Tem caminhoneiro que é sem noção

caminhãoFiquei impressionada com a atitude de um caminhoneiro na estrada indo para Itaúna.

Sempre que viajo, faço uma oração pedindo a Deus proteção para mim e para quem estiver junto. Proteção tanto na ida quanto na volta e durante os dias que estarei fora também. Quando vou viajar de carro, assim que tomo o rumo da estrada faço uma oração pedindo que Deus coloque os seus anjos ao redor do carro, que guie as mãos do motorista, que nos proteja de qualquer acidente. Isso faz toda a diferença, não tenho a menor dúvida.

Saímos de Belo Horizonte para Escarpas do Lago na quinta-feira depois do almoço. Fui de carona com meus amigos Cláudia Elias e Neil Henriques. Fomos tranquilos, batendo papo, ouvindo música, falando sobre o casamento do filho de Cláudia, Gustavo, que se casa em junho, em Portugal. O casamento será lá porque a noiva é Russa e fica no meio do caminho para as duas famílias.

Tudo ia bem tranquilo Avenida Amazonas a fora até que, de repente, percebemos um caminhão tesourando todo mundo na pista. Teve um momento que se Cláudia não pede ao Neil para parar, com certeza a traseira do caminhão trombaria na lateral frontal do nosso carro, e acabaria com nosso passeio antes mesmo dele começar. Ficamos impressionados e passamos a observar o motorista maluco que ia da esquerda para a direita sem o menor cuidado e na maior velocidade.

Não deu outra, quando ele foi para a direita sua traseira bateu em um SUV branca onde estavam uma mulher ao volte e algumas crianças. Arrancou o para-choque do carro dela, deu uma rabanada e fugiu apressado, tesourando maus pessoas como se nada tivesse ocorrido.

A SUV foi jogada para a direita, quase caiu em uma vala, graças a Deus a mulher conseguiu estabilizar o carro e evitou uma capotagem. Vi nitidamente a expressão de susto e terror em seu rosto, misturada à raiva, pânico, e preocupação com as crianças. Imagino a decepção também, pois acabou com o passeio dela.

Saímos tentando alcançar o caminhão para tentar fotografar a placa para ligar para a Polícia Rodoviária Estadual e dar uma queixa. Ele continuava tesourando o trânsito sem a menor responsabilidade. Fizemos nosso dever. Quando chegou perto do trecho onde tem balança e Polícia ele passou a dirigir como um anjinho. É de arrepiar.

A gente que não fique esperto e que não tenha Deus como protetor. É por isso que acidentes ocorrem e a gente fica sem saber o por que.

Isabela Teixeira da Costa

Crianças do século 21

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Giovana Rohlfs Vasconcelos de Oliveira

Tomar conta de crianças do século 21 não é nada fácil.

No sábado, o Walace Soares e alguns amigos fizeram uma grande festa em Escarpas. Quando eu falo grande, é grande mesmo. Ele queria fazer uma festa para mil pessoas, mas os amigos foram pedindo para levar outros amigos ele foi deixando, e o que era para mil acabou virando para 4 mil. Acho que Escarpas inteira estava lá.

Os filhos de Adriana e Elói decidiram ir e claro que nos dispusemos a ficar com as crianças. Eles iam só dar um passadinha lá. Não tínhamos dúvida que tiraríamos de letra, afinal, tinha a babá do Breninho, Larissa, a Ana Silva, que está com a Adriana desde quando seu filho mais velho nasceu, a filha dela Laura, Adriana, Elói, Neil, Cláudia e eu.

Oito babás para três bebês. Estava no papo. Um menino de 1 ano e 10 meses, uma menina de 10 meses e um recém nascido de 1 mês. Tranquilo. Os pais saíram deixando tudo no esquema. Que horas que toma a mamadeira e como prepará-la, que horas que dorme, como fazer dormir, remédio para gases e febre, como tirar temperatura. Isso mesmo, agora não é mais na base do termômetro debaixo do braço, como fazíamos com nossos filhos, nada disso. Agora tem uma maquininha digital, que encosta na testa e em segundos mostra a temperatura.

Tudo calmo. Breninho brincando com massinha, Giovana deitada no carrinho, Guilherme dormindo. Foi os pais saírem que o show começou. Breninho resolveu que comer massinha era mais gostoso do que a gelatina, e nada que falássemos ou fizéssemos mudaria a vontade dele. Nem o vovô, que é a paixão da vida dele conseguiu fazer o pequeno entender que massinha faz dodói na barriga. O jeito foi levá-lo para o banho e desviar sua atenção para tirar a massinha de seu alcance. Claro que isso não foi sem choro.

Guilherme acordou e começou a chorar, e a Gigi, que estava tão quietinha no carrinho, do nada abriu o berreiro também. Pronto, está montado o circo dos horrores. Três crianças chorando e a gente não sabia o que fazer. Adriana com Guilherme, Larissa com Breninho e Cláudia e eu com a Gigi.

Elói e Neil preferiram ir para a sauna, era mais relaxante. E para nossa alegria Ana Silvia apareceu. Foi a salvação com a pequena Giovanna que quando foi para seu colo acalmou. Fomo socorrer a Adriana com o Guilherme que não parava de chorar, e pedimos que Larissa trocasse de função, deixasse a gente dar banho no Breninho para ela tentar fazer Guilherme dormir. Em dois minutos o bebê acalmou e ela mesmo deu banho e fez o Breno dormir.

Pronto, a paz reinou. Por 10 minutos. Giovana só queria saber de brincar e Guilherme acordou. Os olhinhos arregalados como nunca vi em um bebe de um mês. Alguém me explica? Crianças do século 21 nasceram com um chip a mais, ou melhor, dois. Nunca vi coisa igual. Só eu devo ter andado uns quatro quilômetros dentro da casa empurrando Gigi no carrinho, e nada dela dormir. Entregamos para Deus. Espalhamos brinquedinhos no chão e deixamos ela se esbaldar, não sem antes ela mandar bala em uma mamadeira bem cheia.

Gui ficou rodando de colo em colo, com pequenas crises de cólica. Às 22h30, o sono venceu Gigi que capotou e quase levou Ana Silvia junto. Os pais chegaram logo em seguida e encontraram as crianças calmas e as oito babas acabadas, totalmente destruídas pelos três pequenos valentes. E caíram na gargalhada, sem antes deixar escapar “para vocês verem o que a gente passa”.

Fiquei pensando se algum dia for avó, o que será de mim e do meu neto. Só rindo, ou chorando. O bom foi que entre mortos e feridos salvaram-se todos.

Isabela Teixeira da Costa

Comunicação sempre em expansão

EMA comunicação cresce cada vez mais, e com ela os profissionais da área.

O mundo não vive sem comunicação, o ser humano não vive sem se comunicar. A prova disso é que cada dia que passa, temos um volume maior de informação ao nosso alcance e mais ferramentas de comunicação em nossas mãos.

O problema agora é saber selecionar o que é importante, o que vale a pena ler. O curso de Biblioteconomia se modernizou e hoje é ciência da informação e uma das disciplinas ensina a fazer pesquisa na internet, saber selecionar e peneirar neste universo gigantesco da internet o que realmente é importante e relevante. Um bom profissional que sabe fazer bem esta triagem vale ouro.

Os jornais impressos estão passando por uma readaptação, redescobrindo um novo formato dentro deste cenário de redes sociais, smartphones, aplicativos. Claro que todos eles já estão digitalizados e com suas versões online, postando novas notícias ao longo do dia. Afinal, o factual agora é instantâneo e a internet tem agilidade e espaço. Já o jornal impresso tem espaço limitado, uma vez que o preço do papel é altíssimo.

Os telejornais também têm limite de tempo – exceto os canais que são 24h de notícia –, pois existe uma programação a ser exibida, que traz audiência. É necessário Ibope para se ter anunciantes e são eles que sustentam o canal.

PGEMHá muitos anos surgiu uma profissão no meio da comunicação, o assessor de imprensa, que hoje está cada dia mais em alta. Afinal, antes eles trabalhavam para as empresas munindo a imprensa escrita, falada e televisada de informações, agora surgiram os meios de comunicação virtual, como sites, blogs, videoblogs e o campo de ação cresceu muito.

Recebemos uma enxurrada de material e temos também que selecionar o que é interessante, muitas vezes release bem escrito, uma chama interessante que atrai nossa atenção faz toda a diferença para o aproveitamento. Saber transformar um assunto comercial em uma notícia jornalística não é para qualquer um.

Hoje, os jornalistas das assessorias de imprensa já ultrapassam os limites da divulgação de seus clientes. Aline Wolff, da WH Comunicação vai ministrar um curso de formação de autoridade na área de marketing esportivo, nos dias 26 e 27 de maio, na cidade de Riviera, no Uruguai.

Aline Wolff / internet
Aline Wolff / internet

O curso será desenvolvido para aliar conceitos de gestão com a comunicação, através das técnicas de assessoria de imprensa, coaching, relacionamento com o público e com a equipe, marketing digital, entre outras.

Segundo Aline, atualmente a comunicação é uma ferramenta imprescindível para líderes e gestores: “transmissão de conhecimento é o que faz o gestor, empreendedor, empresário, se tornar uma autoridade. Neste curso eu utilizo toda a experiência reunida em 14 anos à frente da WH Comunicação. Neste período eu desenvolvi um método que abrevia o tempo para a formação de autoridade, através de um posicionamento bem definido, da recorrência da transmissão de conhecimento ao público”, explica Aline.

Isabela Teixeira da Costa

 

Família

Um poema sobre a família.

Minha prima mandou um poema sobre família que achei muito bonito e decidi publicar, mas como sempre faço, decidi procurar a autoria. Foi escrito por Noélio Duarte. Como nunca tinha ouvido falar do autor, decidi procurar saber quem era. Noélio é fonoaudiólogo, fisioterapeuta, com gradução em teológia. Escreveu 21 livros, dos quais sete foram publicados e outros 47 textos entre artigos, estudos e ensaios. É membro titular da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB, e também pastor da Primeira Igreja Batista em Caramujo, Niterói – RJ.

familia1Família.
Família…
Todos temos,
Dela viemos.
Nela nascemos…
Então crescemos.

Para uns,
a família é só o pai,
para outros, só a mãe,
muitos só têm o avô…
Mas é família:
sinônimo de calor!

familiaTem família
que é completa,
repleta,
discreta,
seleta,
aberta…

Outra,
é engraçada,
atiçada,
afinada,
engrenada,
esforçada,
empenhada…

Mas tem família
complicada,
indelicada,
desajustada,
desacertada,
debilitada…

familia2Família…
Família é assim:
lá não temos capa
– nada nos escapa!
Máscaras, como usar?

Não, não dá pra enganar!
Às vezes queremos fingir,
mas isto é apenas mentir…

E, é lá dentro de casa
que surge, cresce, aparece,
o lobo voraz,
o urso mordaz,
elefantes ferozes,
(com trombas e tudo)
leões velozes
com unhas e dentes
inclementes…

Família…
Família é lugar
onde convivem os diferentes:
um é risonho, outro tristonho;
um é exibido, outro inibido;
um é calado, outro exagerado;
um é cabeludo, outro testudo;
um é penteado, outro descabelado…

Família…
Família é assim:
nunca é possível contentar,
pois onde há diferenças,
haverá desavenças.
como a todos agradar?

Mas entre todos os valores
Cultivados entre nós
Há algo como uma voz
Muito enfática a dizer:
“Cultive a educação,
faça lazer, haja afeição;
dê carinho, tudo aos seus!
Mas o maior valor
– maior até que o amor –
é cultivar Deus!”

Nosso corpo precisa de cuidado

IMG_4665O corpo é uma máquina que precisa funcionar para não emperrar.

Como já disse aqui, estou fazendo pilates pela primeira vez na minha vida. Para falar a verdade, é a primeira vez na vida que faço um exercício físico. Sempre fui uma excelente cliente de academia, fazia o exame médico, me inscrevia, pagava o pacote, frequentava duas semanas e nunca mais voltava.

Para não ser mentirosa, quando tinha 30 anos fui ao Cepel assistir uma prova de equitação, a a convite do meu amigo Luiz Sternick e me apaixonei. Por sinal, desde menina sempre pedi ao meu pai para eu fazer equitação e ele nunca deixou. Então, quando cheguei lá fiquei enlouquecida com os animais, os saltos, tudo. Fiquei sabendo que ainda dava tempo e entrei para a escolinha.

Por mais de três anos frequentei a escolinha. E consegui com que abrissem uma turma noturna, afinal, para quem trabalha não é fácil fazer aulas de equitação pela manhã. Era ótimo. Participei de provas e cheguei a ganhar uma medalha de bronze. Depois parei.

Minha segunda incursão no esporte foi com o tênis. Quando assumi o Torneio Empresarial de Tênis Estado de Minas, a turma começou a cobrar a minha participação. Comecei a fazer aulas, participei de dois torneios, porém um problema no ombro e o princípio de artrose nos dois joelhos me afastaram das quadras. Tenho que confessar que gostei bastante do tênis.

Fora isso, só sedentarismo. E estou sentindo o reflexo disso na pele, agora que estou no pilates. Minha professora se chama Natália Mendes, é jovem, simpática e ótima profissional. Não sei se todo pilates é assim, mas nunca repeti nenhum exercício. Cada aula é diferente e trabalha uma área do corpo. Estou descobrindo músculos que nunca pensei que existissem.

Alguns exercícios eu consigo fazer fácil no início, começo no maior gás, mas ao longo das repetições a força vai diminuindo e o ritmo vai junto, a dor começa e a impressão que dá é que não vou conseguir chegar ao final. É impressionante como a musculatura sente. Tudo resultado de 56 anos de sedentarismo. Como pude deixar meu corpo chegar neste estado, por pura preguiça. A gente não pensa mesmo nas consequências de nossas atitudes.

Comentando isso com Natália ela disse uma coisa que é pura verdade. “Ganhamos um presente maravilhoso de Deus que é o nosso corpo, perfeito, com saúde, e nós não damos valor, é como se deixasse o presente jogado em um canto empoeirando”.

Fiquei pensando se eu ganhasse um presente de Deus, seu eu não ia querer abrir na hora e usá-lo todo dia, mostrar para todo mundo, cuidar dele como se cuida de um bebê, com todo cuidado e amor. No entanto, eu ganhei e não cuidei. Recebi um corpo saudável, mas nosso corpo é uma máquina perfeita que precisa ser trabalhada para não enferrujar, e eu deixei o meu emperrar, porque não trabalhei com ele, não lubrifiquei.

Hoje, estou pagando o preço. Mas Deus faz tudo tão perfeito, que apesar de tanto atraso, ainda conseguimos recomeçar e nosso corpo, apesar de sofrer um pouco, vai respondendo aos estímulos. Tenho certeza que em breve vou conseguir fazer todos os exercícios com menos dificuldade. Fica o alerta.

Isabela Teixeira da Costa

A arte de conviver

emc3frdO convívio com o outro pode ser complicado, mas a diferença é que faz a vida ser interessante.

Por que o ser humano é tão complicado? Não fomos criados para viver sozinhos, portanto, devemos nos relacionar. Se esse é o curso natural da vida, era de se esperar que os relacionamentos – e não estou me referindo a relacionamentos amorosos – deveriam ser mais fáceis.
Sei que cada um tem suas peculiaridades e particularidades, e é exatamente isso que faz a vida e os relacionamentos serem interessantes. Já pensou se todo mundo fosse igual? Seria chato demais. Pareceríamos robôs, seria como nos relacionar com a gente mesmo. O que dá colorido à vida são as diferenças de personalidade, temperamento, gosto e até mesmo a carga emocional que cada um carrega consigo mesmo, fruto da educação recebida e da história vivida ao longo da vida – inclusive das marcas que essa história deixou em cada um.
O que me deixa intrigada é ver como algumas pessoas são pesadas. A vida é tão curta, seria muito mais fácil vivê-la de maneira mais alegre. Tudo seria mais fácil e leve. Por exemplo, na vida acabamos cruzando constantemente com pessoas que, apesar de nunca sermos apresentados a elas, acabam se tornando conhecidas. São pessoas com quem cruzamos diariamente na padaria, no prédio onde trabalhamos, o vizinho que raramente vemos, ou aqueles com quem nos encontramos na porta do colégio.
Com esses conhecidos tomamos uma atitude civilizada, cumprimentando-os sempre que cruzamos com eles. “Bom-dia, boa-tarde, boa-noite.” Em alguns casos, chegamos até a perguntar como estão, a desejar um bom dia de trabalho. Nessas horas, percebemos a peculiaridade do comportamento humano. Algumas pessoas respondem, outras não; algumas acenam com a cabeça, outras são mais abertas e chegam a trocar algumas palavras. Normal.
Fiquei sabendo de uma coisa que me chocou. Uma psicóloga, que trabalha no prédio de um amigo, deixou um aviso na portaria proibindo todas as pessoas de cumprimentá-la. Alguém já ouviu absurdo maior? Você está proibido de me cumprimentar! Principalmente partindo de uma psicóloga, que tem como profissão ajudar as pessoas a resolver seus problemas de relacionamento. Dessa aí quero distância.
Fiquei imaginando a cena. Se cruzar com ela no corredor, tenho que fingir que não a vi. Eu entrando no elevador, várias pessoas lá dentro e a dita-cuja também, aí vou dar bom dia e tenho que falar: “Bom- dia a todos, menos pra você”… Ou viro de costas para ela e falo bom-dia para os outros? E se alguém se esquecer da “ordem proibitiva” e cumprimentá-la? Será agredido ou ela vai chamar a polícia?
É por conta de gente assim e dessa dificuldade de se relacionar pessoalmente que, a cada dia, mais pessoas estão preferindo viver na superficialidade dos contatos virtuais via redes sociais. É mais fácil mandar parabéns pelo Facebook do que dar um telefonema, ou mandar mensagem com sua opinião do que marcar um encontro e bater papo cara a cara, mesmo que a conversa possa provocar alguma discussão. E daí? Depois tudo se resolve. O importante é conviver, não perder o relacionamento presencial, porque ele faz bem para a alma.
Pergunto a mim mesma o que leva uma pessoa a não querer receber um simples bom-dia acompanhado do sorriso de um outro ser humano. Uma atitude tão simples e rápida que dá um novo colorido ao nosso dia. Deve ser uma pessoa muito de mal com a vida.

Isabela Teixeira da Costa

Tatuagem vai além de um significado ou modismo

tatoo1Tatuagens revelam muito sobre a identidade de seus adeptos.

Enquanto para uns as tatuagens são apenas uma forma de arte, para os outros têm significados mais profundos. Mas, por que tantas pessoas marcam o corpo?

As tatuagens revelam encontrar os significados psicológicos em relação às partes do corpo em que se tatuam e em relação à simbologia, cheia de significados. Segundo o psicólogo Miguel Soares, “uma borboleta pode representar liberdade, transmutação, metamorfose ou pode ter um significado pessoal. O ponto e vírgula mostra amor e esperança a quem tem tendências depressivas e suicidas”.

Miguel Soares explica que além de um significado para as pessoas, existe uma explicação psicológica por detrás das tatuagens. “Geralmente as pessoas que se tatuam buscam se sentir significantes no mundo. Pode ser uma forma de defesa, de pertencimento a um grupo, de reforçar o que pensam sobre algum assunto ou pessoa. O fato é que elas querem chamar atenção para si. Outras pessoas se tatuam nos momentos de muita angústia e sofrimento pessoal”.

Ainda na abordagem psicológica a tatuagem é um refúgio inconsciente. Miguel Soares explica que não é uma sentença, mas muitas vezes, as pessoas estão com medo do futuro e precisam de se refugiar em algo. “Algumas tatuagens chamam mesmo atenção e tem muita história. E é exatamente o que as pessoas almejam. Elas querem aprovação, ser diferentes, expor em que acreditam. Por isso algumas extrapolam e tatuam desde caveiras a ratos e baratas. Querem tatuagens diferentes e inusitadas, buscando destaque e por isso quando certa tatuagem deixa de ser uma novidade, inconscientemente a pessoa buscar mais atenção na forma de uma nova tatuagem”, disse Miguel Soares.

Quando estava na faculdade uma colega resolveu fazer uma tatuagem. Eu não sabia de nada e ela chegou mostrando a tatoo nas costas, logo na base da nuca. Fez um duende, mas ficou grande demais e muito feia. Tenho certeza que nem ela gostou, mas não deu o braço a torcer. Não consegui disfarçar, e sem querer questionei se tinha ficado do tamanho que ela queria. Confessou que não, que esperava menor. Não sei se ainda tem a tatuagem, se tirou ou se modificou, porque há anos não a vejo.

O grande problema da tatuagem é quando ela não sai como esperado e aí a solução fica mais difícil. Ou a pessoa engole a tatoo mal feita por um tempo e depois faz outra por cima, ou faz a remoção. Conheço várias pessoas que se arrependeram da tatuagem. Como também conheço centenas que amam os desenhos que têm. Particularmente, não gosto das pessoas que são todas tatuadas, mas tem umas tatoos que acho bem lindas.

tatooNos Estados Unidos, uma pesquisa do instituto IBISWorld revelou que o faturamento com remoção de tatoos aumentou 440% na última década. No Brasil, a rede Pró-Corpo calcula que a procura pelo tratamento aumentou 40% do primeiro semestre de 2014 para o de 2015.

“Quando se é jovem, pouco se pensa sobre doença, velhice. A vida parece passar lentamente. As fantasias, os sonhos, o idealismo ficam aflorados. Mas os jovens se esquecem de que o tempo passa e no futuro não mais estarão no padrão ideal, porque as coisas evoluem, mudam a todo o momento. Daí surge o arrependimento e o desejo de retirar”.

Ainda segundo Miguel, o que leva uma pessoa a se arrepender é o impulso da adolescência e o modismo. Já outros vivem em ambientes mais conservadores e a maioria quer eliminar um desenho que não tem o mesmo significado e sentido de quando fez, como o caso dos que têm gravado o nome de um ex-namorado. “Têm pessoas que querem remover porque o desenho perde a cor, por causa do emprego, ou porque com a maturidade passa a incomodar”, enfatiza o psicólogo.

Isabela Teixeira da Costa

Estresse ocupacional: como identifica-lo e combatê-lo

Imagem extraída da internet
Imagem extraída da internet

Recebi este artigo que achei bem interessante e atual. Achei que valia a pena publicá-lo na íntegra.

As exigências e o ritmo de trabalho atuais, assim como a falta de autonomia ou um ambiente profissional ruim podem estar por trás do estresse ocupacional.

No Brasil, segundo dados da Isma-BR (International Stress Management Association), 9 entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão. Complicações cardiovasculares e transtornos do sono são algumas consequências do estresse ocupacional na saúde, assim como o isolamento social e produtividade baixa no trabalho.

Este tipo de estresse é um dos desafios que a grande maioria dos trabalhadores tem de enfrentar atualmente, já que seus efeitos ocorrem no local de trabalho, mas também podem repercutir no ambiente social e familiar. A médica Blanca Usoz, especialista em Medicina Ocupacional e Familiar da Doctoralia, relata abaixo os principais fatores que levam ao estresse em ambientes profissionais.

Quais fatores estão por trás do estresse ocupacional?

Os fatores causadores do estresse ocupacional são chamados de “riscos psicossociais”, e são: falta de controle ou autonomia sobre os processos, carga de trabalho excessiva, baixo apoio social, horário de trabalho incompatível ou pouco flexível, compensação insuficiente, entre outros.

Como o estresse ocupacional afeta a saúde?

O estresse ocupacional é um tipo de estresse crônico, por isso tende a afetar a saúde das pessoas, contribuindo para o surgimento de transtornos ou doenças cardiovasculares, doenças músculo-esqueléticas, síndrome de “burnout” (esgotamento) e depressão. Também pode levar à adoção de um estilo de vida pouco saudável: má alimentação, transtornos do sono e, inclusive, maior consumo de tabaco e álcool.

Estes transtornos estão relacionados de tal forma ao estresse ocupacional que alguns países chegaram a incluí-los em listas de patologias do trabalho.

O estresse ocupacional pode afetar a vida social e o trabalho?

No ambiente social, o estresse ocupacional pode provocar isolamento e negligência pelas relações sociais (família, amigos, cônjuge…). No ambiente ocupacional, essa situação pode levar falta de engajamento, diminuição de motivação e satisfação, rendimento reduzido, entre outros, afetando a produtividade e a competitividade da empresa.

Não tenho excesso de trabalho. Posso estar estressado?

Mesmo que tudo indique que o estresse ocupacional venha a ser consequência de excesso de trabalho, nem sempre é assim. Uma atividade ocupacional pouco exigente, sem conteúdo, na qual o trabalhador não possa desenvolver suas capacidades pessoais pode ser igualmente causadora de estresse.

Quais medidas podem ser adotadas para controlar e prevenir o estresse ocupacional?

As empresas e os trabalhadores têm responsabilidade sobre a prevenção e o controle do estresse ocupacional. É fundamental que as empresas percebam a importância desse assunto e adotem medidas para detectar possíveis riscos e preveni-los, tanto coletivamente dentro da organização, quanto individualmente. Entre as principais medidas, é preciso estimular a participação dos funcionários, para que todos se sintam envolvidos, ter uma boa comunicação dos objetivos da empresa e a adaptar a carga de trabalho, de acordo à aptidão de cada empregado. Por outro lado, entre as medidas de caráter individual, deve-se reforçar o estilo de vida saudável e a resiliência pessoal. Recomendo fazer pausas ou descansos no trabalho e praticar técnicas de relaxamento, pois são ações que ajudam a administrar melhor as pressões e exigências do trabalho causadoras do estresse ocupacional.

Atos que emocionam e fazem o bem

sergiobotrel
Sérgio Botrel

Às vezes ouvimos casos que emocionam e percebemos que coisas que aprecem impossíveis, acontecem.

Na noite de sábado, recebemos um grupo de amigos para um jantar. Foi muito agradável. Encontrar amigos sempre é muito bom. Nossa prima Denise Boechat, de Governador Valadares estava aqui, minha amiga Raquel Faria, de Goiânia também. Bate papo variado, muito bom.

No vai e vem da conversa, nosso amigo Sérgio Botrel contou um caso que mais parecia coisa de novela. Por sinal, se assistíssemos isso na telinha, provavelmente diríamos que o autor tinha viajado na maionese. É numa hora dessas que percebemos que a ficção é mais parecida com a realidade do podemos imaginar. Acho que nada mais me surpreende.

IMG_4607Sérgio é médico anestesista. Certo dia sua secretária entrou em sua sala e perguntou se ele gostava de amor em pedaços e ele, sem entender a pergunta, como qualquer pessoa normal, munido de uma curiosidade natural, perguntou o porquê da pergunta. “Por nada, só quero saber mesmo se o senhor gosta do doce amor em pedaços”. Então respondeu que sim e a secretária continuou dizendo que em breve teria uma surpresa.

Neste momento a mulher de Sérgio, Tatiana, disse que chorou muito. Gente, minha cabeça deu uma volta de 360 graus. Fiquei imaginando que a secretária ia dar em cima dele, que Tatiana ia descobrir e sofrer e por isso teria chorado. Mas fiquei quietinha ouvindo atentamente.

Sérgio continuou. “Na semana seguinte, depois que acabaram as consultas, ela entrou na minha sala com uma bandeja com um prato com vários Amor em pedaços e uma caixa. Comi alguns doces – estavam muito gostosos –, agradeci e perguntei o que era aquilo se isso era a surpresa. Ela disse que a surpresa estava dentro da caixa. Tirei o laço abri a caixa e dentro tinha um caderno todo enfeitado desses bem antigos, tipo feito por criança, com várias coisas coladas na capa”.

IMG_4605“Quando abri estava escrito, na primeira página Amor em pedaços com a letra da minha mãe – a mãe de Sérgio já morreu a cerca de 6 ou 7 anos –, não entendia nada, quando virei a página tinha um papel dobrado e era uma carta que tinha escrito para minha mãe, quando era criança, aluno do Instituto Brasil”, contava ele.

Uma médica de Brasília tinha encontrado este caderno em um Sebo no Edifício Maleta e não sossegou enquanto não o encontrou para devolver a ele esta importante história e sua vida. Ele ficou extremamente emocionado, e só não recebeu diretamente das mãos da “benfeitora” porque estava de férias e ela teve que voltar para sua cidade. Mas entrou em contato depois para os agradecimentos e já se encontraram também. Quando ele chegou com o caderno em sua casa e Tatiana viu a letra de D. Olga e a cartinha dele, caiu no choro.

IMG_4608Sérgio foi ao Sebo, mas não descobriu como o caderno foi parar lá. Só pode ter ido, por engano, junto com as doações de livros, depois da morte de seu pai. Porém, no Sebo, ficou sabendo de um álbum de fotos de outra médica, que a dona do Sebo estava tentando achar há anos e não conseguia. Pois não é que ele comprou o álbum e não sossegou enquanto não achou a dona.

E olha aí mais uma coincidência. A médica foi colega de colégio de sua irmã Sandra, e disse que o álbum chegou em ótima hora em sua vida, pois está passando por um momento delicado de saúde.

Amei esta corrente do bem. E que parece enredo de novela, parece.

Isabela Teixeira da Costa

A executiva no céu

sãopedroHoje, posto um texto de um humor primoroso do colunista Max Gehringer, postado em 2010, em um site de administração.

Max é conhecido por seus artigos em revistas como Época, Exame, Você S/A, etc. Comentarista da Rádio CBN e do Fantástico, na TV Globo. Administrador de empresas é  autor de vários livros, dentre eles Comédia Corporativa, Emprego de A a Z e Aprenda a ser Chefe.

Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.
Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:
– Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
– No céu.
– No céu?…
– É.
– Tipo assim… o céu, CÉU…! Aquele com querubins voando e coisas do gênero?
– Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.

Max Gehringer Foto extraída da internet
Max Gehringer Foto extraída da internet

Apesar das óbvias evidências: nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular, a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na curva.
Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.
E foi aí que o interlocutor sugeriu:
– Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico.
– É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
– Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece
– Assim? (…)
– Pois não?

A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.
Mas a executiva havia feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:
– Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e…
– Executiva… Que palavra estranha. De que século você veio?
– Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo ‘executiva’?
– Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.

Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial, ali na organização.
– Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
– É mesmo?
– Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?
– Ah, não sabemos.
– Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.
– Que interessante…
– É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.
– !!!…???…!!!…???…!!!
– Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista… Ele existe, certo?
– Sobre todas as coisas.
– Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.
– Incrível!
– É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar em um Turnaround radical.
– Impressionante!
– Isso significa que podemos partir para a implementação?
– Não. Significa que você terá um futuro brilhante… se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno…