Dia Nacional do Livro
Data homenageia fundação da Biblioteca Nacional do Rio, que é considerada uma das dez maiores do mundo.
Sábado, 29 de outubro, foi comemorado o Dia Nacional do Livro. Para a primeira biblioteca do Brasil, Portugal disponibilizou um acervo bibliográfico muito rico, vindos da Real Biblioteca Portuguesa, com mais de sessenta mil objetos. O acervo era composto por medalhas, moedas, livros, manuscritos, mapas, etc. Ela foi instalada em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.
A escolha da data foi em razão da transferência da mesma para outro local, no dia 29 de outubro de 1810, fundando-se assim a Biblioteca Nacional do Livro, pela coroa portuguesa. Hoje, é considerada uma das dez maiores do mundo.
No início os livros eram manuscritos em pergaminhos. Em meados de 1455, depois de anos de pesquisa e trabalho duro, Johannes Gutenberg (1398-1468) criou a prensa tipográfica e publicou o primeiro livro em série, a Bíblia. A obra foi apresentada em 642 páginas e a primeira tiragem foi de duzentos exemplares. Essa invenção marcou a passagem da era medieval para a era moderna.
“O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como censura”, conta a pedagoga Jussara de Barros
Em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Pica-pau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.
Mas, nesta época de invasão tecnológica, onde crianças de meses já sabem mexer em smartphones e tablets, como introduzir o livro e incentivar a leitura infantil? Todos n´s sabemos o quanto isso é importante na vida de uma criança, tanto para desenvolver alfabetização, habilidades cognitivas, criatividade, imaginação, fala, vocabulário, compreensão e produção de textos, etc.
Recente pesquisa realizada pela Fundação Itaú Social aponta que, apesar de 96% dos entrevistados considerarem importante a leitura na infância, apenas 37% têm o hábito de ler para as crianças.
De acordo com Thalita Thomé, coordenadora pedagógica da Ensina Mais, rede de apoio escolar para alunos do Ensino Fundamental, ler histórias para a criançada é a forma mais eficaz de gerar nelas o interesse pela leitura. “Quando os pais se sentam com os filhos para ler criam um laço afetivo entre a criança e os livros, além de ser um momento muito especial de interação da família”, afirma a pedagoga.
A professora também comenta que não existem limites para a imaginação na hora dos contos infantis. “Os livros têm o poder de transportar a criança para outro mundo e ampliar seus conhecimentos de uma forma gostosa e divertida. Por isso, os pais podem usar a criatividade com teatros, usar objetos que tenham em casa, tudo para fazer a criança se sentir parte da aventura”, acrescenta Thalita.
Para iniciar essa prática de maneira prazerosa, Thalita Tomé indica três livros recheados de fantasia e conhecimento, as dicas são: “Bruxa, Bruxa, venha a minha festa”, “ A menina bonita do laço de fita” e “Pedro e Tina”, “ esses contos trazem uma abordagem muito bacana sobre diversidade de raças, laços de amizades e como enfrentar o medo, que são temas muito propícios para essa faixa etária”, finaliza a psicopedagoga.
Tentem, acho que vão gostar da experiência.
Isabela Teixeira da Costa