Câncer: saiba mais sobre este mal

LilaGrave e desconhecido: sete coisas que você precisa saber sobre o câncer renal.

Certo dia estava conversando com o médico Enaldo Lima, chefe da oncologia do Hospital Mater Dei e ele disse uma coisa que me deixou assustada. Falou que estão tratando do câncer como uma epidemia.

A cada dia que passa, ouço mais casos sobre alguém que está com câncer ou que morreu vítima da doença. É impressionante como este número cresce e tem alcançado pessoas próximas. Ontem, perdi uma grande amiga vítima da doença.

Conheci Lila na igreja quando éramos adolescentes e ficamos muito amigas. Fizemos teatro juntas, nos divertíamos. Vivíamos juntas. Sempre falo que ela era a formiguinha e eu a tanajura em referência a uma peça infantil que fizemos e à nossa diferença física. Depois a vida nos distanciou. Depois de anos nos reencontramos na loja de sua irmã, Ana Luiza, e ficamos um tempão pondo o papo em dia.

Pouco tempo depois, Ana Luiza me contou que Lila estava com câncer. Começou com uma dor de estômago que um médico insistiu em tratar como gastrite. Quando foram ver o câncer já estava no mediastino, pâncreas e fígado. Ficou muito tempo em tratamento. Chegou a alcançar resultados excelentes quando debelou o tumor do mediastino, o do fígado e ficou só um pontinho no pâncreas. Infelizmente, uma célula que não foi detectada por nenhum exame tinha permanecido no fígado e a doença voltou com força total.

Assim que fiquei sabendo fiz questão de visitá-la. Fui à sua casa e foi um fim de tarde delicioso. Apesar de sua fragilidade conversamos tanto. Ela riu muito. Percebi em seu olhar que aqueles momentos estavam sendo de alento, que aquele reencontro estava trazendo conforto e alegria. saí de lá depois das 21h, porque fiquei com medo de deixá-la muito cansada. Foi delicioso ouvir no dia seguinte Ana Luiza dizendo como Lila tinha amado nosso encontro.

Há cerca de uns 20 dias ela foi internada e fui ao hospital. Quando ela me viu, nos abraçamos, ela começou a chorar, pediu uma oração. Ficamos muito tempo de mãos dadas e consegui dar uma fruta para ela comer. Fiquei ai até ela dormir e saí silenciosamente, sem despedir. Três dias depois ela foi para casa, mas já ficou mais sedada por causa das dores e não pude mais visitá-la. Ontem a noite, estava com a minha amiga Sandra Botrel e ela recebeu uma mensagem dizendo que um colega dela, professor da Fumec, tinha acabado de falecer, também vítima dessa doença terrível. É assim, pra todo lado que viramos ouvimos um caso desse tipo.

Recebi um material sobre câncer renal e em função do desconhecimento desse tipo da doença e de sua gravidade, achei importante postar. Aproximadamente 30% dos casos deste tipo de câncer são identificados já em fase de metástase.

Atualmente, o câncer renal é um dos tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres, mas algumas mudanças de hábito podem contribuir para prevenir a doença cuja prevalência é maior em pessoas a partir dos 64 anos.

Conheça mais sobre essa doença e fique atento aos principais sintomas:

  1. Top 10 – O câncer renal é um dos 10 tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres, sendo que os homens têm um risco maior de desenvolver a doença.
  1. Fatores de risco – Os fatores de risco para a doença estão relacionados a hábitos de vida como o consumo de cigarros, hipertensão arterial e a obesidade. Pacientes com insuficiência renal crônica e que fazem hemodiálise têm mais probabilidade de desenvolver a doença.
  1. Números – Cerca de 6.255 pessoas foram diagnosticadas com câncer de rim no Brasil, em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde, em dados publicados pelo Globocan, projeto que coleta, organiza e divulga dados sobre os tipos comuns de câncer.
  1. Causas – A causa do câncer de rim não está confirmada. O que se sabe é que a doença tem início quando as células renais sofrem mutações em seu DNA e passam a se desenvolver descontroladamente. Quando acumuladas no órgão, podem se unir e formar o tumor. Se não descoberto precocemente, essas células podem ocasionar tumores em outros órgãos, a metástase.
  1. Chance de cura – O câncer renal pode ser classificado em quatro estágios, quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a possibilidade de tratar e curar o paciente.
  1. Diagnóstico – Na grande maioria das vezes, o câncer de rim é diagnosticado incidentalmente em exames de imagem (ultrassonografia, ressonância, entre outros). Embora os sintomas sejam menos frequentes, 30% dos pacientes podem apresentar sangramento na urina, dores lombares, hipertensão arterial e emagrecimento.
  1. Tratamento – O tratamento mais comum é a remoção total do órgão, nefrectomia radical, ou a remoção dos tumores (nefrectomia parcial). A quimioterapia e a radioterapia são pouco empregadas no tratamento do câncer renal. Recentemente, a Anvisa aprovou o primeiro imunoterápico com indicação para tratamento de câncer renal avançado ou metastático previamente tratado.

 

Isabela Teixeira da Costa