Nunca é tarde para recomeçar

IMG_5904Depois de se aposentar, Leleta não conseguiu ficar parada, escolheu o que sabia e gostava de fazer e recomeçou.

Leleta Mares Guia trabalhou anos na Talento Joias, e sempre foi uma excelente vendedora. Só saiu de lá quando se aposentou e decidiu que ficaria no bem bom, na maré mansa. Por sinal, estava ansiosa para se aposentar e curtir os dias livres, sem compromisso, podendo sair com amigas, ir a cinemas, viajar quando quisesse curtir a casa, enfim, ficar por conta do a toa.

Isso é muito bom nos planos enquanto ainda trabalhamos, porém, na hora que isso se torna realidade, a coisa muda de figura. Com Leleta não foi diferente. A vida livre e na maré mansa cansou mais rápido do que ela imaginava, e começou a pensar o que fazer para ocupar o seu tempo.

“A primeira coisa era fazer algo que eu gostasse muito, que tivesse prazer e que fosse boa. Sou muito boa em vendas e gosto de vender. E gosto de coisa de casa, de mesa, e foi daí que surgiu a ideia do Leleta põe a mesa”, explica Leleta, que a cerca de 6 anos começou o seu novo trabalho.

O seu diferencial é o bom gosto e a criatividade. Leleta cria um desenho para o aparelho e uma indústria confecciona para ela. Ela manda bordar seus jogos americanos com os motivos que quer e faz os porta-guardanapos para combinar ou com o aparelho ou com o jogo americano. São esses detalhes que fazem toda a diferença na hora de montar uma bela mesa.

Duas vezes por ano ela faz uma mostra na Mares, montando várias mesas com seus produtos. O sucesso é tanto que no primeiro dia o grande número de vendas já obriga Leleta a refazer a maioria das mesas. No segundo semestre ela terá um corner fixo na loja.

Vejam na galeria as fotos da mostra que fica em exposição até sexta-feira.

Minha tia Yayá e a santa

Tia Yayá
Tia Yayá

Tia Yayá era muito engraçada, e seus casos são inesquecíveis. Este merece registro.

Já falei aqui do grupo que temos no WhatsApp das primas da família Teixeira da Costa Almeida. São cerca de 60 primas que ficam conversando o dia inteiro. Não é sempre que posso participar em função do trabalho, mas dou uma passada de olho com frequência. Muita coisa que já publiquei aqui saiu de lá.

Semana passada, em função de vários casos de família que são contados ali, decidiu-se criar outro grupo chamado ‘Causos de Família’, incluir uns primos e registrar estes casos. A intenção é escrever um livro. Fiquei responsável por esta tarefa. Não sei se vou escrever o livro, mas já estou coletando e organizando as histórias que a turma está postando.

Não resisti e vou contar um dos casos. Tinha uma tia muito querida, carinhosamente chamada por todos de Yayá. Dizem que era linda quando moça, chegou a ser miss e era muito vaidosa. Penso que entre a vaidade e o prazer de comer, o segundo ganhou disparado e ela foi ganhando peso. Ficou obesa mórbida. Ela morava na Rua Goitacazes, e nas férias convidava minha irmã e eu para passar o dia lá, brincando com nossa prima Olguinha, que vinha de Brasília.

Olguinha com Tia Yayá
Olguinha com Tia Yayá

Tia Yayá era vizinha de um padre. Ela morava no apartamento de cima e o bendito padre cismou que minha tia chupava laranja e jogava o bagaço na sua varanda. Brigaram por causa disso. Tia estava incomodada com a briga, afinal, brigar com padre não era bom presságio. Diz a cultura popular que quem briga com padre a vida não vai pra frente.

Era época de visitação da santa, quando a imagem passa o dia na casa de alguém da paróquia para abençoar a família. Tia Yayá quis receber a santa para estreitar os laços com o padre, porém, para fazer as pazes decidiu fazer uma celebração em homenagem à imagem de Nossa Senhora em sua casa, e convidou o vizinho padre para os atos litúrgicos. Não bastava receber a imagem e rezar com a família tinha que ter pompa e circunstância. Ele não queria aceitar de jeito nenhum, com muito custo concordou. A família encheu a casa: Simão, seu filho; as netas Marina, Patrícia e Olguinha ainda crianças; a vizinha Chiquita, que era contra-parente. Tudo enfeitado, lindo, altar caprichado.

O padre entrou jogando água benta com uma expressão de alegria. Percebia-se claramente que as pazes tinham sido feitas. Tia Yayá, em sinal de respeito à santa e ao momento litúrgico tão importante, resolveu se ajoelhar, apesar de toda dificuldade em função do seu peso. Apoiou-se em uma poltrona para ajudar no movimento, a poltrona quebrou, ela caiu no chão, o pé da poltrona zuniu no ar, bateu na imagem e decepou a cabeça da santa. Pandemônio formado!
Todos da família tiveram que sair da sala porque estavam explodindo de rir, e o padre furioso, com a imagem de sua santa decepada e tia Yayá estatelada no chão sem ninguém para ajudar a levantá-la.

Foi uma tragédia.
Passado o primeiro momento e depois de se recomporem, voltaram para a sala para ajudar minha tia a se levantar. Ela, ainda no chão agradecendo a todos que tentavam ajuda-la, mas no fundo não se esforçando muito para sair daquela posição. Dizia adorar ficar no chão, era fresco e fazia bem para a coluna. Só quem estava lá sabe o problema que foi tirá-la do chão.
Passado o período para esquecer o vexame, minha tia foi tomar banho e encontrou um caroço no braço. Trágica como ela só, logo pensou em câncer e castigo pelo incidente com padre e santa. Imediatamente fez uma promessa a São José de quem era devota: Nunca mais ia falar mal do padre nem implicar com ele se não fosse nada. Daí em diante só tomava banho com uma esponja grossa e nunca mais sentiu caroço nenhum. Ninguém sabe dizer se a amizade foi selada, ou se pelo menos ela parou de falar mal do padre.

Essas lembranças famíliares são uma delícia, dão um tempero especial à vida.

Isabela Teixeira da Costa

Violência doméstica contra a mulher

Imagem divulgação
Imagem divulgação

Saiba como reconhecer uma mulher que está sendo agredida e ajude no combate à violência doméstica.

Hoje, no Brasil, a violência contra a mulher, em suas diversas formas, faz uma nova vítima a cada 20 minutos, o que coloca o País como quinto colocado no horrendo quadro dos países no ranking de feminicídios. Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil o índice de mortes de mulheres, vítimas deste tipo de incorrência, é de 4,8 para 100 mil mulheres. Dados de 2016 da Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), apontam que de 67.962 relatos de violências, 67,63% ocorreram em um relacionamento heterossexual – em 41% dos casos, a relação durava há mais de dez anos, e em 39,34%, a violência é diária.

Na última edição do reality show BBB o participante Marcos, cirurgião plástico, foi eliminado do programa pela produção por agredir outra participante, a Emily, com quem estava tendo um relacionamento amoroso na casa. Vi, pela internet, a cena dele acuando a menina contra a parede, com o dedo em riste em seu rosto, e gritando com ela. Isso já é agressão psicológica. Fiquei sabendo que uma delegada abriu o processo porque a menina reclamou que seu pulso estava doendo e que o rapaz a teria beliscado. Atualmente, não é mais necessário uma mulher prestar queixa, se ficar configurado agressão a polícia pode agir por conta própria.

De acordo com Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida Saúde, “geralmente o agressor é uma pessoa covarde, que se apega à fragilidade emocional que a mulher está passando naquele momento, sabendo que, física e emocionalmente, pode dominar a vítima. Frequentemente, o agressor percebe alguma dependência nas mulheres, seja ela financeira ou até mesmo emocional, e aproveita-se disso para agredi-la, sem que sofra maiores consequências por conta de sua relação de dominação. E além das marcas físicas e sociais, as violências psicológica e emocional podem ter consequências ainda mais graves e limitantes para a vítima, isto por ser uma violência silenciosa, em que somente é possível perceber seus danos ao longo do tempo, dificultando ainda mais os possíveis reparos e superações”.

Mas como identificar uma possível vítima de violência, principalmente aquela sofrida dentro do lar? Segundo a psicóloga, algumas atitudes podem revelar a vítima de violência doméstica. “As mulheres que sofrem este tipo de violência se tornam mais reclusas, isoladas socialmente, apresentam comportamento diferenciado na frente do agressor, demonstram tristeza ou comportamento depressivo, evitam convívio com familiares, começam a falar menos sobre sua vida cotidiana, especialmente sobre seu relacionamento, ausentam-se do trabalho ou sentem-se desmotivadas, de forma geral”, destaca Sarah.

Qualquer pessoa que saiba ou desconfie de que uma mulher está sofrendo qualquer tipo de violência, pode ser o denunciante, facilitando muito a erradicação deste tipo de agressão em âmbito nacional e global, levando-se em consideração que a agredida, muitas vezes, está sendo coagida pelo agressor. “A maioria das agredidas sente-se sozinha e sem o apoio de alguém que represente segurança em sua vida ou é refém da crença machista de que é necessário suportar todo tipo de agressão, pois seria ‘merecedora’ da violência doméstica perpetrada pelo agressor. Por isso, a família deve, sem dúvida, apoiar a vítima sempre que necessário, deixar claro que os medos dela são infundados”, finaliza a psicóloga.

Isabela Teixeira da Costa

Como gastar menos do que você ganha?

Reinaldo Domingos
Reinaldo Domingos

Recebi este artigo do Reinaldo Domingos, que aborda de forma simples um tema importante para a época que vivemos.

Como gastar menos do que se ganha é a pergunta que não quer calar. Afinal, muitas pessoas acreditam que o seu salário não é suficiente para as suas despesas, exigindo uma tomada de ações imediata para que sobre salário no final do mês – discussão importante para estes tempos que estamos vivendo.

Não quero aqui sugerir que se sinta satisfeito com o que ganha, muito pelo contrário, é fundamental buscar sempre melhorias. Contudo, elas demandam tempo e estratégia, coisas que a maioria das pessoas não tem.

Se as contas não estão fechando, é hora de repensar totalmente as suas finanças, repensar o seu padrão de vida. Pode parecer difícil, mas é fundamental observar que não é sustentável viver uma realidade que não é a sua. Saiba, cortar gastos é uma atitude necessária para ganhar fôlego.

Um ponto em que é preciso ficar atento é o dos pequenos gastos, das despesas e compras feitas de forma desordenada e acabam se tornando grandes ralos por onde escoam as economias. Você sabia que, em média, 25% dos gastos mensais são supérfluos e/ou desnecessários? As pessoas sempre dizem que não têm mais de onde reduzir os gastos, mas, ao fazer uma boa análise, observam que é sim possível.

É preciso fazer um diagnóstico da vida financeira por 30 dias, anotando tudo o que gasta, separando por tipo de despesa, incluindo cafezinhos e gorjetas. Assim, verá uma realidade muito diferente da que imagina. Mas ressalto que não se deve virar escravo dessa anotação, pois, quando vira rotina, perde a eficácia.

Priorize seus sonhos

Você reconhece a importância de priorizar seus sonhos em seu orçamento mensal? Muitas pessoas deixam para poupar para os seus objetivos quando – e se – sobrar algum dinheiro no final do mês. Se você estiver fazendo dessa forma, esqueça! Dificilmente conseguirá conquistar seus sonhos no momento planejado.

Recomendo que, a partir de agora, mude o modelo mental relacionado a forma de fazer um orçamento financeiro. É chegada a hora de priorizar aquilo que realmente importa, os sonhos e as metas pessoais e familiares. Lembre que para colher resultados diferentes é preciso agir diferente, mudar atitudes e hábitos.

Não digo para esquecermos ou fingirmos que a crise não existe, muito pelo contrário, precisamos compreendê-la e ter consciência que ela está aí, mas acredito que, priorizando os nossos objetivos de vida, passaremos por essa fase da melhor maneira possível.

Observe como funciona o seu orçamento hoje. A maioria das pessoas faz a seguinte conta: Ganhos (-) Gastos = Lucro/Prejuízo. Não adianta esperar que, assim, sobre algum dinheiro ao final do mês para poupar. Acredite: dificilmente isso acontecerá, até porque temos a tendência de gastar enquanto tivermos, é natural, mas é algo que tende a levar à frustração por não conseguir realizar os sonhos.

Sendo assim, apresento um novo cálculo: Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos. Veja, dessa forma não há lucro ou prejuízo, as contas batem e você estará priorizando seus objetivos e ajustando seu padrão de vida ao valor que sobrar. Para isso, logo que receber o salário, já se deve retirar a quantia mensal necessária para a realização, colocando esse dinheiro na melhor opção de investimento de acordo com o prazo desse sonho.

É importante que tenha pelo menos três sonhos ao mesmo tempo: um de curto prazo (a ser realizado em 2017 – ou nos próximos doze meses – para adultos e no próximo mês para crianças), outro de médio prazo (entre um e dez anos para adultos e entre um e seis meses para crianças) e um último de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos para adultos e a partir de seis meses para crianças).

Veja que é muito mais uma questão de mudança de comportamento do que saber fazer contas ou ter que se privar de algo. Quando temos metas bem definidas em nossas vidas, poupar não se torna um martírio e sim um estilo de vida, que levará a muito mais realizações e conquistas.

 

Reinaldo Domingos é doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Diário dos Sonhos e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.

Amor à mesa

driSentar em torno da mesa é momento de convivência importante que une pessoas.

Esta semana, a paisagista Carla Pimentel recebeu para um coquetel em sua loja e convidou minha amiga Adriana Vasconcelos Oliveira para falar um pouco sobre amor e flores à mesa. Nunca vi um tema combinar tanto assim com uma pessoa, como este combina com a Adriana.

Primeiro, porque as mesas da casa dela são sempre lindas. É impressionante o cuidado, capricho e charme que ela monta a mesa para todas as refeições, desde o café da manhã até o jantar, passando pelo almoço e o lanche. Sempre, e não é só para receber visitas, é natural dela, faz parte do dia a dia da casa.

Durante minha breve passagem como jogadora de tênis, fazíamos aulas juntas no prédio da Adriana, e de vez em quando jogávamos com a irmã dela, Kátia, que mora no mesmo prédio. Um dia cheguei varada de fome e falei que precisava comer algo antes da aula. Kátia ofereceu uma salada de fruta que tinha acabado de fazer. Subi até sua casa e a mesa de lanche estava linda. Percebi que este capricho e cuidado vem de família. Educação recebida por ambas da mãe, D. Cecília.

Segundo, porque Adriana sempre fez questão de reunir sua família e seus amigos em torno da mesa, porque ela sempre acreditou que a união em torno da mesa é cheia de amor. No bate-papo, durante o coquetel, Adriana falou uma coisa que além de ser muito bonita é de extrema importância e decidi contar aqui. Reunir em torno da mesa é importante, agrega, une e quando a mesa está bonita dá prazer estar em torno dela. Esta união em volta da mesa gera amor.

Fazer uma mesa bonita é importante porque atrai as pessoas. Dá prazer em sentar em torno de uma mesa bem posta, com charme. E isso é possível para qualquer pessoa, basta ter desejo e criatividade. Não é preciso ter louças caras, toalhas ou jogos americanos sofisticados, nem tão pouco porta guardanapos requintados. Com o que cada um tem em casa, usando a criatividade é possível fazer lindas mesas.

Minha filha fez um lanche para as amigas no Natal e arrumou a mesa que ficou uma graça. Pegou ramos de alecrim e fez como mini guirlandas, escreveu o nome de cada amiga em um pedacinho de papel e colocou em diagonal na guirlanda e usou isso como marcador de lugar. O porta guardanapo foi uma fita xadrez de vermelho e branco, que ela deu laços. Pura criatividade.

Voltando à fala da Adriana, ela contou que uma pessoa deu um conselho muito sábio que levou para sua vida: “não critique ninguém perto de seus filhos, para que eles não cresçam seres humanos críticos”. Em todas as conversas ao redor da mesa ela nunca criticou ninguém e sempre fez questão de mostrar a seus filhos o lado bonito das coisas e das pessoas. Cultivou a importância do bom humor desde o acordar, valorizar a beleza do dia, mesmo se estivesse chovendo.

Deu certo. A família é unida, são felizes, têm prazer em estar em torno da mesa,  conversam, se amam.

Comentando isso com a minha professora de pilates, Natália Mendes, uma moça nova, casada há pouco tempo, com uma filhinha linda que está para completar um ano, ela me disse que na casa de seus pais também era assim.

A família ficava junta, conversando. Nada de chegar em casa, ligar a TV e se alienar. Por sinal, ninguém tinha TV e computador no quarto. Almoço e jantar eram em família e depois todos ficavam conversando. Convivendo, coisa rara em família.

Princípios, valores e atitudes que se fossem repetidas por mais famílias, com certeza teríamos menos problemas na sociedade atual.

Isabela Teixeira da Costa

Filarmônica

filarmonica1Filarmônica recebe maestro sérvio Vladmir Kulenovic na próxima semana.

Nos dias 27 e 28 de abril, às 20h30, a Filarmônica de Minas Gerais recebe o maestro sérvio Vladimir Kulenovna, na Sala Minas Gerais. O contrabaixista principal da Orquestra, Nilson Bellotto, será o solista convidado a interpretar a Fantasia Carmen, de Proto, releitura do compositor norte-americano para a famosa ópera Carmen. Complementam o repertório as obras España, de Chabrier, e O Pássaro de fogo: Suíte, de Stravinsky, em sua versão de 1945.

Antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o público poderá participar dos Concertos Comentados, palestras que abordam aspectos do repertório. O revolucionário Stravinsky e seu pássaro são os assuntos dos dois encontros com o percussionista da Orquestra, Werner Silveira.

O repertório

Emmanuel Chabrier (França, 1841 – 1894) e a obra España (1883) – Apesar de estudar música desde a infância, Emmanuel Chabrier atuaria por vinte anos na área do Direito. Tal fato não o impede, porém, de aproveitar a vida artística, principalmente, em Paris, onde participa dos meios mais progressistas. Em sua primeira viagem à Alemanha, em 1879, descobre a ópera Tristão e Isolda, de Wagner, que o comove a ponto de fazê-lo abandonar as outras atividades e se dedicar apenas à composição. Apesar de ter composto poucas obras, a alta qualidade de sua música influenciaria compositores franceses do início do século XX. Em 1882, Chabrier viaja à Espanha. Encantado com tudo o que presencia, decide transformar suas impressões em música de concerto. Nasce, assim, a abertura España – Rhapsodie pour orchestre, peça em um movimento, marcada por rítmica contagiante e colorido orquestral único. A obra estreia em 1883, em Paris, nos Concertos Lamoureux, com imenso sucesso.

Frank Proto (Estados Unidos, 1941) e a obra Fantasia Carmen (1992) – Dentre as muitas variações para a ópera Carmen, no século XX, a Fantasia Carmen de Frank Proto, composta para contrabaixo solista e orquestra, se destaca pelo caráter jazzístico e pela feliz exploração das possibilidades do instrumento solista. Nascido no Brooklin, em Nova York, Proto atuou na Symphony of the Air, em grupos de jazz e em musicais da Broadway.

Igor Stravinsky (Rússia, 1882 – Estados Unidos, 1971) e a obra O pássaro de fogo: Suíte (1911, versão 1945) – Em 1910, aos 28 anos, o compositor escreve O pássaro de fogo, que o torna famoso em toda a Europa. O balé estrearia no dia 25 de junho daquele ano, na Opéra de Paris, sob direção de Gabriel Pierné, com coreografia de Mikhail Fokin. Apesar do sucesso da obra, Stravinsky avalia que a coreografia não havia ficado à altura da música. Desejoso de revelar a universalidade da sua música, cria, em 1911, uma suíte orquestral quase idêntica à primeira partitura. Anos mais tarde, acaba por recriá-la, e, em 1945, compõe a terceira versão para orquestra – justamente a que será interpretada pela Filarmônica de Minas Gerais –, ainda mais fiel aos escritos originais do balé.

 

SERVIÇO

Série Allegro

27 de abril – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Vivace

28 de abril – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Ingressos: R$ 40 (Balcão Palco e Coro), R$ 50 (Mezanino), R$ 62 (Balcão Lateral), R$ 85 (Plateia Central) e R$ 105 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

Câncer: saiba mais sobre este mal

LilaGrave e desconhecido: sete coisas que você precisa saber sobre o câncer renal.

Certo dia estava conversando com o médico Enaldo Lima, chefe da oncologia do Hospital Mater Dei e ele disse uma coisa que me deixou assustada. Falou que estão tratando do câncer como uma epidemia.

A cada dia que passa, ouço mais casos sobre alguém que está com câncer ou que morreu vítima da doença. É impressionante como este número cresce e tem alcançado pessoas próximas. Ontem, perdi uma grande amiga vítima da doença.

Conheci Lila na igreja quando éramos adolescentes e ficamos muito amigas. Fizemos teatro juntas, nos divertíamos. Vivíamos juntas. Sempre falo que ela era a formiguinha e eu a tanajura em referência a uma peça infantil que fizemos e à nossa diferença física. Depois a vida nos distanciou. Depois de anos nos reencontramos na loja de sua irmã, Ana Luiza, e ficamos um tempão pondo o papo em dia.

Pouco tempo depois, Ana Luiza me contou que Lila estava com câncer. Começou com uma dor de estômago que um médico insistiu em tratar como gastrite. Quando foram ver o câncer já estava no mediastino, pâncreas e fígado. Ficou muito tempo em tratamento. Chegou a alcançar resultados excelentes quando debelou o tumor do mediastino, o do fígado e ficou só um pontinho no pâncreas. Infelizmente, uma célula que não foi detectada por nenhum exame tinha permanecido no fígado e a doença voltou com força total.

Assim que fiquei sabendo fiz questão de visitá-la. Fui à sua casa e foi um fim de tarde delicioso. Apesar de sua fragilidade conversamos tanto. Ela riu muito. Percebi em seu olhar que aqueles momentos estavam sendo de alento, que aquele reencontro estava trazendo conforto e alegria. saí de lá depois das 21h, porque fiquei com medo de deixá-la muito cansada. Foi delicioso ouvir no dia seguinte Ana Luiza dizendo como Lila tinha amado nosso encontro.

Há cerca de uns 20 dias ela foi internada e fui ao hospital. Quando ela me viu, nos abraçamos, ela começou a chorar, pediu uma oração. Ficamos muito tempo de mãos dadas e consegui dar uma fruta para ela comer. Fiquei ai até ela dormir e saí silenciosamente, sem despedir. Três dias depois ela foi para casa, mas já ficou mais sedada por causa das dores e não pude mais visitá-la. Ontem a noite, estava com a minha amiga Sandra Botrel e ela recebeu uma mensagem dizendo que um colega dela, professor da Fumec, tinha acabado de falecer, também vítima dessa doença terrível. É assim, pra todo lado que viramos ouvimos um caso desse tipo.

Recebi um material sobre câncer renal e em função do desconhecimento desse tipo da doença e de sua gravidade, achei importante postar. Aproximadamente 30% dos casos deste tipo de câncer são identificados já em fase de metástase.

Atualmente, o câncer renal é um dos tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres, mas algumas mudanças de hábito podem contribuir para prevenir a doença cuja prevalência é maior em pessoas a partir dos 64 anos.

Conheça mais sobre essa doença e fique atento aos principais sintomas:

  1. Top 10 – O câncer renal é um dos 10 tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres, sendo que os homens têm um risco maior de desenvolver a doença.
  1. Fatores de risco – Os fatores de risco para a doença estão relacionados a hábitos de vida como o consumo de cigarros, hipertensão arterial e a obesidade. Pacientes com insuficiência renal crônica e que fazem hemodiálise têm mais probabilidade de desenvolver a doença.
  1. Números – Cerca de 6.255 pessoas foram diagnosticadas com câncer de rim no Brasil, em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde, em dados publicados pelo Globocan, projeto que coleta, organiza e divulga dados sobre os tipos comuns de câncer.
  1. Causas – A causa do câncer de rim não está confirmada. O que se sabe é que a doença tem início quando as células renais sofrem mutações em seu DNA e passam a se desenvolver descontroladamente. Quando acumuladas no órgão, podem se unir e formar o tumor. Se não descoberto precocemente, essas células podem ocasionar tumores em outros órgãos, a metástase.
  1. Chance de cura – O câncer renal pode ser classificado em quatro estágios, quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a possibilidade de tratar e curar o paciente.
  1. Diagnóstico – Na grande maioria das vezes, o câncer de rim é diagnosticado incidentalmente em exames de imagem (ultrassonografia, ressonância, entre outros). Embora os sintomas sejam menos frequentes, 30% dos pacientes podem apresentar sangramento na urina, dores lombares, hipertensão arterial e emagrecimento.
  1. Tratamento – O tratamento mais comum é a remoção total do órgão, nefrectomia radical, ou a remoção dos tumores (nefrectomia parcial). A quimioterapia e a radioterapia são pouco empregadas no tratamento do câncer renal. Recentemente, a Anvisa aprovou o primeiro imunoterápico com indicação para tratamento de câncer renal avançado ou metastático previamente tratado.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

O jogo da morte

baleiaO que passa na cabeça de uma pessoa para criar um jogo que leva adolescentes a suicidarem?

Tem pessoas que não acreditam em Deus e no demônio. Não sei como isso é possível, pois existem tantas provas da existência dos dois, que, na minha humilde opinião, só não crê quem não é nem um pouco observador.

Mês passado ouvi falar de um jogo criado por um rapaz na Rússia chamado Blue Whale, ou seja, Baleia Azul, que hoje já está bem conhecido por aqui também. Fiquei tão impressionada com o que ouvi que achei melhor não escrever nada sobre ele, porque poderia estar ajudando a divulgar o referido jogo para pessoas de cabeça fraca, em vez de apenas fazer um alerta.

Ledo engano, o jogo se espalha por si só, e se alguém disser que ele não é coisa do diabo, não sei de quem é. Não estou dizendo que foi o coisa ruim que criou, mas foi ele que colocou na cabeça desse rapaz de criar uma coisa assim: um jogo no facebook, que atrai adolescentes para jogar e tem 50 desafios, que quando cumpridos devem ser comunicados ao … Cada um desafiando os limites da pessoa e alguns desses desafios são secretos, e culmina com o último que é tirar a própria vida.

baleila1Vários adolescentes ao redor do mundo já se mataram. E muitos pais não percebem que os filhos estão jogando, porque a coisa mais comum atualmente é adolescente ficar grudado no computador ou no smartphone, e poucos pais procuram saber o que eles andam vasculhando por ali. Os desafios devem ser feitos de madrugada quando os pais estão dormindo, e os de automutilação são fáceis de esconder com blusas de manga comprida. O que adolescentes usam? Moletons grandes.

Seguem os desafios do Baleia Azul para conhecimento geral, assim os pais podem ficar alerta com relação aos filhos:

  1. Com uma faca ou navalha, escrever a sigla “F57” na palma da mão e em seguida enviar uma foto para o curador.
  2. Assistir filmes de terror e psicodélicos às 4:20 da manhã, mas não pode ser qualquer filme, o curador te indicará, lembrando que ele fará perguntas sobre as cenas, pois ele quer saber se você realmente assistiu.
  3. Cortar seu braço com uma lâmina, “3 cortes grandes” mas é preciso ser sobre as veias e não precisa ser muito profundo, envie a foto para o curador, e seguira para o próximo nível.
  4. Desenhar uma baleia azul e enviar a foto para o curador.
  5. Se você está pronto para se tornar uma baleia escreva “SIM” em sua perna. Se não, corte-se muitas vezes “Castigue-se”.
  6. Tarefa em código, o curador sempre muda o sexto desafio, baseado no perfil do jogador.
  7. Escreva “F40” em sua mão e envie foto ao curador
  8. Em sua rede social, escreva “#i_am_whale” no seu status do VKontakte(Rede Social Russa) ou no Facebook. O texto quer dizer “Eu sou uma Baleia”.
  9. Ele te dará uma missão baseada no seu maior medo, ele quer fazer você superar esse medo.
  10. Acordar as 4:20 da manhã e subir em um telhado, quanto mais alto melhor.
  11. Desenhar uma foto de uma baleia azul na mão com uma navalha e enviar a foto para o curador.
  12. Assistir filmes de terror e psicodélicos, todas as tardes.
  13. Ouça as musicas que os “curadores” te enviarem.
  14. Corte seu lábio.
  15. Fure sua mão com uma agulha várias vezes.
  16. Faça algo doloroso, “machuque-se”, fique doente.
  17. Procurar o telhado mais alto, e ficar na borda por 22 minutos.
  18. Subir em uma ponte e sente-se na borda por 22 minutos.
  19. Suba em um guindaste ou pelo menos tente
  20. Próximo passo o curador irá verificar se você é de confiança.
  21. Encontre outra baleia azul, “outro participante”, o curador te indicará.
  22. Se pendurar mais uma vez em um telhado alto, e apoie-se na borda com as pernas penduradas
  23. Missão em código, baseada no perfil do jogador, cada um recebe uma missão diferente.
  24. Tarefa secreta
  25. Reunião com uma baleia azul que o curador indicará.
  26. O curador indicará a data da sua morte, e você aceitará.
  27. Acordar as 4:20 e ir a uma estrada de ferro.
  28. Não falar com ninguém o dia todo.
  29. Fazer um voto de que você é realmente uma Baleia Azul.
  30. Todos os dias, você deve acordar às 4:20 da manhã, assistir a vídeos de terror, ouvir música que “eles” lhe enviam, fazer 1 corte em seu corpo por dia, falar “com uma baleia”. Durante o intervalo dos desafios entre 30 e 49.
  31. Tire a sua vida

Quando se entra no jogo eles dão a chance da pessoa sair, e avisam que depois não tem volta, e ameaçam a pessoa e sua família. Uma mãe atenta conseguiu salvar a vida da sua filha de 15 anos, quando estava na tarefa 15. Segundo relato da adolescente, ela sente o peito vazio e não sabe explicar o que é, simplesmente sofre. Desacreditou no amor da mãe, no contato com outros seres humanos e na fé evangélica da criação que recebeu na Zona Oeste do Rio.

“Quem tiver com vontade de entrar no Baleia Azul, não faça isso. Só vai te causar coisas ruins. Em vez de parar sua tristeza, só vai aumentar. E vai acumular. E quando você vê, já vai estar vazio por dentro e por fora. Apostem numa coisa que você gosta. Talvez numa música de que você gosta. Talvez você se sinta melhor. Porque eu sei o quanto dói, mas não vai ser um jogo que vai te fazer parar de sentir dor. E nem a morte’, diz a menina.

A adolescente foi internada depois que a mãe descobriu sua participação no jogo, ficou dois dias no hospital e quando saiu tentou suicídio. A mãe, que abandonou o trabalho por preocupação, conseguiu impedir que o pior acontecesse. A dor da mãe a fez recuar. Vez por outra, Mariana diz que sente vontade de desistir, mas tenta mudar de pensamento. Está em tratamento, “Minha mãe me disse que fazia tudo para eu ficar viva. E eu entendi. Às vezes eu penso (na morte), mas aí eu penso no meu futuro”, conta. (extraídos de matéria publicada no jornal Extra, RJ).

Podem acreditar ou não, mas para mim, só com a ajuda de Deus para conseguir resgatar estes adolescentes de um jogo tão do mal.

Isabela Teixeira da Costa

Tem caminhoneiro que é sem noção

caminhãoFiquei impressionada com a atitude de um caminhoneiro na estrada indo para Itaúna.

Sempre que viajo, faço uma oração pedindo a Deus proteção para mim e para quem estiver junto. Proteção tanto na ida quanto na volta e durante os dias que estarei fora também. Quando vou viajar de carro, assim que tomo o rumo da estrada faço uma oração pedindo que Deus coloque os seus anjos ao redor do carro, que guie as mãos do motorista, que nos proteja de qualquer acidente. Isso faz toda a diferença, não tenho a menor dúvida.

Saímos de Belo Horizonte para Escarpas do Lago na quinta-feira depois do almoço. Fui de carona com meus amigos Cláudia Elias e Neil Henriques. Fomos tranquilos, batendo papo, ouvindo música, falando sobre o casamento do filho de Cláudia, Gustavo, que se casa em junho, em Portugal. O casamento será lá porque a noiva é Russa e fica no meio do caminho para as duas famílias.

Tudo ia bem tranquilo Avenida Amazonas a fora até que, de repente, percebemos um caminhão tesourando todo mundo na pista. Teve um momento que se Cláudia não pede ao Neil para parar, com certeza a traseira do caminhão trombaria na lateral frontal do nosso carro, e acabaria com nosso passeio antes mesmo dele começar. Ficamos impressionados e passamos a observar o motorista maluco que ia da esquerda para a direita sem o menor cuidado e na maior velocidade.

Não deu outra, quando ele foi para a direita sua traseira bateu em um SUV branca onde estavam uma mulher ao volte e algumas crianças. Arrancou o para-choque do carro dela, deu uma rabanada e fugiu apressado, tesourando maus pessoas como se nada tivesse ocorrido.

A SUV foi jogada para a direita, quase caiu em uma vala, graças a Deus a mulher conseguiu estabilizar o carro e evitou uma capotagem. Vi nitidamente a expressão de susto e terror em seu rosto, misturada à raiva, pânico, e preocupação com as crianças. Imagino a decepção também, pois acabou com o passeio dela.

Saímos tentando alcançar o caminhão para tentar fotografar a placa para ligar para a Polícia Rodoviária Estadual e dar uma queixa. Ele continuava tesourando o trânsito sem a menor responsabilidade. Fizemos nosso dever. Quando chegou perto do trecho onde tem balança e Polícia ele passou a dirigir como um anjinho. É de arrepiar.

A gente que não fique esperto e que não tenha Deus como protetor. É por isso que acidentes ocorrem e a gente fica sem saber o por que.

Isabela Teixeira da Costa

Crianças do século 21

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Giovana Rohlfs Vasconcelos de Oliveira

Tomar conta de crianças do século 21 não é nada fácil.

No sábado, o Walace Soares e alguns amigos fizeram uma grande festa em Escarpas. Quando eu falo grande, é grande mesmo. Ele queria fazer uma festa para mil pessoas, mas os amigos foram pedindo para levar outros amigos ele foi deixando, e o que era para mil acabou virando para 4 mil. Acho que Escarpas inteira estava lá.

Os filhos de Adriana e Elói decidiram ir e claro que nos dispusemos a ficar com as crianças. Eles iam só dar um passadinha lá. Não tínhamos dúvida que tiraríamos de letra, afinal, tinha a babá do Breninho, Larissa, a Ana Silva, que está com a Adriana desde quando seu filho mais velho nasceu, a filha dela Laura, Adriana, Elói, Neil, Cláudia e eu.

Oito babás para três bebês. Estava no papo. Um menino de 1 ano e 10 meses, uma menina de 10 meses e um recém nascido de 1 mês. Tranquilo. Os pais saíram deixando tudo no esquema. Que horas que toma a mamadeira e como prepará-la, que horas que dorme, como fazer dormir, remédio para gases e febre, como tirar temperatura. Isso mesmo, agora não é mais na base do termômetro debaixo do braço, como fazíamos com nossos filhos, nada disso. Agora tem uma maquininha digital, que encosta na testa e em segundos mostra a temperatura.

Tudo calmo. Breninho brincando com massinha, Giovana deitada no carrinho, Guilherme dormindo. Foi os pais saírem que o show começou. Breninho resolveu que comer massinha era mais gostoso do que a gelatina, e nada que falássemos ou fizéssemos mudaria a vontade dele. Nem o vovô, que é a paixão da vida dele conseguiu fazer o pequeno entender que massinha faz dodói na barriga. O jeito foi levá-lo para o banho e desviar sua atenção para tirar a massinha de seu alcance. Claro que isso não foi sem choro.

Guilherme acordou e começou a chorar, e a Gigi, que estava tão quietinha no carrinho, do nada abriu o berreiro também. Pronto, está montado o circo dos horrores. Três crianças chorando e a gente não sabia o que fazer. Adriana com Guilherme, Larissa com Breninho e Cláudia e eu com a Gigi.

Elói e Neil preferiram ir para a sauna, era mais relaxante. E para nossa alegria Ana Silvia apareceu. Foi a salvação com a pequena Giovanna que quando foi para seu colo acalmou. Fomo socorrer a Adriana com o Guilherme que não parava de chorar, e pedimos que Larissa trocasse de função, deixasse a gente dar banho no Breninho para ela tentar fazer Guilherme dormir. Em dois minutos o bebê acalmou e ela mesmo deu banho e fez o Breno dormir.

Pronto, a paz reinou. Por 10 minutos. Giovana só queria saber de brincar e Guilherme acordou. Os olhinhos arregalados como nunca vi em um bebe de um mês. Alguém me explica? Crianças do século 21 nasceram com um chip a mais, ou melhor, dois. Nunca vi coisa igual. Só eu devo ter andado uns quatro quilômetros dentro da casa empurrando Gigi no carrinho, e nada dela dormir. Entregamos para Deus. Espalhamos brinquedinhos no chão e deixamos ela se esbaldar, não sem antes ela mandar bala em uma mamadeira bem cheia.

Gui ficou rodando de colo em colo, com pequenas crises de cólica. Às 22h30, o sono venceu Gigi que capotou e quase levou Ana Silvia junto. Os pais chegaram logo em seguida e encontraram as crianças calmas e as oito babas acabadas, totalmente destruídas pelos três pequenos valentes. E caíram na gargalhada, sem antes deixar escapar “para vocês verem o que a gente passa”.

Fiquei pensando se algum dia for avó, o que será de mim e do meu neto. Só rindo, ou chorando. O bom foi que entre mortos e feridos salvaram-se todos.

Isabela Teixeira da Costa