Planejar pra que?

Não adianta programar nada, porque imprevistos acontecem e mudam todos os planos.

A vida é engraçada e surpreendente. Organizamos e programamos o que faremos, e tudo vai por água a baixo quando menos se espera. Nem sei para que temos uma agenda com o que teremos que fazer. Às vezes acho que o melhor seria deixar a vida te levar, como diz a música, mas o trabalho não permite.

Há poucos dias contei aqui do imprevisto que tive em um dia cheio, quando o pneu do carro furou e atrasou tudo o que eu tinha que fazer. Pois ontem a história se repetiu, não com outro pneu furado, mas com mais um imprevisto.

Ontem foi o desfile de formatura dos alunos de moda da Fumec. Foi lá no Casa Tua, salão de festas localizado no Jardim Canadá. Cada aluno cria uma coleção, produz as roupas e monta o desfile e uma banca de jurados escolhe qual foi a melhor coleção. A assessora de imprensa do evento, minha amiga Heloisa Aline Oliveira, me convidou para compor o júri.

Acordei cedo para conseguir sair mais cedo do trabalho e dar tempo de me arrumar com calma e chegar ao local 15 minutos antes, como foi pedido. Tudo correu muito bem. Só ficava pensando no frio que estaria no Jardim Canadá, decidi comprar uma bota para combinar com a roupa mais quente que eu tenho, porém, quando estava na sapataria recebi um telefonema do meu irmão Camilo. Minha mãe tinha caído e pelo que tudo indicava, tinha quebrado a mão. Estavam a caminho de BH – minha mãe mora em Santa Luzia –, para o Hospital Mater Dei.

Pronto, olha o imprevisto aí. Fui ao encontro deles. A mão da minha mãe estava muito inchada, enorme, roxa. Durante o atendimento Camilo diz que tem um compromisso, que eu precisaria ficar com ela até as 20h30. Oi? Eu tinha que estar no Jardim Canadá às 7h45. A solução era pedir aos outros irmãos. Regina tinha cliente até 21h. Renato não podia porque era aniversário de seu filho e sairiam para comemorar. Liguei para minha cunhada para saber se ela poderia buscar minha mãe mais cedo, porém ela estava agarrada no trabalho sem hora para sair.

Isto sim é que é um imprevisto fora de hora e em um dia no qual toda a família estava agarrada de compromissos. Minha cunhada disse que poderia pegar minha mãe às 19h30. Liguei para a Heloisa, contei o que estava rolando e que tentaria chegar no horário, mas com atraso.

O raio X mostrou duas fraturas, uma na mão e oura no pulso. Tinha que engessar de um jeito diferente que demandou muito tempo. Enfim, só consegui chegar em casa com minha mãe às 20h. E não daria mais tempo de aprontar e chegar a tempo ao desfile.

É assim, podemos programar, mas isso não significa que tudo sairá como planejado. O que importa é estar aberto para viver esses imprevistos sem se abalar e desesperar. Os planos de Deus são diferentes dos nossos. O importante é que minha mãe está tratada e sem dor, e eu pude dar total atenção a ela.

Isabela Teixeira da Costa

A convivência a dois e a organização da casa

Arquiteta e personal organizer, Margô Belonni dá dicas para casais aprenderem a lidar com as diferenças na divisão de tarefas cotidianas.

O amor é um sentimento inexplicável e todos concordam que estar apaixonado é uma das melhores sensações do mundo. Quando se ama não há defeitos no outro, tudo é perfeito, mas com a convivência, o casamento e a vida a dois, começam os problemas com a organização ou a falta dela. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um período de 10 anos (2004-2014), os divórcios aumentaram 160% no Brasil. A arquiteta e personal organizer, Margô Belloni acredita que as pessoas normalmente sentem atração e acabam formando pares com outras  muito deferentes delas. “A beleza dessas uniões está justamente nas diferenças que ao serem trabalhadas podem ser tornar pontos positivos no relacionamento”, diz.

O namoro é um ótimo período de testes para observar como será a organização na vida juntos, convivendo todos os dias, já que muitos casais dormem um na casa do outro aos finais de semana e mantém uma rotina muito próxima. “Uma das dicas é pedir para pessoa amada resevar um espaço no guarda-roupa para o parceiro. No entanto, é preciso deixar claro que aquele lugar deve permanecer organizado. Por mais que a bagunça irrite, não faça a tarefa pelo outro. O bagunceiro deve entender que cada um tem que ser responsável por aquilo que gera, seja de bagunça ou de lixo, os tempos de privilégios e mágicas da roupa limpa ficaram pra traz”, esclarece.

Através da sua experiência a Margô constatou que em um casal sempre há um mais organizado. A pessoa mais disciplinada gosta de tomar a frente de todas as tarefas, entretanto sabemos que o dia a dia de uma casa é bastante pesado para alguém tocar sozinho. Além disso, com a crise e a economia em baixa, muitas pessoas deixaram de ter um funcionário doméstico. Para ela, os afazeres podem e devem ser divididos, pois por mais que uma pessoa goste de fazer o trabalho, um dia ela pode se sentir cansada e bastante sobrecarregada, abrindo precedentes para discussões.

Casamento é sinônimo de união, a vida de um casal sofre inúmeras mudanças e adaptações que pedem a participação efetiva de ambas as partes. O diálogo e o planejamento também são fundamentais para evitar brigas desnecessárias. Margô diz que a pessoa mais organizada deve ser o encarregado de planejar a organização e dividir as tarefas. Os trabalhos mais importantes e complexos ficam com a pessoa menos bagunceira, como o pagamento de contas de e o supermercado. A pessoa menos organizada pode ficar com as tarefas que não envolvam datas e vencimentos, como recolher o lixo, lavar louça, lavar roupas, passear com o cachorro. Cada um deve cuidar da própria roupa, principalmente da suja que precisa ser colocada no cesto todo santo dia.

Viver junto é saber ceder e fazer concessões, por isso, por mais que você adore organizar a casa e ver tudo arrumado tem que entender que isso não faz parte do universo da outra pessoa.  O caminho para evitar atritos segundo a personal organizer é moderar as cobranças e conversar muito. É necessário mostrar ao desorganizado que quando ele colabora isso deixa você feliz e se sentindo respeitada. A organização é um hábito de saúde e coletivo, a prática requer a ajuda de todos para fazer tarefas básicas como tirar o lixo, recolher os carregadores das tomadas. Para conseguir isso em casa não precisa ser um especialista, basta querer ter um espaço de convivência harmônico e leve.

Trabalho gratificante

Foto Marcos Vieira/EM/D.A.Press

Depois da Festa Junina, saí com dois amigos para distribuir as comidas que sobraram da festa, para moradores de rua.

Sábado foi um dia completo, em todos os sentidos. Fizemos uma grande festa junina, o Arraial Solidário, para arrecadar recursos para a Jornada Solidária Estado de Minas. Foi perfeita! Animada, cheia de pessoas queridas, com ajuda dos principais buffets e fornecedores da cidade.

O local foi o mais novo salão de festas de BH, o Sua Sala, no Ponteio Lar Shopping. Excelente em localização e com a vantagem de ter estacionamento. A decoração estava maravilhosa, mais um show que a Olguinha Ullmann, da RD Design, fez (agradecimento especial para Rafael, Rosa, Luiz e Sidney). As pessoas não paravam de elogiar. Na entrada ela montou um lounge com o mobiliário das LF Loja das Festas – que cedeu mobiliário para toda a festa –, e enfeitou com uma mistura de margaridas coloridas, onde foi servido o café mineiro, assinado pelo buffet Das Gêmeas e Casa Nicolau Café com Café Beloto. E ainda colocou umas mesinhas de madeira com cadeirinhas coloridas. Ficou um escândalo.

Dentro do salão, muita chita colorida no teto, descendo pelas paredes e bandeirinhas. As mesas foram decoradas pelas patronesses, e ficaram maravilhosas também. Teve até concurso para a mesa mais bonita. Tudo lindo, e posso falar porque nesta parte toda, não coloquei um dedo.

Algumas pessoas mais animadas foram a caráter. Na minha opinião todos deveriam ter ido fantasiados, mas acho que a timidez ou o medo de ser o único na festa de jeca, as pessoas preferem ir com a roupa de uso normal.

As comidas estavam deliciosas: churrasco do Assacabrasa; tropeiro e canjica do Rullus; caldo de madioca, de feijão e canjiquinha do Pichita Lanna; tabule do Bouquet Garni. Cachorro quente do Alma Chef; Canjica, coxinha e salgadinhos do Célia Soutto Mayor; pastel da Marília de Dirceu; bolinho de feijão da Vó Idelma; e docinhos do Catharina, Mariângela e Meu Buffet. Na área das bebidas, chope do Albano’s; capis variadas do Class Caipis; frozen da Gongo Soco, cachaças da Cachaciê, além de água, sucos e refrigerantes.

E como atrações as bandas Top Five, OS4, a dupla sertaneja João Victor e Greg e o DJ Lauro Maloy. Para agitar a pista os dançarinos da Dance Galery e ainda pescaria de grife, argolas e fotos da Fotofast.

E ainda tivemos como parceiros a Conservadora ZCM, Tecno Som, Epa Plus e o patrocínio foi do Instituti MRV.

Como sempre, sobrou muita comida. Sempre pedi para voluntários fazerem esta distribuição, mas dessa vez eu e dois grandes amigos – Sandra Botrel e Phillip Martins –, fomos fazer o trabalho e dar alimento para moradores de rua. Fiquei encantada e impressionada. São muitos moradores de rua e com o frio, estavam todos encolhidos e enrolados em cobertores e o que mais conseguiam. Fomos a vários pontos da cidade e quando chegávamos com canjica e caldos, vinha gente de todos os lados, e numa educação, que é rara encontrara hoje em dia. Sempre agradecendo muito e desejando a benção de Deus.

Sempre perguntavam de qual igreja éramos, o que me alegrou, pois significa que as igrejas têm ajudado bastante esta turma tão carente. Em um dos pontos encontramos um senhor chamado Rafael, com um português impecável. Conversamos muito e ele disse que já trabalhou na IBM, Leitura e Saraiva e que já deu palestra na Fundação Clovis Salgado. Claro que quis saber o por que estava naquelas condições. Ele morava no apartamento da ex-mulher, que voltou para BH e quis o imóvel. Ele não tinha para onde ir e ficou na rua, o que o levou para a bebida e foi só se afundando. Mas tem esperanças de sair dessa vida.

Saí da rua de alma lavada. Apesar de tanta tristeza e pobreza, pudemos dar um pouco de alento, carinho e comida. Eles amaram tudo, elogiando sem parar. Obrigada Deus, por nos dar essa oportunidade.

Isabela Teixeira da Costa

Emagreça no inverno

Segundo especialista, o inverno é ideal para acelerar o metabolismo usando os mecanismos naturais do corpo e emagrecer.

Chocolate quente, fondue, queijos, sopas e outras delícias são a cara dessa época do ano, no entanto, para quem está de dieta, esses e outros pratos típicos da estação são uma verdadeira tortura. Resistir à vontade de saborear essas tentações se torna o maior desafio para os que querem emagrecer, e muitas pessoas acabam exagerando na dose.

Ao contrário do que muitos pensam, a época mais fria do ano é a melhor para a perda de peso, pois nosso organismo acelera o ritmo de trabalho e aumenta a queima calórica para manter o corpo aquecido. Assim, com uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares, é possível manter o peso e emagrecer.

A temperatura interna do corpo gira em torno de 37ºC graus e é fundamental mantê-la estável para garantir que o sistema biológico do organismo humano funcione corretamente, por isso, diante de baixas temperaturas nosso corpo faz um esforço maior para regular o termômetro interno e evitar a hipotermia. Há diversos mecanismos para a produção e conservação do calor, os primeiros sinais de reação ao frio são a tremedeira, que visa aquecer o corpo através do movimento, e o arrepio.

Segundo a nutricionista Sinara Menezes para expelir as toxinas que seriam eliminadas pela transpiração em temperaturas mais altas, a produção de urina aumenta. “O esforço para se locomover e ainda promover o aquecimento é superior, ou seja, isso faz com que a demanda de energia seja maior, podendo chegar a cerca de 10% a mais”.

“No frio o metabolismo acelera para manter a temperatura interna. Essa ideia de que temos mais fome nesse período pode ser mais baseada em fatores psicológicos do que, propriamente, físicos, já que isso não tem explicação metabólica. Pelo contrário, é mais fácil emagrecer no frio do que no calor, por isso, as pessoas que vivem em países nos quais o inverno é mais rigoroso apresentam mais dificuldades para engordar”, afirma a nutricionista.

Os alimentos termogênicos possuem propriedades capazes de ativar o processo de termogênese no organismo, que eleva a temperatura corporal e obriga o corpo a trabalhar mais para normalizá-la. Além de serem mais difíceis de digerir. São eles: canela, gengibre, pimenta, hibisco e outros.

No inverno, os pratos quentes são os preferidos, como as sopas.  O grande problema geralmente está nos acompanhamentos. Um caldo verde, ou uma sopa de legumes e verduras, quando acrescidos de torradas, pães, queijos e, até mesmo, bacon, podem se tornar verdadeiras bombas calóricas, por isso, é preciso escolher bem os ingredientes complementares. As melhores opções nesses casos são os temperos naturais como salsinha, cebolinha, alho poró, ervilhas, pimentas entre outros. Para não ficar sem verduras e legumes, o ideal é consumir na versão cozida.

Para evitar a correria atrás do prejuízo no final da estação é necessário adotar bons hábitos alimentares desde já. A combinação de uma alimentação balanceada e exercícios físicos nessa época do ano dispensa a adoção de medidas restritivas e dietas radicais.

Dicas:

Beba muito chá

Troque o chocolate ao leite pelo meio amargo

Não abra mão do cafezinho

Aprecie um bom vinho, com moderação.

Fonte: Nature Center

 

Educação transforma sonhos em vida

Quantas pessoas conhecemos que vivem distante daquilo que eram seus sonhos e objetivos? Têm esses sentimentos de frustração e acomodação em uma vida que é somente a sombra do que desejavam para si mesmas? A maioria desses indivíduos tem talento e potenciais, mas não sabe como desenvolvê-los, não se sente merecedor e não tem a força interior necessária para fazer acontecer.

*Por Eduardo Shinyashiki

A escola é o primeiro lugar que frequentamos independentes dos pais, onde começamos a desenvolver a consciência das nossas capacidades, escolhas, possibilidades, identidade, confiança e objetivos. É a ponte que liga a infância ao início da vida adulta e de suas infinitas possibilidades.

O desafio da escola é permitir que essa travessia se cumpra de forma saudável e construtiva, equilibrando as exigências de passar conteúdos e conhecimentos, com a necessidade de estimular no aluno a confiança, a autoestima, as competências emocionais e sociais para compreender a si mesmo e, assim, superar os desafios da vida e construir o seu futuro.

A formação do jovem é um direito e um fator estratégico para a sua vida. Ela não se baseia apenas em conhecimentos técnicos e didáticos, mas principalmente, em permitir que obtenha os instrumentos essenciais para administrar mudanças e dificuldades, traçar e realizar objetivos, superar derrotas e frustrações, escolher uma profissão e viver na sociedade de forma autônoma, responsável e feliz.

Mas a instituição de ensino que temos é realmente a escola que pode proporcionar isso? Nela, são construídos os valores que norteiam a vida do ser humano? A escola está passando os conhecimentos fundamentais para o aluno criar seu futuro? Para responder a esses questionamentos, podemos refletir sobre três pontos:

– Permitir ao aluno aprender a pensar: incentivá-lo a questionar e a elaborar as informações, estimular a curiosidade e a perseverança, fortalecer a capacidade de direcionar seus pensamentos naquilo que é importante e manter o foco e a atenção nos seus objetivos;

– Ajudar o aluno a ser ele mesmo: estimulá-lo a descobrir os seus talentos, a se conhecer nas suas emoções e a se realizar nas suas potencialidades, para ir em direção aos seus sonhos com coragem, confiança e respeitar o outro nas suas diversidades;

– O aprendizado acontece quando existe um ambiente acolhedor: um espaço assim, onde o educador e o aluno se abrem para a construção de uma relação verdadeira de confiança, admiração e respeito, permite que a ação educativa aconteça e a motivação seja estimulada.

Quando trabalhamos para integrar essas reflexões, junto à cultura e ao saber, defendemos a escola na sua missão e visão mais profunda de ser o agente educador e social fundamental na nossa vida.

A escola é o elo entre o passado (nossa história) e a experiência atual, entre o patrimônio cultural e a construção do futuro. Cada vez mais, precisamos reconhecê-la como a nossa base, como o meio que pode transformar sonhos em vida.

 

* Eduardo Shinyashiki é mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa.

Imprevistos

Quando estamos com o dia mais cheio, costuma acontecer coisas que nos atrasam e todo o planejado vai por água a baixo.

Sabe aqueles dias que precisávamos que tivesse 36 horas? Pois é, hoje, para mim, é um desses dias. Estou terminando a produção da festa junina da Jornada Solidária estado de Minas que será neste sábado. Dormi tarde ontem preparando material para o Arraial, e acordei super cedo para chegar ao trabalho umas 7h30 no máximo. Isso porque hoje, as 24 horas do dia não serão suficientes para eu fazer tudo o que preciso. Aí, ocorre um imprevisto, que muda tudo.

Saí de casa e quando descia o quarteirão senti o carro esquisito, pesado. Não deu outra, pneu furado. Estacionei e, como uma boa motorista, fui tentar trocar o pneu. Meu carro é mais antigo, mas nunca precisei trocar um pneu dele. Peguei todas as ferramentas necessárias, coloquei o macaco, e quando fui desparafusar os parafusos, a chave de roda não entrava. Tinha uma outra pecinha amarela, mais larga um pouco, mas também não encaixava.

Não tinha um homem na rua que pudesse me dar uma luz, então resolvi ligar para o meu seguro. O cartão que eu tinha era antigo e o número havia mudado. Olhei na internet – santo celular, nessas horas –, e achei outro telefone. Liguei umas seis vezes não dava sinal nenhum. Aí, apesar do horário tão cedo, decidi telefonar para o meu corretor do seguro, para que me desse um número que funcionasse. Ele não atendeu, imaginei.

Assim que vi o imprevisto, apenas orei e disse para Deus que tudo estava nas mãos dele. Ele, mais do que ninguém, sabia tudo o que eu tenho que fazer hoje, então, descansei. Em nenhum minuto fiquei irritada, nervosa, não xinguei. Apenas, descansei em Deus. Se fosse em outros tempos, estaria brigando e xingando, desesperada. Quando não consegui falar com o seguro, orei e pedi que Ele solucionasse o problema. Liguei de novo e atenderam. Pedi o socorro, que deveria demorar 40 minutos para chegar, mas adiantou bastante. Aprendi a trocar o pneu do carro, que é cheio de macetinhos.

Fiquei mais impressionada quando o mecânico que foi me atender disse que eu era muito gentil e bacana e que vários clientes são nervosos, brigam e reclamam. Oi?? Como assim?? Você está com um problema, vem alguém para te ajudar e em vez de você ser agradecido, briga e reclama? Realmente, cada dia que passa entendo menos o ser humano.

Tudo resolvido. Passei no borracheiro e descobri que o pneu tinha sido cortado, na parte de dentro. Dá para entender como consegui este feito? Não, nem eu e nem o borracheiro. Demoraria para arrumar. Decidi ir para o trabalho e buscar o step depois.

Tenho certeza que hoje o dia será elástico, para dar tempo de tudo. Essa atitude de não murmurar, nem ficar nervoso ajuda bastante.

Isabela Teixeira da Costa

Salvar

Erros que podem detonar a pele no inverno

Deixar de cuidar da pele no inverno é um grande erro, porque ela fica ressecada.

Usar um hidratante qualquer pode desidratar a pele, esquecer do protetor solar e abusar dos ingredientes abrasivos: esses são só alguns dos erros que podem detonar sua pele no inverno. A farmacêutica especialista em dermocosméticos Mika Yamaguchi explica como fazer opções corretas no cuidado com a pele

Como a pele produz menos oleosidade natural, devido à falta de luz e calor do período, o ressecamento e a sensação de incômodo aparece principalmente na pele do rosto, que é a mais exposta ao vento e poluição. “Durante o período de inverno, o clima seco propicia o aparecimento de muitas dermatites e alergias. A pele reflete diretamente, ficando mais avermelhada e irritada, ressecada, pelo alto grau de poluição que temos neste período, sendo necessário cuidados especiais”, explica Mika. Para evitar alguns problemas, selecionamos aqui alguns erros básicos que devem ser evitados:

Não passar protetor solar — O fotoprotetor é de uso diário e eterno: “A radiação Ultravioleta, também no inverno, provoca danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele, causando o aparecimento precoce de rugas e flacidez, além das manchas como reação à fotoexposição. É preciso passar protetor de quatro em quatro horas em ambientes fechados e de duas em duas horas em fotoexposição direta. Ativos antioxidantes como Ascorbosilane C e OTZ 10 também podem ser incorporados ao protetor como forma de evitar e reverter danos, protegendo principalmente a pele contra os danos da luz visível também”, explica.

Usar qualquer hidratante — “Existem hidratantes que desidratam!”, diz Mika. “Isso ocorre em produtos que usam, na base, um tipo de tecnologia que ajuda a emulsionar (o etoxilado). Se eu tenho um emulsionante que tem essa capacidade de emulsionar água e lipídeo (os dois constituintes do nosso manto hidrolipídico) em um creme, na hora em que ele entra em contato com a pele, se for muito forte, vai emulsionar o meu manto hidrolipídico e, ao invés de hidratar, ele vai romper a função de barreira natural e vai começar a desidratar.” O ideal é buscar produtos cujos veículos sejam à base de Fosfolipídeos que formam uma segunda pele e protegem a pele de forma mais efetiva diminuindo a perda de água por evaporação. “Hyaxel é um ácido hialurônico, de baixo peso molecular e vetorizado ao silício orgânico, que tem a capacidade de aumentar a expressão genica de proteínas como aquaporinas, filagrinas, loicrinas e outras importantes para aumentar a auto hidratação. Já DSH CN tem alto peso molecular, forma um filme de retenção hídrica e devolve elasticidade ao tecido cutâneo”, acrescenta.

Usar hidratante não é o bastante — A hidratação da pele deve ser dinâmica, por isso beber bastante água é importante independente da estação. Além disso, alguns nutracêuticos também são recomendados para uma hidratação dinâmica (de dentro para fora): “FC Oral, ou as chamadas cápsulas de caviar, contém um componente importante, o ômega 3 vetorizado pelo fosfolipídeo, que possui uma identidade com a membrana celular.”

Tomar banhos muito quentes — Ficar mais de 15 minutos em uma ducha quente é mais que o suficiente para comprometer a camada hidrolipídica da pele, que segura a hidratação. “Dessa forma, a pele perde água e lipídeos, o que compromete sua função de barreira. O ideal é banho morno e logo após o banho hidratar a pele”, explica.

Esquecer dos pés, mãos e corpo — Hidratar essas regiões é fundamental. “No caso dos pés, passar o hidratante a base de fosfolipideos ou Nutriomega 3, 6, 7 e 9 e colocar uma meia de algodão ajuda a pele a absorver o produto mais facilmente. Nas mãos, invista nos ácidos hialurônicos. No corpo, a reposição lipídica deve ser eficiente, com opções como Dry Oil que tem na sua composição de karite, purcelin que podem ser associados a outros óleos, restabelecendo a hidratação da pele”, indica.

Abusar dos retinóides — Para tratamento de acne, manchas e rejuvenescimento, os retinóides costumam ser a primeira opção. “Mas devem ser usados com parcimônia e orientados por dermatologistas. Seu uso contínuo pode causar hipersensibilidade cutânea, vermelhidão e irritabilidade”, alerta Mika. Nesse sentido, cremes manipulados com Lanablue podem ser uma alternativa natural e segura ao retinol. “Possui elevados índices de vitaminas do complexo B, além de aminoácidos e pigmentos específicos. Suaviza linhas, rugas e densifica a epiderme”, explica.

Abusar de produtos muito abrasivos para acne — “Como esse já é um período em que a pele tende a ficar mais ressecada, o uso excessivo de secativos pode sensibilizar a pele e provocar efeito rebote, com piora da oleosidade e acne”, comenta. O ideal é evitar usar em excesso produtos que contenham muito álcool, como os tônicos. “Uma boa alternativa são os extratos botânicos. E nesse caso, o ingrediente Acneol SR é uma boa opção para tratar acne”. O ativo pode ser manipulado em sabonetes, mousses de limpeza, secativos e em géis equilibrantes juntamente com Lecigel, que confere hidratação e toque suave, sempre consulte um dermatologista, que lhe fará a indicação adequada das doses conforme o grau do acne.

Esquecer dos cremes reparadores — Além da hidratação, produtos que promovam reparação celular são essenciais. “No inverno, a concentração de poluentes na atmosfera fica maior. É necessária uma limpeza eficiente”, comenta. Para dar um booster de renovação nas células, as cápsulas de Bio-Arct podem ajudar: “O ativo triplica a produção de energia nas mitocôndrias e deixa a pele mais oxigenada e com capacidade de trocar nutrientes de uma forma mais efetiva”, finaliza.

Polenta mole

Receita típica e umami dão uma receita fácil e deliciosa de polenta mola, para festas juninas

Na época de festa junina e com a chegada do inverno, nada melhor que uma comidinha quente para aliviar o frio. O Comitê Umami dá uma receita especial de Polenta Mole. O prato italiano ganhou muitas versões ao longo dos anos, mas sem perder o umami – um dos cinco gostos básicos do paladar humano – por conta do milho e do tomate. Há muitos benefícios relacionados ao gosto umami, como a melhora na aceitação alimentar, auxílio na deglutição e manutenção da higiene bucal. Por isso, é muito importante incluí-lo nas refeições.

Polenta Mole

Ingredientes
3 xícaras de chá de água (600ml)
1 xícara de chá de farinha de milho pré-cozida (100g)
1 e meia colher de chá de sal
1 colher  de sopa de óleo (8g)
2 dentes de alho amassados (20g)
1 cebola pequena picadinha (30g)
2 xícaras de chá de polpa de tomate (400ml)

Modo de Preparo
Em uma panela grande, coloque a água, a farinha de milho e uma colher de chá de sal e leve ao fogo alto para ferver. Cozinhe, mexendo sempre, por 5 minutos ou até encorpar. Retire do fogo, transfira para um refratário pequeno e mantenha aquecido. Em uma panela média, coloque o óleo e leve ao fogo médio para aquecer. Junte o alho e a cebola e refogue por 2 minutos ou até a cebola murchar. Acrescente a polpa de tomate e o sal restante e espere ferver. Retire do fogo, regue a polenta e sirva em seguida.

Rendimento: 5 porções
Tempo de preparo: 25 minutos
Dica do Chef: polvilhe a superfície com queijo parmesão ralado a gosto.

Exposição

Hoje e amanhã, últimos dias para visitar três exposição da Dotart Galeria: Abrindo a caixa, de Lívia Moura ; Barulho, de Felipe Fernandes e Green, de Regina Vater

No dia 24 de junho, a DotART Galeria encerra três exposições “Abrindo a caixa”, de Lívia Moura; “Barulho”, de Felipe Fernandes; e na Sala Pensando o vídeo “Green ou Sinal verde para o saque das Américas”, de Regina Vater.

Com curadoria de Wilson Lazaro, diretor artístico da galeria, a mostra traz dois jovens e consistentes artistas, Felipe Fernandes e Lívia Moura, que se conectam e transformam a experiência da arte pela vivência do espaço, criando um universo pictórico de poesias e formas.

“É uma pintura pensada, construída e realizada sobre uma arquitetura do gesto e da experiência, que não é estática e posiciona o espaço dentro da dimensão do tempo, imprimindo movimento à matéria, um apelo sensorial dessa pintura atual que está sempre incorporada pela cor e pelas formas. A tela é a morada desse gesto em momentos tão intensos, em contextos tão austeros. Delicado ou não, colorido ou não, tudo se resume numa boa e sedutora pintura. Esse é o sentido.”, comenta o curador.

Na Sala Pensando, um vídeo de Regina Vater, uma artista consagrada que teve um importante papel político nos anos 70, com obras ainda atuais. Mantém exposições tanto no Brasil quanto no exterior.

Abrindo a Caixa – Lívia Moura

O título da exposição remete ao mito de Pandora, no qual ela abre uma caixa deixando escapar todos os males do mundo e culpando todas as mulheres pelo pecado original. Segundo historiadores, a origem deste mito tem suas raízes há mais de 6 mil anos, quando Pandora era uma das representações do “vaso divino”.

Esta exposição faz parte de estudos e projetos que a artista desenvolve há 10 anos. As cerâmicas foram produzidas em 2010 no sul da Itália e lançadas ao mar em 2016 nas Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro. Elas são um resgate da Pandora arcaica, do antigo vaso que jorra o mar e é engolido pelo oceano.

As pinturas intituladas “Abrindo a Caixa” são um jorro explosivo que sai dos vasos. “Elas foram feitas com argilas que venho recolhendo no sul de Minas misturadas com tintas industrializadas. Nessas pinturas trago o movimento natural das tintas jorrando e escorrendo, conjugado com jatos de spray e minhas pinceladas, num exercício de diálogo e, por vezes, de camuflagem entre natura e cultura”, conta Lívia Moura.

Pandora é a mulher- biosfera, que parece desordenada, mas que é na verdade a ordem secreta do vivo, da matéria orgânica que se desdobra em mil possibilidades, produzindo ininterruptamente e espontaneamente novas formas de vida.

Barulho – Felipe Fernandes

Felipe Fernandes parte de formas simples como folhas, círculos e manchas. A mostra inicialmente levava o nome “primário”, pois eram as primeiras imagens que vinham, em um processo o mais espontâneo possível.

“Observei que a maior parte das pinturas passava a ideia de um movimento brusco, mas silencioso. Trabalhava contrastes e densidades de tinta e cor. A imagem, o figurativo, ou mesmo o gráfico, continuava lá, como um ponto de apoio para o olhar. As pinturas mostram uma intenção de figuração, mas que se perde na abstração que as manchas e coberturas de tinta proporcionam”, conta o artista.

Com o amadurecimento desse processo, “Barulho” tornou-se uma opção interessante de nome. “O barulho é algo difícil de definir, às vezes podemos identificar alguns sons reconhecíveis mesmo sendo uma massa sonora. Mas o barulho é por definição abstrato, uma interferência muitas vezes, no curso de um som inteligível. Mais do que falar das formas primárias que são o gatilho para a pintura, aqui o foco é justamente o desdobramento que elas proporcionam, o barulho que é gerado em meio ao que pode ser identificado”, finaliza Felipe Fernandes.

Green ou Sinal verde para o saque das Américas – Regina Vater

Trata-se de um trabalho desenvolvido para uma vídeo escultura executada na Bélgica, que a artista enviou para a curadoria da mostra “América, The Bride of the Sun”, realizada no Koninklijk National Royal Museum. Participaram também artistas como Ana Maiolino, Waltércio Caldas, Cildo Meireles, Tunga, Roberto Evangelista etc. O vídeo mostra as riquezas da flora e as invenções agrárias do “Novo Mundo” que foram exploradas e exportadas para a Europa depois do “descobrimento” do Brasil.

 

SERVIÇO:

Abrindo a Caixa – Lívia Moura

Barulho – Felipe Fernandes

Green ou Sinal verde para o saque das Américas – Regina Vater

Visitação: até 24 de junho de 2017.

Horário de funcionamento: sexta, das 9h às 19h. Sábado, das 9h às 13h.

Local: dotART galeria – Rua Bernardo Guimarães, 911 – Funcionários

Entrada Franca.

Contato: (31) 3261-3910/ dotart@dotart.com.br.

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Suicídio pode ser evitado com tratamento e diálogo

Rede Ebserh oferece acompanhamento psicossocial em vários hospitais do país, para evitar suicídio.

Sempre fiquei encucada com suicídio. Tem uma certa dualidade, a pessoa não tem coragem para viver enfrentar os problemas e escolhe tirar a sua vida. Por outro lado, é extremamente corajoso para provocar sua morte. Não consigo nem imaginar o que passa na cabeça de uma pessoa que comete suicídio, mas imagino que deva estar no mais profundo sofrimento. E sei que os familiares sofrem profundamente quando um ente querido se mata.

Semana passada, uma colega de trabalho passou por uma experiência terrível. Sua única filha cometeu suicídio, e foi ela quem a encontrou. Todos no trabalho ficaram chocados com a notícia, e consternados por ela. No velório era nítido o sofrimento, a dor da mãe. Isto não se apaga nunca da vida de uma pessoa que vive esta experiência.

Atualmente considerado um problema de saúde pública mundial, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Preocupados com essa alarmante realidade, 28 hospitais universitários filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, nas cinco regiões do país, oferecem tratamento psicossocial com equipes multiprofissionais que envolvem médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, dentre outros.

O tema suicídio tomou os noticiários nos últimos meses, quando o desafio da “Baleia Azul” reacendeu uma antiga discussão: doenças psicossociais que podem levar as pessoas a tirarem a própria vida. O assunto ganhou repercussão nacional depois que uma adolescente de 16 anos foi encontrada morta em uma represa no estado de Mato Grosso, supostamente após cumprir o último desafio do jogo, e de terem sido registradas outras ocorrências de tentativas de suicídio.

JS, morador da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, é usuário desse tipo de serviço. Vítima de um acidente de trânsito há mais de dez anos que desencadeou uma série de problemas, ele foi diagnosticado com depressão. Semanalmente, JS tem acompanhamento de profissionais do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN). Na unidade filiada à Ebserh, ele participa de atividades como terapia, reunião com grupo de apoio, oficinas, além de acompanhamento médico.

Outra unidade da Rede Ebserh que oferece atendimento psicossocial é o Hospital Universitário da Universidade de Juiz de Fora (HU-UFJF). Lá, o Serviço de Psiquiatria e o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) atendem pacientes teoricamente mais suscetíveis a buscar o suicídio, como os casos de depressão, transtornos de personalidade, dependentes químicos e esquizofrênicos.

O psiquiatra Alexandre Rezende Pinto explica que as famílias devem se atentar ao chamado comportamento suicida. Começando com o desejo de morrer, passando por acreditar ser essa a melhor decisão, o planejamento, até, por fim, tomar a atitude. “Pessoas caladas, que evitam o contato social e com mudanças importantes de comportamento devem ser observadas”, afirma o médico do HU-UFJF.

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com comportamento suicida 24 horas por dia pelo telefone 141, além de e-mail, chat e Skype. A associação, que fornece apoio emocional e prevenção ao suicídio, registrou o dobro de pedidos de ajuda desde a estreia de “13 Reasons Why”, série lançada no fim de março que aborda o suicídio de uma adolescente. Produzida pela cantora Selena Gomez, a série é inspirada no livro homônimo de Jay Asher e narra as razões que levaram uma estudante a tirar a própria vida.

De acordo com dados da ONU, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos de idade, com mais de 800 mil casos por ano em todo o mundo. Geralmente, essas pessoas chegaram a procurar ajuda e não tiveram o tratamento da melhor forma. “Existe um mito ao achar que quando falam, não vão fazer. É muito importante valorizar as tentativas de suicídios”, conclui Rezende.

Isabela Teixeira da Costa