Mais uma ajuda contra o diabetes

Diabetes, doença crônica que precisa de cuidado e atenção.IdosoCH

Diabetes mellitus é uma doença crônica muito conhecida, caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. Existem quatro tipos de diabetes: mellitus 1, que aparece na infância; mellitus 2, que surge por fatores genéticos ou maus hábitos de vida, como consumo exagerado de açúcar, sedentarismo ou obesidade; o gestacional, que surge durante a gravidez e depois do parto costuma desaparecer; e o diabetes insipidus, que não provoca alteração na quantidade de açúcar no sangue. Isto ocorre devido a alterações no sistema nervoso ou nos rins, que reduzem a produção de hormônio antidiurético, fazendo com que o paciente sinta muita vontade de beber água e urinar.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, essa doença atinge 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres, mais uma vez, apresentam maior proporção do que os homens: 5,4 milhões de diabéticos são mulheres e 3,6 milhões, homens. Os percentuais de prevalência por faixa etária são: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.

A doença começa silenciosa, muita gente tem e não sabe. Quando descobre, a glicose já está acima dos 300 (o correto é ficar sempre abaixo de 100). Se não tratado, o diabetes causa insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, complicações cardiovasculares como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto.

Além dos problemas cardiovasculares, as articulações dos diabéticos costumam sofrer muito. A fisioterapia pode se tornar uma grande aliada na qualidade de vida dos pacientes que sofrem dessa patologia. O exercício  físico reabilita as condições motoras, mantendo a circulação ativa, o que é de extrema importância para o paciente, que sofre muito com lesões graves nos pés. A fisioterapia auxilia estimulando a movimentação e prevenindo contra ulcerações, por exemplo. O que tem evitado amputações.

Isabela Teixeira da Costa

Para casa, o terror dos pais

Foto flickr.com
Foto flickr.com

Escolas extrapolam e mandam para casa que alunos não conseguem fazer sozinhos.

Há algum tempo, tenho acompanhado os casos de uma sobrinha às voltas com os para casa de sua filha. Como é muito engraçada, ouvia as histórias e ria muito. Em alguns momentos, chegava a pensar como ela podia reclamar. Afinal, mãe é para isso também, ajudar os filhos nas tarefas escolares.

Com o tempo, fui prestando mais atenção nos relatos e percebendo que ela tinha certa razão. O colégio manda uma criança de 6 anos fazer uma pesquisa sobre determinado assunto. O aluno está aprendendo a ler, não sabe usar a ferramentas de persquisa na internet. Mesmo que existisse enciclopédia em casa – já caiu em desuso – ela não saberia procurar. Resumo: esse para casa foi para a criança ou para seus pais?

O que o aluno estará aprendendo com essa tarefa, uma vez que ele não a executou? E por que dar uma atividade para os pais, que já são sobrecarregados de afazeres e poderiam aproveitar este tempo com o filho brincando, em vez de despertar neles a raiva de fazer um para casa, uma vez que já saíram da escola?

Saí para jantar com um grupo de amigos. No meio da conversa surgiu o mesmo assunto. O pai estava de mau humor porque ajudava o filho, de 6 anos, a fazer um para casa de seis folhas.

Pensei que não tinha escutado direito, perguntei para confirmar. O menino, de apenas 6 anos, tinha uma folha de para casa para cada ano de vida. Tudo para o dia seguinte. A mesa inteira ficou chocada.

As mães começaram a palpitar. Uma delas citou uma questão que veio em uma recente atividade de seu filho, que é poucos anos mais velho que o outro. Algo sobre elemento faltoso. Ou isso é novo na escola ou perdi essa aula. Nunca ouvi falar sobre isso (procurei no Google e não achei), ela também não. Engraçada que só, disse para o filho: “Elemento faltoso é o seu pai, ponto!”. (O pai em questão já morreu.)

Piadas à parte e sem querer chocar ninguém, o fato é que muitas das coisas que os filhos estudam hoje os pais não sabem mais, ou nunca souberam, porque entraram há pouco no “cardápio” do conhecimento. E não cabe a nós, pais, estudarmos, e sim aos filhos. Eles são os alunos. Os exercícios devem vir de forma que eles tenham capacidade de executar sozinhos. Próprios para cada idade.

Sempre estudei sozinha. Minha mãe me socorria quando tomava recuperação. Sempre em geografia e história, fato recorrente, porque sempre dormia sobre os livros quando estudava para as provas. Aí, na recuperação ela estudava comigo para me manter alerta.

Pergunto: O que passa na cabeça da pedagogia moderna para fazer esse tipo de coisa? Será que não percebem que não adianta muita coisa para a criança? Que ela não aprende por osmose?

Acredito que as escolas têm que exigir dos alunos – dos alunos, e não dos pais. O mundo está competitivo e a moçada está cada vez mais empurrando com a barriga. O desrespeito em sala de aula é grande e o desafio do professor é fazer com que o estudante se interesse pelo aprendizado desde pequeno. Fazer com que larguem o celular para prestar atenção na disciplina deve ser o objetivo principal de todo mestre. Acredito que o professor que conseguir desenvolver uma didática moderna, que desperte o interesse na geração Z de aprender dentro de uma sala de aula, terá grande chance de ganhar o Prêmio Nobel de Educação.

Isabela Teixeira da Costa

Ser mãe

imageSer mãe! Hoje é Dia das Mães.

Não poderia deixar passar em branco essa data. Primeiro, porque sou filha; segundo, porque sou mãe e terceiro, porque acho esta homenagem mais do que justa e merecida.

Amo a minha mãe e sempre nos demos muito bem. Passei quase toda a vida ao lado dela. Moramos juntas várias vezes. Saí de casa no dia em que me casei. Voltei para casa quando me separei e foi ela quem ajudou a criar minha filha. Só nos separamos quando decidiu morar no sítio. Mas não cansa de me chamar para ir pra lá.

Ser mãe é uma função abençoada por Deus, se não fosse por ele, não teríamos filhos. Nos enche de felicidade, amor, alegria, preocupação, trabalho e culpa. Nunca me senti tão feliz quanto no dia em que soube que estava grávida, parecia que ia explodir. Deste dia em diante, começou um amor inexplicável dentro de mim que só cresce a cada dia. Quando acho que já está enorme, aumenta mais um pouco. Acredito que só as mães entendam isso. Propriedade exclusiva materna!

Alegria tive e ainda tenho em vários momentos com minha filha, e preocupação também. Acredito que continuarei a ter pelo resto da minha vida. Sei que Deus está cuidando dela, pois já a entreguei nas mãos dele, mas mãe preocupa se chega tarde, se não dá notícia, se a voz está diferente quando fala ao telefone…

Culpa sempre senti por causa do excesso de trabalho que me ocupou dias e noites fora de casa quando ela era pequena, e até alguns dias em finais de semana. Ainda ocupa. Minha filha soube superar isso, eu não. Hoje, quando me pede algo que não posso atender, sofro muito…

Educar filho é tarefa difícil. Creio que minha mãe fez um bom trabalho e eu também. Como consegui? Não sei. Acho que pela misericórdia de Deus. Certo dia estava com uma grande amiga da minha mãe, Helena de Castro. Luisa estava comigo. Não lembro direito o que Luisa fez, mas Helena disse: “Como ela é educada!”. Caí na gargalhada, e respondi: “Pegou!”. Vi que tinha feito alguma coisa certa, porque Helena sempre foi muito exigente e observadora.

Acho lindo as mães de coração, aquelas que por algum motivo não puderam ter filhos e optaram por adotar uma das tantas crianças que são abandonadas. Mês passado uma amiga, que aguardava há anos na fila, recebeu seu filho. Ficou numa alegria só. Vai apresentar a criança para as amigas na próxima semana. A família toda foi afetada de forma positiva. O amor inundou a todos.

Este pode ser o último dia das mães que passo com minha mãe e com minha filha. Meu coração está apertado. Com mãe, porque ela já está com 89 anos. Apesar de frágil, está com ótima saúde, mas sei que a idade conta. Com minha filha, porque está partindo para realizar seu sonho: ser missionária. Vai com a minha benção e a de Deus, que é a principal.

Talvez, essa seja a maior e mais difícil tarefa de mãe, criar um filho para o mundo. Minha única filha, querida, amada, amiga, companheira vai fazer o trabalho que o Senhor quer, com um sonho no coração de que eu a acompanhe. Porém eu ficarei aqui, cumprindo o meu papel de filha, pois sei que minha mãe precisa de mim. Cada uma, seguindo o seu caminho, enquanto for preciso.

Feliz Dia das Mães, a todas as mães!

Isabela Teixeira da Costa

Calvície é problema para mulher

calviceTem crescido o número de mulheres com problema de calvice.

O ditado “É dos carecas que elas gostam mais” pode funcionar muito bem para os homens, mas jamais será verdadeiro para as mulheres. O cabelo é considerado um dos itens de beleza da mulher, adorna o rosto. Não importa se curto, longo, chanel, anelado, ondulado ou liso, o importante é que ele está ali, compondo o conjunto facial feminino.

Trata-se de um elemento tão importante que são poucas as mulheres, vítimas de câncer, que, submetidas à quimioterapia, veem seus cabelos caindo e assumem o visual careca. Muitas usam lenço, às vezes para não incomodar as pessoas, mas a grande maioria opta por uma peruca.

O grande problema agora é que tem crescido muito o número de mulheres vítimas da calvície, que nada mais é que a redução total ou parcial dos cabelos em determinada região da cabeça, na maioria das vezes no alto. Isso afeta diretamente a autoestima.

Segundo a American Academy of Dermatology, de um total de 2 bilhões de pessoas no mundo que enfrentam os efeitos da calvície, mais de 100 milhões são mulheres. Por isso tem crescido o número de profissionais que se dedicam à tricologia, que é o ramo da ciência que estuda o cabelo e os problemas relacionados a ele.

Segundo Luiza Ottoni, dermatologista especialista na área, “o afinamento dos fios ou a miniaturização caracteriza o primeiro sinal da calvície, seguido pela redução da fase anágena (fase em que o fio permanece em crescimento no couro cabeludo), comprometendo a densidade normal dos fios. A evolução é lenta e a rarefação do couro cabeludo começa a ser notada de forma progressiva e difusa, poupando, em geral, apenas a linha frontal, próxima à testa. O quadro pode se iniciar na adolescência, mas vemos também casos que se iniciam após a menopausa”.

A calvície está relacionada à genética, pode ser reversível, desde que o dermatologista seja procurado no início do problema. “Os cabelos têm um ciclo de vida. É normal que caiam cerca de 50 a 120 fios por dia, que são naturalmente repostos. No caso da calvície feminina, de modo geral, a paciente não nota a queda acentuada no dia a dia, mas percebe a rarefação principalmente na área do meio do couro cabeludo. Em casos de queda acentuada, percebida pelo excesso de fios no travesseiro e durante o banho, deve-se investigar”, explica Luiza.

A profissional enfatiza que o primeiro passo é procurar um especialista, que fará a tricoscopia – exame que avalia, com ajuda de aparelhos, o couro cabeludo, e o aspecto dos fios para um diagnóstico correto e para definição do tratamento em cada caso.  Quando o tratamento é iniciado precocemente, aumentam-se as chances de um melhor resultado. Os tratamentos variam de acordo com cada caso e podem ser tópicos (soluções capilares) ou orais.

Nos casos mais graves, quando não há chance de reversão, existe a possibilidade de implante. Uma das técnicas mais usadas é a Extração de Unidades Foliculares (FUE), por meio da qual os fios são retirados da parte posterior da cabeça e implantados na área de perda capilar. De acordo com a doutora Cristiane Câmara Alves, em menos de sete dias percebe-se a cicatrização total da área transplantada. “O pós-operatório é bem tranquilo e quase indolor. Podem fazer o transplante homens, mulheres e até crianças’’.

Isabela Teixeira da Costa

Iogurte de Kefir: a bebida da saúde

foto: Healthyfoodhouse.com/Reprodução
foto: Healthyfoodhouse.com/Reprodução

Iogurte de kefir, o queridinho do momento.

Feito do cogumelo de kefir, probiótico cultivado no leite, excelente para a saúde. Já ouviu falar? Eu, nunca! Até outro dia, quando minha prima, Lucia Marina Castilho, depois de entrar no meu site e vasculhar as crônicas decidiu ligar e sugerir este tema.

Foi logo falando: “Escreve sobre cogumelo kefir. Já tomou iogurte de kefir?” Nem sabia do que estava falando, se era grego ou russo. Descobri que veio do Oriente, mas que recebeu de uma amiga francesa e desde então toma uma xícara do iogurte toda manhã.

Como ela mesmo se classificou: é idosa e obesa, filha de pai e mãe diabéticos. Tinha tudo para já estar com a doença, e nada. Completamente saudável. Não tem nem colesterol alto, para desespero de sua médica, que fica sem argumentos para exigir que emagreça.

Lu, como é chamada pelos amigos, tem certeza de que o bom resultado dos exames se deve ao uso constante do kefir. “Pode não curar o diabetes, mas que segura a doença, tenho certeza que segura”, afirma com segurança máxima. Pedi que me explicasse o que era.

Kefir é um micro-organismo vivo, assim como o Yacult. Não é comercializado, mas feito em casa, no leite de vaca, cabra, ovelha, soja, coco ou arroz. Pegue um pote de vidro, coloque 2/3 de leite em temperatura natural (18 a 30 graus),  coloque os grãos de kefir. Deixe um terço do pote vazio, para o ar. Tampe e deixe em temperatura ambiente por 24 horas. Os grãos vão fermentar e proliferar. Depois, é só coar e o leite terá virado um iogurte. Coloque na geladeira e estará pronto para beber. O sabor é agridoce, refrescante. Os grãos, depois de coados, podem ser colocados em outro leite e assim por diante. Eles não gostam de frio nem de metal.

Fui pesquisar os benefícios do kefir e descobri que é a bebida milagrosa. Cura tudo, melhora qualquer coisa. Acho que vou começar a tomar hoje mesmo. Vejam só: é bom para o sistema imunológico, melhorando a resistência contra inúmeras doenças com o coração e problemas circulatórios; regula a pressão sanguínea; regula o açúcar no sangue, melhorando o diabetes; reduz o processo de envelhecimento; alivia reumatismo, tira dores de extremidades e dores musculares; impede o aparecimento de câncer e pode até curá-lo em alguns casos.

E mais: melhora as funções hepáticas e tira problema de vesícula; alivia dores de cabeça e enxaquecas; cura bronquite, asma, tuberculose, elimina a tosse e tira o catarro, cura alergias; alivia músculos enrijecidos e relaxa os músculos da nuca; resolve problemas de insônia e tonturas; queima gorduras e melhora a tireoide; tira a acidez estomacal e resolve problemas digestivos e úlceras; ajuda em problemas de vista cansada e até casos de catarata.

Ainda: fortalece a raiz dos cabelos e evita a calvície; cura problemas renais, melhora a urina e elimina cálculos renais; baixa o colesterol, diminui a hipertensão e cura hemorroidas; se passar no rosto, cura a acne; resolve problema de prisão de ventre, diarreia, colites, candidíase, inflamações intestinais, é bom para males do cólon; é rico em cálcio, ajudando a evitar ou melhorar a osteoporose; é bom para o pâncreas e a próstata; melhora a ansiedade e a depressão, melhora o astral, dando mais alegria.

Depois de ler, tantas vantagens me remeteram àquelas “garrafadas” de antigamente que caixeiros viajantes vendiam prometendo curar desde verruga até doenças graves.

É ou não a solução para o século 21? Se o kefir fizer pelo menos um terço do que dizem, estamos feitos. E o melhor: é de graça. Os grãos são passados de uma pessoa a outra, e cultivados em casa.

Já existem alguns sites falando no assunto e a revista Encontro fez matéria, na sua edição digital, sobre o cogumelo que está virando o queridinho do momento – também não é para menos.

A indicação veio de uma pessoa confiável, veterinária experiente, que consome o produto há anos e comprova na sua vida os bons resultados. Uma coisa é certa: mal não faz, promete muita coisa boa, então vale a pena experimentar.

Isabela Teixeira da Costa

Vamos ser feliz

foto Jony Cunha
foto Jony Cunha

O Brasil está passando por um período difícil. Esta crise tem levado as pessoas a um nível de estresse, aperto financeiro e preocupação que tem gerado peso na vida, de uma maneira geral. Como ser feliz?

Os empresários não querem arriscar investimentos, pois não sabem o que acontecerá amanhã; quem é funcionário está inseguro, sem saber se terá emprego no próximo mês. A incerteza é geral. O cenário não é bom e parece que até a luz no fim do túnel se apagou.

Aí você lê o título desta crônica e pensa, essa aí enlouqueceu. Escreve tudo isso e quer que a gente seja mais feliz. Mas é isso mesmo. Sem querer dar uma de autoajuda, como vamos enfrentar a situação e viver essa crise depende de cada um de nós.

Estamos sobrecarregados, trabalhando o dobro para ganhar menos da metade. Temos que ser criativos para vencer cada dia, mas não podemos abrir mão de aproveitar as oportunidades que surgirem para relaxar, divertir e ser felizes. Se vivermos só para o trabalho, nos trancarmos em casa com uma atitude pessimista, só faremos mal a nós mesmos.

Há tempo para tudo na vida, o importante é o equilíbrio. Não é à toa que na Bíblia está escrito: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz”.

Por isso, devemos separar o tempo para o trabalho, mas também para o lazer, para a família e os amigos. Temos que ser positivos, ter bom humor, fé e esperança em um futuro melhor. Isso acaba contagiando as pessoas que estão à nossa volta. A felicidade não pode depender de fatores externos, deve vir de dentro de nós. Devemos ser sinceros, autênticos, nos aceitar como somos, com defeitos e qualidades, e tentar ser a cada dia melhores.

Duas qualidades que o ser humano deve desenvolver para ser mais feliz: a gratidão e o perdão. Ser grato a tudo que temos e a todos que passaram por nossa vida e nos ajudaram é fundamental. Esse sentimento de reconhecimento é a base de um bom caráter. Nada pior do que alguém que cospe no prato que comeu, e, infelizmente, é o que mais se vê nesta vida.

O perdão não é sentimento, é escolha e mandamento. Perdoar é se libertar, pois evita guardar mágoas que fazem mal a nós mesmos. Quando decidimos perdoar, mesmo que ainda tenha dor em nosso coração, sem perceber, a magoa e a dor vão se dissipando. O perdão tira de nós o sentimento de vingança, de fazer mal ao outro. E com isso nos tornamos mais felizes e mais generosos.

Pode ser difícil em um primeiro momento, mas não custa tentar. Garanto que o resultado será maravilhosamente surpreendente.

 

Isabela Teixeira da Costa

Dia corrido, tempo curto

cia corridoQuantas vezes não ouvimos as pessoas dizerem: “Que tempo curto!  24 horas não são suficientes para fazer tudo o que preciso! O dia deveria ter 36 horas!”

Quantas vezes nós mesmos não citamos algumas dessas expressões? A vida anda corrida e são tantas coisas a fazer que parece que as horas estão passando mais depressa. Mas não estão.

Cada hora continua tendo 60 minutos, que têm 60 segundos cada, e o dia tem 24 horas. O tempo não mudou, nós é que alteramos completamente nosso ritmo de vida. Estamos acelerados.

Quando era menina, via meu pai tomando o café da manhã tranquilamente. Não saía de casa sem ler todo o jornal Estado de Minas, de capa a capa. Só depois tomava seu banho e se aprontava para ir para o trabalho. Observava toda a sua movimentação enquanto fazia meu para casa.

Quando me tornei mãe, o time era outro. Minha filha estudava de tarde, mas tinha aula de natação pela manhã, e depois do colégio, aula de balé. Eu trabalhava.

Hoje, acordo e a primeira coisa que faço é olhar o celular para ver se tem alguma mensagem importante, ou e-mail urgente. Tomo café vendo jornal e olhando as redes sociais, simultaneamente. Vou para o trabalho e enquanto dirijo já converso com várias pessoas pelo celular, no viva-voz, claro.

Não paramos. Quase sempre achamos que não produzimos o suficiente durante o dia.

Segundo o psicólogo e coach João Alexandre Borba, isso é falta de programação, excesso de procrastinação e falta de limites. Concordo em partes.

Realmente, se conseguirmos programar nosso dia na véspera, listar tudo o que precisamos fazer e seguir a lista, realmente nada vai nos escapar e com a lista em mãos veremos o volume de tarefas executadas. Ótimo.

Não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje é básico, porque nada pior do que empurrar as coisas com a barriga. Isso é coisa de preguiçoso: acumula trabalho. Só não tem jeito quando dependemos de outra pessoa.

Porém, quando fala sobre a questão de pôr limite, João se refere a manter o foco e não entrar em redes sociais durante o dia. Em pleno 2016, com a efervescência da comunicação, é impossível ficar off-line por oito ou mesmo seis horas. Muita coisa acontece nesse tempo e não podemos nos alienar. João Alexandre alega que gastamos 12 minutos para nos concentrar novamente, mas nossas cabeças já se acostumaram a ficar ligadas e ser múltiplas, conseguimos pular de uma tarefa para outra com muita agilidade. Claro que o foco é fundamental para tudo que fazemos, mas atualmente conseguimos ser múltiplos.

São raras as pessoas que não acompanham, todo o dia, jornais, Face book, Instagram, e-mail, WhatsApp e ainda ficam com seu trabalho em dia. Não citei o Twitter e o Linkedin. Isso não tira o foco, mas nos mantém atualizados, sintonizados no mundo.

Isabela Teixeira da Costa

Cada macaco no seu galho: chame um profissional

Não sei por que as pessoas têm o péssimo hábito de não valorizar o profissional, seja ele de qual área for. Sempre acham que podem fazer sozinhas aquilo que demanda um profissional para que o trabalho saia bem feito.

Casa Diarista
Foto Marcelo Brandt/G1

Outro dia, um fotógrafo me contou que apresentou orçamento para um trabalho. O cliente achou caro e respondeu que pelo preço compraria uma câmera e faria o serviço. Dias depois, recebeu telefonema do tal cliente perguntando se ele não executaria o trabalho em troca de uma câmera. Parece piada.

O mesmo ocorre com arquitetos. Muitos acham que conseguem fazer o projeto, principalmente quando se trata de reforma. Derruba aqui, constrói ali, e por aí vai. Mas não é bem assim, muitas vezes o barato sai caro. A obra pode ficar super ou subdimensionada nos custos e ainda corre risco de possíveis acidentes o que pode ser catastrófico.

Quando a Jornada Solidária Estado de Minas mudou sua forma de atuação, passando a executar reformas nas creches beneficiadas, a presidente do programa e eu visitávamos as creches, víamos o que precisava ser feito e a atrevida aqui começava a definir. “Vamos derrubar esta parede, passar o banheiro para o outro lado, ampliar a cozinha, aumentar a janela, etc., etc., etc.”. Certa vez, falei para derrubar uma parede e uma voz delicada, mas muito firme, disse atrás de mim: “Você já ouviu falar em parede de sustentação?”, me virei e respondi na maior sinceridade e preocupação que não, e perguntei quem era ela. Tratava-se de uma arquiteta, Izabela Alves Torres, de quem fiquei amiga depois. Neste momento, vi que andava cometendo muitas loucuras, tudo para economizar dinheiro da Jornada e ganhar tempo. Mas isso foi há quase 20 anos.

Desde então, sempre conto com a ajuda e parceria das arquitetas Germana Giannetti, a equipe de Tânia Salles, Ana Paula Rolphs, e outras tantas que sempre se colocam à disposição para ajudar a Jornada.

A prova que contratar um profissional é mais vantajoso e totalmente acessível veio com a notícia veiculada há algum tempo no Estado de Minas e em toda a imprensa nacional.  A casa da diarista paulista Dalvina Borges Ramos ganhou um prêmio internacional de arquitetura.

Depois de perder sua casa, ela contratou um arquiteto para projetar a nova residência. Tinha R$ 150 mil para tudo – projeto e construção -, fruto de suas economias de 30 anos de trabalho. A casa na Vila Matilde, na Zona Leste de São Paulo, venceu na categoria Casa do Prêmio Internacional Building of the Year 2016, do site Archdaily, que elege as 14 melhores construções de todo o mundo.

Nos 95 metros quadrados de área construída, ficam dois quartos, cozinha, sala de TV e jantar, além da garagem. No andar superior, foi projetada uma suíte para visitas e sobre a laje da sala foi colocada uma horta. A casa foi toda feita em bloco aparentes e o chão é de concreto, com muita iluminação, ventilação e pé-direito alto.

 

Isabela Teixeira da Costa

Sem medo de inovar: homens de tranças

trançaOs homens têm ficado cada vez mais ligados em estilo e personalidade no que diz respeito à produção, seja ela com roupas, barba ou cabelo. Isso é ótimo. Nada de mesmice.

É tão bom chegar em um lugar e ver a diversidade não só nas mulheres, mas também nos homens. Isso colore o ambiente. Não estou aqui fazendo juízo de valor e nem afirmando que gosto de tudo o que vejo, mas gosto de ver a variedade, me agrada ver cada um assumindo a sua personalidade.

Diversidade é como uma música tocando harmoniosa, animada, mas me incomoda o semitom, a pessoa que veste algo que não combina com ela, parece que está sendo obrigada o usar aquilo, ou decidiu mudar. É como se tivesse feito uma produção que não combinou com ela, desafina, porque não é o seu verdadeiro eu.

Voltando ao início da conversa: os homens. Há algum tempo, eles começaram a ousar e isso foi muito bom. Assumiram a barba rente ao rosto, um charme só. Depois foi a vez da barba grande, que para alguns combinou muito. Aí veio a onda do cabelo grande, o uso do coque, o undercut, que muitos ainda usam e fica muito legal.

Agora, a bola da vez são as main brad, ou seja, as tranças, a tendência que promete ser o must masculino para 2016. Pode ser a tradicional, a embutida, no topo da cabeça ou nas laterais. Mas é preciso ter o cabelo um pouco mais comprido, rastafári ou moicano, e tem que aprender a fazer a trança, que não é uma coisa tão complicada assim. Mas que fica um charme, fica.

Beto e Sérgio Paschoal, sócios do Jacques Janine no Jardim Sul, em São Paulo, garantem que a tendência vai pegar em homens de estilo e sem medo de inovar no visual. A dupla ensinou o passo a passo para a trança.

Trança tradicional:

Separe uma mecha (ou o cabelo inteiro) em três partes. Leve a parte da esquerda ao centro, depois a da direita e assim por diante, até o fim.

Trança embutida:

Comece separando uma mecha na altura do cabelo em que a trança terá inicio. Trance três partes normalmente, como indicado acima. Depois, vá “alimentando” o penteado: segure a mecha da direita e adicione uma pequena porção de fios que estejam soltos. Junte à trança e faça o mesmo com a parte da esquerda. Repita o processo conforme achar necessário.

Isabela Teixeira da Costa

Idade não é limite

Leda
Silvia Rubião, Leda Gontijo, e Paulo Rossi. Foto Marcus Vieira/Estado de Minas/D.A.Press

Outro dia, fui ao vernissage da dona Leda Selmidei Gontijo. Não sei se todos os leitores conhecem essa artista plástica de mão cheia e sabem que ela acaba de completar 101 anos de vida. Isso mesmo, 101 e está em plena atividade.

Chegou na galeria dizendo alto e bom som que tinha acabado de fazer mais uma escultura e quando perguntaram por que não a levou para a exposição a resposta também foi rápida: “Já está vendida e já foi para o Rio de Janeiro”.

Durante o coquetel, foi um entra e sai de pessoas das mais variadas idades, e o mais emocionante foi o encontro dela com a amiga de uma vida inteira Judith dos Mares Guia, de 105 anos e totalmente lúcida, inteira como dona Leda. Por sinal, a artista plástica dará aula às terças e quintas, na parte da tarde, durante o período da mostra. Claro que as pernas cansam, é natural, mas para isso entra a tecnologia. Dona Leda tem um carrinho a motor e não sai sem ele, anda a pé, mas quando se cansa senta nele e pronto, vai para todo lado, numa boa. Essa é outra questão. Já encontrei várias pessoas com idade mais avançada que mesmo com a perna cansada não abrem mão de um salto alto, e outras que, perdendo o equilíbrio, recusam o auxílio de uma bengala. Temos que aceitar todos os acessórios que foram criados para facilitar nossa vida, o importante é não ficar alienado. Está enxergando mal, use óculos; perdeu a audição, use aparelho; perna fraca, pegue a bengala, não deu, passe para o andador ou então a cadeira de rodas ou o carrinho, igual dona Leda.

Isso só prova que temos que ficar na ativa, mesmo. Não me refiro a musculação, pilates, aeróbica, hidroginástica. Se fizer melhor, mas não podemos nos acomodar, aceitar a idade como se isso fosse um peso, e nos recolher dentro de casa, viver na solidão, em frente da TV, ouvindo música ou simplesmente no complexo da Carolina, vendo a vida passar pela janela.

Devemos ter um projeto. Leda e Judith têm vida longa e estão bem porque têm projeto de vida. Leda trabalha até hoje, programou e realizou sua exposição. Poderia ter feito o vernissage e voltado para casa, mas optou por dar aula na galeria duas vezes por semana. Atividade, viver a vida intensamente.

É isso que devemos fazer. Encontrar com amigos, sair para passear, ir ao cinema, teatro, jantar, almoçar, tomar chá das cinco, seja lá o que for. Dedicar-se a um hobby, um lazer, de preferência com pessoas de quem gostamos. Falta de dinheiro não é desculpa.

Outro dia, saí com um amigo e sem saber o que fazer fomos para a Praça a Liberdade. Sentamos em um banco e ficamos horas conversando. Como foi agradável. Não gastamos nada, ninguém nos incomodou, clima delicioso, momentos descontraídos.

Dona Leda e dona Judith são abençoadas por Deus por essa longevidade tão cheia de saúde, lucidez e dinamismo, mas elas também fizeram por onde, não se entregaram. Até hoje vivem com prazer, com alegria e otimismo, não sentem o peso da idade, desfrutam dela,  da experiência e sabedoria que acumularam com a soma dos anos.

Exemplo de vida para todos nós.

Isabela Teixeira da Costa