Meditação: a bola da vez

Meditação, ou mindfulness está na moda até no mundo corporativo

Meditação sempre fez parte do universo zen. Os amantes do ioga, pessoas que são ligadas a espiritualidade. No ano passado a prática ganhou sofisticação, passou a ser chamada em inglês mindfulness, e ficou na moda. Não podemos negar que faz bem para quem realmente consegue se desligar e relaxar. Causa, sem dúvida um impacto positivo em nossas vidas: reduz o risco de estresse, depressão e ansiedade, e ajuda no controle das emoções. Outro dia fui a uma médica e uma das receitas foi: faça meditação. Inclusive me indicou um aplicativo para ajudar nos exercícios.
Segundo a médica, como é o nosso cérebro que comanda todo o nosso organismo, ele tem que receber os estímulos corretos, para então, fazer o corpo funcionar bem. Se mandamos mensagens de estresse, medo, angustia, etc, ele joga toda essa tensão no corpo, e o organismo trava. Portanto, uma das formas de harmonizar tudo isso e acabar com o estresse, é praticando a meditação, ou melhor, o mindfulness. Afinal, temos que usar os termos atuais.
Estudos mostram que entre oito e 12 semanas de práticas formais diárias já trazem mudanças psicológicas positivas. Então, o que é preciso saber para praticar o mindfulness?
Segundo a coach Vivian Wolf, como prática contemplativa e de aquietamento da mente, o mindfulness oferece, de maneira focada, tempo para relaxamento e conscientização de nosso estado. Ele proporciona recursos internos para lidar com ansiedade e estresse, cujos sentidos são muitas vezes alterados e influenciados negativamente. Com a prática, o mindfulness tem o potencial não somente de trazer alívio temporário do estresse, mas de transformar nossa maneira de interagir com o mundo. E nos treina a focar a atenção em uma coisa só, no presente, sem julgar ou reagir. “Por isso a técnica, além de aumentar a concentração e a eficiência, torna as pessoas mais receptivas e menos reativas. Pense no mindfulness como um mastro segurando a bandeira de nossos pensamentos e fazendo um contraponto positivo ao nosso caos mental e distração contínua”.
A meditação pode ser praticada por qualquer pessoa de qualquer idade, inclusive crianças. Segundo a especialista, introduzir o mindfuness no cotidiano requer motivação, tempo para si e disciplina. No início, uma prática diária de cinco a dez minutos pode ser uma boa maneira de começar e se auto motivar. À medida que vai aprofundando na técnica, pode aumentar o tempo. O recomendado é entre 20 a 45 minutos diários.
Não importa se vai meditar de manhã, tarde ou noite, mas é importante que faça isso em um lugar tranquilo e silencioso, e de preferência, sempre no mesmo local, e de maneira que fique confortável. O diferente agora é que no ioga a meditação é cada um por si, mas segundo a especialista, vale uma companhia, por sinal ela acha que acompanhado é ainda melhor, pois gera motivação e troca de experiências. Isso para mim é novidade.
A meditação está tão em voga que já existe uma empresa voltada a trabalhar com o equilíbrio emocional e o desenvolvimento pessoal através do autoconhecimento, especializada em programas corporativos de meditação e mindfulness. Alexandre Ayres e Wagner Lima criaram a MindSelf para levar para o mundo corporativo a prática regular da meditação. A dupla afirma que descobriram a meditação como forma de desenvolver o autoconhecimento e melhorar as capacidades de adaptação ao ambiente corporativo.
Tenho que confessar que não consigo meditar, não tenho paciência para isso. Não duvido dos benefícios de tal prática, mas sou um pouco cética com relação ao alcance da meditação. Tomara que faça tudo isso que os coachings e empresários prometem, será um grande ganho.

Isabela Teixeira da Costa

Como dormir melhor

Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia.

A bendita dificuldade dormir é a queixa mais comum entre as pessoas com distúrbios de sono, seguida do ronco e da apneia. Só para esclarecer, insônia pode ser caracterizada tanto pela dificuldade em pegar no sono, a chamada insônia inicial, como para voltar a dormir após despertar no meio da madrugada.
O problema tem crescido tanto, que, mesmo quem ainda não sofre com a famigerada insônia tem tido um sono ruim, a prova disso é que um dos itens mais comuns na lista de metas do início do ano tem sido dormir melhor. A falta de sono ou uma noite mal dormida leva a pessoa a perder o rendimento das atividades diárias. De acordo com a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout, que é o excesso de stress relacionado ao trabalho. Pode-se dizer que dormir melhor passou a ser uma necessidade e os médicos e profissionais ligados à saúde já estão tratando dessa questão há algum tempo, uma vez que uma noite bem dormida que interfere, principalmente, nas funções cognitivas, além das imunológicas e emocionais.
Segundo a dra. Verena Senn, phd em neurociência, especialista em sono o primeiro pilar para uma boa experiência de sono é um colchão com uma ergonomia eficaz, cuja firmeza proporcione ao usuário uma quantidade saudável tanto de alívio de pressão como de apoio. E junto com ele, um bom travesseiro. Além disso, é importante considerar a distribuição de calor do corpo, porque, durante a noite, experimentamos diferentes fases do sono: leve, profundo, sonho e REM (do inglês, Rapid Eye Movement), e no sono profundo a temperatura do corpo diminui e o colchão deve aliviar o calor do corpo.
Profissionais da área afirmam que o consumo de remédios para dormir se tornou epidemia. Em oito anos o crescimento foi de 560%. Mas isso não é a melhor solução para o problema. O ideal é criar um ambiente favorável e mudança de hábitos para finalmente conseguir dormir bem. Vamos citar aqui algumas técnicas para dormir melhor:
Crie um ambiente favorável. Comece a desacelerar o ritmo cerca de duas horas antes da hora em que você geralmente vai para cama, tome um banho quente dez minutos antes de ir dormir, anote em um papel tudo que estiver pensando que precisa fazer no dia seguinte, nada de músicas agitadas, jogos ou televisão barulhenta. O ideal é não ter TV no quarto. Deixe o quarto o mais escuro e silencioso possível. Experimente manter no quarto uma planta que libere oxigênio durante a noite, como a Espada de São Jorge.
Alimente-se bem até duas horas antes de ir dormir, para não ficar de estômago vazio, e nada de ingerir cafeína no período de pelo menos 8 horas antes de dormir, bebidas alcoólicas pelo menos 6 horas antes de dormir e evite fumar nas 6 horas que antecedem o horário de dormir. Consumir abacaxi, banana e maçã durante o dia podem ajudar no sono. E nada de fazer exercícios à noite, eles são muito importantes, mas deixe para fazer pela manhã. Use a cama só mesmo para as funções que devem ser feitas ali. Computador, leitura, celular, televisão e alimentação devem ser em outro ambiente.
Procure dormir, no máximo, sete horas por noite. deite-se apenas quando estiver com sono. Evite sonecas durante o dia. Beba um copo de leite ou derivados e um pouco de carboidratos antes de dormir. Mantenha os pés aquecidos. Se depois de 20 ou 30 minutos deitado, não conseguiu dormir, levante-se e procure se distrair fora do quarto com alguma atividade relaxante. Procure manter horários constantes mesmos nos finais de semana.
Isabela Teixeira da Costa

Botox ou preechimento?

Saiba quais as diferenças no tratamento estético com botox e com ácido hialurônico

O avanço nos tratamentos estéticos são impressionantes. Lembro da primeira plástica que minha mãe fez. Eu era jovem e quando ela chegou no quarto estava com um capacete enorme de atadura, alguns esparadrapos na região dos olhos, que por sua vez estavam bem inchados. Levei o maior susto, não esperava aquela cena, e tentava despistar, para não assustá-la também. Depois de alguns dias removeram todo este aparato e aí foi possível ver o grande corte em torno da cabeça.
Hoje, este procedimento já mudou bastante, inclusive não se corta mais o alto da cabeça. As mulheres não ficam mais com aquela testa enorme, as rugas nesta região são tratadas com botox. E o lifting (a plástica grande) só é feita depois de muitos paliativos estéticos.
O botox surgiu e jogou por terra aquele ditado “de graça nem injeção na testa”. As pessoas passaram a pagar caro por elas. A toxina botulínica reinou absoluta muito anos, tirando por um período de quatro a seis meses as rugas da testa e os famigerados pés de galinha. Por sinal, a substância é excelente pata tratar de paralisia facial.
Agora, o queridinho da vez é o ácido hialurônico, que se tornou amigo íntimo de muitos homens e mulheres acima dos 25 anos. Ele faz parte do nosso corpo e tem várias funções, como hidratar, manter a elasticidade, contribuir para a sustentação da derme e prevenir o envelhecimento precoce. E já está comprovado pela medicina que, assim como o colágeno, a partir dos 18 anos de idade a produção do ácido hialurônico começa a diminuir gradativamente. Por esse motivo, os primeiros sinais e linhas de expressão surgem formando vincos próximos à boca, olhos ou testa. Não é à toa que existe uma infinidade de cremes hidratantes e cosméticos anti-aging com a substância. Esses cuidados melhoraram a textura e viço da pele, mas não podem corrigir a perda de volume e gordura facial. O próximo passo foi descobrir a melhor maneira de injetar o ácido hialurônico fazendo preenchimento.
Segundo a médica Andrezza Fusaro explica que “quando as marquinhas ainda não são permanentes e aparecem apenas ao sorrir ou com certas expressões faciais, chamamos de ruga dinâmica. Neste caso, a toxina butolínica é o tratamento ideal, pois a função dela é diminuir o movimento do músculo e prevenir as linhas. Diferente do preenchimento, que devolve o volume já perdido ou preenche pontos desejados, trazendo de volta a harmonia ao rosto”.
O ácido hialurônico é eficiente para recuperar ou corrigir os contornos do rosto, a região dos olhos, bochechas, lábios e nariz. Outras áreas de aplicação são as olheiras fundas, que podem refletir um semblante abatido, independente da idade, por isso, muitas pessoas fazem o preenchimento na área abaixo dos olhos para eliminar esse aspecto. O contorno e preenchimento dos lábios, correção de pequenas falhas no nariz e a chamada giba óssea, a famosa pontinha projetada para cima, são os tratamentos mais procurados.
O efeito do botox surge depois de 72 horas da aplicação, no caso do preenchimento com o ácido hialurônico é imediato e, a partir de 30 dias, o resultado fica ainda mais visível, porque o produto se integra aos tecidos da pele. A durabilidade varia de acordo com a densidade aplicada. A área da olheira, por exemplo, precisa de menos produto do que um contorno facial. O tempo mínimo é de quatro meses e o máximo, oito. A contraindicação é somente para peles com quadros de acne grave e que estejam em tratamento com Roacutan.
Tudo isso é maravilho e fica muito bem se usado com equilíbrio, na dose certa. Problema é que algumas pessoas exageram na dose, ou os médicos aplica em excesso – não saberia dizer –, e acabam deformando o rosto. Não são poucas as mulheres com aparência do Fofão, aquele cachorrão do programa infantil dos anos 1990. Como tudo na vida, cuidado, cautela, bom senso e equilíbrio não fazem mal a ninguém.

Halitose: saiba por que ocorre e como prevenir o mau hálito

Cirurgião-dentista explica o que é o problema que causa alterações no hálito, mas que pode ser prevenido e tratado através da realização de uma boa higiene bucal.

 

Recebi este artigo e acho tão importante que decidi publicá-lo praticamente na íntegra, porque não tem nada pior que mau hálito. E não vem com essa de que o amigo pediu a você para avisá-lo quando estiver com o odorzinho desagradável na boca, porque na hora H, vc fala, mesmo que seja da forma mais delicada e sutil e eles não entendem o recado.

Atingindo cerca de 32% da população, segundo dados da Associação Internacional de Pesquisa dos Odores da Boca,  a halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é uma condição que pode ser causada pelos mais diversos fatores, mas está geralmente relacionada como principal agente etiológico a higienização precária da língua (remoção da saburra lingual). “Existem cerca de 60 causas que alteram o hálito. Diabéticos, por exemplo, podem sofrer com halitose por apresentarem uma descompensação nos níveis de glicose do organismo. Porém, o principal agente causador da halitose é a saburra lingual ou biofilme lingual, a placa branca que surge sobre a língua devido à falta de higienização, além de fatores que podem agravar, como cáries, doença periodontal, sangramento gengival ou outras manifestações bucais em que o paciente apresente necrose tecidual”, explica o cirurgião-dentista Dr. Mario Giorgi.

Embora seja invisível e benigno para a saúde física, o mau hálito tem um potencial devastador à saúde psíquica e emocional, podendo levar alterações de comportamento como insegurança ao se aproximar das pessoas, dificuldade em estabelecer relações sociais, resistência ao sorriso e até mesmo fobia social e depressão. E o pior é que, na maioria dos casos, o odor desagradável não é perceptível aos portadores do problema. De acordo com o Dr. Mario, isso ocorre devido a um fenômeno conhecido como falência ou fadiga olfatória, uma consequência do processo adaptativo que faz com que o organismo se acostume com cheiros aos quais somos expostos com frequência. “Infelizmente, é uma situação em que quem tem mau hálito não sabe que tem e nem mesmo o autodiagnóstico, ou seja, quando a pessoa desenvolve técnicas para perceber a situação do hálito, é confiável. Quem percebe, geralmente, são as pessoas que estão ao redor, e que, por constrangimento, não apontam o problema para o portador”, destaca o cirurgião-dentista. Por isso, o mais importante é consultar regularmente um dentista, que, caso note alteração no hálito, poderá diagnosticar o problema corretamente e indicar formas de tratamento afinal, a doença pode ser prevenida e tratada.

A partir do diagnóstico, realizado através de exames clínicos e radiológicos, além da própria percepção do dentista, o profissional poderá indicar o tratamento odontológico necessário para cada pessoa ou então, caso a halitose seja consequência de uma doença preexistente, encaminhar o paciente para o médico mais adequado para tratar a condição. Além disso, o dentista poderá dar orientações para auxiliar no tratamento e prevenção da halitose. “O dentista poderá, por exemplo, conceder orientações a respeito da hidratação correta, afinal, a boca seca é o fator que mais favorece a formação da saburra lingual e, consequentemente, a alteração do hálito, pois a falta de umidade na boca causa a descamação do tecido da mucosa, que acaba se alojando na língua. O recomendado então é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia para garantir a boa qualidade e a quantidade suficiente de saliva, evitando assim a formação da saburra lingual”, afirma o Dr. Mario.

Além disso, o dentista poderá instruir o paciente sobre o protocolo ideal de higienização bucal para tratamento e prevenção da halitose, que consiste principalmente na utilização de instrumentos para a higienização específica da língua. “Deve-se iniciar a higienização com o auxílio do limpador de língua recomendado pelo seu dentista, realizando a limpeza da região posterior, média e anterior da língua com cuidado para não provocar lesões. Para aqueles que sentem náuseas ao limpar a língua é recomendado puxá-la até o queixo com o auxílio de uma gaze, projetando-a para fora para que seja possível realizar uma higienização melhor, principalmente da parte posterior, onde há o maior acúmulo de saburra lingual”, recomenda o cirurgião-dentista. “A escova de língua deve ser utilizada realizando movimentos circulares de varredura para que ocorra a remoção do biofilme residual. De preferência, a escova deve ser utilizada com um produto à base de cloreto de zinco que facilita a remoção e é capaz de neutralizar os gases causadores do mau hálito.” Tal protocolo deve ser realizado, no mínimo, uma vez ao dia, de preferência pela manhã.

Mas para realmente dar fim à halitose é preciso realizar, além da limpeza da língua, a higienização da boca como um todo, utilizando instrumentos atraumáticos recomendados por seu dentista, incluindo uma escova de cerdas ultramacias, uma escova interdental, uma escova unitufo e, é claro, o fio dental. “Estes cuidados combinados a visitas regulares ao dentista são ideais para auxiliar no combate e prevenção ao mau hálito e outras condições como cárie e doenças periodontais, finaliza o Dr. Mario Giorgi.

 

Dr. Mario Giorgi – Cirurgião-dentista e professor e coordenador de clínica do curso de odontologia da Universidade Anhanguera de São Paulo, unidade Santana.

Olhos são sensíveis ao verão

Precisamos proteger os olhos no verão

O início do ano é época de várias “faxinas”. Damos limpa nos guarda-roupas, começamos uma nova agenda e com ela, traçamos novas metas e fazemos listas de sonhos e desejos para o ano novo. Outro aspecto que as pessoas se dedicam mais é à saúde. Geralmente são nos meses de janeiro e fevereiro que muita gente faz um check up, incluindo as visitas periódicas ao dentista, ginecologista e oftalmologista.

Oculista então, é de praxe, afinal, enxergar bem é primordial. E geralmente o grau costuma aumentar, principalmente se o caso é vista cansada, isso quando não somos acometidos pela incômoda conjuntivite. Tenho um colega de trabalho que de setembro para cá ele já sofreu com quatro crises seguidas da doença. Fique atento, sempre que apresentar baixa de visão, olhos vermelhos, dor ocular, dores de cabeça ou qualquer alteração nos olhos, faça um exame oftalmológico só assim é possível detectar catarata, glaucoma, alterações na retina, ceratocone, daltonismo, entre outras doenças, e a necessidade do uso de óculos.

No verão, devemos redobrar o cuidado com a exposição solar devido ao maior risco de desenvolvimento de doenças como catarata e DMRI (Doença Macular Relacionada à Idade), consequência de longos anos de exposição prolongada. Um artigo médico publicado em dezembro de 2018 na revista Acta Ophthalmologica, diz que a catarata é atualmente a principal causa de cegueira reversível em todo o mundo, e um dos seus fatores de risco é a exposição à radiação ultravioleta solar. “Os estudos confirmam a relação da exposição à radiação solar ocupacional em longo prazo com a catarata cortical”, alerta a oftalmologista Nicole Ciotto, da equipe multidisciplinar da Clínica Blues.

A exposição à luz solar durante a vida profissional é também um importante fator de risco para DMRI. Diante disso, medidas preventivas como usar óculos de sol para minimizar a exposição à luz solar devem começar cedo, para evitar o desenvolvimento da doença no futuro.

A oftalmologista Nicole Ciotto chama a atenção também para a importância de usar óculos solares com proteção contra os raios ultravioleta. Na hora da compra é fundamental saber o nível de proteção UVA e UVB que as lentes oferecem. “Um óculos de sol com lentes de qualidade deve bloquear de 99% a 100% dos raios”, reforça a médica. Para confirmar o nível de cobertura dos óculos basta solicitar um teste da qualidade das lentes, feito por meio de um espectrofotômetro, aparelho que quantifica essa proteção. O alerta vai para o uso de óculos de sol de má qualidade, que podem causar mais danos aos olhos do que não usá-los. Isto ocorre porque as lentes escuras fazem dilatar as pupilas, deixando entrar mais raios UVA/UVB que irão prejudicar os olhos.

Outro cuidado fundamental é nunca olhar diretamente para o sol, devido ao risco de maculopatia solar, uma alteração da mácula (área central da retina) causada pela observação direta do sol por um período de tempo excessivo, como durante um eclipse solar ou num dia normal, sem proteção adequada. Segundo a oculista, a exposição desprotegida e prolongada à luz ultravioleta do sol e dos lasers leva a danos externos na retina. Os fotorreceptores e o epitélio pigmentar da retina são particularmente suscetíveis a essa radiação. Classicamente conhecida como retinopatia ou maculopatia solar, esta desordem frequentemente afeta jovens com propensão para a observação de eclipses solares, rituais religiosos ou uso de drogas. Os sintomas incluem fotofobia, alteração da visão de cores, distorção das imagens, cefaleias e dor nas primeiras horas após a exposição solar. A lesão pode desaparecer após uma a duas semanas ou evoluir para uma baixa visão residual.

Isabela Teixeira da Costa

 

TOC é mais comum do que se imagina

Transtorno obsessivo compulsivo desafia a medicina

Conhece alguém que faz algo repetidamente? Uma pessoa normal, seu amigo, que sempre que sai do carro tem que voltar para verificar se realmente trancou o veículo, mesmo se você disser que a viu acionar o alarme? Ou aquela pessoa que fala a mesma coisa duas vezes?

Elas podem sofrer de transtorno obsessivo compulsivo, mais conhecido como TOC, que atinge cerca de 300 milhões de cidadãos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como as pessoas podem se livrar dele?

O doutor Jeffrey M. Schwartz, um dos maiores especialistas mundiais em neuroplasticidade, escreveu um livro ensinando isso. TOC: Livre-se do transtorno obsessivo compulsivo relata vários casos de pessoas que chegam a extremos devido à doença. O especialista ajuda, de forma clara, a entendê-la.

Trata-se de um distúrbio psiquiátrico de ansiedade que tem como principal característica crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e, em alguns casos, comportamentos compulsivos e repetitivos. Uma pessoa com TOC é como o disco arranhado que repete sempre o mesmo ponto do que está gravado.

Alguns filmes – entre eles, Melhor é impossível, com a dupla Jack Nicholson e Helen Hunt – mostram cenas de repetição, como lavar as mãos constantemente, nunca usar o sabonete mais de uma vez, virar a tranca da porta diversas vezes antes de abri-la ou trancá-la definitivamente. Pacientes sofrem com imagens e pensamentos que os invadem insistentemente e, muitas vezes, não conseguem controlá-los ou bloqueá-los. A única forma de controlar tais pensamentos e aliviar a ansiedade que eles provocam é por meio de rituais repetitivos, que, muitas vezes, podem ocupar o dia inteiro e trazer consequências negativas na vida social, profissional e pessoal. Portadores de TOC acreditam que se deixar de cumprir o ritual, algo terrível vai ocorrer.

O TOC atinge mulheres e homens na mesma proporção. Na maioria dos casos, a doença surge durante a infância ou nos primeiros anos da adolescência, mas pode começar na vida adulta. Em seu livro, o doutor Schwartz relata casos surpreendentes, como o de um homem de 43 anos, perito de seguros, que lavava as mãos pelo menos 50 vezes por dia. Cita uma mulher de 33 anos, formada com honra na Ivy League, que chegou a levar o ferro de passar e a cafeteira para o trabalho para ter a certeza de que estavam desligados.

Parece loucura, até atitude de quem quer chamar a atenção. Porém, o doutor Jeffrey diz que o TOC é condição médica relacionada a um desequilíbrio bioquímico no cérebro. Segundo ele, as obsessões e compulsões são fortes o suficiente para causar incapacidade funcional.

O transtorno provoca obsessões peculiares. Uma pessoa se apega a um objeto e nunca se desfaz dele, por exemplo. De acordo com o médico, quem tem TOC deve entender que as mensagens compulsivas são falsas, reordenar o cérebro e corrigi-lo.

Não se pode pressionar o paciente. As mudanças podem ser traumáticas e, para que eles se controlem, devem assimilar o que está acontecendo e afastar o pensamento obsessivo. Para isso precisam de tempo. O livro traz os principais passos e dicas para acabar com esse mal que assola tantas pessoas no mundo.

Infelizmente, os médicos ainda não são capazes de entender completamente o que está por trás do transtorno obsessivo compulsivo. As principais teorias remetem a três fatores, ligados à biologia, à genética e ao meio ambiente. Alguns pesquisadores acreditam que o TOC pode ser resultado de alterações ocorridas no corpo ou no cérebro. Outros apontam a pré-disposição genética, muito embora os genes que estariam eventualmente envolvidos não tenham sido identificados até agora.

 

Isabela Teixeira da Costa

Dentista ainda dá medo…

Dizem que medo de dentista é coisa do passado. Será?

Esse tabu assombra grande parte da população. Todo mundo conhece alguém com pavor de fazer uma simples visita ao consultório. Tomamos conhecimento dos avanços tecnológicos na área da medicina. Cirurgia hoje não demanda mais grandes cortes, com raras exceções; anestesia não dá mais aqueles enjoos desagradáveis. Na odontologia, podemos usufruir de implantes, o que é uma tremenda evolução, livrando-nos de pontes, rotes e até mesmo da dentadura. Porém, as agulhadas para aplicação de anestesia e o barulhinho aterrorizante do motor ninguém consegue mudar.
A dentista Daniela Yano revela o surgimento das câmeras intraorais, possibilitando realizar o checape preventivo digital para avaliações odontológicas. Com esse equipamento é possível ter imagens de toda a boca, ampliando em até 60 vezes o tamanho do dente e exibindo o que não é possível enxergar a olho nu. Isso é muito bom.
Mas a notícia boa é a de que existe anestesia sem agulha. Porém, ela não se aplica a todos os casos. Há outra carta na manga para esse procedimento: a anestesia computadorizada, um robozinho que controla a pressão com que o anestésico é depositado, permitindo que qualquer anestesia local seja realizada completamente sem dor. É tudo programado e controlado por computador. Um sonho para todos os pacientes. O supra sumo da novidade fica por conta das canetas odontológicas de alta rotação. Completamente silenciosas e precisas, elas substituem o motor, livrando-nos daquele barulhinho infernal.
De acordo com Daniela Yano, outro procedimento que causa muito desconforto é a moldagem dos dentes, aquela massinha que copia as estruturas bucais, muito usada em tratamentos com aparelhos e próteses. Isso também é coisa do passado. Hoje, pode-se usar o escaneamento digital, um escâner que copia toda a boca e transmite a informação diretamente para o computador. A partir daí, é possível fazer todo o planejamento das movimentações ortodônticas e, inclusive, prever exatamente a duração do tratamento.
No caso dos famosos alinhadores estéticos, aparelhos removíveis e transparentes, utiliza-se o escaneamento para criar o modelo virtual que servirá como base para a confecção dos alinhadores nas impressoras 3D com corte à laser. Isso torna o tratamento mais previsível, rápido, confortável e estético, sem intercorrências e restrição alimentar. Nos casos protéticos, o escaneamento substitui a moldagem e é usado para a confecção de coroas, lentes de contato dentais, facetas e outras peças.
Já ouviu falar em laserterapia na odontologia? Frequências de ondas permitem a melhor cicatrização dos tecidos, com ação anti-inflamatória e bactericida. Esse aparelho pode ser empregado para acelerar a cicatrização em casos cirúrgicos. Também melhora o desconforto e estimula a cicatrização em pacientes que sofrem com herpes e aftas.
A aplicação de laser pode reduzir edemas e até mesmo melhorar a sensibilidade dentinária. Não conheço nenhum desses novos equipamentos, mas confesso: estou bastante curiosa para ver se funcionam em todos os casos e se realmente são silenciosos e indolores.
A especialista informa que a área que mais ganhou com a evolução da tecnologia foi a estética. Hoje, os pacientes querem um sorriso mais bonito, mas, muitas vezes, não sabem exatamente o que estão buscando. Por isso, foram desenvolvidas técnicas que permitem desenhar o sorriso ideal para cada tipo de rosto e personalidade, podendo reforçar – ou camuflar – alguma característica subjetiva como autoridade, liderança ou timidez.
Isabela Teixeira da Costa

Aleitamento materno

A Semana Mundial de Aleitamento Materno faz parte de uma história mundial focada na sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança.

A saúde da criança sempre foi uma preocupação da Organização Mundial de Saúde (OMS), em função da grande preocupação com a mortalidade infantil. Apesar de várias ações para incentivar a amamentação, desde 1948, foi em 1990 que a OMS e a Unicef que foi produzido um documento adotado por organizações governamentais e não governamentais, assim como, por defensores da amamentação de vários países, entre eles o Brasil.

Mais de 170 países do mundo se unem da primeira semana de agosto para promover a Semana Mundial do Aleitamento Materno, ação de extrema importância para a saúde ao longo da vida. Este é um grande movimento de incentivo à amamentação, algo que pode ser bastante desafiador para algumas mães, justamente numa fase delicada da maternidade, quando ainda se adapta à nova rotina e se recupera da gestação e do parto.

O leite materno é o melhor alimento que um bebê pode receber e os benefícios do aleitamento materno são inúmeros. Estudos mostram que o impacto da amamentação na primeira infância continua ao longo da vida adulta, influenciando, positivamente, em fatores como a tendência à obesidade e o QI. Já para as mulheres, amamentar pode reduzir o risco de câncer no ovário e nas próprias mamas.

A amamentação previne a fome e a desnutrição em todas as suas formas e garante a segurança alimentar dos bebês, mesmo em tempos de crise. Sem um ônus adicional sobre o rendimento familiar, a amamentação é uma maneira barata de alimentar crianças e contribui para a redução da pobreza.

Eu amamentei minha filha por seis meses. Para mim, eram  as melhores horas do dia – e da noite –, pois é uma ligação total com seu filho. Infelizmente, Luisa teve uma otite muito forte e o remédio deu uma reação estranha nela. Minha pequena desidratou de tanto evacuar. Quase morri de desespero.

Tivemos que suspender toda a alimentação complementar – naquela idade ela já tomava suco, comia frutinhas e almoçava a papinha – e voltar à amamentação 24 horas. Porém, meu leite não era suficiente para sustenta-la o dia todo, pois eu só amamentava de noite e de manhã. A fome que ela teve foi tão grande, que o nosso pediatra, Múcio de Paula, pediu que complementasse com um leite em pó. Na primeira vez que ela pegou a mamadeira, nunca mais pegou o peito. Esse desmame doeu mais em mim do que nela.

Filó/Gorete Milagres

Ontem, minha amiga Gorete Milagres, a Filó, postou um lindo depoimento em seu instagram. Ela publicou uma foto dela, como Filó, amamentando sua filha Alice, há 23 anos, entre uma apresentação e outra. Veja o que ela escreveu:

“Esta foto foi feita pelo pai da Alice, no intervalo de um dia inteiro de trabalho intenso com a personagem Filó. Não dava tempo de trocar de roupa e este foi o primeiro figurino dela. Eu não tinha tempo de tirar leite para deixar armazenado. Amamentei Alice por um ano mesmo com todas as dificuldades…
Hoje no Dia Mundial da Amamentação, o que tenho a dizer é que nenhuma mulher deve deixar de dar o alimento mais completo e essencial para os seis primeiros meses de vida, para seu filho. É um esforço compensador, prazeroso e único da vida. Todas as mulheres deveriam ter este direito adquirido. Amamentei a Maria tbém com figurino da personagem, pelos mesmos motivos. Só falta achar a foto! Rs”

Não abram mão desse direito, é uma experiência única e fundamental para a saúde de seu filho.

Isabela Teixeira da Costa

#diamundialdaamamentação #semanadoaleitamentomaterno

O autismo

Dia 2 de abril é comemorado o Dia Mundial do Autismo e Belo Horizonte terá semana de debates, palestras, oficinas e orientações à população.

O Autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), é transtorno que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança.  Estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo todo possuem algum tipo de autismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS); no Brasil, 2 milhões. Uma pesquisa atual do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diz que o autismo atinge ambos os sexos e todas as etnias, porém o número de ocorrências é maior entre o sexo masculino (cerca de 4,5 vezes).

No fim dos anos 1980, uma a cada 500 crianças era diagnosticada com autismo. Hoje, a taxa é de uma a cada 68. O significativo aumento chamou atenção até da ONU (Organização das Nações Unidas), que classificou o distúrbio como uma questão de saúde pública mundial.

Esse transtorno não possui cura e suas causas ainda são incertas, porém ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, o paciente possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas o melhor possível. Quanto antes o autismo for diagnosticado melhor, pois o transtorno não atinge apenas a saúde do indivíduo, mas também de seus cuidadores, que, em muitos casos, acabam se sentindo incapazes de encararem a situação.

Uma amiga tem um filho autista. O rapaz está com 28 anos, nasceu bem e até os três anos interagia normalmente. Foi nessa idade que o autismo se manifestou e ele parou de falar. Começou com atitudes intempestivas como se fosse gestos de raiva, tipo jogar objetos no chão ou pela janela. Essas alterações foram tratadas pelas professoras como problema comportamental, como se a criança estivesse passando por problemas familiares e manifestando como rebeldia. A mãe, pessoa bastante lúcida e instruída, e amorosa, percebeu que o filho não estava normal e procurou um neurologista, e ouviu do profissional que se tratava de birra e falta de limites.

Absurdo total, percebido por ela, pois sabia muito bem que a educação que dava para o filho era correta e com limites. Começou aí uma via sacra de pediatras, neurologistas, psicólogos, psiquiatras, e tudo quanto havia de exames na época. Infelizmente ela só ouvia que ele tinha “um problema importante”, mas ninguém falava o que era. Claro que tinha problema, uma criança que de uma hora para outra parou de falar, ficou hiperativo e chorava muito. Demorou oito anos até que um psiquiatra fechou o diagnóstico dizendo que se tratava de autismo, fato que ela já desconfiava há alguns anos, baseada em pesquisas próprias. O rapaz entende as coisas, porém sua comunicação é limitada. Tem algumas atitudes diferentes como gostar de tomar vários banhos ao dia, de roupa. Faz atividades físicas – importante no tratamento -, está na aula de música e pelo que ela me conta, parece que é feliz.

Outra coisa curiosa e interessante que minha amiga me contou é que a dieta de restrição do glúten é benéfica para o autista porque minimiza os comportamentos repetitivos. O problema é que toda a família e locais de apoio onde o autista convive tem que seguir a dieta, uma vez que ele não consegue selecionar por si próprio o alimento, ou seja, se ver um bolo ou um pão vai querer comer e não tem como explicar que não pode. Isso provavelmente desencadearia uma crise, já que elas ocorrem em função de alguma frustração.

Para comemorar o Dia Mundial do Autismo pessoas com o transtorno, associações e entidades ligadas à causa inovam com uma programação diversificada em Belo Horizonte. Será uma semana – de 2 a 8 de abril – voltada para o TEA com debates, palestras, oficinas e orientações à população. Com o tema “Autismo, quem faz o que em BH”, a programação diversificada vai contar com a participação de pessoas com autismo, seus familiares, associações, entidades e profissionais ligados à área, além de organizações que empregam pessoas com autismo, numa parceria com a PBH, ALMG, UFMG, OAB, entre outras instituições. A Defensoria Pública, por exemplo, irá orientar sobre os direitos das pessoas com autismo. Haverá ainda muitas outras informações sobre o TEA para famílias, educadores, profissionais da saúde, gestores e sociedade em geral. A proposta do evento é ampliar a atuação das pessoas com autismo, além de abrir o debate sobre os diversos aspectos do TEA.

Isabela Teixeira da Costa

Dia Mundial das Doenças Raras

Hoje, é o Dia Mundial das Doenças Raras e pessoas que sofrem com algum tipo de doença assim, enfrentam dificuldades para conseguir diagnóstico e tratamento.

Ilustração Son Salvador

Cada dia que passa me surpreendo com as datas especiais que são criadas. Sei que é a maneira de os profissionais de comunicação e de marketing darem destaque a um determinado tema para o qual a mídia não dedica muito espaço, e na maioria das vezes não dedica espaço nenhum.
O grande problema é que o volume de dias especiais tem crescido tanto que o tiro tem saído pela culatra, pois fica difícil dar destaque para tanta coisa. A cor dos meses para voltar o olhar para determinadas doenças são tantas, que ninguém mais consegue se lembrar nem da cor, nem do seu mês e muito menos da doença que ela representa. Os que vingaram mesmo foram o outubro rosa e o novembro azul.
Porem, recebemos um material sobre 28 de fevereiro que – não fazia ideia que existia essa data – é o Dia Mundial das Doenças Raras. Penso que, quando se trata de saúde, é sempre bom destacar e alertar a população sobre o tema. Sejam novos tratamentos ou até mesmo doenças pouco conhecidas, pois isso pode ajudar muita gente.
São aproximadamente 420 a 560 milhões de pessoas que sofrem com algum tipo de doença rara e enfrentam dificuldades para conseguir diagnóstico e muitas vezes o tratamento, que costuma ser bem caro.
No material enviado, foram destacadas duas enfermidades, claro, bem raras. Uma é a distrofia muscular de Duchenne (DMD), e a outra, é a atrofia muscular espinhal (AME). Este ano, o destaque para a data é o marco de 150 anos desde que os sinais e sintomas da DMD foram descritos e publicados pela primeira vez pelo neurologista francês que deu nome à doença.
A DMD é uma doença genética rara e fatal que ocorre principalmente em meninos. Ela resulta em degeneração e fraqueza muscular progressiva desde o início da infância, levando à morte prematura em meados da faixa etária dos 20 anos por insuficiência cardíaca e respiratória. Desde as observações de Duchenne, em 1868, muitas pesquisas avançadas foram realizadas, e tratamentos estão agora disponíveis ou em fase de pesquisa e desenvolvimento. Hoje em dia, meninos com a doença vivem por mais tempo. Entretanto, ainda existe uma oportunidade significativa de melhorar o tratamento médico desses pacientes por meio do diagnóstico precoce.
Os sinais e sintomas da DMD normalmente aparecem na primeira infância e podem incluir: dificuldade para sentar-se sozinho; dificuldade para ficar de pé; quedas frequentes e demora para começar a andar até 18 meses. A distrofia muscular de Duchenne afeta aproximadamente 1 em cada 3.500 nascimentos de meninos no mundo inteiro.
Já a atrofia muscular espinhal (AME) é uma das mais de 8 mil doenças raras conhecidas no mundo e afeta aproximadamente de 7 a 10 bebês para cada 100 mil nascidos vivos. No Brasil, não há um levantamento que indique o número exato de pessoas afetadas pela doença. Ela pode começar a se manifestar em diferentes fases da vida e, quanto mais cedo aparecem os primeiros sintomas, maior é a gravidade da doença. Todos os sinais e sintomas têm como base a fraqueza, atrofia (diminuição de tamanho) e hipotonia (flacidez) musculares.
A AME é uma doença neuromuscular genética rara, com padrão de herança autossômico recessivo. Os principais sinais da doença são fraqueza muscular progressiva, simétrica (nos dois lados do corpo); hipotonia e atrofia muscular; dificuldade em controlar e movimentar a cabeça, sentar, engatinhar e caminhar; respiração e deglutição também podem ser afetadas. A AME não afeta a cognição, ou seja, a atividade intelectual é totalmente preservada. O diagnóstico de AME só é feito de forma conclusiva através de um teste genético específico.

Isabela Teixeira da Costa

Coluna Publicada no Caderno Em Cultura do Estado de Minas