A inteligência do seu filho

Gosto do Leandro Karnal, tenho que confessar que prefiro Mário Cortela, mas posto hoje um artigo muito bom do Karnal, publicado no Estadão de São Paulo, em abril, sobre a inteligência dos filhos. Tenho que confessar que não concordo com seu primeiro parágrafo, farei minha consideração entre parênteses para que saibam que trata-se da minha opinião. Segue o artigo.

Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

Há que se ter humildade e paciência. Se urge incluir o lúdico, é imperativo estabelecer o exemplo.

Leandro Karnal. Foto Jair Magri

Há uma preocupação forte dos pais com a inteligência dos filhos. Antes bastava amar, vacinar e alimentar. (Esta parte eu não concordo, meus pais sempre preocuparam com nossa inteligência e nossa educação acadêmica, bem como os pais de meus amigos. Sinceramente não sei com quem Karnal conviveu…). Hoje temos de estimular de consciência hídrica até desenvolvimentos de habilidades cognitivas avançadas.
Existe razão na preocupação. Por milhões de anos, o poder na sociedade foi determinado pela força física. O macho alfa hábil nas armas era o líder natural. A força física perdeu muito espaço para o poder econômico. A riqueza passou a determinar o status social das pessoas. Os guerreiros de outrora passaram a ser guarda-costas dos senhores endinheirados. Redefiniu-se a pirâmide social.
Crescendo rapidamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e disparando com a revolução dos computadores e softwares no fim do século 20, despontou de vez o critério da inteligência. Os homens mais influentes deixaram de ser os construtores de ferrovias ou produtores de aço. Criadores como Bill Gates e Steve Jobs eram o máximo da admiração mundial e tornaram-se parte da elite dos multibilionários. O novo empreendedor é o homem das ideias novas, das rupturas de paradigmas, da criação inquieta como eixo. Considere o celular de hoje. Com que parcela do lucro fica o criador do software, do design e da inovação tecnológica? Com qual fica a fábrica na Ásia? Por fim, qual o quinhão de quem aplicou força física como operário? Ao responder a essas questões teremos a completa noção da metamorfose.
O crescimento da inteligência desperta o sinal de alerta dos pais. Será que meu filho está apto ao admirável mundo novo? Será que a escola está adequada? Por que ele não lê mais? São perguntas justas e lícitas.
Primeiramente façamos uma distinção básica. Saber dados constitui informação que pode tornar uma pessoa culta. Erudição é um treinamento que não implica muita inteligência, apenas memória e repetição. O processo leva anos, mas é mais ou menos padronizado e eficaz. A inteligência está associada à capacidade de criar, associar, comparar, inovar, relacionar e dar aos dados formais da erudição um sentido novo. Há pessoas cultas que não são inteligentes. Há pessoas muito inteligentes que não são cultas.
A busca para incrementar a inteligência dos filhos leva a crenças variadas. Não existem estudos irrefragáveis sobre o efeito da música de Mozart no quarto de um bebê. Pense: os filhos de Mozart tinham seus genes e cresceram ouvindo o pai. Ambos foram medíocres na sua produção. Imaginar que sua caixinha de música tenha efeito superior ao próprio Mozart tocando é algo fantasioso. Porém, o ambiente tranquilo e com música pode ajudar a relaxar. Dormir bem será fundamental na formação do cérebro.
A inteligência pode ser estimulada. Ler para crianças com paixão e fantasia, levá-las a atividades culturais, estimular a criatividade, ensinar línguas e instrumentos musicais são, comprovadamente, fatores estimulantes de mais conexões cerebrais. O importante é não forçar ou tornar a leitura ou o teatro uma obrigação formal. O caminho preciso para criar ódio de um aluno por um livro é forçá-lo a ler e fazer prova. Da mesma forma, já disse em outra crônica, fazer um percurso de horas em um museu é caminho bom para sepultar a análise estética de um jovem ser.
O exemplo funciona bem. Pais lendo com prazer e comentando algo do que leram ou admirando um quadro especial em uma exposição é mais eficaz do que a formalidade educacional. Piaget tinha razão: o lúdico é a chave educativa mais forte.
O ponto central de toda influência é permitir que os jovens façam a vinculação afetiva com os portadores de conhecimento.
Na minissérie Merlí, o professor de Filosofia faz uma pergunta na primeira aula e ouve uma resposta do pior aluno, aquele que havia repetido duas vezes de ano. Ouve e elogia: você é meu aluno preferido a partir de agora. O simples estímulo intelectual refez a visão da personagem Pol Rubio, que acabará orientando toda sua carreira futura a partir desse encantamento inicial.
No melhor estilo da personagem infantil do Show da Luna, despertar a curiosidade científica é fundamental. Boas perguntas sobre o funcionamento das coisas e idas a museus de ciências funcionam como estratégia. Como o peixe respira debaixo da água? Por que o gelo derreteu em um copo cheio até a borda e não existiu transbordamento? Também a curiosidade sociológica e humanística estimula o olhar. Por que há pessoas dormindo na rua e nós temos quartos bons? Não se trata de moldar seu filho a ideias conservadoras ou de esquerda, mas fazê-lo perguntar, a partir de um óbvio socrático, para entender a estrutura das coisas e do mundo.
Por fim, minha querida mãe e meu estimado pai: não sejam ansiosos. Existe um tempo e hora para tudo. Não temos poder absoluto sobre as pessoas e seus cérebros. O “estalo de Vieira”, a velha lenda de que um emburrado e medíocre aluno, um dia, despertou para o latim e a oratória e se tornou nosso genial Padre Vieira pode ocorrer. Há muitos estalos possíveis na vida. Devemos lembrar que nem todos os pais que clamam por mais leituras dos rebentos foram exatos devoradores de livros na mesma idade. Há que se ter humildade e paciência. Se urge incluir o lúdico, é imperativo estabelecer o exemplo.
Claro: os velhos valores ainda existem: alimentar, vacinar, cuidar. O resto vai do cruzamento da maquiavélica virtù com a fortuna. Há algo de aleatório no interesse e no despertar da inteligência criadora. Ela pode brotar longe do solo ideal como em Machado de Assis e rarear em filhos tratados com todas as benesses do dinheiro. Boa semana para todos nós.

Dia das Mães com beleza

Amelinha Amaro, proprietária da loja de decoração Divino Espaço, em São Paulo, dá sugestões de mesas para o almoço de Dia da Mães.

FOTO: ®Andre Conti

Domingo é o Dia das Mãe, e o almoço que a pessoa que mais amamos nesta vida, é sagrado. Toda ano eu, minha irmã, e nossas filhas – infelizmente agora a minha filha não comparece com tamanha regularidade, já que está morando fora –, nos reunimos na casa de nossa mãe para esta refeição.

Sempre cai próximo do aniversário das minhas sobrinhas gêmeas, que é dia 14 de maio, e por isso o dia das mães acaba sendo um misto de celebrações. Apesar de minha mãe estar com a cabecinha fora desse mundo, ainda reconhece os filhos – a mim, nem tanto, depois que emagreci 40 quilos –. É muito engraçado, conversando comigo ela fala de mim como se fosse outra pessoa. Deve achar que eu não vou mais visita-la, e sempre tenho que falar, sou eu mãe, eu sou a Isabela. E aí ela diz, “eu te amo muito”. No segundo seguinte, já não se lembra mais, e é engraçado, porque ela sabe que eu sou filha dela.

Enfim, o almoço do Dia das Mães é especial e fazemos questão de montar uma mesa bonita, sem nada demais, com as coisas que ela tem mesmo em casa, mas aquelas que guardamos “para quando tem visita”. Só isso já dá um clima de festa. Colocamos uma música e fazemos um menu especial.

Recebi um material muito legal da Divino Espaço, boutique reconhecida por ser uma loja referência em decoração, de São Paulo. Eles são craques, a proprietária, Amelinha Amaro, é experta na arte de receber e preparou algumas sugestões de mesas decoradas para nos inspirar para esta data tão bonita. São ideias cheias de charme para receber e surpreender as mães, sem muita complicação. Acho que vai aguçar a criatividade de todo mundo e ajudar na hora de preparar a mesa, usando as coisas que cada um tem em casa. Porque, sinceramente, a gente tem muita coisa e umas que usamos tão raramente. E como a mistura de estilos está em alta, use e abuse.

Com cores vivas e itens fáceis de serem encontrados, Amelinha incentiva o uso da criatividade e a colaboração de todos no momento de dar ideias. “O Dia das Mães é uma data muito bacana, pois reúne toda a família para homenagear um símbolo tão forte e de amor, a Mãe. Acho bacana combinar elementos, flores e itens diretamente ligados à personalidade de cada mãe, isso torna cada mesa algo único”, diz a decoradora. Verdade. Aproveite que hoje ainda é quinta-feira, dê uma olhada nos armários, pense o que vai fazer e compre as flores que vai presentear a mãe de acordo com o que quer usar, assim elas servirão para enfeitar a mesa. Vale aquela máxima “matar dois coelhos com uma cajadada só”.

Vejam as fotos de Andre Conti na galeria abaixo

Isabela Teixeira da Costa

Encontro de amigas, casos inusitados

Em um fim de semana de reunião de amigas o que não falta é boa conversa e casos, no mínimo, inusitados.

Tenho um grupo de amigas, muito bacana. Somos 15 ao todo e nos chamamos Lindinhas, pelo simples fato de que todas nós somos lindas mesmo. Apesar de estarmos muito bem na fita no quesito estético, o termo se aplica a outra beleza, há algo muito mais profundo, aquela beleza que você vê no outro quando convive. Todas nós esbanjamos essa lindeza interna – e me incluo, sem falsa modéstia – e o nome do grupo, que talvez muita gente pense de forma pejorativa e até dê uma debochadinha, representa essa riqueza que só quem é amigo vê no outro.

Explicações dadas, decidimos passar este final de semana em Escarpas do Lago, na casa de uma das amigas. Infelizmente nem todas puderam vir. Combinar agenda de 15 mulheres, todas elas profissionais, mães de família, a maioria casada, não é tarefa fácil. Mas dez guerreiras conseguiram abrir espaço na sua agenda e vieram.

Desde a hora de pegar estrada até agora pela manhã, só paramos de conversar na alta madrugada quando fomos dormir. E estamos quase tendo que distribuir senha para ver quem fala, porque tem hora  que umas cinco falam ao mesmo tempo. Temos que ficar igual operador de bolsa de valores, escutando tudo ao mesmo tempo, para conseguir acompanhar todas as conversas, porque a curiosidade impera.

Ontem, tive que falar com uma das Lindinhas, que é prá lá de educada, que ela vai ter que abrir mão de tamanha finesse. Toda vez que ia falar alguma coisa, se alguém falasse um A, ela se calava. Não aguentei e disse que ela tem que enfrentar a mulherada e continuar falando, porque a disputa tá feia.

Em meio a tanta conversa, umas sérias, outras bem banais, um caso muito engraçado, curioso e interessante foi contado e como envolve o jornal Estado de Minas, não posso deixar de registrá-lo aqui.

Uma das minhas amigas fez decoração da Fuma. Quando era estudante, tinha comprado um óculo com lente azul clara, modelo antiguinho, muito fofo. Era o “must” na época. Amava a peça e fazia o maior sucesso com ele.

Certo dia pegou carona com uma colega até a Avenida Amazonas com Avenida do Contorno, onde desceu rapidamente do carro e pegou um taxi para ir para sua casa. Chegando em casa, percebeu que estava sem seu querido óculos. Ela tinha mania de deixar as coisas no colo e com certeza o “queridinho” tinha caído na rua, na baldeação entre os dois carros.

Ficou numa chateação só e foi quando teve a ideia de colocar um pequeno anúncio no caderno de Classificados de domingo do jornal Estado de Minas. “Perdi meus óculos. Perdi um óculo azul claro modelo antigo, etc, etc”. E colocou seu telefone fixo. Estamos falando do final da década de 1970, inicio de 1980. Ou seja, não existia telefone celular.

Contou para as colegas e foi a maior gozação. Todo dia elas perguntavam, entre gargalhadas, se os óculos haviam sido encontrados. Mais de 20 dias depois. Ela recebeu uma ligação de uma mulher perguntando se era ela quem tinha perdido os óculos. Claro que ela não acreditou. Jurava que era uma amiga ou alguma prima passando um trote, mesmo assim, respondeu positivamente.

Pois a mulher continua falando. Que seu marido era motorista do caminhão de entrega da Coca-Cola e tinha uns óculos azul no porta luvas do caminhão. Passou o endereço e ela foi buscar. Chegando lá, deu de cara com seu amado objeto. Abraçava a dona e chorava de alegria.

Mesmo em meio a tanta emoção, a curiosidade falou mais alto e perguntou como a senhora tinha visto  o anúncio. “Fui lavar o chão da minha cozinha e forrei com o jornal, olhei para o chão e o anúncio se destacou e chamou minha atenção a frase ‘perdi meus óculos’, aí li o anúncio e lembrei da peça que tinha visto no caminha. Só poderia ser ele.”

Quando ela chegou na faculdade com os óculos, ninguém acreditou. Se fosse caso de novela as pessoas diriam que era mentira. O Classificados Estado de Minas funciona mesmo!

Isabela Teixeira da Costa

Divórcio X Alienação Parental

Hoje, publico um artigo do advogado de família Paulo Eduardo Akiyama, sobre divórcio, filhos e alienação parental.

Ao longo dos anos que acompanhamos pais (pai e mãe) com problemas de guarda de seus filhos, prática de alienação parental, litígios intensos, processos intermináveis, há sempre um ponto de congruência, a animosidade entre eles.

É nítido nestes casos mais calorosos que o divórcio ou a separação do casal foi traumático, um total desastre que levou à falência do relacionamento. Nestes casos, sempre há uma discussão em relação aos bens do casal, onde uma parte entende que a outra não merece participar com o quinhão que lhe pertence, incluindo nesta discussão a guarda dos filhos. A discussão sempre parte de ambos, pois, é a forma de atingir um ao outro, pelos bens materiais.

Em diversos processos de guarda de menores, há a citação de que o pai ou a mãe não está cumprindo com a divisão dos bens, ou seja, sempre surge uma discussão em razão de valores.

Quando no processo de divórcio a guarda dos filhos provisoriamente fica a cargo da mãe (99% dos casos), estabelece-se uma verba de alimentos provisória, devendo o pai ser o provedor de tal valor.

É muito comum também o genitor usar o argumento de que o valor determinado para alimentos é exagerado e que não vai dar dinheiro para manter luxos da ex-esposa. Ou seja, como já dito, uma discussão insana e insensata por ambos e que acaba por atingir os filhos e expor ao perigo de sofrerem alienação parental, tanto pela parte de um como do outro.

O livro Ainda somos uma família da escritora Lisa René Reynolds, nos ilumina com casos reais quando em Connecticut, nos Estados Unidos, iniciou o programa PEP – Programa de Educação Parental, um curso ministrado pela escritora a inúmeros casais em processo de separação.

As experiências relatadas, vividas por pessoas de diversas etnias, religião, idades, faixas socioeconômicas, descevem inúmeras situações, diversas e particulares a cada caso, porém, as questões essenciais sempre são comuns entre elas.

Constata-se que, na maioria dos casos de separação de casais, as vitimas são as crianças. Foram elaboradas pesquisas nos Estados Unidos que demonstram que os filhos de pais separados sempre foram afetados de forma negativa pela separação dos pais.A mudança que ocorre, por ocasião da separação dos casais, alterando o meio de convivência familiar, por si só, afeta demais os filhos.

Saibam, aqueles que estão se separando ou se separaram, e vivem enorme conflito, litigio que seus filhos já sofreram muito com a separação do casal, principalmente pela sensação de terem perdido a família. Este sentimento de perda é o mais doloroso dos sentimentos para os filhos, superando em muito a necessidade de adaptação à nova situação de papai e mamãe não morarem mais juntos e ainda, com a certeza de que conviverão em um ambiente de tristeza que acompanha a separação do casal.

Esta perda, ou seja, a sensação de ter perdido a família, acaba sendo uma espécie de luto para os filhos, sensação de vazio, da falta daquele que não mais estará presente no dia a dia (pai ou mãe – dependendo de quem terá a guarda provisória).

Se o casal, na sua separação, não conseguir visualizar que seus filhos não se separam deles e que continuarão sendo pais, torna a situação ainda pior para que seus filhos superem a tristeza que lhes envolve. Sentem os filhos, que a separação dos pais é o término de um de seus mundos.

É comum, em um litigio de divórcio e guarda de filhos, os pais quererem especular, com os filhos o que o ex-conjuge tem feito. As crianças se sentem usadas como sendo espiões, fofoqueiros, criando assim, mais um conflito psicológico.

A separação vai alterar a dinâmica familiar, porém o que não muda é que pai e mãe não extinguem a relação deles com seus filhos. Continuarão sendo o alicerce de seus filhos, o exemplo que eles se espelharão. Portanto, se decidiu se separar, por mais penoso que seja a separação, coloque como meta que você (pai e mãe) deverá construir uma nova rede de relacionamento com seus filhos e que esta será a sua nova família.

As experiências vividas por casais que, ao decidirem sobre a separação, buscam orientações psicológicas para lidar com a situação, resultam em um processo dinâmico de divórcio, de resolução da guarda dos filhos, da convivência entre filhos e pais separados, de relacionamento maduro e objetivo na busca de educar e amparar os filhos. Nestes casos, inclusive, a divisão de bens acaba por se resolver de forma pacífica, visto que, deixa de ser o objeto usado para o início da guerra judicial.

Quando as partes entendem que não há como reatar, não há culpa, pois deixaram um de conhecer o que o outro demonstrou anteriormente, entenderão que, o melhor para ambos é cada um viver a sua própria vida, e ambos, viverem a vida de seus filhos, ou seja, dedicarem-se aos filhos, mesmo que separados. Proporcionarem aos filhos o máximo que poderão proporcionar na condição de pais separados. Conviverem com seus filhos o máximo que puderem de forma sadia.

Alienar parentalmente as crianças em função de um divórcio mal resolvido, não é a solução, pois as vitimas são seres humanos que não pediram para estar neste campo de batalha e muito menos pediram para serem usadas como objetos por parte de seus pais insatisfeitos.

*Paulo Eduardo Akiyama é formado em economia e em direito e atua com ênfase no direito empresarial e de família.

 

Depressão infantil

Crianças estão sofrendo de depressão e os casos dobraram nos últimos dez anos. É assustador.

Sabe aquelas coisas que nunca passam pela sua cabeça? Pois  bem, tomei conhecimento do lançamento de um livro que aborda a depressão infantil. Isso me alertou para um fato sobre o qual nunca pensei. Por sinal, nunca soube que criança sofresse de depressão e isso, além de me preocupar bastante, me chocou.

Nos últimos 10 anos, o índice de crianças entre os 6 e 12 anos com depressão saltou de 4,5% para 8%, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, o mal do século tem atingido até aqueles que deveriam estar se preocupando apenas em brincar, mas ao invés disso, estão colocando as pressões contemporâneas sobre ombrinhos tão pequenos.

Mas será que a culpa disso é da correria obrigatória dos tempos atuais, que abala o psicológico de todos, inclusive das crianças? Afinal, não são as próprias pessoas que criam esse ritmo frenético? Ou elas não têm escolha e precisam se adequar ao sistema? Denise Seixas, autora de A Essência da Mulher, traz questionamentos sobre a saúde mental do ser humano desde a infância, período essencial na formação da personalidade.

Os primeiros anos da infância são fundamentais para o desenvolvimento emocional de uma pessoa. Nessa época, a linguagem é essencialmente física e, por essa razão, o afeto, o carinho e o tom de voz, por exemplo, geram marcas que permanecerão por toda a vida.

A depressão infantil é caracterizada pela presença dos seguintes sinais e sintomas, os quais podem se apresentar de forma mascarada: baixo desempenho escolar, pouca capacidade para se divertir (anedonia), sonolência ou insônia, mudança no padrão alimentar, fadiga excessiva, queixas físicas, irritabilidade, sentimentos de culpa, sentimentos de desvalia, sentimentos depressivos, ideação e atos suicida, choro, afeto deprimido, facies depressivas, hiperatividade ou hipoatividade.

Apesar do atual modo de viver afetar as pessoas involuntariamente, os pais e a família ainda são os fatores mais importantes na vida de uma criança. Em sua obra, Denise ensina sobre o quanto o exemplo e o comportamento do adulto são essenciais para criar um filho feliz, que acredita em si mesmo e é estimulado a superar seus limites. Posteriormente, a criança que é amada e encorajada torna-se um adulto saudável em todos os aspectos, até mesmo nos dias de hoje.

Segundo os estudos de Nissen em 1970 e de outros autores posteriores a ele, as causas que levam crianças à depressão estão relacionadas a problemas familiares. Os problemas conjugais; financeiros; a cobrança exagerada por parte dos pais e da sociedade em relação ao desenvolvimento da criança; a falta de contato da criança com os pais em função de suas responsabilidades profissionais e necessidades de sobrevivência, o que impede que haja um vínculo afetivo positivo, são fatores que contribuem para o aumento da possibilidade das crianças desenvolverem transtornos, sendo a depressão infantil um deles, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicossocial e acadêmico da criança.
Além disso, podemos destacar outros fatores que causam a depressão infantilI: a morte de um dos pais, dos avós ou de um ente querido muito próximo, maus tratos dentro da família; filho indesejado, filho somente de um dos pais; alcoolismo, entre outros.

“A prevenção passa pelo conhecimento da dinâmica familiar. A prevenção ideal seria orientar os pais para estabelecerem laços mais afetivos com os filhos, estimulando-os em seu desenvolvimento psicossocial. Sabemos que é uma meta muito difícil de ser atingida, pois os problemas sociais e econômicos que essa família vivencia são alheios a sua vontade, que somados aos problemas conjugais e a separação dos casais, esses problemas aumentam consideravelmente, acarretando grandes conflitos nos filhos, principalmente, os menores. São, como podemos ver, problemas que geram causas, que na maioria das vezes, os próprios pais são impotentes para solucioná-los”, explicam os professores Genário e Adriana Barbosa, especialistas no assunto .

Isabela Teixeira da Costa

Fonte: pediatriaemfoco.com.br

Fim de ano, vamos pensar no tempo

Hoje, acaba 2017 e à meia noite começa o ano de 2018. O que fizemos com o nosso tempo, e o que faremos com ele?

Nesta época, não tem como deixar de pensar o que fizemos com o nosso tempo no ano que termina e o que faremos com ele no ano que se inicia. Já disse outras vezes aqui que há três coisas que não voltam atrás e por isso devemos aproveitá-las muito bem e ter muita responsabilidade ao usá-las: a flecha lançada, a palavra dita e o tempo (ou a oportunidade) perdido.

Gosto muito do filósofo, escritor e professor Mário Sérgio Cortela e minha amiga Iáskara Garcia e mostrou uma publicação dele no Facebook, por sinal, sua única página em redes sociais. Desde então passei a segui-lo. Cortela publicou nos últimos dias dois posts muito bons sobre o tempo, pensando sobre o tempo. Foram comentários em seu programa na CBN, que faço questão de transcrever aqui.

“Vamos pensar um pouco sobre tempo perdido, a ocasião escapada. Dizemos uma frase muito forte do nosso cotidiano: ‘agora é tarde’. Claro, nunca é tarde de fato, exceto para aquilo que não tem mais reversibilidade. De maneira geral, na nossa existência, é sempre possível continuar, fazer, voltar. Quando o final do ano se aproxima nós pensamos bastante em relação a isso porque a mudança  formal de tempo,  de contagem do tempo, nos faz pensar sobre o uso do tempo e até mesmo sobre o desperdício do tempo. Por isso, a ideia de tempo perdido nos leva a refletir e pensar. Um dia, o peta francês Paul Verlaine, em poema Sabedoria, de 1880, escreveu: “tu que aí choras, o que é que fizeste da tua mocidade?”. De novo Verlaine, “diz a verdade: tu que aí choras, o que fizeste da tua mocidade?”. Claro que quando se refere à mocidade não é apenas alguém com uma idade menor, mas a uma circunstância da vida, à energia, à vibração, à capacidade de ser intenso em tudo aquilo que faz. Não é uma mocidade de faixa etária, mas a capacidade de vibrar na vida, de não desperdiçar o tempo, de saber que a vida traz perturbações, mas não traz só isso; traz dificuldades, mas não é só isso. E por isso volto em Verlaine, e o mais difícil é o início da frase: “tu que aí choras”. É tempo para o conhecimento.”

Essa chacoalhada que Cortela nos dá é fundamental neste período. Quanto tempo vamos chorar pelo que deixamos passar sem nada fazer? Quanto tempo ainda vamos demorar para perceber a importância de dar o devido valor ao nosso tempo? Estamos recebendo mais uma oportunidade para fazer tudo diferente.

Em um outro programa, para a mesma rádio, Mário Cortela lembra da época em que não existia internet. Eu sou dessa época. Usávamos agendas e todo fim de ano era um suplício ter que passar a agenda a limpo, transcrevendo para a do ano seguinte os contatos e telefones das pessoas importantes para nós, em todos os sentidos. Nunca vi um comentário tão verdadeiro. Hoje, nossos celulares estão cheios de contatos, a maioria deles não conversamos há mais de três ou quatro anos. Vejam:

“Saudade persistente, o desprezo permanente. Parece contraditório, saudade de um lado e desprezo de outro, mas tudo isso tem a ver com a nossa memória. Tanta gente a lembrar na vida, tanta gente a esquecer. Houve um tempo, antes de existir o mundo digital, que nós, quase no final do ano, início do novo, começávamos a passar a limpo a agenda, especialmente a agenda de telefones, que às vezes era um caderno separado que se guardava, mas muitas vezes estava junto da agenda diária. A gente tinha que ir alterando. Isso sempre foi um esforço, porque numa agenda que se fazia por escrito, na hora dos telefones você tinha que decidir quem ia continuar na sua agenda no ano seguinte, isto é, quem continuaria no seu mundo de relações e quem seria retirado por ter falecido ou por não ser mais “merecedor”. Havia um processo seletivo até em relação à própria condição e à própria memória. Aquilo que a gente quer esquecer e o que queremos renovar. Por isso, Belmiro Braga, um poeta mineiro que nasceu em 1872, em sua obra chamada Redondilhas, escreveu: “quantos mortos trago vivos no fundo do coração, e dentro de mim quantos vivos, há muito mortos estão”. Direto, percuciente, fundo, a noção de uma memória que também é seletiva e na hora da renovação dos nossos afetos é preciso entender daqueles mortos que continuam conosco vivos, e aqueles vivos que em nós já mortos estão porque não merecem mais. Assim é o não merecimento.”

Acho que não preciso dizer mais nada, e termino com mais uma trova de Belmiro Braga:

“Fiz na vida o meu escudo

Desta verdade sagrada:

– o nada com Deus é tudo

E tudo sem Deus é nada”

 

Feliz 2018 para todos!

 

Isabela Teixeira da Costa

 

Lista de desejos para 2018

Chegou a semana de fazer a lista de propósitos para o próximo ano, mas está fazendo da maneira correta? Esta vai ser realizada, ou vai se tornar mais um papel empoeirado na gaveta?

Esta semana é época da maioria das pessoas escrevem suas listas de desejos para o próximo ano. Desejos de coisas que querem fazer em 2018, geralmente o que não fizeram em 2017, ou itens com os quais não estão satisfeitas. O mais comum de constar em suas listas são promessas de mudanças para o novo ciclo que está se iniciando. Ao mesmo tempo em que todos são influenciados positivamente pelo clima de recomeço, muito do que se propõe a fazer não é planejado, apenas idealizado por conta do início de ano. E para tais desejos de transformações serem concretizados, é preciso tomar atitudes, e não esperar as coisas ocorrerem sozinhas.

Não adianta simplesmente fazer a relação com 50 coisas vagas como: emagrecer, ir à academia, ganhar dinheiro, fazer amigos, abrir um negócio, trocar de emprego… Enfim, para a lista de certo é preciso cria-la de forma objetiva, bem pessoal e transformá-la em metas, com mensuração e data para que você busque cada coisa. E como toda boa meta, ela não pode ser muito fácil e nem muito difícil.

Por exemplo: emagrecer “tantos” quilos, até o dia tal de tal mês; entrar para uma academia em fevereiro e frequentá-la três vezes por semana, às 7h da manhã; ganhar R$ 100 mil reais em 2018 (ou mais ou menos, cada um traça sua meta, diante do seu cenário pessoal); e por aí vai. E claro que esta lista precisa de determinação, confiança e fé. Isso mesmo, você precisa crer que vai conseguir alcançar suas metas, ter persistência, entregar nas mãos de Deus e confiar que Ele vai te ajudar e abençoar. Abrir as portas para você conseguir o que deseja.

Acaba de chegar às livrarias o livro Transforme-se: a fé pode renovar a sua vida, escrito por Rinaldo Seixas, que pensou exatamente em quem precisa restaurar completa ou parcialmente sua vida, com reflexões acerca da vida pautada pela confiança em Deus. Em sua obra, o autor ensina ao leitor o caminho da determinação e renovação, e mostra que mesmo com as turbulências diárias é possível transformar-se, tornar-se uma pessoa melhor e, com isso, finalmente alcançar a sonhada felicidade.

A jornada da vida exige fé, obediência e determinação. Ao longo da história, homens e mulheres tementes a Deus que aprenderam a confiar, experimentaram o poder restaurador e transformador do Criador. Eles compreenderam que crer e confiar não nos afastam das turbulências da vida, mas nos tornam pessoas capazes de superar as tribulações mais difíceis. A fé, de fato, coloca o ser humano em contato com o sobrenatural, inserindo-o em um contexto de maravilhosas possibilidades.

Na obra, Seixas compartilha uma mensagem de esperança e refrigério para quem precisa de novo ânimo para levantar-se corajosamente diante dos reveses da caminhada. Permeado de lições edificantes, o livro revisita histórias de homens de Deus narradas na Bíblia e extrai delas exemplos para que o leitor enfrente os desafios do cotidiano, sabendo que Deus pode transformar dor em alegria, medo em ousadia e fracasso em vitória. Realista e contundente, a obra traz conhecimento e sabedoria para que o leitor identifique os riscos que evolvem até mesmo os cristãos mais fervorosos, chamando-o a um compromisso sério e profundo com o Criador. Extremamente revigorante, Transforme-se aponta ainda caminhos possíveis para a restauração espiritual, oferecendo ajuda oportuna àqueles que por algum motivo estão passando por um período de frieza em sua vida com Deus.

Isabela Teixeira da Costa

 

Natal: Hoje não é dia de bode

Natal é data de confraternização, união, celebração. Vale tudo, menos ficar de “bode”, triste e deprimido.

Muita gente celebrou na noite de ontem o Natal, se reunindo com família e amigos e fazendo uma bela ceia. Outro tanto, deixou para hoje, durante o almoço, esta comemoração. Pode ter tido troca de presentes ou não. Isso mesmo, lá em casa abolimos a troca de presentes e o amigo-oculto há alguns anos. Damos presentes para as crianças, afinal este lado lúdico do Natal é muito forte e lindo nos pequenos, e os adultos trocam presentes quem quer, para quem quer, numa boa. Chega de consumismo.

Geralmente, quem fez ceia à noite e não tem nenhum compromisso para o almoço hoje – muita gente vai almoçar com a família do marido ou da mulher – volta para a casa do anfitrião da ceia para o “enterro dos ossos” ou “paiada”, como costuma chamar o comer o que sobrou da festa. É outro momento delicioso de encontro, com muita risada e casos para contar. Em alguns casos, muito silêncio por causa da ressaca de alguns.

O que quero dizer é que Natal não é dia de ficar triste, deprimido e nem sozinho, a não ser que esta solidão seja opcional e cheia de felicidade e alegria. Sabe aquele dia que você está feliz consigo mesmo e doido para ficar de preguicinha vendo filme, lendo um bom livro e naquele cochila e acorda o dia todo? Pois esta solidão está valendo hoje. Só não vale fica em casa naquele de “ó vida, ó dor, ninguém me ama, ninguém me quer”.

Tenho certeza que você tem ou família ou amigo (a), então, corre para a casa de alguém. Se não te convidou, vai assim mesmo, tenho certeza que terá o maior prazer em te receber. Seu dia será melhor e você não vai se arrepender. Seja feliz, divirta-se, curta a vida, curta momentos bons e boas amizades.

Feliz Natal!

Isabela Teixeira da Costa

Carinho de irmãs

Amo minhas irmãs e minhas amigas, temos um grupo que a cada ano cresce um pouco mais e me dou muito bem com todas elas. Recebi este texto e achei muito propício para publicar nesta época.

Uma jovem esposa estava sentada num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita à sua mãe. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, a mãe remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para sua filha.

Nunca esqueça suas “irmãs”, aconselhou.  Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente, do quanto você ame seu marido, dos filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de “irmãs”.

Lembre-se de, ocasionalmente, ir a lugares com elas. Faça coisas com elas, telefone para elas.  Lembre-se que “irmãs” significam todas as mulheres, suas amigas, filhas e também todas as suas parentes. Você precisará de outras mulheres.

“Que estranho conselho”, pensou a jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados, sou adulta, com certeza meu marido e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida. Contudo, ela obedeceu à mãe. Manteve contato com suas irmãs e anualmente aumentava o número de amigas.

Na medida em que os anos se passavam, foi compreendendo que sua mãe sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre uma mulher. “Irmãs” são baluartes de sua vida. 50 anos, eis o que aprendi:

O tempo passa… A vida acontece… A distância separa… As crianças crescem… Os empregos vão e vêem… O amor fica mais frouxo ou vai embora… Os homens não fazem o que deveriam fazer… O coração se rompe… Os pais morrem… As carreiras terminam…

Mas… as “Irmãs” estão lá,  não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.

Uma amiga nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor, e esperando-a de braços abertos. Quando iniciamos esta aventura chamada condição feminina, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante.  Nem sabíamos o quanto precisaríamos umas das outras.

Noivados no fim de ano

O clima familiar das festas de fim de ano é propício para projetos de mudança de vida e tornam o momento mais mágico e especial para oficializar relacionamentos.

Oficializar noivado ou renovar um relacionamento é um projeto de vida. Por isso, o fim do ano, quando todos costumam fazer um balanço do que conquistaram e realizaram, aproveitando também para listar as metas e objetivos para o novo ano, torna-se também um momento propício para essas decisões amorosas.

Como as festas natalinas e o réveillon são momentos festivos, especiais e encontros familiares, o clima favorece esse momento especial para o casal. O tamanho da celebração ficará a critério da escolha do casal, que poderá manter entre a família, ou poderá estender o convite para os amigos e transformar o Natal ou o réveillon em um festão.

É impressionante o número de casamentos que ocorrem próximos às datas festivas. Tenho uma prima, que há cerca de 40 anos, se casou em pleno dia 31 de dezembro. Tenho que confessar que essa eu nunc tinha visto e nunca soube de nenhum outro caso igual. A recepção do casório foi a festa de réveillon da família e de todos os amigos. Foi ótimo, até porque a casa da minha tia já era uma festa o ano inteiro, então todo mundo sabia que seria muito animado. Mas que foi engraçado ter uma pessoa vestida de noiva, isso lá foi.

Um amigo da minha irmã, o psicanalista Antônio Quinet, se casa sexta-feira, dia 22, no Rio de Janeiro. Vai ser um festão, na casa dele, e vários amigos de BH estão voando para participar desse momento tão especial. E ainda terão oportunidade de pegar uma praia e retornar a tempo da ceia de Natal com a família. O importante é viver e compartilhar de momentos especiais com as pessoas que amamos.

Por conta desse afã de noivados e casamentos um dos itens muito procurados nesta época do ano, nas joalherias são as alianças. Tem quem compre a aliança de noivado e outros, que querem renovar os votos, optam pela aliança de brilhantes. O importante e escolher bom onde adquirir a peça.

Há uns anos, um casal amigo meu passou o maior aperto porque sua aliança de casamento, que escolheram com o maior cuidado e carinho começou a dar problema. O ouro escureceu. Como tinham pouco tempo de casados, ele levou à joalheria onde havia adquirido o produto e, para variar deram “trocentas” desculpas alegando que a culpa era do mau uso do casal. Heim? Nunca ouvi contar uma coisa dessas. Minha avó, mãe e vários casais que usaram e usam aliança há mais de 50 anos que eu conheço lavam louça, limpam a casa, lavam roupa sem tirar a aliança e o metal nunca se alterou. A aliança arranha, mas só isso.

Meu amigo levou em um ourives e pediu uma análise. O ouro era baixíssimo e com uma liga inapropriada para dar a coloração de um ouro bom. Com este laudo ele entrou na justiça contra a joalheria e conseguiu uma nova aliança, dessa vez, de qualidade. O pior de tudo é que, contando o caso para as pessoas, ficou sabendo de várias outras pessoas que caíram na mesma esparrela com esta empresa.

Então, o ideal quando foi comprar a aliança é questionar quanto ao certificado do ouro, do diamante, com a medida da pedra, peso, corte e qualidade. Lembrando que o design e o corte do diamante determinam a beleza e o brilho da peça. Para evitar problemas futuros o melhor é escolher uma joalheria de confiança. “Infelizmente no mercado tem comerciante de todo tipo, que não entrega, que oferece produto bem diferente do vendido no site, que não apresenta confiabilidade e legitimidade quanto às pedras e ao ouro, e alguns não têm garantia. Por isso, escolha lojas com tradição e credibilidade no marcado de ouro”, explica o empresário Spartacus Rodrigo Soares da Silva.