Queda de Cabelo
Especialista aponta os principais fatores que são responsáveis pela perda dos fios.
É comum perder alguns fios de cabelo, diariamente, durante o banho ou ao pentear. A questão é quando essa queda aumenta muito e vira um problema. Segundo a dermatologista Joana Barbosa, a queda de cabelos pode se manifestar de duas maneiras: aguda e crônica. “Nos quadros agudos a causa está associada a algum evento que aconteceu três meses, em média, antes do início da queda. Já os crônicos são aqueles que apresentam grande queda de fios, mas há longo prazo. Há ciclos onde os fios alternam fases de queda e de crescimento de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do paciente”.
Eu estou passando pela fase de perda de fios aguda, em função da cirurgia bariátrica que fiz dia 30 de janeiro. Exatamente três meses depois começou uma queda acentuada dos fios. É impressionante, custo a acreditar a quantidade que sai quando lavo e penteio, porém, cai naturalmente durante o dia. Como está frio, usamos blusas e casacos de lã, os fios se prendem a eles e no fim do dia estou cheia de cabelos soltos nas costas da roupa.
De acordo com Joana, as causas mais associados à queda aguda são: pós-parto, dengue, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, estresse, entre outras. “A queda crônica nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associada a doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum o hipotireoidismo”, completa.
Além disso, outro componente que está relacionado à queda de cabelo é a alopecia androgenética, conhecida também como calvície. “A doença é caracterizada por alteração no ciclo do cabelo levando à miniaturização folicular progressiva, ou seja, conversão de fios terminais (mais espessos) em velos (mais finos, curtos e menos pigmentados). O quadro apresenta fator hereditário e pode acometer homens mulheres”, explicou Joana. Tenho visto muitas mulheres com cabelos ralinhos no alto da cabeça, como o início de uma típica careca masculina.
A queda de cabelos é um problema autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a seis meses, caso não haja outra doença associada. Na teoria, não seria preciso tratamento. Porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (rarefação que surge após os 60 anos), em geral, é bom tratá-lo para que possa recuperar o volume e o comprimento dos fios, segundo a dermatologista.
Já nos casos relacionados à calvície, a médica garante que a exclusão do uso de medicações que podem causar quedas de cabelos, dieta balanceada com ingestão adequada de proteínas e ferro, além de tratamento de outras desordens do couro cabeludo, como a dermatite seborreica, são importantes para o sucesso da terapêutica. “O paciente pode contar também com os procedimentos microinvasivos e invasivos em casos mais extensos, que estimulam o nascimento de novos fios, como a laserterapia, o microagulhamento e mesoterapia. Por fim, em casos mais resistentes é indicado o transplante capilar”, citou Barbosa.
Ela indica ainda que o paciente procure sempre um dermatologista para conhecer melhor seu caso e avaliar se há a necessidade de tratar alguma possível doença ou fator de base associado.
Eu comecei a tomar Pantogar, três vezes por dia. A Biotina, dizem, é melhor, mas a boa mesmo só tem nos Estados Unidos. Estou esperando algum amigo ir para lá, para eu encomendar. Minha cabelereira, Laura Nunes, do LG Studio, me indicou um xampu antiqueda. Na realidade é um tratamento: lavar com o xampu, passar o condicionador de raiz massageando levemente o couro cabeludo e deixar agir por três minutos, enxaguar e depois, passar uma loção. Segundo Laura, se eu fizer direitinho vai dar resultado. Fato comprovado por ela com outras clientes. Se funcionar eu indico o produto.
Isabela Teixeira da Costa