Orgulho Mineiro

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais comemora em fevereiro, cinco anos da Sala Minas Gerais

Creio que não existe um mineiro sequer que não sinta um enorme orgulho da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Tomando como base os que já ouviram falar dela, mesmo nunca tendo tido o prazer de assistir algum de seus concertos. Tenho certeza que os leitores desta coluna sabem bem do que estou falando. Em todas as rodas de conversa nas quais se fala da arte e cultura do estado, a Filarmônica é destaque e sempre com os maiores e mais altos elogios. E todos eles são mais que merecidos. Conseguimos criar de 12 anos uma orquestra de excelência que ganhou projeção internacional. E isso não é fácil.
No final de cada ano eles colocam à venda um passaporte com entrada para todos os concertos programados para o ano seguinte. Uma forma de captar recursos e já garantir um número cativo de audiência. Nunca adquiri o passaporte, porque vida de jornalista é cheia de compromissos e nem sempre posso ir às apresentações, mas minha irmã é apaixonada pela Filarmônica e compra, anualmente, seu bloco de ingressos. Várias vezes fui com ela.
Minha filha é outra que não esconde sua paixão pela orquestra. Mora fora de Belo Horizonte e todas as vezes que em à cidade e coincide de ter concerto nos dias que está aqui, corre para comprar seu ingresso. Em dezembro, teve que vir aqui justamente nos dias do concerto de Natal. Ficou arrasada porque estava esgotado. Recorri aos meus amigos que fazem parte do Conselho do Instituto Cultural Filarmônica – claro que só pedi um ingresso para ela, nem ousei pedir um para mim, porque sabia que a casa estava lotada. Ela ficou radiante. Foi, se emocionou, chorou. Chegou em casa numa alegria só.
Não esqueço a primeira vez que fui assistir um dos concertos na Sala Minas Gerais. Desde a entrada do prédio já fui tomada por uma emoção, e quando entrei na sala de apresentação fui envolvida totalmente. A música entra dentro de você e o desejo é de registrar aquele momento para sempre, mas por normas da casa, este registro fica na memória, uma vez que celulares são terminantemente proibidos lá dentro. Os seguranças e recepcionistas não dormem no ponto. Nada, pode distrair o público é realmente um mergulho no universo da música clássica. Precisamos de mais lugares assim. O mais interessante é que já voltei lá várias vezes, e em todas elas o sentimento, a emoção e o prazer são os mesmos.
A orquestra foi fundada em fevereiro de 2008, e este ano está em festa, porque comemoram cinco anos da inauguração da Sala Minas Gerais, aquela maravilha, que acomoda com conforto e uma acústica perfeita quase 1.5 mil pessoas, projetada pelo arquiteto José Augusto Nepomuceno. A programação – que já está pronta para todo o ano – começa com o concerto de comemoração do aniversário para brindar a data.
Claro que o apoio dos conselheiros – todos eles empresários que admiram e consomem a música de qualidade – é fundamental, o presidente, toda a equipe que está à frente do Instituto com um trabalho de excelência também, mas não podemos deixar de ressaltar com muito aplauso o maestro Fabio Mechetti, diretor Artístico e regente titular desde o início dos trabalhos. E cada músico que compõe a Filarmônica com todo o seu talento e competência técnica.
Já somos referência internacional e graças à programação diversificada com apresentações gratuitas ou a preços populares, estão cada vez atrainda mais público. Entre elas estão os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música erudita.
A programação de 2020 começa nos dias 13 e 14 de fevereiro, com Ressureição. Em março serão dez concertos. Ao todo, serão 69 apresentações no ano, e várias delas varão parte do Festival Beethoven, em comemoração aos 250 anos do grande compositor. Com certeza este é um programa imperdível, que todas as pessoas devem fazer pelo menos uma vez no ano.

Isabela Teixeira da Costa

Concertos para a Juventude

Com regência do maestro Marcos Arakaki, Filarmônica interpreta obras de R. Strauss, Gounod e Mozart no Concertos para a Juventude com distribuição de  ingressos gratuitos.

Neste domingo, 3 de junho, às 11h, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta, nos Concertos para a Juventude, A sensibilidade da família das madeiras. Em uma orquestra, a família das madeiras é formada pelos seguintes instrumentos: flauta, oboé, clarinete e fagote. Neste ano, o público dos Concertos para a Juventude está conhecendo a orquestra a partir de cada uma das suas famílias, que ganham destaque a cada concerto. No programa deste domingo estão as obras Suíte em Si bemol maior, op. 4, de R. Strauss; a Pequena Sinfonia, de Gounod; e aSerenata nº 12 em dó menor, K. 388, de Mozart. A regência é do maestro Marcos Arakaki.

O objetivo deste programa é formar público e recuperar a tradição de concertos sinfônicos nas manhãs de domingo. Os próximos encontros estão marcados para 9 de setembro (“A família dos metais encontra a da percussão”), 4 de novembro (“Representando nossa harmônica família”) e 25 de novembro (“Uma festa para toda a família Filarmônica”).

Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais. Conta ainda com o Patrocínio do Banco Votorantim e apoio dos Amigos da Filarmônica por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Maestro Marcos Arakaki

Regente Associado da Filarmônica, Marcos Arakaki colabora com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o primeiro lugar no Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes (2001) e no Prêmio Camargo Guarnieri (2009). Foi semifinalista no Concurso Internacional Eduardo Mata (2007).

O maestro foi regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), bem como titular da OSB Jovem e da Sinfônica da Paraíba. Dirigiu as sinfônicas do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica e Orquestra Experimental de Repertório. No exterior, regeu as filarmônicas de Buenos Aires e da Universidade Autônoma do México, Sinfônica de Xalapa, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e BoshlavMartinuPhilharmonic da República Tcheca.

Arakaki tem acompanhado importantes artistas do cenário erudito, como Pinchas Zukerman, Gabriela Montero, Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya, SofyaGulyak, Ricardo Castro, Rachel Barton Pine, ChloëHanslip, LuízFilíp, Günter Klauss, Eddie Daniels, David Gerrier, Yamandu Costa.

Natural de São Paulo, é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista, na classe de Violino de Ayrton Pinto, e Mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts. Participou do Aspen Music Festival and School, recebendo orientações de David Zinmanna American Academy of Conducting at Aspen. Esteve em masterclasses com Kurt Masur, Charles Dutoit e Neville Marriner.

Seu trabalho contribui para a formação de novas plateias, em apresentações didáticas, bem como para a difusão da música de concerto em turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua como coordenador pedagógico, professor e palestrante em projetos culturais, instituições musicais e universidades.

Filarmônica

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Pianista Arnaldo Cohen

Recebemos com alegria os parabéns da equipe da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais pelo site Isabelateixeiradacosta.com.br! Muito obrigada à Nossa Filarmônica.

Para quem ainda não teve o privilégio e o prazer de conhecer essa magnífica orquestra, que nos traz tanto orgulho, ainda poderá desfrutar dos concertos imperdíveis que serão realizados este ano, dentro das séries de assinaturas Allegro, Vivace, Presto, Fora de Série  e de outros projetos desenvolvidos pela Filarmônica de Mias Gerais.

Na próxima quinta e sexta-feira, por exemplo, dias 23 e 24 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, teremos o concerto que celebra o centenário do compositor argentino, Alberto Ginastera, com duas de suas principais obras de cunho nacionalista: Abertura para o Fausto Crioulo, op. 9 e Estância: Quatro Danças, op. 8ª. Nesse mesmo concerto, a orquestra também apresenta uma obra emblemática da música sinfônica norte-americana: a Suíte de Appalachian Spring, de Copland, balé escrito para Martha Graham, sobre experiências nas montanhas do Apalache e, recebe, ainda, o reconhecido pianista Arnaldo Cohen, que vai interpretar o Concerto para piano nº 4 em sol menor, op.40, de Rachmaninov. Regência impecável do maestro Fábio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica.

Com uma programação intensa voltada para um público exigente e ávido por experiências mais significativas, a equipe que dirige a programação da orquestra, desenvolveu uma estratégia que está movimentando a Sala Minas Gerais. Antes dos concertos apresentados, há palestras esclarecedoras relacionadas ao conteúdo específico do programa apresentado naquele dia.

Foto: ©netun lima /Divulgação
Foto: ©netun lima /Divulgação

Para o próximo concerto o próprio maestro Fabio Mechetti fará a palestra na Sala de Recepções, dentro do projeto Concertos Comentados, das 19h30 às 20h, sobre o repertório das duas noites: Ginastera (duas obras), Rachmaninov (solista Arnaldo Cohen) e Copland (uma obra). A entrada para a palestra é gratuita e destinada às primeiras 65 pessoas que chegarem e apresentarem o ingresso para os concertos dessas noites.

Segue, assim, essa dica mais do que recomendada.

Acompanhe de perto a programação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais no site www.filarmonica.art.br

Informações:(31) 3219-9000

Serviço:

Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – BH

Cláudia Elias