Trabalho gratificante

Foto Marcos Vieira/EM/D.A.Press

Depois da Festa Junina, saí com dois amigos para distribuir as comidas que sobraram da festa, para moradores de rua.

Sábado foi um dia completo, em todos os sentidos. Fizemos uma grande festa junina, o Arraial Solidário, para arrecadar recursos para a Jornada Solidária Estado de Minas. Foi perfeita! Animada, cheia de pessoas queridas, com ajuda dos principais buffets e fornecedores da cidade.

O local foi o mais novo salão de festas de BH, o Sua Sala, no Ponteio Lar Shopping. Excelente em localização e com a vantagem de ter estacionamento. A decoração estava maravilhosa, mais um show que a Olguinha Ullmann, da RD Design, fez (agradecimento especial para Rafael, Rosa, Luiz e Sidney). As pessoas não paravam de elogiar. Na entrada ela montou um lounge com o mobiliário das LF Loja das Festas – que cedeu mobiliário para toda a festa –, e enfeitou com uma mistura de margaridas coloridas, onde foi servido o café mineiro, assinado pelo buffet Das Gêmeas e Casa Nicolau Café com Café Beloto. E ainda colocou umas mesinhas de madeira com cadeirinhas coloridas. Ficou um escândalo.

Dentro do salão, muita chita colorida no teto, descendo pelas paredes e bandeirinhas. As mesas foram decoradas pelas patronesses, e ficaram maravilhosas também. Teve até concurso para a mesa mais bonita. Tudo lindo, e posso falar porque nesta parte toda, não coloquei um dedo.

Algumas pessoas mais animadas foram a caráter. Na minha opinião todos deveriam ter ido fantasiados, mas acho que a timidez ou o medo de ser o único na festa de jeca, as pessoas preferem ir com a roupa de uso normal.

As comidas estavam deliciosas: churrasco do Assacabrasa; tropeiro e canjica do Rullus; caldo de madioca, de feijão e canjiquinha do Pichita Lanna; tabule do Bouquet Garni. Cachorro quente do Alma Chef; Canjica, coxinha e salgadinhos do Célia Soutto Mayor; pastel da Marília de Dirceu; bolinho de feijão da Vó Idelma; e docinhos do Catharina, Mariângela e Meu Buffet. Na área das bebidas, chope do Albano’s; capis variadas do Class Caipis; frozen da Gongo Soco, cachaças da Cachaciê, além de água, sucos e refrigerantes.

E como atrações as bandas Top Five, OS4, a dupla sertaneja João Victor e Greg e o DJ Lauro Maloy. Para agitar a pista os dançarinos da Dance Galery e ainda pescaria de grife, argolas e fotos da Fotofast.

E ainda tivemos como parceiros a Conservadora ZCM, Tecno Som, Epa Plus e o patrocínio foi do Instituti MRV.

Como sempre, sobrou muita comida. Sempre pedi para voluntários fazerem esta distribuição, mas dessa vez eu e dois grandes amigos – Sandra Botrel e Phillip Martins –, fomos fazer o trabalho e dar alimento para moradores de rua. Fiquei encantada e impressionada. São muitos moradores de rua e com o frio, estavam todos encolhidos e enrolados em cobertores e o que mais conseguiam. Fomos a vários pontos da cidade e quando chegávamos com canjica e caldos, vinha gente de todos os lados, e numa educação, que é rara encontrara hoje em dia. Sempre agradecendo muito e desejando a benção de Deus.

Sempre perguntavam de qual igreja éramos, o que me alegrou, pois significa que as igrejas têm ajudado bastante esta turma tão carente. Em um dos pontos encontramos um senhor chamado Rafael, com um português impecável. Conversamos muito e ele disse que já trabalhou na IBM, Leitura e Saraiva e que já deu palestra na Fundação Clovis Salgado. Claro que quis saber o por que estava naquelas condições. Ele morava no apartamento da ex-mulher, que voltou para BH e quis o imóvel. Ele não tinha para onde ir e ficou na rua, o que o levou para a bebida e foi só se afundando. Mas tem esperanças de sair dessa vida.

Saí da rua de alma lavada. Apesar de tanta tristeza e pobreza, pudemos dar um pouco de alento, carinho e comida. Eles amaram tudo, elogiando sem parar. Obrigada Deus, por nos dar essa oportunidade.

Isabela Teixeira da Costa

  • Olá Isabela- idéia maravilhosa distribuir o que sobrou das comidas, aos moradores de rua. Você está de parabéns. Sua gestão, desprendimento e dedicação foram únicos. A festa foi linda mesmo! As mesas, ficaram muito caprichadas. A festa junina é nossa tradição mais genuína, pois todos temos raízes interioranas e ela traz o melhor- a ingenuidade do interior, as lembranças da infância com seus perfumes e sabores.

Comentários