Terça-feira gorda

Hoje é terça-feira gorda de carnaval, mas o que quer dizer essa antiga e comum expressão?

Sempre achei engraçado a expressão “terça-feira gorda de carnaval” que minha mãe sempre dizia quando se referia ao dia de hoje. Nunca perguntei a ela o por quê de ser chamada assim, e sempre era falada ao se referir ao nascimento da minha irmã: “Ela nasceu na terça gorda de carnaval”. Estava pensando nisso e me bateu uma curiosidade de saber a origem da expressão.
Hoje, temos a facilidade do “São Google” e foi a ele que recorri. Segundo o Wikipidia, “a terça-feira gorda (em francês: Mardi Gras), ou terça-feira de carnaval, é o dia de fevereiro ou março que precede a quarta-feira de cinzas. Portanto, é o último dia que antecede a Quaresma, e é comemorado em alguns países com o consumo de panquecas. Este banquete móvel é determinado pela Páscoa. Em outros países, especialmente aqueles em que é chamado de Mardi Gras ou alguma tradução, este é o último dia de carnaval, sendo, para os católicos, também o último dia de ‘comer gordura’ antes do período de jejum da Quaresma.
“Historicamente, é o dia em que os católicos se despedem da carne, pois, nos quarenta dias seguintes, devem jejuar, orar e fazer penitência e se abster de comer carne. Tudo isso em preparação à Páscoa. É observada pelos católicos e anglicanos, que fazem um momento especial de autoexame, para analisar quais erros eles precisam se arrepender e em quais áreas da vida ou da espiritualidade precisam pedir, especialmente, a ajuda de Deus”.
Realmente os tempos mudaram, era chamada de terça gorda porque as pessoas tiravam a barriga da miséria comendo muito, para enfrentar a quaresma. Naquela época os jejuns e as privações eram quase diárias, pois assim os fieis lembravam os sacrifícios feitos por Jesus Cristo. Hoje, ninguém faz penitência, e nem pensam no que fizeram de errado. Pura utopia. A quaresma hoje – pelo menos aqui no Brasil, para a grande maioria das pessoas –, se resume a não comer carne vermelha nas sextas-feiras, entre o carnaval e a páscoa, portanto esta expressão perdeu o sentido. Mas que era engraçado, isso era.
Vale ressaltar que não sou e nunca fui católica, sou evangélica e por essa razão não sou muito conhecedora das tradições e ritos da religião romana, por isso a necessidade de fazer uma pesquisa. Conheço alguma coisa, porque a família do meu pai é muito católica. São de Santa Luzia e até hoje ajudam nas igrejas de lá, inclusive fazendo campanhas de arrecadação de recursos para restauração das mesmas.
Tinha uma prima – a Naná, que infelizmente já nos deixou – que plantava alfazema na fazenda para decorar e perfumar a igreja na Semana Santa. Suas filhas deram continuidade a essa função. A família toda ajuda. A Anna Marina vai para lá na sexta-feira da paixão para arrumar a cama de Jesus Cristo morto. Por sinal ela restaurou com perfeição o lençol todo feito com fio de prata. Branca Diniz faz a roupa para vestir a imagem de Maria e todas as primas, juntas, passam o dia decorando e arrumando para a procissão da noite.
Bem, nesta minha pesquisa descobri uma coisa interessante, que ainda não sabia: os seis domingos entre o carnaval e a páscoa têm nome, dados pelo povo. São nomes simbólicos, relativos a epístolas ou acontecimentos relevantes do cristianismo. Existe um ditado que cita todos eles, é um versinho: “Ana, Magana, Rebeca, Susana, Lázaro, Ramos e na Páscoa estamos.” Imagino que minhas primas, principalmente a Beth que é historiadora, devam conhecer, talvez minha avó tenha recitado muito para elas, contando os domingos da quaresma, mas para mim é novidade.
Voltando à terça-feira de carnaval, hoje, teoricamente, é o último dia da folia de Momo. Digo teoricamente, ou oficialmente, porque nas últimas décadas ninguém mais respeita a data desta festa popular. Era para começar na última sexta-feira, mas na verdade começou 15 dias antes e vai continuar no próximo final de semana. Porque aqui em Belo Horizonte o povo trabalha quinta e sexta, mas retoma a farra no final de semana. Mas lá na Bahia eles nem param, continuam como se não houvesse amanhã. Para os baianos quarta, quinta e sexta continua a farra.
Durante anos no jornal todo mundo trabalhava na quarta-feira depois do meio dia. Hoje, o pessoal da administração costuma compensar o dia no banco de horas e não aparecem por aqui. Mas, quando vinha todo mundo era muito divertido, porque trabalhar mesmo, quase nada. O que ocorria era uma contação de caso de como tinha sido o carnaval de cada um. E muita gente ia para a redação para acompanhar a apuração das escolas de samba do Rio de Janeiro, que sempre é feita na quarta-feira de tarde. Era muito legal, uma total interação entre os colegas, a tarde era um misto de caras amassadas e a alegria e risadas dos casos inusitados do carnaval.
É interessante ver como os costumes vão mudando com o passar dos anos. Dá saudade.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com a bebida

Se quiser encarar a folia de todos os dias do carnaval, cuidado com a bebida

Para quem vai enfrentar os cinco dias de carnaval, fazendo uma maratona de folia, seguem algumas dicas para beber com inteligência, e aguentar acompanhar – inteiro – toda a festa. Curtir com moderação é essencial para conseguir aproveitar o Carnaval de forma equilibrada. A Diageo, líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, criou a plataforma on-line DRINKiQ – Beba com Inteligência, para tratar dos diferentes aspectos do álcool e oferecer as informações para que as pessoas possam fazer escolhas sobre seu consumo, incluindo a decisão de não beber.
Confira sete dicas para beber com inteligência neste Carnaval:
1. O que importa é a quantidade: Álcool é álcool, independentemente do tipo de bebida – cerveja, vinho ou destilados –, portanto, o efeito no organismo é determinado pela quantidade ingerida, e não pelo tipo de bebida (destilada ou fermentada). É importante verificar quantos gramas ou mililitros de álcool puro tem em cada dose. Explicando: um copo de 330 ml de cerveja, uma taça de 100 ml de vinho ou uma dose de 30 ml de bebida destilada – seja whisky, vodka, gin ou cachaça – contêm a mesma quantidade de álcool: 10 gramas.
2. Alimentação e hidratação: Antes de beber e enquanto estiver consumindo bebida alcoólica, devemos sempre comer e ingerir água. O consumo de alimentos diminui a velocidade com que o álcool é absorvido pela corrente sanguínea, mantendo-o no estômago por mais tempo. Beber água nos mantém hidratados. Se beber, nunca dirija.
3. Eliminação do álcool: Seja a bebida fermentada ou destilada, o corpo leva, aproximadamente, uma hora para processar uma dose de 10g de álcool de uma bebida. E é impossível acelerar seu processo de eliminação pelo organismo. Tomar banho frio, beber café e respirar ar fresco até podem ajudar a nos deixar mais alertas, mas não irão acabar com os efeitos do álcool nem te deixar sóbrio.
4. Homens e mulheres processam álcool de maneira diferente: Os efeitos da ingestão do álcool variam de pessoa para pessoa. Condições de saúde, quantidade ingerida, gênero (feminino ou masculino), idade e alimentação são alguns dos principais fatores influenciadores quando o assunto é metabolizar o álcool. O fígado é o órgão responsável por processar o álcool por meio de uma enzima chamada álcool desidrogenase, ou ADH. As mulheres, em geral, têm menos ADH, por isso elas sentem mais os efeitos do álcool do que os homens, mesmo se consumirem a mesma quantidade.
5. Menores de idade nunca devem consumir bebidas alcoólicas: O consumo precoce e indevido causa vários danos à saúde, comprometendo o rendimento intelectual, o aprendizado, a relação com outras pessoas, além de aumentar o risco de intoxicação, lesões e acidentes.
6. Se beber, nunca dirija: O álcool afeta o raciocínio, a coordenação motora e a visão, por isso, torna o consumidor impossibilitado de dirigir.
7. Fique atento, bebidas alcoólicas ilegais e/ou falsificadas são prejudiciais à saúde
A falta de informação sobre a procedência do produto, muitas vezes, pode indicar qualidade ruim e produção em condições anti-higiênicas e insalubres. Além disso, não são regulamentadas por órgãos responsáveis e podem estar associadas à atividade criminosa, prejudicando os negócios que funcionam dentro da Lei.
O importante é equilibrar na quantidade de bebi e não ficar de estômago vazio.
Isabela Teixeira da Costa

É possível cuidar corpo durante o carnaval?

Alguém consegue manter dieta em pleno feriado de carnaval? Tem especialista que acha possível.

Cinco dias de feriado. Se formos levantar hipóteses sobre o que a pessoas farão nestes dias encheremos esta página de jornal, mas algumas são bem óbvias. Pular carnaval, viajar, ficar em casa, ir para um sítio ou fazenda, ir para casa de amigos. Seja lá qual a opção escolhida, todas elas envolvem duas ações: comer e beber. E uma coisa é deixada de lado: regime, preocupação com dieta e a boa forma.
Muita gente se reúne com amigos ara um churrasco, cervejinha e petiscos, ou vão curtir um hotel fazenda e uma praia e lá, o que ais tem são comidas deliciosas. Se vai para a folia bebem horas seguidas e depois batem um prato de macarrão, ou tropeiro, enfim, o que for mais prático para rebater o álcool e pesar no estômago. O fato é que a maioria das pessoas aproveitam a data como uma “mini férias”.
Recebemos um material da especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri – do 5S Estilo de Vida Saudável, metodologia multidisciplinar de emagrecimento sustentável – que afirma que é possível sim aproveitar os quatro dias de folia, ou descanso, sem prejudicar a boa forma. Basta ter disciplina e consciência sobre os alimentos e bebidas ingeridos. E ela dá algumas dicas para isso:
Procure se alimentar de forma equilibrada e leve durante os dias antes do Carnaval. Não “chute o balde” antes já imaginando que sairá da dieta nos próximos dias.
Troque o refrigerante e sucos industrializados por sucos verdes ou até mesmo um coquetel de frutas sem álcool. Para as pessoas que desejam ingerir bebida alcoólica, evitar o excesso é essencial, pois além de serem ricas em calorias (uma lata de cerveja tem cerca de 150 calorias, 1 caipirinha adoçada com açúcar tem cerca de 300 calorias) provocam retenção de líquidos e, consequentemente, inchaço.
Não belisque alimentos ao longo do dia e procure não pular as refeições principais. Caso participe de algum churrasco, procure preparar um prato com pequenas porções dos alimentos que mais gosta para ter consciência do que está comendo e não correr o risco de comer grandes quantidades sem nem mesmo perceber.
Comece pela salada. Por serem ricas em vitaminas, minerais e fibras, as saladas proporcionam a sensação de saciedade e ajudam no controle de exageros durante a noite. Use molhos funcionais e saudáveis para temperá-las substituindo a maionese ou creme de leite por iogurte desnatado, por exemplo.
Coma de tudo, mas com moderação. A variedade de alimentos costuma ser grande e, nesse caso, não há problema em experimentar de tudo um pouco, porém em pouca quantidade. Evite alimentos prontos, salgadinhos, frituras que são verdadeiras “bombas calóricas” que carregam grande quantidade de sódio.
Churrasquinho fit. Utilize grãos como quinoa, linhaça e arroz negro para substituir o tradicional arroz branco que sempre acompanha churrascos. E para a clássica farofa, substitua ingredientes como bacon, calabresa, ovos fritos e embutidos por damasco, ameixa, uva passa e até mesmo castanhas. Outra ideia bastante saudável é acrescentar vegetais como cenoura ralada, abobrinha e couve, que deixam a receita leve e colorida.
Hidrate-se. Beber água é fundamental, tanto para gerar saciedade quanto para ajudar na desintoxicação de um possível excesso. Além disso, a água é uma ótima aliada para ajudar a evitar a retenção hídrica, visto que a maioria dos alimentos de festas possuem alto teor de sódio.
Sobremesa free. Abuse da criatividade para elaborar sobremesas deliciosas e com ingredientes saudáveis como chocolate 70% cacau, frutas, chia, leites vegetais, entre outros. Lembrando que moderação é a chave.
Não deixe de lado os exercícios. O treino é importante sempre. Seja antes, durante e após os feriados, e ele não deve ser enxergado como forma de compensação, nem punição nem de recompensa. O exercício deve ser feito com plena consciência de toda sua contribuição na sua saúde, lembrando sempre dos grandes prejuízos de ser sedentário. Portanto, mantenha as atividades físicas sempre. Procure fazer uma caminhada ou alguma atividade mais leve e rápida, isso auxilia o organismo a continuar acelerado e consequente queimando calorias.
Exagerou? Siga em frente. As pessoas costumam desistir do processo da dieta após um deslize na alimentação, mas o importante é superar o “escorregão”. O que tende a acontecer é ocorrer deslizes grandes e sequenciais. Exagerou hoje? Tudo bem. Respire e siga em frente.
Muito boas as dicas, mas acho um tanto ao quanto utópicas para feriado, principalmente carnaval. Onde as pessoas vão encontrar churrasquinho fit, coquetel sem álcool, comer na hora certa e não beliscar? Isso tudo é muito válido e possível, ao meu ver, dentro da rotina diária, mesmo assim, fica registrada a dica.

Isabela Teixeira da Costa

Carnaval ou descanso?

A hora de decidir é agora. Vai querer cair na folia ou prefere ficar descansar no feriado?

Já tem dois finais de semana que os foliões estão esquentando em pré carnaval, e fazendo a contagem regressiva para a festa que começa oficialmente na noite de sexta-feira. Para alegria de uns e tristeza de outros Belo Horizonte vai ferver e não apenas nos quatro dias, portanto, o melhor é se programar, olhar rotas de fuga para quem mora em região da folia. E quem não aguenta mesmo o furdunço a melhor alternativa é viajar.
Muitos belo-horizontinos sentem falta da quietude que a cidade ficava. As pessoas brincavam que era possível sair nú na avenida Afonso Pena, às três horas da tarde, que ninguém via porque a cidade estava às moscas. Aqui era a maior tranquilidade. Para falar a verdade, não mudou muita coisa. Hoje, com toda a festa, pode fazer a mesma coisa, ninguém vai ver e se alguém ver, não vai ligar. Os tempos mudaram.
Tenho um casal de amigos que moram no coração da Savassi. Da casa deles só tem uma saída, mas fica fechada por causa do feriado de Momo. Arua fica com um cheiro insuportável de urina, fezes e vômito, além do movimento e cenas indescritíveis. A solução encontrada por eles foi sair da cidade, porque se precisar de um atendimento médico, é impossível conseguir, porque ambulância não chega e eles não conseguem sair.
Ano passado, uma outra amiga – que infelizmente já nos deixou – saiu pela manhã com o marido, que também é bastante debilitado de locomoção. Quando retornavam para casa se depararam com as ruas fechadas por causa do carnaval impedindo de chegar em sua casa. Não tinha nenhuma passagem. Abordou o guarda que estava no local, pediu ajuda e ouviu uma resposta absurda. “Não tem jeito de passar, minha senhora”. Ela explicou a situação, que ela e o marido eram pessoas doentes, precisavam chegar em casa e ali era o único caminho de acesso. A reposta continuou a mesma e com bastante grosseria. Foi um bafafá, porque ela ficou bastante nervosa, uma vez que tinha horário ara a medicação. Teve que chamar a filha que foi ao seu encontro e depois, co muita dificuldade, conseguiu resolver o problema e levar os pais para casa.
Está em tempo de avaliar se ficará em casa, fugirá da folia ou participará da festa. Se ficar em casa, olhe as ruas no entorno que ficarão fechadas. Estude rotas de fuga e de acesso, para saber como proceder em caso de urgência. O importante é se programar, porque, se ano passado já estava impraticável com 3 milhões de turistas, este ano a PBH já avisou que o público de fora está estimado em 5 milhões, ou seja, loucura geral, total e irrestrita. Até mesmo quem vai circular de dia, levando crianças nos bailes infantis matutinos e vespertinos dos clubes, porque os blocos de rua saem o dia inteiro.
Já que estamos falando em cuidado e atenção, várias pessoas estão levando seus pets para a rua, para ver o movimento e alguns até mesmo para sair acompanhando os bloquinhos. Muitos estão fantasiando seus bichinhos. Tudo bem, os animais são permitidos nos bloquinhos, a rua é pública, mas se o animal estranhar multidões o ideal é colocar uma focinheira para evitar maiores problemas. De acordo com Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, o carnaval pode ser benéfico para os animais, porém, para uma comemoração saudável, é preciso estar atento a alguns cuidados. O primeiro ponto é o calor, se for para a rua, prefira a parte da manhã ou o final do dia, cuidado com a temperatura do solo, e não esqueça de dar água para o animal. Procure os blocos mais calmos, e coloque fantasias confortáveis no seu pet. Dica importante: não esqueça a coleira de identificação, caso o animal se solte.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com os acidentes domésticos

Ninguém está blindado contra acidentes domésticos, eles podem ocorrer a qualquer descuido

Fala-se muito em acidentes domésticos e sempre que ouvimos as recomendações pensamos sempre nas crianças e nos idosos. Achamos que somos blindados a esse tipo de coisa, que com a agente nunca vai acontecer nada. Mas não é bem assim, os acidentes ocorrem com qualquer um, em qualquer idade e muitas vezes por falta de atenção, teimosia e imprudência, esses sim são os maiores vilões.
Tenho uma amiga que tem a irritante mania de subir em bancos sempre que precisa alcançar a parte mais alta de um armário na cozinha. Aqueles bancos mais altos que não têm a menos estabilidade. Todas as vezes que a vejo fazendo isso chamo sua atenção. Entra em um ouvido e sai pelo outro. Vale a pena ressaltar que na área de serviço de sua casa tem uma escadinha de três degraus. Pergunto: custa pegar a bendita escada e fazer a coisa da maneira correta?
Pois bem, domingo nos encontramos e ela me contou que só não morreu no sábado porque não era seu dia. Foi fechar o basculante de seu banheiro e, claro, subiu no bidê. Escorregou e caiu de costas, batendo a cabeça no mármore da banheira. Estava sozinha em casa. Ficou com o corpo todo dolorido e um enorme galo na cabeça.
Na quinta-feira recebi uma mensagem de WhatsApp de outra amiga, perguntando se estava tudo bem comigo e com a titular desta coluna. Isso é muito comum quando passo a assinar interinamente a coluna da Anna Marina. Seus leitores e amigos se preocupam com ela e quem tem meu contato não hesita em pedir notícias. Ela está de férias e passando muito bem.
Porém, nesta troca de mensagem esta amiga me relatou que estava se recuperando de um traumatismo craniano superficial grave, consequência de um acidente doméstico. No dia daquela chuva fatídica de terça-feira, que destruiu o bairro São Bento, avenida Prudente Moraes, bairro de Lourdes e outros tantos pontos da cidade, ela estava em casa e decidiu fazer uma singela pipoca, no fogão, porque estava sem luz, já que mora no São Bento.
Estava de tênis, em sua cozinha e em um dos movimentos o tênis travou no chão e ela caiu batendo com a cabeça em um balcão ou viga que tem no local. Literalmente sua cabeça rachou, esvaiu em sangue. O socorro demorou, por causa da chuva e por ter que subir 13 andares de escada. Já está em casa, se recuperando bem.
Esses relatos foram para chamar atenção que coisas simples podem resultar em acidentes graves com qualquer um de nós. Os acidentes domésticos mais comuns são queimaduras no fogão; inalação de gás porque às vezes não fechamos bem a trempe, ou o fogo apaga e não percebemos; intoxicação com produtos de limpeza; quedas; afogamentos em piscinas; choque elétrico
Algumas medidas simples ajudam a prevenir: manter os cabos das panelas para dentro do fogão; evitar o uso de tapetes em casa que tem pessoas idosas; não andar de meia, não usar chinelos, só sapato fechado; não subir em bancos e cadeiras; em caso de escada, colocar corrimão dos dois lados; colocar barras de segurança no banheiro ao lado do vaso sanitário e nas paredes próximas ao chuveiro; deixar todos os cômodos bem iluminados; manter a piscina coberta ou com grade no entorno; tampar as tomadas com protetor.
Tudo o que está listado acima são coisas que estamos cansados de saber. Todo mundo que tem filhos fez ou faz em casa com crianças, mas depois que se tornam adolescentes e já sabem se cuidar, esquecemos de todas essas recomendações, como se tivéssemos nos tornado blindados a tudo isso. Infelizmente não. Certa vez li um pesquisa que dizia que 30% dos acidentes automobilísticos ocorrem perto de casa. E são dois motivos, o primeiro é a pressa de chegar, então corre-se mais, e o segundo, é por conhecer bem o caminho e aí esbarramos na autossuficiência. Este é o maior perigo de todos. É exatamente isso que nos leva a fazer atos inconsequentes que nos levam a acidentes bobos que podem ter consequências graves. #ficaadica.

Isabela Teixeira da Costa/Interina

Aprendendo, sempre

A vida é um eterno aprendizado, enquanto vivermos, aprenderemos alguma coisa, a cada dia, em todas as áreas, e temos que buscar este aprendizado

É muito engraçado acompanhar a modernidade. As coisas chegam renovadas, com nova roupagem, novos nomes ou expressões e todos tomam aquilo como se fosse a maior novidade do século.
A vida é um eterno aprendizado. Desde que nascemos começamos a aprender as coisas e só paramos de aprender no dia que morremos. Alguns buscam mais aprendizado na academia, outros por conta própria. O fato é que sempre estaremos em busca do conhecimento, e sempre teremos muito o que aprender.
O filósofo Sócrates disse certa vez “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”. O filosofo da atualidade que admiro muito, Mário Cortela – por sinal é uma pessoa que gostaria muito de sentar em uma roda e ficar ouvindo por horas – inspirado por Sócrates escreveu:
“Só sei que nada sei por completo; Só sei que nada sei que só eu saiba; Só sei que nada sei que eu não possa vir a saber; Só sei que nada sei que outra pessoa não saiba; Só sei que nada sei que eu e outra pessoa não saibamos juntos”.
Tudo isso vem mostrar que não sabemos nada, que sempre estaremos aprendendo algo. Coisa antiga.
Mas agora surgiu o lifelong learning, como a maior novidade. Você sabe o que é isso, é um lifelong learning? Segundo a CEO da Upside Gropu, Efigênia Vieira, trata-se de uma expressão que se traduz no ato de se manter uma atitude positiva para a aprendizagem tanto no contexto profissional quanto no pessoal. Novidade? Só na maneira de nominar e explicar.
Todos sabemos que o modelo de educação, que começa na escola básica e vai até a formação superior, não oferece há muito tempo o que é necessário para que uma pessoa tenha sucesso em sua vida pessoal e se mantenha competitiva no mercado de trabalho. Sempre foi assim. O que é técnico ajuda muito, mas se o aluno não se empenha, não será só frequentando escola que construirá um conteúdo de peso.
Surgiram as plataformas de ensino online como: UnCollege, Udemy, Coursera, Singularity University e MOOC’s, que são inovadoras e vêm se popularizando e fazendo cada vez mais parte de nosso cotidiano. Com o avanço da tecnologia, surgem também grupos e experiências disruptivas para a transmissão do conhecimento. Estas são ações que demonstram que é possível aprender de diversas formas.
O “Lifelong Learning” é se tornar um eterno aprendiz, compreendendo que as coisas mudam a todo tempo e que quanto mais se sabe, mais se percebe que há muito ainda a se aprender. Olha o Sócrates aí, gente! O Lifelong Learning possui uma curiosidade insaciável, um desejo enorme pelo saber, busca aprender como se fosse viver infinitamente. O seu interesse não é só por saber, mas também por experimentar, já que esta é uma das mais efetivas e divertidas maneiras para se aprender algo. Como relata o escritor Alvin Toffler (1928-2016): “Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”.
Efigênia Vieira conta de uma entrevista de emprego, onde buscava encontrar um CFO (Chief Financial Officer). Perguntou a um profissional: “Me fale sobre você?” Ao contrário do esperado, pelo menos do que ocorre frequentemente nestas ocasiões, ele não recitou seu currículo falando sobre resultados, conquistas, capacidade de gestão, etc. Seus olhos brilharam ao descrever sobre sua última experiência ao aprender a esquiar e a criar grupos de pessoas para ensinar sobre a sua vivência. Me vi diante de um profissional que se diverte aprendendo e disseminando o aprendizado em suas múltiplas vertentes. Estava diante de uma pessoa que busca em sua rotina, e mesmo fora dela, o aprendizado e o ensinar.

Isabela Teixeira da Costa

Como deixar as toalhas de banho macias

Nada como se enxugar em uma toalha de banho macia, mas como manter as fibras assim?

Outro dia minha prima, Denise Boechat, que mora em Governador Valadares, me enviou um áudio perguntando como eu deixava as minhas toalhas de banho branquinhas e macias. As dela, todas de excelente marca, estavam duras e algumas, até perdendo o branco, mesmo com toda a lavação.
Lembrei na hora da viagem que fiz, em fevereiro do ano passado, à fábrica da Karsten/Trussardi, no sul do país, com um grupo de jornalistas. Todos nós fizemos a mesma pergunta para a funcionária que fez a visita conosco. E aí percebi que não cheguei a escrever sobre um tema, que pelo visto desperta interesse.
Tivemos uma explicação surpreendente. Toda toalha de banho já vem com amaciante em suas fibras, de fábrica. A cada lavagem, desde a primeira, diga-se de passagem, colocamos mais amaciante, e normalmente colocamos o máximo, na máquina, e isso gera uma “over dose” do produto. É este excesso que endurece as fibras.
É comum também que gorduras do corpo endureçam o tecido, ou o próprio exagero de sabão em pó e a água com muitos sais minerais. Então, como voltar com a maciez e com a cor? Seguem as dicas recebidas.
É aconselhável sempre lavar o produto antes do primeiro uso, porque as cerdas das toalhas vêm uma espécie de goma, impedindo a perfeita absorção da água. A melhor forma é mergulhar a toalha em um recipiente com água e três colheres de sopa de bicarbonato de sódio. Deixe agir por três horas para obter um tecido altamente macio.

Se a sua toalha já foi bastante usada e está “saturada” de gordura do corpo, sabão em pó e amaciante, o ideal é fazer uma lavagem profunda. Lave as toalhas com água quente ou morna (cuidado no caso de toalha colorida, pois pode desbotar a cor), e deixe de molho em duas colheres de bicarbonato de sódio ou meio copo de álcool com o sabão de sua preferência.
Para deixar a toalha macia, não use amaciante em todas as lavagens. O ideal é colocar no recipiente do amaciante, vinagre de álcool. Não se preocupe, a toalha vai sair cheirosa da máquina de lavar. Essa combinação gera um potente detergente caseiro que limpa manchas e tira a aspereza da toalha. O amaciante deverá ser usado em quantidades pequenas, esporadicamente.
Se ainda estiver na dúvida com relação às quantidades: 10 litros de água quente, um copo de vinagre de álcool e meia xícara de chá de bicarbonato de sódio. Dissolva o vinagre e o bicarbonato de sódio em um recipiente com a água quente. Coloque as toalhas e deixe de molho por 20 minutos. Logo após, deposite a água e as toalhas na máquina de lavar. Acrescente o sabão de sua preferência, lave normalmente.
Cuidado com a quantidade de sabão que está usando, um pouco já é o suficiente. Se usar demais, os resíduos podem solidificar no tecido, deixando a fibra endurecida e áspera.
A secagem é muito importante. O ideal é sacudir bem cada uma das toalhas assim que tirar da máquina de lavar e/ou da secadora. Ajuda na maciez do tecido. Depois que a toalha estiver seca, amasse-a com as mãos como faria com um pedaço de massa. Isso ajuda a amaciar o tecido.
Se tiver secadora, coloque algumas bolas de tênis limpas ou bolas amaciantes na máquina antes de fechar a porta. Conforme o ciclo de secagem seguir, as bolas pularão e golpearão suas toalhas. As fibras serão trabalhadas, amaciando áreas mais duras. Não use ferro de passar, o calor endurece as fibras.
Resumindo:
Não utilize amaciante, pois prejudica a absorção da água;
Substitua o amaciante por vinagre claro;
O calor endurece as fibras. Dessa forma, não utilize ferro de passar;
Não seque a toalha de banho no sol, pois isso endurece e desbota a peça;
Nunca guarde sua peça molhada. Assim, você evita que micro-organismos se proliferem.

Isabela Teixeira da Costa

Acabou a resposentação e a desaposentação

STF bateu o martelo e acabou com a possibilidade de revisão de aposentadoria

Já sou aposentada, mas continuei trabalhando. Como eu, tem um monte de colegas meus aqui na empresa e vários amigos, em outros trabalhos, estão na mesma situação. Lembro como se fosse hoje, na época que me aposentei, várias pessoas dizendo que depois iriam pedir a reaposentadoria, que seria uma revisão na aposentadoria dele, recalculando o benefício, baseando no fato de a pessoa ter trabalho mais X anos e ter contribuído.
Isso mesmo, apesar de aposentado, o desconto continua sendo feito da mesma forma, apesar de não termos mais direito a alguns benefícios como salário desemprego, ….,….
Como tudo que diz respeito à previdência está sendo revisto, este tópico não ficou de fora, bem como a reaposentação. Vamos explicar o que é cada um desses termos no decorrer do texto. O que popularmente chamamos de reaposentadoria, juridicamente é chamado de desaposentação. Bem, no início do mês teve a decisão do Supremo Tribunal Federal, e vamos falar como ficou definido.
Segundo o vice-presidente executivo da Sociedade Brasileira de Previdência Social, André Luiz Bittencourt, o STF bateu o martelo e decidiu que “cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho não podem recalcular o valor do benefício por meio da chamada “reaposentação”. A reaposentação é a renúncia a benefícios anteriores em troca de uma nova aposentadoria mais vantajosa. Neste caso, o aposentado descartaria o tempo de contribuição usado anteriormente, e faria um cálculo apenas pelo novo período.
Segundo explica o advogado André Luiz, em 2016 o STF já havia vetado o recálculo por meio da “desaposentação”, por isso a decisão do início do mês já era esperada. “Outros colegas e eu já entendíamos que aquela decisão da desaposentação, em 2016, viria a surtir efeito nessa de agora, uma vez que o fundo do direito é o mesmo e a questão já tinha sido debatida naquele julgamento”.
Quem já conseguiu o recálculo do benefício, no entanto, em decisões da justiça anteriores ao julgamento do STF, não perderá o direito nem terá que devolver os valores recebidos. Isto era outra questão que estava em julgamento, mas os ministros decidiram, até por uma questão de segurança jurídica, que aquelas pessoas que possuem os processos transitados em julgado não terão mudança alguma na condição de seu benefício.
Na reaposentação, o contribuinte cancelava a primeira aposentadoria, e pedia um novo cálculo, baseado nas contribuições mais recentes, levando em conta salário, tempo de serviço e idade. O tempo de serviço e o salário de contribuição anterior não entravam no cálculo da nova. Na desaposentação, o trabalhador aposentado que voltava ao mercado de trabalho pedia a revisão do benefício, juntando as contribuições anteriores à primeira aposentadoria às atuais, chegando a um cálculo mais vantajoso. Como não há lei para definir os critérios do recálculo, o STF rejeitou a tese.
A única coisa que me incomoda muito nisso tudo é que os valores da aposentadoria da população em geral são muito baixos, a ponto de se tornar impossível custear a vida apenas com este ganho, fruto de uma vida de trabalho. É exatamente por isso que as pessoas, depois de aposentadas, continuam trabalhando. Aí, tinha essa possibilidade de revisão, para melhor um pouco quando as condições físicas de trabalho se esgotassem. Essa possibilidade foi tirada.
Enquanto reduzem ainda mais os benefícios dos aposentados, outras categorias que não se aposentam pelo INSS continuam recebendo benefícios integrais.
Volta a pergunta que todos mundo anda fazendo há tempos: por que o governo não cobra as dividas astronômicas que grandes – e ricas – empresas têm com o INSS? Tenho certeza que capitalizaria bastante a previdência.

Isabela Teixeira da Costa / Interina

Fique atento às unhas de gel

Unhas de gel são um bom recurso para manter as mãos bonitas, mas precisa de ter alguns cuidados.

Aparência é muito importante para a mulher. Para falar a verdade, deveria ser importante para todo mundo. As pessoas deveriam querer parecer sempre bem, bonitas, elegantes. Não estou me referindo aqui a gastar fortunas com roupa e maquiagem, mas em se arrumar para estar bem, dentro da condição de cada um. Basta dar uma volta pela rua com um pouco mais e atenção que vemos claramente quem se cuida e quem não se cuida.
A primeira vez que fomos levar nossa mãe ao neurologista para saber se ela estava com Mal de Alzheimer a primeira coisa que o médico perguntou foi se ela mesma tinha se arrumado, porque pessoas que sofrem da doença perdem a vaidade. Pura verdade.
Para a mulher dois itens são bem importantes, o cabelo, que faz a moldura do rosto, e as unhas, que dão um aspecto de asseio à pessoa. Mãos sujas e descuidadas sempre dão uma má impressão. Por sinal, este dois quesitos são os mais prejudicados em caso de perda de peso rápida, cirurgia, gravidez, etc. Sempre provoca queda capilar e enfraquecimento das unhas.
Um dos motivos é a perda de ferro no sangue. Se o ferro fica a menos de 70% da quantidade ideal o organismo passa a economizar a substância para ser usada em coisas mais importantes. Para o nosso corpo, cabelo e unha são supérfluos e, portanto, só recebem ferro quando temos e sobra. A falta deste poderoso componente enfraquece as unhas e os cabelos.
Como a estética não descuida e está sempre pronta a ganhar dinheiro, a cada dia lança recursos para ajudar as pessoas a ficarem mais bonitas e solucionar esses problemas. Se não for solução, é paliativo, como por exemplo os apliques de cabelo e as unhas de gel. Sempre fiquei encucada com os problemas que o uso constante dessas unhas poderiam causar de fato. A unha já está fraca, e ainda lixam ela por cima afinando ainda mais e tampam com outra unha, abafando sua respiração – imagino que unha respire.
Esta semana recebi um material da dermatologista Lívia Lavagnoli, que levanta algumas questões. As unhas de gel são feitas à base de um gel fino e transparente. E já foram registrados muitas reclamações de mulheres que tiveram as unhas naturais prejudicadas, com risco, até mesmo de perdê-las, por conta de negligências ao colocar as unhas de gel.
Segundo a dermatologista elas são menos agressivas às unhas originais, apesar disso, quando colocadas da maneira errada, podem trazer alguns riscos. “Ficar muito tempo na luz UV para realizar a secagem das unhas pode provocar fragilidade, manchas, envelhecimento precoce e até riscos mais graves, como o desenvolvimento de câncer de pele”.
O erro mais comum é usar essa técnica para esconder imperfeições estéticas na unha que, na realidade, podem ser transtornos mais graves, como no caso das lesões melanocíticas. “São aquelas lesões escuras que podem ser confundidas com um simples machucado. A colocação das unhas de gel impede que seja possível ver o avanço da mesma, ou seja, o paciente só perceberá que algo está errado quando os sintomas forem mais graves e avançados”, alertou.
As unhas de gel não possuem contraindicação prévia, mas quem tem unhas fracas e quebradiças precisam consultar um dermatologista antes de fazer o procedimento, porque elas podem acabar camuflando algum problema mais sério. É preciso entender e tratar a fraqueza das unhas antes de se submeter a um procedimento desses. O importante é não usar unhas de gel por meses seguidos. O ideal é dar um descanso de tempos em tempos e hidratar bem a unha natural quando estiver neste período de descanso.
Isabela Teixeira da Costa / Interina

Meditação: a bola da vez

Meditação, ou mindfulness está na moda até no mundo corporativo

Meditação sempre fez parte do universo zen. Os amantes do ioga, pessoas que são ligadas a espiritualidade. No ano passado a prática ganhou sofisticação, passou a ser chamada em inglês mindfulness, e ficou na moda. Não podemos negar que faz bem para quem realmente consegue se desligar e relaxar. Causa, sem dúvida um impacto positivo em nossas vidas: reduz o risco de estresse, depressão e ansiedade, e ajuda no controle das emoções. Outro dia fui a uma médica e uma das receitas foi: faça meditação. Inclusive me indicou um aplicativo para ajudar nos exercícios.
Segundo a médica, como é o nosso cérebro que comanda todo o nosso organismo, ele tem que receber os estímulos corretos, para então, fazer o corpo funcionar bem. Se mandamos mensagens de estresse, medo, angustia, etc, ele joga toda essa tensão no corpo, e o organismo trava. Portanto, uma das formas de harmonizar tudo isso e acabar com o estresse, é praticando a meditação, ou melhor, o mindfulness. Afinal, temos que usar os termos atuais.
Estudos mostram que entre oito e 12 semanas de práticas formais diárias já trazem mudanças psicológicas positivas. Então, o que é preciso saber para praticar o mindfulness?
Segundo a coach Vivian Wolf, como prática contemplativa e de aquietamento da mente, o mindfulness oferece, de maneira focada, tempo para relaxamento e conscientização de nosso estado. Ele proporciona recursos internos para lidar com ansiedade e estresse, cujos sentidos são muitas vezes alterados e influenciados negativamente. Com a prática, o mindfulness tem o potencial não somente de trazer alívio temporário do estresse, mas de transformar nossa maneira de interagir com o mundo. E nos treina a focar a atenção em uma coisa só, no presente, sem julgar ou reagir. “Por isso a técnica, além de aumentar a concentração e a eficiência, torna as pessoas mais receptivas e menos reativas. Pense no mindfulness como um mastro segurando a bandeira de nossos pensamentos e fazendo um contraponto positivo ao nosso caos mental e distração contínua”.
A meditação pode ser praticada por qualquer pessoa de qualquer idade, inclusive crianças. Segundo a especialista, introduzir o mindfuness no cotidiano requer motivação, tempo para si e disciplina. No início, uma prática diária de cinco a dez minutos pode ser uma boa maneira de começar e se auto motivar. À medida que vai aprofundando na técnica, pode aumentar o tempo. O recomendado é entre 20 a 45 minutos diários.
Não importa se vai meditar de manhã, tarde ou noite, mas é importante que faça isso em um lugar tranquilo e silencioso, e de preferência, sempre no mesmo local, e de maneira que fique confortável. O diferente agora é que no ioga a meditação é cada um por si, mas segundo a especialista, vale uma companhia, por sinal ela acha que acompanhado é ainda melhor, pois gera motivação e troca de experiências. Isso para mim é novidade.
A meditação está tão em voga que já existe uma empresa voltada a trabalhar com o equilíbrio emocional e o desenvolvimento pessoal através do autoconhecimento, especializada em programas corporativos de meditação e mindfulness. Alexandre Ayres e Wagner Lima criaram a MindSelf para levar para o mundo corporativo a prática regular da meditação. A dupla afirma que descobriram a meditação como forma de desenvolver o autoconhecimento e melhorar as capacidades de adaptação ao ambiente corporativo.
Tenho que confessar que não consigo meditar, não tenho paciência para isso. Não duvido dos benefícios de tal prática, mas sou um pouco cética com relação ao alcance da meditação. Tomara que faça tudo isso que os coachings e empresários prometem, será um grande ganho.

Isabela Teixeira da Costa