Cura da psoríase?

Registros do uso da loção hidratante da Pharmacure

Psoríase tem cura, ou só controle? Veja os relatos a seguir e saiba sobre um novo produto.

Vários leitores mandaram mensagens e comentaram o artigo sobre o tratamento da psoríase. Como o interesse foi grande, achei por bem transcrever os comentários, pois podem ajudar outras pessoas que sofrem com o mesmo problema.

O primeiro foi o José Carlos que disse ter dois amigos que foram curados da doença, porém não compartilhou conosco como foi esse tratamento e nem quem foi o médico que atendeu os amigos. Já entrei em contato com ele e estou aguardando retorno.

Já a leitora Ângela Rocha mandou um longo texto esclarecendo o assunto e dando uma informação bacana. “A psoríase tem aumentado muito e aqui em BH já existe um centro tratamento pelo SUS, inaugurado em 2014. Ajuda muito na divulgação e esclarecimento da doença, que gera preconceito das pessoas. (Sei bem o que é isso pois tenho psoríase desde os 7 anos de idade). A psoríase não pega, não é transmissível e pode ser “herdada” pelos filhos. Pode, isso não significa que necessariamente todos irão ter. Para o tratamento é muito bom tomar sol, viver com menos estresse, praticar alguma atividade física que ajude, e fazer um tratamento com fototerapia (luz) com recomendação e acompanhamento médico, caso não possa tomar sol. Existem tratamentos desde o mais simples até com remédios. A doença não tem cura total, mas existe bastante melhora.
Voltando ao centro de tratamento aberto pelo SUS, que atende a população que não tem como pagar, é o Centro Dermatológico exclusivo para o SUS. A notícia foi divulgada pelo Portal UAI, em 18/7/2014. ‘É inaugurado em Belo Horizonte o centro dermatológico exclusivo para o SUS. Nova unidade do Hospital da Baleia terá capacidade para 150 atendimentos por dia, contemplando patologias dermatológicas como o câncer de pele, psoríase e vitiligo. O Centro é fruto da parceria entre a Fundação Benjamin Guimarães/Hospital da Baleia e o Instituto Superior de Medicina e Dermatologia (ISMD), que investiu também em tecnologia. A unidade oferece tratamento de psoríase e vitiligo com equipamento de PUVA e UVB narrow band, fontes de luz que utilizam a combinação de medicamentos para o tratamento destas doenças. Para o câncer de pele e as lesões pré-malignas, haverá terapia fotodinâmica e com laser. Os encaminhamentos para consultas serão realizados via Rede Básica de Saúde’ .

Registros do uso da loção hidratante da Pharmacure

Existem alguns especialistas em Belo Horizonte, como o Dr. Aripuanã Cobério que é ótimo. Ele indica hidratar sempre a pele, principalmente no inverno onde aumentam as lesões.  A hidratação deve ser feita com cremes de ureia a 10% ou vaselina salicilada. Isso ajuda muito. Existem grupos de apoio no Facebook e uma comunidade no Brasil que trabalha para conseguirmos remédios mais baratos e tratamento gratuito pelo SUS e remédios para a população. Também estão pesquisando remédios biológicos e já estão divulgando os resultados. Não usem qualquer coisa que apostam em milagres, mas cuide principalmente do emocional, pois a psoríase é uma doença psicossomática e auto imune.”

 

O leitor Cristiano Araújo sofre com a doença há anos. “Controlo a psoríase com uma viajem por ano à praia. Tomo banho em aguas salgadas por cinco dias e passo azeite nos cotovelos, pernas e joelhos e ninguém nota as feridas ou os horríveis sangramentos que ocorrem quando coçam muito. A pomada Psorex também ajuda muito”.

Milton Campelo também compartilhu sua experiência: “Eu tenho psoríase, principalmente na cabeça, e há anos luto para diminuir as cascas. Fui a uma dermatologista há um mês e ela me indicou o shampoo Kertyol PSO Shampoo Ducray e uma loção manipulada para complementar. Em poucos dias sumiu praticamente tudo, usei poucos dias a loção porque não foi preciso. Sei que alguns remédios funcionam bem em algumas pessoas e para outras, não, para mim, foi uma beleza”.

Igor Corradi afirma que teve Psoríase, o que significa que não tem mais. “Fui ao dermatologista que indicou um shampoo chamado ‘Clob-X’. Usava na região da doença com o cabelo seco por 15 minutos, depois enxaguava normalmente. Depois de alguns dias a doença começou a desaparecer, até eu não precisar passar mais. Não recomendo fazer isso sem ir ao dermatologista antes”.

Já a leitora Renata afirma que curou sua psoríase com acupuntura.

Recebi um material bem interessante da Pharmacure, apresentando um novo dermocosmético que trata várias afecções dermatológicas, dentre elas a psoríase, com resultados incríveis comprovados por fotos dos pacientes que usaram o produto Postei duas fotos, mas é possível ver e ler todo o material sobre o produto no site www.pharmacure.com.br. É só entrar no link “Mídias e downloads” e ver a apresentação. Segundo as informações da empresa, a loção hidratante corporal 24 horas atua na psoríase e com quatro semanas de uso já é possível ver resultados.

A Pharmacure entrou em contato com o site e ofereceu dar um a loção gratuitamente para um de meus leitores, desde que seja permitido o acompanhamento e registro da evolução do tratamento. Quem entrar em contato primeiro, pelo meu e-mail, enviando seus dados, eu passarei para a Pharmacure.

Espero que estas experiências ajudem outras pessoas, e assim que obtiver resposta do José Carlos, transcreverei aqui.

Isabela Teixeira da Costa

Saiba como prevenir e tratar a Psoríase

Acredita-se que no Brasil 1% da população sofra com a psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, que acomete pele e articulações. O mecanismo da doença é mediado pelo sistema imune, mas há componente genético importante. A dermatologista Joana Barbosa, responsável pela Clínica Dermax, aqui em Belo Horizonte, explica que a doença tem ocorrência universal e acomete igualmente homens e mulheres, sendo que pode surgir em qualquer idade, com picos de incidência na segunda e na quinta décadas de vida.

Estudos recentes indicam um gene especifico capaz de causar a doença. Mas segundo a especialista, aspectos ambientais, geográficos e étnicos também podem interferir na sua incidência. “Já quando ocorre antes dos quinze anos correlaciona-se, frequentemente, a casos familiares”, completou.

De acordo com a dermatologista, a psoríase se manifesta, na maioria das vezes, por placas avermelhadas e escamosas, bem delimitadas, em áreas de traumas constantes na pele como cotovelos, joelhos, região anterior das pernas, couro cabeludo e região sacral. “Alguns fatores são considerados desencadeantes ou agravantes, são eles: traumas (físico, químico, elétrico, cirúrgico, infeccioso, inflamatório, escoriação das lesões); luz solar; infecção respiratória por estreptococos; HIV; medicamentos; estresse ou ansiedade; tabagismo; álcool; alterações hormonais”.

Em relação ao tratamento da doença, a médica afirma que depende da forma clínica da doença, gravidade e extensão da idade e sexo. “Em quadros leves, o tratamento é feito por meio de medicações tópicas. Na psoríase moderada a grave, a fototerapia deve ser a primeira opção terapêutica. Porém, medicações sistêmicas ativas em psoríase – terapia sistêmica tradicional e imunobiológicos – são bastante usadas em casos de piora aguda”, disse Joana.

Ela ainda cita que a psoríase pode ter relações com outras patologias, como a doença de Crohn, a uveíte e os distúrbios psiquiátrico-psicossociais, sendo a principal associada à artrite psoriática e outras. “Por ser, hoje, uma doença multifatorial com aspectos genéticos e ambientais envolvidos em sua patogênese, a cura não é possível. Mas, há possibilidade de controle e estabilidade das lesões. Por isso, o tratamento e orientação médica adequada é a única maneira de prevenir e diminuir os riscos da doença”,  garantiu a especialista.

Psoríase: uma doença que sofre preconceito

Credito: Beto Novaes/EM/D.A Press
Credito: Beto Novaes/EM/D.A Press

O paciente tem que suportar os olhares fixos com ar de desprezo e até de repulsa.

Existem algumas doenças consideradas “leves”. Não são graves, pois não provocam nos pacientes o risco de perder a vida, não são contagiosas, mas também não têm cura e, infelizmente, são visíveis, pois a maioria delas são na pele – o órgão mais exposto do corpo humano –, como é o caso do vitiligo, da psoríase ou mesmo de grandes manchas. Elas provocam nas pessoas um certo estranhamento, que gera um preconceito. E quem sofre com isso, mais uma vez, é o paciente, que, além de ter que lidar com a doença, tem que suportar os olhares fixos com ar de desprezo e, às vezes, até de repulsa.
Tenho uma amiga linda, animada e extrovertida. Quando a conheci, vi no couro cabeludo, avançando pela testa e também no cotovelo, uma série de manchas vermelhas escamando de branco. Nunca tinha visto aquilo, pensei que fosse alergia a algum produto ou shampoo. Isso foi há muitos anos, ela ainda não pintava cabelo, portanto não poderia ser alergia à química da tintura. Perguntei na lata o que era, na maior inocência. Ela também respondeu com total naturalidade que era psoríase. Intrometida e curiosa como sou, continuei minha arguição jornalística, e ela foi respondendo e me explicando direitinho o que era, como era. Somos amigas até hoje. Praticamente os sintomas não aparecem mais. Ela nunca se deixou abalar por isso. Se deixou, nunca transpareceu. Achei muito legal da parte dela a naturalidade que abordou o problema.
Estudo recente feito pelo Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto apontou que a psoríase pode levar o paciente a manifestar sintomas de depressão e fobia social em função deste preconceito. No levantamento, 63,7% dos participantes tiveram a qualidade de vida impactada negativamente pela doença; sendo que 54,1% apresentaram sinais de ansiedade e depressão. A amostra, segundo a pesquisa, foi com pacientes das regiões Norte, Sudeste e Sul do Brasil. Vinte e nove de outubro é o Dia Nacional da Psoríase, que afeta 125 milhões de pessoas no mundo.
“A psoríase é uma doença mais comum do que se pensa, pois atinge 3% da população mundial. É fundamental que todos saibam que ela não é contagiosa. Até hoje não se sabe a real causa, mas há estudos que apontam que cerca de 30% dos casos têm fatores genéticos envolvidos, além do estresse emocional, com algumas infecções e traumas. A forma mais comum da doença se manifesta pelo aparecimento de lesões avermelhadas cobertas por escamas esbranquiçadas e prateadas. Embora persistente e crônica, ela tem tratamento”, destaca a dermatologista Lívia Pino.
A psoríase é cíclica, ou seja, aparece e desaparece de tempos em tempos. Sabe-se que está ligada ao sistema imunológico. Entre as prováveis causas do surgimento da doença estão o histórico familiar – entre 30 e 40% dos pacientes –; estresse; obesidade; tempo frio; consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, que não só aumenta as chances de desenvolver a doença como também a gravidade dela. O tratamento é fundamental para uma boa qualidade de vida do paciente, já que a psoríase não tem cura, porém, com o tratamento correto, fica quase imperceptível. Nos casos mais brandos, a hidratação da pele e aplicação de medicamentos tópicos na região das lesões e exposição diária ao sol são suficientes para melhorar o quadro e desaparecer os sintomas. Nos moderados, o tratamento com exposição à luz ultravioleta A é necessário, e uma alimentação balanceada aliada à atividade física. Para alguns pacientes é importante um acompanhamento psicológico.
Na alimentação, segue a dica: procurar alimentos ricos em ômega 3, como os peixes de água fria (atum, salmão, sardinha, bacalhau), azeite, sementes e nozes. Frutas de cores diferentes, verduras e legumes. Quanto mais colorido de vegetais for o prato, melhor. Cenouras, couve, batata-doce, abóbora, brócolis, mangas, figos e morango são alguns exemplos. O morango é rico em ácido fólico, outra substância que ajuda a controlar a inflamação.

Isabela Teixeira da Costa/Interina