Histórias da infância

Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul - As meninas Cahen d'Anvers, 1881, óleo sobre tela, acervo do MASP. Bárbara Wagner, Sem título (da série Brasília Teimosa), 2005, jato de tinta, Coleção Pirelli MASP.
Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul – As meninas Cahen d’Anvers, 1881, óleo sobre tela, acervo do MASP. Bárbara Wagner, Sem título (da série Brasília Teimosa), 2005, jato de tinta, Coleção Pirelli MASP.

Para quem vai passar alguns dias na cidade de São Paulo, vale a pena visitar a exposição Histórias da infância, inaugurada no MASP.

Com abordagem criativa para atrair um público diferenciado, a mostra reúne cerca de 200 trabalhos retratando a infância, distribuídos em diferentes períodos, locais e nacionalidades. A temática abrange, entre outras, a arte sacra, barroca, acadêmica, moderna, contemporânea, e a chamada arte popular, além de apresentar desenhos feitos por crianças dispostos ao lado das obras de arte, possibilitando um diálogo bem articulado, desmistificando a questão da hierarquia estabelecida entre as obras de arte e os trabalhos produzidos pelas crianças.

Um fato interessante é que esses trabalhos, que normalmente são dispostos a uma altura padrão de 1.50 metros, foram rebaixados para a altura de 1.20 metros (na galeria do 1º andar) e para 1.30 metros (no 1º subsolo), com o objetivo de estimular e facilitar o olhar mais direto da criança.

Intensificando o cunho pedagógico da exposição, foram convidados artistas contemporâneos para conduzirem oficinas com crianças: Rivane Neuenschwander, Cinthia Marcelle, Nicolás Robbio, Lays Myrrha, Thiago Martins de Melo e Thiago Honório.

Paralelamente, acontecem atividades que utilizam o lúdico: o jogo e a brincadeira, disponibilizando um programa de oficinas de desenho que se estenderão até o final da exposição. O projeto Playgrounds 2016 acontece no 2º subsolo e no vão livre.

A exposição apresenta no primeiro andar, retratos, representações de família, imagens de educação e de brincadeiras, crianças artistas, crianças anjos e a morte. Já, no primeiro subsolo, estão expostos os temas da natividade e maternidade. Chamam a atenção como O escolar (1888), de Van Gogh, Rosa e azul (1881), de Renoir, Retrato de Auguste Gabriel Gaudefroy (1741), de Chardin, e Criança morta (1944), de Portinari.

A mostra tem curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico; Fernando Oliva, curador; e Lilia Schwarcz, curadora-adjunta de histórias e permanecerá no museu até o dia 31 de julho.

O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras.

Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP – Telefone: (11) 3149-5959

Cláudia Elias

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