Nada de engano

Associação faz teste com 13 modelos de geladeira frost free para comprovar se o consumo é realmente o indicado na etiqueta, e constata grande variação

Recebi hoje, este material da Proteste, Associação de Consumidores, informando sobre um teste que realizaram no dia 8 de agosto, com geladeiras frost free de 13 marcas diferentes. Todas elas anunciam, na etiqueta de consumo de energia, que são categoria A, ou seja, o menor consumo, mas isso não é bem verdade, segundo o teste.

Todos os modelos testados foram acima de 400 litros, e as marcas, em sua totalidade (13) apresentem a etiqueta A de consumo. A Proteste constatou que existe grande variação de consumo entre elas. Isto é grave, porque o consumo é ponto fundamental na escolha da compra já que o modelo mais econômico e eficiente pode reduzir a conta de energia em até R$ 210 ao ano, por exemplo. E isso faz toda a diferença porque a geladeira é um eletrodoméstico essencial, que pode durar por muitos anos.

Segundo Dino Lameira, especialista responsável pelo teste, é necessário fazer um cálculo para saber o consumo real. Antes de comprar um refrigerador, leve em conta o valor indicado na etiqueta de consumo por mês (em kWh/ mês) e multiplique pelo preço do kWh que vem na sua conta luz. Somente assim saberá quanto este eletrodoméstico vai pesar no seu bolso no final do mês.

O teste apontou como as mais econômicas – de acordo com esse critério – as geladeiras Panasonic NR-BT42BV1W e Samsung RT 6000K, que contabilizaram 31 kWh/mês e 38 kWh/mês de consumo de energia, respectivamente. O modelo Samsung RT6000K de 453 litros, por exemplo, gasta R$ 32,45 mensais, contra os R$ 45,26 ao mês da Brastemp BRM47GB, que dispõe de 403 litros, uma diferença de R$ 12,81 por mês. Assim, quem optar pelo modelo da Samsung, fará uma poupança de R$ 153,72 ao ano em energia elétrica.

Uma boa notícia é que, em caso de queda da energia, as geladeiras avaliadas conseguem manter a temperatura interna por bastante tempo, tomando como base a estabilidade da temperatura interna dos aparelhos e a retenção de temperatura. Apesar de todas terem se saído bem neste critério, a que mais se destacou foi a Samsung, seguida dos modelos Panasonic, que conservaram a temperatura por aproximadamente 12 horas. Por incrível que pareça, a pior foi a Brastemp BRM58. Ah, será que a Brastemp não é mais uma BRASTEMP!? Mas temos que ressaltar que foi pior, mas dentro do limite aceitável, ok.

Com relação co “conforto interno”, isso é qual é a melhor para guardar tudo o que precisamos, em termos de diferença de tamanhos, cada coisa no seu devido lugar, os que mais se destacaram positivamente foram os modelos Brastemp BRE 59AB e BRM58AB, Electrolux DF54 e Panasonic NR-BB53PV3X. Nenhum dos 13 modelos testas correm o risco de dar choque. Que alívio! Segurança elétrica nota 10!

Na prática, a limpeza das geladeiras não é tão fácil assim. Todos as modelos mostraram alguma dificuldade, sobretudo por conta das frestas no interior do aparelho ou da retirada das prateleiras e gavetas. De forma geral, o lugar mais fácil de limpar é a gaveta de legumes e os pontos mais difíceis são as prateleiras da porta. Mesmo assim, somente o modelo Consul CRM45 foi considerado aceitável, por apresentar as dificuldades mais acentuadas.

Com base em todos os resultados, a Proteste constatou que o modelo Samsung, embora não tenha se saído bem na presença de diferenciais, alcançou ótimas notas na maioria dos critérios. Por isso, ganhou o título de melhor do teste. Só não consegui entender uma coisa, eles falaram que o consumo varia muito, mas não divulgaram qual delas tem o menor consumo, e no site não encontrei esta informação.

Confira os resultados no site da Proteste: www.proteste.org.br

 

FoMo de quê?

Já ouviu falar na expressão FoMo? Se não, precisa ler este artigo.

Recebi esse artigo e achei interessante, por isso reproduzo aqui, na íntegra. Pode servir para muitas pessoas. Fala dessa fissura muito atual de seguir influencers. Não é o meu caso, não sigo ninguém dessa forma, mas sei que isso é sim uma realidade.

Marcia Jorge

O termo FoMo foi criado no ano 2000 pelo estrategista de marketing Dan Herman e significa Fear of Missing Out, em português medo de estar perdendo algo.

Atire a primeira pedra quem nunca sentiu aflição, ansiedade e até angústia ao abrir as redes sociais e ver muitos dos seus amigos em um evento que você sequer ficou sabendo, ou então as pessoas usando uma frase ou um bordão que você não sabe a origem, e pior: todo mundo a sua volta, aderindo a uma moda que você não conhecia.

Sim, a indústria que mais se aproveita desse “pavor de ficar por fora” é a moda, porque ela precisa disso para continuar bem e viva, porém cabe a nós decidirmos que se ficaremos bem e vivos com algo que constantemente nos incute esse medo de ficar para trás.

Ser aceito, admirado e amado são necessidades humanas, só que quando está agregado ao ter, torna-se uma patologia que ganhou proporções gigantescas com as redes sociais. Quem nunca acompanhou alguma blogueira e afins que é a menina do momento porque ela TEM todas as bolsas e roupas mais desejadas do momento?

Aí entendi um dos mecanismos que faz com que o sucesso desses fenômenos seja estrondoso: FoMo.

Acompanhamos a menina que está por dentro de tudo para que possamos ter a ilusão de não estarmos por fora de nada. Que sacada, entupir essa menina de coisas para vender e gerar nas pessoas esse desejo de ter mais e mais, consumir e se sentir inserido na dança. Sinto muito, mas a dança é curta. Em menos de três dias a menina aparece com outro apetrecho, nos mostrando que continuamos por fora. A conta não fecha nunca. E para piorar, ela não apenas mostra o apetrecho que ainda não temos, como também mostra uma vida em que toca música o dia inteiro, com drinks coloridos num céu de um azul nunca visto antes no planeta Terra.

Claro que já sabemos que é um palco montado, mas da mesma forma que choramos em Titanic sabendo que o naufrágio aconteceu em um tanque de 236 metros de comprimento, nos influenciamos por fotos bem editadas. O nosso cérebro involuntariamente absorve e reage com emoções e fantasias diante de toda e qualquer imagem o qual é exposto, mesmo que no próximo momento venha qualquer dado de realidade, a fantasia já foi criada, e essa é a grande sacada do Instagram.

Fantasias podem ser um combustível motivacional maravilhoso, mas a partir do momento que elas estão abalando a sua autoestima, a sua paz de espírito e a sua conta bancária, é hora de avaliar o que você está permitindo que entre na sua vida por esse medo de perder algo.

Quebre já esse ciclo vicioso da insatisfação. Deixar de seguir pessoas que todos os dias te lembram o que lhe falta não o deixará por fora da moda. Moda é se amar, se respeitar e acima de tudo, agradecer.

 

Márcia Jorge é formada em marketing e psicologia pela Universidade Mackenzie, atua no segmento de moda há 20 anos e defende o consumo consciente e o uso da moda e da imagem para melhorar a qualidade de vida e a autoestima.

 

O drama do guarda-roupa feminino

Já ficou nervosa com a quantidade de roupa no seu armário que você não usa? Entenda o seu guarda-roupa.

São poucas as mulheres que não têm um guarda-roupa abarrotado. Não importa se são peças caras ou baratas, de grifes famosas ou sem etiqueta, o fato é que mulher gosta de comprar roupas, sapatos, bolsas, bijuterias, joias. Enfim, tudo para se enfeitar, afinal essa é uma qualidade exclusivamente feminina.
Depois que passei pela cirurgia bariátrica, emagreci muito e, consequentemente perdi todas as minhas roupas, mas todas mesmo, desde calça, saia, blusa e vestido até as peças íntimas e alguns sapatos. Sei que muita gente manda apertar as roupas, mas a redução foi tão grande que não daria certo. Fiz umas quatro malas para minhas sobrinhas gêmeas, duas para cada, cheias até na tampa, daquelas que dá para pagar excesso de peso em aeroporto.
Em compensação minha irmã fez uma limpa nas coisas dela e me presenteou com uma mala e alguns meses depois, me deu outra, com uma boa quantidade de variedade de peças. Uma ajuda valiosa para quem tem que renovar o guarda-roupa. E o que estava vazio – pela primeira vez –, se encheu novamente.
Fico pensando para que tanto. Até porque, quando estava dando a “limpa” no meu armário, vi uma série de roupas que não usava há anos e outras que nunca tinha vestido. Que loucura é essa? Entendi tudo, perfeitamente, depois de receber de uma amiga uma imagem que retrata com perfeição o guarda-roupa de uma mulher.
Percebi qual era o motivo do drama do armário de uma mulher, porque é drama mesmo. Por que enchemos o armário? Por que não usamos tudo o que temos? A resposta é simples somos desvairadas para gastar.
Se dividirmos o armário em 16 partes teremos a seguinte representação: 3 partes são preenchidas por roupas antigas, que não temos coragem de desfazer e que ficam ali, aguardando para usarmos quando a moda voltar. O problema é que a moda volta repaginada e as tais peças continuam ali, sem serem usadas.
Outras duas acomodam as roupas que precisam ser levadas para conserto. Mais duas partes que guardam aquelas peças que já usamos muito, amamos, e por alguma razão inexplicável parou de servir. Ficam ali esperando que a gente emagreça para podermos usar novamente. E de dois em dois o armário vai inchando.As outras duas partes são para as peças que compramos por impulso e que arrependemos totalmente, e ficam ocupando espaço e acumulando poeira.
E então chegamos a parte maior, seis, que maravilha roupas para usar! Só que não. Este espaço todo fica com as peças que compramos porque estavam baratas, mas nunca usamos e não conseguimos combinar com nada. Sou mestre em fazer isso. Já desisti de comprar roupa em liquidação e bazar, porque tudo que eu compro cai nesse buraco negro do guarda-roupa. Sinceramente, invejo mulheres que sabem comprar em bazar, precisa ter dom e talento. Não é o meu caso.
E então, sobra uma partezinha das dezesseis, e o que está nela? As roupas que a gente ama muito e usa. Preste bem a atenção, uma parte modesta do armário guarda o que usamos no dia a dia. Chocante e verdadeiro.
Isso sem levar em conta a sapateira, afinal, somos apaixonadas por sapato e os homens, tão insensíveis, não entendem a importância disso e debocham de nós perguntando se somos centopeias para termos tantos pares de calçados assim. Não, não somos, somos elegantes, gostamos de andar bem arrumadas.
Sinceramente, o problema não é ter muito, é ter o que não usamos. Deveríamos dar uma limpa e guardar apenas o que realmente é útil. O resto podemos doar. É impressionante, muitas das roupas que ganhei da minha irmã acho que ela não usava mais, e sempre que me vê com elas elogia e faz uma observação interessante. Diz que estou elegante e que usei a roupa de um jeito diferente, dei uma nova visão à peça.
Nada como reciclar.

Isabela Teixeira da Costa