no início da década de 1980. Um dos trabalhos que fiz com ele foi Velório à brasileira, no qual tive o grande prazer de conhecer duas pessoas maravilhosas de quem me tornei grande amiga: Ílvio Amaral e Maurício Canguçu.

Com Maurício Canguçu e Marília Pera

Já fizemos muitas viagens juntos, inesquecíveis. Desde lugares pertinho daqui como sete lagoas, até cidades mais comuns como São Paulo e pontos mais distantes e lindos como Comandatuba e Macapá. Temos muitas histórias e muitos segredos, e apesar de distantes em alguns momentos da vida, por questões de trabalho, nossa amizade continua inabalável.

Ílvio e Maurício, além de serem talentosos ao extremo, são profissionais competentes, éticos, corretos. Os dois são seres humanos espetaculares. Como produtores são incansáveis e elevaram o nível do teatro mineiro. Foram eles, os primeiros a investirem em diretores de renome nacional em suas produções. E como atores dispensam apresentação, tem talento tanto para o drama quanto para a comédia.

A dupla, em cena

Não vou listar aqui seus trabalhos, mas fizemos juntos, além do Velório, Quem tem medo de Itália Fausta, Uai e depois fui convidada pela substituir a triz que fazia a Normanda, no Espírito, em algumas situações. Trabalhar com eles é delicioso. Também fui convidada a participar do longa metragem que fizeram baseado na peça de maior sucesso.

Deus abençoou esta dupla com o texto de Ronaldo Ciambrone, o Acredite, um espírito baixou em mim, que teve direção de Sandra Pêra. Há 20 anos o espetáculo está em cartaz, fazendo temporadas Brasil a fora, com enorme sucesso. Mais de 3 milhões de pessoas já morreram de rir com as apresentações e a maioria dos espectadores assistiu a peça mais de uma vez.

Para quem ainda não viu a peça (não entendo o por quê), o espetáculo conta a história de um espírito que se recusa a ir para o céu depois que morre, vai parar em um apartamento e se apaixona pelo jovem que está ali. Por acaso ele percebe que consegue se manifestar pelo proprietário do ap, que é cunhado do jovem. Aí começam todas as confusões.

Hoje, às 21h, a festa de “aniversário” será com uma encenação no Sesc Palladium, com a presença do autor e da diretora. E o mais simpático é que eles estão convidando todos os atores que já fizeram parte do elenco nesses 20 anos de atuação. Lindo gesto. Tenho certeza que será uma noite engraçada, alegre, divertida, mas, sobretudo, bastante emocionante.

Parabéns meus queridos amigos, vocês merecem tudo isso e muito mais. Amo vocês!

Isabela Teixeira da Costa

FoMo de quê?

Já ouviu falar na expressão FoMo? Se não, precisa ler este artigo.

Recebi esse artigo e achei interessante, por isso reproduzo aqui, na íntegra. Pode servir para muitas pessoas. Fala dessa fissura muito atual de seguir influencers. Não é o meu caso, não sigo ninguém dessa forma, mas sei que isso é sim uma realidade.

Marcia Jorge

O termo FoMo foi criado no ano 2000 pelo estrategista de marketing Dan Herman e significa Fear of Missing Out, em português medo de estar perdendo algo.

Atire a primeira pedra quem nunca sentiu aflição, ansiedade e até angústia ao abrir as redes sociais e ver muitos dos seus amigos em um evento que você sequer ficou sabendo, ou então as pessoas usando uma frase ou um bordão que você não sabe a origem, e pior: todo mundo a sua volta, aderindo a uma moda que você não conhecia.

Sim, a indústria que mais se aproveita desse “pavor de ficar por fora” é a moda, porque ela precisa disso para continuar bem e viva, porém cabe a nós decidirmos que se ficaremos bem e vivos com algo que constantemente nos incute esse medo de ficar para trás.

Ser aceito, admirado e amado são necessidades humanas, só que quando está agregado ao ter, torna-se uma patologia que ganhou proporções gigantescas com as redes sociais. Quem nunca acompanhou alguma blogueira e afins que é a menina do momento porque ela TEM todas as bolsas e roupas mais desejadas do momento?

Aí entendi um dos mecanismos que faz com que o sucesso desses fenômenos seja estrondoso: FoMo.

Acompanhamos a menina que está por dentro de tudo para que possamos ter a ilusão de não estarmos por fora de nada. Que sacada, entupir essa menina de coisas para vender e gerar nas pessoas esse desejo de ter mais e mais, consumir e se sentir inserido na dança. Sinto muito, mas a dança é curta. Em menos de três dias a menina aparece com outro apetrecho, nos mostrando que continuamos por fora. A conta não fecha nunca. E para piorar, ela não apenas mostra o apetrecho que ainda não temos, como também mostra uma vida em que toca música o dia inteiro, com drinks coloridos num céu de um azul nunca visto antes no planeta Terra.

Claro que já sabemos que é um palco montado, mas da mesma forma que choramos em Titanic sabendo que o naufrágio aconteceu em um tanque de 236 metros de comprimento, nos influenciamos por fotos bem editadas. O nosso cérebro involuntariamente absorve e reage com emoções e fantasias diante de toda e qualquer imagem o qual é exposto, mesmo que no próximo momento venha qualquer dado de realidade, a fantasia já foi criada, e essa é a grande sacada do Instagram.

Fantasias podem ser um combustível motivacional maravilhoso, mas a partir do momento que elas estão abalando a sua autoestima, a sua paz de espírito e a sua conta bancária, é hora de avaliar o que você está permitindo que entre na sua vida por esse medo de perder algo.

Quebre já esse ciclo vicioso da insatisfação. Deixar de seguir pessoas que todos os dias te lembram o que lhe falta não o deixará por fora da moda. Moda é se amar, se respeitar e acima de tudo, agradecer.

 

Márcia Jorge é formada em marketing e psicologia pela Universidade Mackenzie, atua no segmento de moda há 20 anos e defende o consumo consciente e o uso da moda e da imagem para melhorar a qualidade de vida e a autoestima.

 

Esgotamento mental

Cada vez mais comum em diversos aspectos da vida pessoal e no ambiente de trabalho, o esgotamento mental tem causado cada vez mais impactos emocionais e físicos.

Segundo o gestor de pessoas e coaching Paulo Vieira, o esgotamento mental é fruto do excesso de demanda das atividades químicas que são realizadas no cérebro e da falta de substâncias neurotransmissoras capazes de sintetizar essas atividades, resultando em estafa mental, bloqueio, ansiedade e estresse, que nem sempre recebem a devida importância. “Muitas pessoas sequer sabem que estão passando por um processo de esgotamento mental. As situações de estresse e o cansaço são normalizados, e o ciclo do esgotamento continua sendo reproduzido. O perigo dessa continuidade é o aprofundamento dos sintomas, de maneira a causar situações graves para o indivíduo, impactando na vida pessoal e profissional”, explica.

De acordo com o especialista, o esgotamento pode ser desencadeado por fatores como autocobrança, desemprego, situação financeira e sobrecarga de responsabilidades. “No âmbito do trabalho é comum ele ser desencadeado por excesso de trabalho, o que, junto com a falta de eficiência e de recursos, gera um estresse enorme. Com isso, o colaborador se sente desmotivado e sobrecarregado, perdendo todo e qualquer prazer em trabalhar. Isso pode atingir qualquer membro da empresa, seja ele o colaborador ou o gestor”, avalia.

Paulo Vieira

Sensação constante de cansaço (cansaço crônico)

É normal se sentir cansado após alguma atividade que exija muito esforço (físico ou mental), ou depois de uma sequência intensa de trabalho ou afazeres. No entanto, quando o cansaço é constante, e você se sente sempre esgotado e no seu limite, esta é uma situação que deve receber a sua atenção.

Imunidade baixa

O nosso corpo físico está diretamente interligado com o nosso emocional. Quando estamos sobrecarregados e esgotados a nossa imunidade baixa e o nosso corpo físico fica debilitado. Estar constantemente com algum problema de saúde por baixa de imunidade pode ser um sintoma de esgotamento mental.

Perda de memória

O esgotamento mental dificulta as ações neurotransmissoras, que também são responsáveis pela nossa memória. Esquecer constantemente obrigações, compromissos ou até nomes das coisas e pessoas pode estar ligado à estafa mental e não a uma questão da idade.

Baixa qualidade do sono e insônia

O estresse e a ansiedade são efeitos típicos. Com isso, nosso cérebro não consegue se desligar, trabalha intensamente e incessantemente, gerando um ciclo vicioso de esgotamento. Esse processo, muitas vezes, atrapalha a nossa capacidade de dormir e relaxar para reestabelecer as nossas funções neurotransmissoras, o que agrava ainda mais a estafa mental.

Apatia constante e generalizada

A falta de motivação e de interesse é um sintoma típico dessa situação. O que antes era razão de entusiasmo e prazer passa a não ter mais significado. Com isso, a pessoa se torna apática, não sente vontade de se dedicar às tarefas.

Perfeccionismo

O perfeccionismo costuma ser muito valorizado, principalmente no ambiente de trabalho. No entanto, não aceitar que errar é humano e ter medo constante de cometer erros pode ser um sintoma de esgotamento mental. O perfeccionismo e o produtivismo exagerados demandam muita energia, o que pode causar ou aprofundar a estafa mental.

Descontrole

O esgotamento mental torna toda e qualquer tarefa mais difícil do que o normal, e as reações ficam exacerbadas. É normal a pessoa que está passando por esse processo se tornar reativa e perder o controle das suas emoções.

Dia da Vovó

Pode ter um cunho comercial, mas desde que foi criado aqui no Brasil, o Dia da Vovó trouxe mais alegria para a vida dessa figura tão importante na família.

Minha mãe e minha filha Luisa

Quem não se lembra com ternura de sua avó? Quem não se lembra da comida que ela fazia? Comida de vó é mais gostosa. Minha avó paterna eu não conheci, e a materna morava em Brasília. Ela sabia que eu amo pão de ló e todas as vezes que eu chegava em sua casa tinha um lindo pão de ló me esperando, que ela fazia especialmente para mim, e só comia um pedaço quem eu deixava. Chamego de vó.

Para minha irmã era melado com queijo ralado. Esse eu passava, porque certa vez, ainda menina, tive indigestão de tanto comer a iguaria. Sabe aquela história do olho maior do que a barriga? Pois é, comi um prato cheio e quis mais. Minha mãe não deixou, fiz birra e aí ela me obrigou a comer. Passei mal demais.

Nunca soube da existência desse dia da avó, até uma vez que minha filha, com seus 13 anos mais ou menos, me disse que queria comprar um presente para dar para sua avó, pelo seu dia. Ligou para minha mãe e deu os parabéns.

Minha mãe ficou tão emocionada. Ninguém nunca a tinha parabenizado por ser avó. Hoje, ela está com Alzheimer, mas até há pouco tempo lembrou desse episódio comigo. E todo dia 26 de julho me lembro da Luisa, ainda novinha, comemorando o Dia da Avó e desde lá, todo ano, fazia questão de ligar para minha mãe e enchê-la de amor e elogios.

Minha mãe com sua netinha mais nova, Júlia Teixeira da Costa, filha do meu irmão Renato e da minha cunhada Patrícia

Decidi pesquisar como surgiu a tal data e encontrei duas versões. A primeira eu achei no site mundodosavos.com, que relata ter sido criado pela portuguesa Ana Elisa do Couto Faria, avó de quatros meninas e dois meninos, nascida na cidade de Penafiel, norte de Portugal, em 1986. Celebrava a data como se faz no Dia das Mães e dos Pais, para consagrar a figura tutelar dos avós como guardiões das tradições familiares e poder ajudar a quebrar a solidão de muito avô ou avó, ao menos um dia no ano.

Ela percebeu que seus pais, perante os netos, eram um fator de orientação e perfeição familiar. Com o nascimento do primeiro neto, Ana Elisa começou a verificar e a interiorizar o modo como seria bonito dar relevo aos avós do seu país e do mundo. Por cerca de dezesseis anos percorreu diversos países do mundo levando consigo a mensagem do dia 26 de Julho.

Outra versão é que a data foi criada em homenagem aos avós de Jesus, Ana e São Joaquim, pais de Maria, porém não há registro deles na Bíblia, a não ser no evangelho apócrifo de Tiago. Nele foi comentado que o casal foi enterrado em Jerusalém, local onde encontraram suas tumbas.

Não sei a origem real, mas acho que foi uma boa ideia. Parabéns a todos os vovós pelo dia de hoje.

Isabela Teixeira da Costa

Verão 2019 Sclub

Lançamento coleção verão 2019

A Sclub, marca do grupo Skazi, acaba de lançar a Cruise Collection do Verão 2019. Uma viagem a Capri foi o ponto de partida da coleção, que combina a sensualidade típica da grife com o romantismo contemporâneo. A campanha inova ao apostar na diversidade e na variedade de etnias e formas, que identificam o Brasil como país multicultural e multiplural, e investe em criações voltadas para todas as mulheres. Fendas estratégicas, decotes profundos e cores vibrantes passeiam pelos looks, reforçando a personalidade feminina. Estampas exclusivas, florais e listradas, aplicadas no linho, crepe e jeans, compõe modelos versáteis, que vão do dia à noite de maneira cool e sofisticada. Os shapes democráticos trazem uma nova fluidez, além de texturas leves e frescas, que deixam as peças com a cara da estação.

Confira alguns modelos nas fotos de Henrique Falci

 

Beatles e Hip-hop

Neste sábado, 28 de julho, a Orquestra Ouro Preto apresenta em Sabará o concerto The Beatles, com entrada franca, e no dia 04 de agosto, grava um DVD com o cantor Flávio Renegado, no Alto Vera Cruz

A música erudita e os clássicos do Beatles será a atração do espetáculo deste sábado, em Sabará. A cidade receberá a Orquestra Ouro Preto com o concerto The Beatles, reunindo os grandes sucessos do quarteto de Liverpool. Com regência do maestro Rodrigo Toffolo, a apresentação é gratuita e conta com patrocínio da AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura do Governo Federal. A ação faz parte de um calendário de apresentações da Orquestra que ainda passará por Caeté e Santa Bárbara.

O show integra a programação do Festival de Inverno 2018 do município. A partir das 20h30, na Praça Melo Viana, o público poderá conferir canções de todo o período de produção artística dos Beatles, em arranjos exclusivos, assinados pelo jovem violinista Mateus Freire. No repertório, estão músicas como Day Tripper, In My Life, Penny Lane, Because, Something e With a Little Help From My Friends. “Contribuir para o desenvolvimento cultural das cidades onde operamos é nosso valor. E a música tem um forte poder de transformação. Será uma grande oportunidade poder levar à população um espetáculo de alto nível”, afirma Othon de Villefort Maia, gerente de Comunicação e Comunidades da AngloGold Ashanti.

Orquestra e rock

O concerto The Beatles propõe uma viagem sonora pela biografia musical do grupo. As músicas privilegiam a linha melódica original das canções executadas por violinos, violas, violoncelos e baixo. “O objetivo da escolha é manter fidelidade às peças, desvendando a complexidade melódica das canções do grupo e, ao mesmo tempo, reafirmando o caráter atemporal da obra do quarteto de Liverpool”, explica o maestro Rodrigo Toffolo, diretor artístico e regente titular da Orquestra Ouro Preto.

Sucesso de público e crítica, o espetáculo já passou por diversos estados do Brasil. A orquestra também marcou presença na International Beatle Week, em Liverpool, em 2012, e se tornou a primeira do mundo a participar do tradicional evento destinado aos beatlemaníacos.

Flávio Renegado e Orquestra Ouro Preto gravam CD/DVD

No dia 4 de agosto, será a vez da orquestra gravar com o cantor Flávio Renegado, no Campo do Riviera Atlético, no Alto Vera Cruz, comunidade que reúne cerca de 40 mil habitantes. A gravação é com entrada franca mediante a doação de 1kg de alimento não perecível. Quebra de fronteiras, a harmonia de experiências de vida distintas, tudo isso tendo a música como emblema e dispositivo de transformação social, buscando a aproximação entre universos que, à primeira vista, são diferentes, mas que, sobretudo, se complementam. São muitos os conceitos que podem resumir o encontro inédito do hip-hop com o erudito em Suíte Masai.

Suíte Masai – Uma história que vale a pena ser contada

Flávio. Um jovem que driblou a violência, a falta de acesso, e, com estilo, deu a volta por cima para se firmar a frente do cenário artístico nacional. O seu nome “de guerra” foi o amigo de sua comunidade que o batizou: Renegado. Flavio Renegado é tido como inquieto, suas descobertas passam pelo rock, rap, eletrônico, batidas e gêneros da rica música brasileira. Os últimos 10 anos marcaram uma renovação no hip-hop nacional.

Através do diálogo com outros gêneros musicais, o hip-hop se transformou em um dos estilos mais ouvidos no país e porta-voz de toda uma geração. Um dos rappers mais transformadores desse processo, por sua linguagem ímpar e por ser o primeiro a trazer banda completa em seu show e a misturar o rap com o rock, o mineiro Flávio Renegado é um dos emblemas desse processo. Nascido no bairro Alto Vera Cruz, periferia de Belo Horizonte, ele usa a música como ferramenta de expressão e forma de estimular a criatividade, além de promover a democratização do acesso aos bens culturais e valorizar a cultura brasileira. Sua inquietude agora propõe, mais uma vez, o inédito, a mistura do Hip-hop com a música erudita.

Impossível? Não para a Orquestra Ouro Preto. Se há palavras que falam diretamente sobre o trabalho da prestigiada formação orquestral mineira, estas seriam excelência e versatilidade. A primeira, significando a performance de alto nível que a caracteriza e o zelo pelo repertório dito canônico, comum às grandes orquestras do mundo. A segunda, o diálogo entre o universo erudito e popular. Componentes que a transformaram em uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, com trabalhos reconhecidos nacional e internacionalmente, sendo dona, por exemplo, de premiações importantes como Prêmio da Música Brasileira, Prêmio Profissionais da Música, e indicação ao Grammy Latino.

Agora, Suíte Masai marca um novo período de sucesso de Flávio Renegado e da Orquestra Ouro Preto. O projeto une esses dois grandes nomes da música nacional em um grande espetáculo que apresentará um hip-hop orquestrado com maestria, com arranjos rebuscados assinados pelo maestro Marcelo Ramos, além da força das letras e da voz de Flávio Renegado, bem como dos acordes da Orquestra Ouro Preto, propondo um retrato do cotidiano inspirado em nossas raízes africanas.

Para o maestro da Orquestra Ouro Preto, Rodrigo Toffolo, o projeto com o cantor Flávio Renegado vai ao encontro de uma das mais importantes características de sua Orquestra. “Nossos propósito é desmistificar o conceito que muitas pessoas têm de que orquestras são elitistas. Desde a nossa fundação, em 2000, pautamos nosso trabalho no experimentalismo e no ineditismo, destruindo preconceitos e quebrando as fronteiras imaginárias que distanciam a música popular da música orquestral. Algo que faz parte, mesmo, do DNA da Orquestra Ouro Preto”, destaca Toffolo.

SERVIÇO

Orquestra Ouro Preto – The Beatles

Data: 28 de julho, sábado

Horário: 20h30

Local: Festival de Inverno de Sabará – Praça Melo Viana – Sabará/MG

Ingressos: Entrada franca

 

Gravação DVD Suíte Masai – Flávio Renegado e Orquestra Ouro Preto

Data: 4 de agosto, sábado

Horário: 16h (abertura dos portões)

Local: Campo do Riviera Atlético Clube (Rua Itaguá, 304, Alto Vera Cruz – Belo Horizonte/MG)

Ingressos: Entrada franca com a doação de 1kg de alimento não perecível

Meu dia de Forest Gump

Passei uma manhã no banco de uma praça no Rio de Janeiro conversando com quem sentava ao meu lado.

Por uma dessas bobeiras da vida deixei meu visto para os Estados Unidos vencer. Em Belo Horizonte só tem escritório consular, se o visto ainda está com validade, mas em período próximo do vencimento, conseguimos renovar por aqui mesmo, mas, se vencer, baubau. Temos que começar o processo do zero e fazer a entrevista em um dos consulados, no caso do Brasil, no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife ou Porto Alegre.

Não estava com nenhuma viagem programada para o exterior e desliguei completamente do período de vencimento do meu visto, e para a entrevista escolhi o Consulado no Rio de Janeiro, por dois motivos: ser mais próximo de BH, portanto menos tempo de voo e passagens mais baratas; e proximidade com o aeroporto, poderia ir a pé.

Marquei a primeira ida para final de junho. Acordei às 4h e fui para Confins, mas o aeroporto de Santos Dumont estava fechado. Esperei até o último minuto possível, que ainda desse tempo de chegar para a entrevista, mas nada. Voltei pra trás e remarquei para a semana passada.

Tudo certo. Cheguei cedo no Rio e fui direto para o Consulado acompanhada de um rapaz que tinha o mesmo destino. Fiquei surpresa, achei que entraríamos e ficaríamos aguardando em uma sala de espera, e seríamos chamados aos poucos. Ledo engano. A fila inicial é montada no passeio, pelo horário da entrevista.

Uma funcionária do consulado – brasileira, diga-se de passagem –, pergunta de forma nada gentil nosso horário. Como o meu era 11h45, ela respondeu de forma bem grosseira que era para eu dar uma volta pelas redondezas e retornar próximo ao meu horário. Como minha primeira tentativa de ir para o Rio foi frustrada pelo clima, e várias pessoas do voo iam para entrevista, e ninguém compareceu, pensei que outras pessoas também pudessem faltar e que seria possível antecipar meu horário. Questionei sobre isso, e novamente, com a educação que ela não tinha, respondeu: “de jeito nenhum”.

Não me restou outra alternativa se não passear pela Candelária às 8h30 da manhã. Fui tomar um café, assentei e comecei minha manhã de Forest Gump. Dividi mesa com um rapaz e conversamos um pouco. Ele é do Rio, tinha acabado chegar de São Paulo, me contou um pouco de sua história e me sugeriu visitar o Museu de Belas Artes, ao lado do Teatro Municipal. Achei ótima a ideia.

Me dirigi para o museu, mas infelizmente estava fechado. Decidi então sentar em um dos bancos da praça, tomar um pouco de vitamina D enquanto fazia palavras cruzadas, porque o celular tinha ficado no guarda-volumes do aeroporto – não se pode entrar com nenhum aparelho eletrônico no consulado, nem mesmo desligado.

Uma senhora sentou ao meu lado, esperava dar a hora de entrar no trabalho. Mais um bom papo. Ela saiu. Fiquei observando os grupos de turistas e ao mesmo tempo, preocupada com os moradores de rua, um grupo bem grande de homens enormes que estavam por ali, bastante intimidadores. Rapidamente chegou outra senhora, sentou e puxou conversa. Trabalha na Câmara dos Vereadores, que também fica na praça. Mais casos, muitas críticas a todos os políticos e ela se foi. O sol ficou forte e mudei de banco.

De costas senta um rapaz, que fica reparando nas pessoas e solta um comentário em voz alta: “hoje tem muito doido por aqui”, se referindo a dois homens que tinham acabado de passar, separadamente, falando sozinhos, brigando com o nada. Respondi, “é mesmo”. E sem mais nem menos ele fala que está esperando dar a hora de entrar no trabalho, apesar de não ser sua função principal. Está afastado por ser esquizofrênico, mas está medicado. Conversamos muito, ele mesmo não soube dizer por que de contou sobre sua doença, mas ficou feliz de não encontrar em mim nenhum tipo de preconceito. Disse que não consegue trabalhar mais de quatro horas, porque é muito agitado e ansioso. Mas achei curioso uma pessoa com problemas psiquiátricos criticar “coleguinhas”.

Nesse vai e vem de gente, de conversas e casos, deu 11h e retornei para o consulado. Outra funcionária, dessa vez muito educada, pediu meu passaporte e autorizou minha entrada. Rapidamente fui chamada e em menos de dez minutos estava liberada com meu visto autorizado. Mais uma vez percebi que muitas vezes a arte é que imita a vida.

Isabela Teixeira da Costa

O caso SKY: juntos, somos fortes

Resolvi meus problemas com a SKY graças a todos os meus seguidores e leitores que acessaram meu texto e deixaram comentários. Obrigada!

Há algumas semanas postei aqui um desabafo sobre a TV por assinatura SKY e como eu estava ficando louca tentando resolver um problema de uma oferta feita por eles. Não vou repetir aqui o ocorrido, mas o texto está aqui no site para quem quiser ler.

Postei em meio ao caos da greve dos caminhoneiros e a falta de combustível. Poucas horas depois, recebi alguns WhatApps de amigos me informando que o marido de uma grande amiga é gerente da referida empresa, e me passando o celular dele. Na mesma hora liguei, disse que tinha escrito o artigo, por isso nossos amigos em comum tinham me dado seu número. Expliquei a ele tudo o que tinha acontecido e, claro, ele se prontificou a resolver, até porque ele é um encanto de pessoa e muito prestativo. Posso falar porque o conheço.

Toquei minha vida. Trabalhei no jornal, e depois que saí fui abastecer o carro da minha irmã que estava no cheiro. Acho que já estava abaixo da reserva.  Como ela trabalha até de noite, me prontifiquei para enfrentar a longa fila.

Depois de algumas horas na fila, resolvi olhar meu celular e achei estranho, porque vi algumas mensagens, tanto no e-mail quanto no Facebook, sobre a SKY, inclusive funcionários da empresa pedindo meu telefone. Decidi então entrar no administrador do meu site e tive a maior surpresa.

Graças a cada um de vocês, minha justa reclamação sobre a empresa teve 44 mil acessos e 240 comentários. Foi um misto de espanto, alegria e tristeza. Espanto de ver tanto acesso, em tão pouco tempo – isso é muito raro em um blog. Alegria pelo meu texto ter “bombado”, é o sonho de qualquer jornalista, blogueiro, escritor. Este foi meu Best Seller. Tristeza de ver quantas pessoas estão insatisfeitas com a SKY, quanta gente tem problema com a operadora e não consegue resolver.

Fiz questão de aprovar todos os comentários, e li cada um deles. Algumas queixas são tão fáceis de solucionar. Toda grande empresa tem um sistema de controle do que estão falando sobre ela na internet, nas redes sociais. Quando meu artigo atingiu níveis tão altos de acesso, com certeza acendeu um luz vermelha na empresa, e eles entraram em contato comigo. Apesar de o meu amigo já estar trabalhando na questão, a área de São Paulo assumiu o caso. Em poucos dias estava tudo solucionado. Mais uma vez digo, graças a cada um de vocês.

Isso comprovou uma coisa que todos nós sabemos, mas, infelizmente, usamos muito pouco: JUNTOS SOMOS MUITO FORTES. Se nos unirmos, conseguiremos vencer qualquer batalha, a nosso favor, a favor da nossa qualidade de vida, da nossa família, dos nossos direitos, do nosso país. Juntos, podemos enfrentar problemas de injustiça, corrupção, abuso que sairemos vitoriosos, pena que usamos muito pouco esse nosso poder. Por quê? Por não confiarmos nas pessoas que levantam as bandeiras das lutas. Elas podem até ser legítimas, porém, sabemos que sempre existem interesses por trás desses “líderes”.

O movimento contra a corrupção ganhou força – pena que enfraqueceu, principalmente durante a Copa e os políticos já estão aprontando na surdina – porque foi popular, sem líder aparente.

Obrigada, mais uma vez. Me coloco aqui à disposição para ajudar meus leitores a dar voz a suas questões, desde que sejam reclamações legítimas, e peço que não esqueçam a força que temos em nossas mãos quando agimos juntos.

Isabela Teixeira da Costa

Ufa! Ganhamos

Aos trancos e barrancos ganhamos de 2 x 0, graças ao gol que o discreto Philippe Coutinho fez, nos acréscimos finais.

Agência AFP

Assisti ao jogo aqui do jornal com meus colegas de trabalho. Não tem jeito, fico nervosa. A bola não pode passar do meio do campo para o lado do gol do Brasil que já me consumo de agonia. Graças a Deus conseguimos ganhar.

Como disse aqui esta semana, não entendo muito do riscado, mas acho que o Brasil jogou melhor hoje. No segundo tempo atacamos bastante. Não dava para entender porque a bola não entrava no gol. Era para termos feito uns cinco gols pelo menos, de tantas vezes que chutamos e aquele goleiro chato agarrou a bola.

Acho que o Neymar caiu menos um pouco, mas só não ganhamos o pênalti por causa de suas constantes quedas e exageros. Todo juiz já fica desconfiado.

Mas, graças ao tímido Coutinho, que apesar de ser carioca, pra mim tem alguma origem mineira, porque é o tipo come quieto. Não tem holofotes sobre ele, entra discretamente em campo, e joga o seu futebol.

Faz, o que todo jogador deveria fazer, o trabalho para o qual é bem remunerado, com resultado. Foi o autor do único gol do primeiro jogo da Seleção na Copa do Mundo, e o gol que desencantou o time, quebrou a ansiedade de todos, levou o Neymar a relaxar, passar a brincar com a bola – showzinho desnecessário – e com isso fazer o segundo gol. Bendita prorrogação.

Podemos respirar aliviados. Isso mesmo, porque as seleções que tem tradição de um bom futebol estão passando aperto neste mundial. Fiquei chocada de ver que a Itália e a Holanda ficaram de fora. E me deu até dó, ontem, quando a Argentina perdeu de 3 x 0 para a Croácia. Não torço pela Argentina, prefiro que eles saiam da Copa, mas que fiquei com dó, isso lá fiquei.

Ontem, uma amiga me ligou e disse o tanto que admira o português Cristiano Ronaldo, que não faz firula, não é estrela, ajuda muita gente e não faz tatuagem para poder doar sangue. Disse isso criticando nosso atacante, ainda horrorizada com a preocupação do rapaz com seu cabelo para entrar em campo. Tenho que concordar. Acho que o foco do nosso jogador está na coisa errada. Esquece o cabelo e pensa no futebol que o que interessa de fato.

Fiquei sabendo que a Globo liberou a Bruna Marquezine das gravações da novela para ela ir à Rússia dar uma força para o namorado. Tomara que sua presença inspire o rapaz.

Vamos aguardar quarta-feira, torcendo para que hoje de tarde, no jogo entre Sérvia X Suíça, o jogo empate ou a Suíça ganhe.

Vamos que vamos, sempre na torcida.

 

Isabela Teixeira da Costa

Acho que eu sou um ET

No primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo me senti um verdadeiro ET diante das amigas, quando percebi que só conhecia dois jogadores do time.

Não sou muito chegada a futebol, mas em época de Copa do Mundo me uno aos milhões de brasileiros para torcer pelo Brasil. Mas fiquei impressionada com meu grau de alienação no domingo passado quando reuni com amigas, na casa da minha irmã, para assistir ao jogo Brasil X Suiça. Tirando o Neymar e o Marcelo, não conhecia ninguém do time, e para piorar a minha situação, todas elas sabiam nome e sobrenome de todos eles, algumas até o time que cada um jogava. Surtei.

Sou atleticana porque fui conquistada pela torcida alvinegra ainda criança, quando meu pai resolveu levar meus irmãos e eu ao Mineirão em um clássico. Minha mãe, Cruzeirense, fez uniforme para minha irmã e para mim. Short, blusa e bandeira azul e branca. Não lembro quantos anos eu tinha, mas era bem criança. Não estava nem aí para o jogo, ficava pedindo coisas para o mau pai o tempo todo. Sorvete, refrigerante, pipoca, bala, sanduiche… Acho que foi por isso que nunca mais ele me levou a jogo nenhum.

Certa hora o Galo fez um gol e a comemoração chamou minha atenção. O olhar da criança se virou dos vendedores ambulantes para as arquibancadas e viu aquele oceano de pessoas vestidas de preto e branco pulando, vibrando, tremulando suas bandeiras. Sinceramente, era muito mais da metade do Mineirão. Olhei para a parte que estava quieta, era um pedacinho pequeno de azul e branco e olhei pra mim. Me deu uma raiva. Queria estar de preto e branco pulando e torcendo com aquela massa toda. Ali eu escolhi meu time e nunca mudei.

Na minha juventude tive o prazer de conhecer o João Leite, quando era goleiro do Atlético, ficamos amigos – o que somos até hoje –, aí a torcida tinha motivo, conhecia alguém do time. Sabia o nome dos jogadores, participava. Nunca fui de ir ao estádio, mas assistia pela TV. Continuo Galo Forte, mas não sei o nome de nenhum jogador do time. Sou desligada mesmo.

Sou daquelas que torce por time mineiro em decisões, mesmo se não for o Atlético. Prefiro o título conosco do que em outro estado. Acho mais civilizado assim. E não engulo alguns resultados como aquele jogo de alguns anos atrás que que o Galo perdeu de goleada para o Cruzeiro. Pra mim teve treta ali.

Enfim, voltando à Copa do Mundo, não estou muito entusiasmada com essa Copa, dizem as pessoas que o único que está vibrando com ela é o Galvão Bueno. Achei o jogo de domingo uma pelada. O Brasil fez um gol e acomodou em berço esplêndido. Tá certo que o juiz foi péssimo, mas só no final do jogo que os meninos resolveram correr atrás do prejuízo, mas aí já era tarde.

Antes do jogo uma amiga entrou na rede social de sua filha e viu um post dela em um bar, com um copão de cerveja e um escrito na testa “100% Jesus”. Eu fui logo falando: “Tá meio incoerente isso aí”. Até que outra amiga completou: “Jesus é o nome do jogar da Seleção”. Caí na risada desapontada pela minha ignorância com relação ao time. Na mesma hora abri meu celular e procurei a relação dos jogadores da seleção canarinho com nome e foto para tomar conhecimento e poder acompanhar melhor a partida. Qual não foi minha surpresa quando, à medida que ia falando o nome dos jogadores, várias colegas iam completando com um comentário sobre a posição do jogar, o time que ele joga, e se é bom mesmo ou mais ou menos. Inclusive minha irmã. Me senti uma verdadeira ET nesta terra. Bom, pelo menos agora tenho uma leve noção de quem está em campo, apesar de ninguém ter se destacado muito. Para falar a verdade, no primeiro jogo o destaque foi o penteado do Neymar e a falta de penteado do Marcelo. Resta aguardar o jogo de sexta-feira e ver no que dá.

Na torcida, sempre Brasil!

Isabela Teixeira da Costa