Dicas para transformar metas de saúde em realidade

Muita gente traça meta para emagrecer na passagem do ano. Segue orientação de especialistas e dicas práticas para conseguir transformar este objetivo em realidade.

O ano acaba de começar, as férias estão acabando, e inicia também a disposição para mudar de vida e cuidar um pouco melhor da saúde. A adoção de uma alimentação mais saudável e a prática regular de atividades físicas são os maiores aliados e, para conseguir alcançar as metas desejadas, é importante seguir a orientação de especialistas.

O clínico geral e nutrólogo da Unimed-BH, Flavius Marinho Vieira, recomenda: as mudanças na rotina devem ser gradativas e combinar alimentação e comportamento. “É preciso trabalhar a melhoria dos hábitos alimentares, sem entrar em dietas mirabolantes, pois elas podem desencadear problemas como distúrbios hormonais ou metabólicos”, alerta. Segundo o especialista a adoção e o comprometimento com novos hábitos são determinantes para transformar esse sonho em realidade. “É preciso ter cuidado com as permissões e compensações que fazemos diariamente, pois incorremos no risco da auto sabotagem”, explica, reforçando a importância da hidratação diária.

Outro ponto fundamental para quem deseja chegar ao fim de 2018 com essa resolução cumprida é a inclusão de uma atividade física na  rotina. O educador físico Diogo Fiorin, recomenda que o início da prática seja planejado e prazeroso. “Essa fase inicial é determinante para o sucesso da meta. É preciso encontrar algo que você realmente goste e que seja possível de agregar à sua rotina. Comece com atividades com intensidade leve a moderada. Se a princípio vai ser uma vez por semana, não faz mal. O importante é ingressar no mundo da atividade física, só depois alteramos variáveis dentro do conceito FITT  – frequência, intensidade, tempo e tipo – para que o exercício continue dando resultados e melhore sua aptidão e estado de saúde”, orienta.

Segundo Diogo, um dos grandes desafios na busca por esse objetivo é manter a motivação do aluno ao longo do ano. A busca por resultados de curto prazo é outro fator que deve ser esquecido por quem deseja ter uma vida mais saudável. “Fazer atividade física não é algo natural, mas é necessário.  Somos enganados frequentemente por programas e aparelhos que prometem resultados em pouquíssimo tempo. Os resultados são diários, mas, muitas vezes, não são aparentes fisicamente no início. Logo depois do treino você já percebe alterações positivas em indicadores importantes para a saúde, como a pressão arterial e a glicemia.”, afirma.

Nove dicas para a adoção de uma vida mais saudável:

– Combine alimentação, atividade física e comportamento;

– Não adote dietas milagrosas, elas trazem riscos;

– Hidratação é fundamental;

– Cuidado com as permissões diárias no cardápio;

– Invista em uma modalidade que você gosta;

– Busque o apoio e a companhia de pessoas do seu convívio – isso ajuda a persistir;

– Coloque a atividade física dentro da sua rotina: escolhendo o melhor horário e local;

– Comece devagar;

– Busque orientação profissional.

 

Gestante deve malhar

maesmov1
Mães em Movimento / Divulgação

Atividade física durante a gestação previne diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

Muitas mulheres ficam na dúvida se podem continuar a fazer exercícios físicos quando engravidam, ou mesmo se podem começar a se exercitar. Até mesmo para se preparar para o parto. A boa notícia é que não só pode, como deve. “Não são poucos os benefícios de se movimentar durante a gestação, vão desde a prevenção de doenças, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, até maiores chances de o bebê nascer de parto normal’’, explica a fisioterapeuta e doutora em saúde da mulher, Vitória Goulart.

Segundo ela, “a gravidez é um processo biológico complexo que tem efeitos profundos no corpo da mulher. Pesquisas recentes indicam que mulheres grávidas saudáveis se beneficiam com a prática de exercício regular. O sedentarismo pode aumentar o risco do ganho excessivo de peso e das doenças cardiovasculares.’’

Grazielle dos Santos e Vitória Goullart
Grazielle dos Santos e Vitória Goullart

A profissional de educação física e especialista em saúde da mulher, Grazielle dos Santos, diz que “colocar o corpo em movimento libera mais endorfina” – essa é minha inimiga, nunca nos encontramos –,  “e traz sensação de bem-estar para a futura mamãe, além de aumentar a autoestima. As mulheres no período gestacional tem uma carga hormonal elevada que pode durar até um ano pós-parto. As atividades físicas ajudam a controlar esses hormônios e com isso reduzir a  probabilidade de uma depressão pós-parto, que é muito comum.”

Porém, não é aconselhável sair fazendo exercício de qualquer jeito, eles devem ser orientados e realizados de forma moderada para não competir com a demanda energética do bebê. Os mais recomendados são os de baixo impacto, como hidroginástica, ioga e pilates. “Caminhar meia hora por dia também é ótimo, porque melhora a função cardiorrespiratória da gestante”, diz Grazielle. “Vestir roupas leves, usar um calçado confortável, alimentar-se adequadamente e tomar bastante líquido para hidratar, tanto antes como depois dos exercícios, é fundamental.”

No puerpério ou pós-parto o papel do exercício físico é também de grande importância. Segundo Vitória e Grazielle, ele melhora a recuperação das mulheres no pós-parto, “reeduca a função respiratória, estimula o sistema circulatório, previne tromboses, restabelece a função gastrointestinal, retoma o condicionamento cardiovascular, reeduca a musculatura abdominal, otimiza o trabalho muscular necessário às adaptações do corpo da mulher para a amamentação e cotidiano postural com o bebê”, explicam.

O Projeto Mães em Movimento foi criado em 2015 visando devolver a autoestima à mulher, promover a conscientização em relação à saúde alimentar, física e mental e, principalmente, reforçar os laços entre mãe e filho e entre mulher e a família. Tudo isso é feito por meio da prática de atividades físicas da mãe com seu filho e família e da conscientização de hábitos saudáveis propagados em palestras educativas.

Isabela Teixeira da Costa

Salvar

Salvar

E a memória, como vai?

cerebro1Pessoas esquecidas podem, na verdade, estar com dificuldades de prestar atenção.

Existe uma linha de pensamento que considera que a falta de atenção é um fator que leva à falta de memória. Algumas das considerações que eles fazem são: Se sempre esquecemos onde colocamos as chaves, não nos lembramos do aniversário dos amigos ou não decoramos mais os números de telefone.

Para eles isto pode ser um sinal de que estamos com problemas de atenção e que isso impacta em maior dificuldade de memorizar dados ou eventos. Tudo bem, não sou especialista e meu papel aqui é apenas divulgar descobertas sobre tudo o que possa ser interessante e importante para nossa vida, porém gostaria de debater alguns desses questionamentos antes de prosseguir.

Os especialistas não levaram em conta o advento celular/smartphone. Isto não pode ser ignorado. Antes de termos um telefone nas mãos 24 horas por dia, com uma agenda e um calendário, guardávamos sim todas as datas de aniversário de irmãos, cunhados (as), sobrinhos, telefones das pessoas com as quais falávamos com mais frequência. Minha mãe era um fenômeno, sabia tudo de cor. Tinha uma agenda, mas não precisava abrir para ligar para ninguém. Porém, com o surgimento do celular, colocamos tudo ali, apertamos dois comandos e ligamos para quem quiser, então, a memória fica liberada para armazenar outras informações.

Com certeza saber onde colocou as chaves e outros pertences, o que fez no dia anterior e até mesmo na semana anterior, é muito importante. E é exatamente isso que todo neurologista, especializado em Alzheimer recomenda, exercitar o cérebro, portanto, devemos inventar moda e estarmos mais atentos.

Segundo a especialista em desenvolvimento das habilidades do cérebro Solange Jacob, diretora pedagógica da rede Supera – ginástica para o cérebro, o primeiro passo para melhorar a memória é exercitar a capacidade de atenção.

“Melhorar a atenção significa melhorar sua memória. A atenção é a porta de entrada para as informações que são captadas pelos vários sentidos do nosso corpo. Quando isto acontece, as informações que recebemos chegam ao cérebro e são selecionadas conforme a prioridade que serão processadas”, explica.

“Como o cérebro seleciona os estímulos que os nossos sentidos recolhem do exterior e do nosso interior? Esse processo de seleção atencional depende das memórias, do significado pessoal e emocional dos estímulos, das expectativas do que faremos com estes estímulos e também quais são os planos de ação que vão acontecer”, diz.

As informações ficam guardadas na mente tempo suficiente para usá-las, mesmo quando estamos fazendo outras coisas, como se fosse um depósito temporário. Para uma informação ser gravada mais facilmente como memória, precisa atenção, quando estamos muito concentrados, e quando são importantes para nós. Como podemos lembrar do que não prestamos atenção?

“Quanto maior a motivação e a emoção de um evento, maior a atenção que damos a esta situação e assim mais facilmente será o resgate em nossas memórias. Uma ampla circuitaria neuronal se comunica entre as várias áreas do cérebro, que distribuem as tarefas mentais entre eles para que consigamos fazer o mínimo de esforço e obtenhamos a melhor performance”, explica Jacob.

Segundo Solange, existem centros nervosos reguladores desse processo de modo que podemos, conscientemente, dirigir a atenção a determinados estímulos enquanto outros são ignorados. Nem todas as pessoas têm o mesmo tipo de amplitude de atenção. A forma de absorver informações depende da personalidade, dos interesses e das atitudes que temos em relação ao mundo.

Vejam as dicas que Solange Jacob dá para melhorar nossa atenção:

  1. Permaneça alerta: mantenha a mente aberta e esteja pronto para aprender coisas novas.
  2. Amplie seus interesses e sua curiosidade para diversas áreas. Defina o que é importante armazenar e o que não vai ser útil para você. Reserve espaço na memória para aprendizados consistentes.
  3. Faça planos e execute-os: todo projeto permite que você se desenvolva. Isso sempre motiva você a ficar atento, a melhorar a atenção, porque o mantém aberto para o mundo externo.
  4. Estimule consideravelmente a sua atenção mantendo uma boa rede de relacionamentos sociais. Selecionar uma ou duas áreas de interesse que lhe permitam encontrar outras pessoas é uma boa maneira de criar novas redes igualmente estimulantes.
  5. Exercite seu cérebro com novidade, variedade e desafio crescente: a ginástica cerebral é uma alternativa saudável para treinar a atenção.

Isabela Teixeira da Costa

Meu pet está obeso, e agora?

Pugs: um no peso correto e outro, obeso
Pugs: um no peso correto e outro obeso

Até bicho de estimação tem que fazer regime.

Esse negócio de gordura é uma praga mesmo. As pessoas vivem lutando contra a balança. Esta matemática de gastar o que ingere é fatídica e não dá moleza. Se comer mais do que gasta, o excesso vai ser depositado em alguma parte do nosso corpo. Em algumas pessoas a gordura fica nos quadris, outras no abdômen, em outras nos braços ou rosto. Para os mais sortudos deve ir para os dedos dos pés, porque ninguém vê. Porém, para nos matar de raiva, existem aquelas que comem de tudo, não gastam nada e não engordam um grama sequer.

Pelo visto, o mesmo acontece com os animais. Tenho dois cachorros, já disse isso aqui, um casal de schnauzer. O macho é magro, saradão – normal, não é mesmo –, a fêmea está obesa. Sempre teve mais peso que ele, depois que fez histerectomia, acabou de vez com a sua silhueta. Foi só engordando e hoje está bem “roliça”. Só se alimenta de ração, duas vezes por dia, mas não para de engordar. Não sei mais o que eu faço.

Aí, para completar meu desespero, recebo a triste notícia de que no inverno os cães tendem a engordar mais, porque praticam menos exercícios. Tenho que confessar que não saio muito com eles, por falta de tempo e um pouco de preguiça também.

tabelacaesFiz uma viagem semana passada, fui passar uns dias com minha filha que agora está morando no sertão da Bahia, trabalhando como missionária. Minha irmã fez o favor de cuidar de meus cachorros para mim. Como ela ama fazer exercícios, colocou os bichinhos no seu esquema e passeava com eles duas vezes por dia. Porém me contou que não conseguiu caminhar mais do que quatro ou cinco quarteirões porque a Leka cansava e assentava no meio da rua. Ri muito. Típico de gordinho.

Lembrei de uma vez que fui passear em Escarpas do Lago com meus amigos Adriana e Eloi Oliveira. Eles são desportistas, todos dois já jogaram vôlei. Ele foi capitão da Seleção Brasileira de Vôlei na Olimpíada de Montreal, e eu a sedentária em pessoa. Adriana me chamou para fazer uma caminhada e lá fui eu, toda metida a besta. Depois de horas caminhando, lembrei que teríamos que voltar aquele trecho todo. Quase morri. Se não fosse um pit stop na casa de outra amiga, não chegaria em casa viva.
Voltando à vaca fria, estudos recentes mostram estimativas de que cerca de 40% dos cães e gatos estão obesos, principalmente os animais que moram em apartamentos – é o caso dos meus bichos. Assim como na gente, a obesidade pode causar grandes problemas na saúde nos animais.

Por isso, a Comissão de Animais de Companhia – COMAC, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal, preparou algumas dicas para ficarmos de olho no peso do nosso pet:

  • Visite um médico veterinário com frequência – é o profissional mais adequado para verificar se o peso do seu cachorro ou gato está ideal para a idade e raça. Cada espécie possui especificidades que interferem na saúde do animal, por exemplo, a obesidade canina caracteriza-se quando um animal apresenta mais de 15% de excesso de peso.
  • Incentive o pet a fazer exercícios – a prática de exercícios é recomendada em todas as idades. Passeie com o seu animal e procure por brincadeiras que ele possa liberar energia, como bolas ou discos. Mas, lembre-se de adequar a intensidade do exercício conforme o limite físico do seu animal. Ouça sempre a recomendação de um médico veterinário.
  • Alimente seu pet de forma balanceada – ofereça sempre alimentos indicados para a espécie do animal, como também de acordo com a raça e condição de vida. Se o seu cão ou gato já tem propensão para ganhar peso, evite snacks e petiscos.

Isabela Teixeira da Costa

Grávidas podem fazer exercícios

Roberta Gabriel / Divulgação
Roberta Gabriel / Divulgação

Profissional fala sobre a importância da prática de exercícios durante a gestação.

É muito interessante observar as mudanças que ocorrem com o passar dos anos. Quando fiquei grávida – isso já faz 28 anos – não era aconselhável fazer exercícios físicos. Claro que não era recomendável ficar parada, mas as indicações eram para algo mais leve. Como não existia pilates, o queridinho das grávidas era a yoga. Fiz durante um bom tempo da minha gestação.

Porém, muitas das minhas amigas que ficaram grávidas na mesma época que eu, optaram por ficar mais quietas. Acho que sou mesmo do avesso, tenho uma vida sedentária, mas na gravidez me exercitei. Não sou muito chegada a regimes, mas quando estava grávida mantive uma alimentação exemplar, com muitas frutas, verduras, legumes. Nada de frituras, pouquíssimo doce. Lembro que chegou num ponto que meu obstetra comentou que eu estava emagrecendo, ou seja, considerando o aumento do bebê, placenta, etc, estava perdendo peso.

Atualmente as coisas mudaram e, agora, a recomendação é que se faça exercícios durante todo o período gestacional, pois isso traz inúmeros benefícios tanto para a gestante quanto para o feto. Segundo a personal gestante Roberta Gabriel, as mulheres podem e devem praticar exercícios físicos durante a gravidez. “Qualquer exercício é válido para a gestante desde que orientado por um profissional especializado, que entenda quais são as reais necessidades e limitações de cada trimestre de gestação”.

gestante1“Os exercícios durante a gravidez não são uma adaptação dos regulares com uma carga reduzida. As grávidas precisam de trabalhar a área lombar, por causa da sobrecarrega pelo peso da barriga, o abdômen e o assoalho pélvico, para garantir maior elasticidade em casos de partos naturais”, completa Roberta Gabriel.

O trabalho do corpo é muito bom para controle do peso, aumento do tônus muscular das áreas afetadas pela gravidez, desenvolvimento do feto por meio do aumento da oxigenação e fluxo sanguíneo – que ajudam na melhor formação dos órgãos do bebê -, e diminui as chances de obesidade e diabetes durante o crescimento da criança.

Manter o corpo ativo durante a gravidez diminui inchaços, controla o surgimento de doenças gestacionais como a diabetes e a hipertensão; melhora a qualidade do sono, aumentando a sensação de bem-estar, principalmente nos últimos meses em que o desconforto é maior.

Os exercícios aprovados pelos médicos para as gestantes, incluem: hidroginástica, pela ausência de impacto; yoga e pilates, que focam na postura, muito importante nesse período; musculação, com carga e intensidade moderadas, e exercícios escolhidos com muito cuidado e adaptados à necessidade da gravidez; e a corrida, se já for antes praticada pela mãe.

Porém, cuidado com as articulações, a respiração e a frequência cardíaca que não deve ultrapassar 140 batimentos por minuto.

Isabela Teixeira da Costa