23a CASACOR Minas

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Casa Cor Minas 2017 Foto Jomar Bragança

A Casa Cor retorna para uma das regiões mais efervescentes da capital: a Praça da Estação.

Depois do sucesso da edição de 2016, que celebrou a conquista pelo Conjunto Moderno da Pampulha do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, a Casa Cor Minas Gerais se prepara para mais um ano de novidades. Seguindo antenada aos movimentos urbanos contemporâneos se propõe um novo olhar sobre a cidade e sobre a forma como ela vem sendo percebida e vivida por seus moradores.

Os diretores Eduardo Faleiro e Juliana Grillo iniciaram um novo processo de relacionamento da Casa Cor Minas com a capital, e uma das principais características e conquistas da gestão implementada pela dupla foi dar vida à casa. No ano passado todos os dias a Casa Cor estava animada, cheia de gente celebrando em vários ambientes. Essa proposta será intensificada este ano.

A Casa Cor Minas 2017 nasce com o desafio de ampliar cada vez o conceito de morar bem na contemporaneidade.  A proposta deste ano é ocupar um prédio histórico da capital mineira, integrante do conjunto arquitetônico da Praça da Estação. Localizado na rua Sapucaí 383, o prédio possui três pavimentos, porão, sótão e jardins. O local funcionou como sede da extinta Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA, e está diretamente associado à criação de Belo Horizonte. Nos últimos anos o prédio vem passando por um processo de restauração, sob a supervisão do IPHAN, para abrigar futuramente as instalações do Museu Ferroviário.

O imóvel escolhido está localizado em uma espécie de corredor cultural e gastronômico da capital, que vem se estabelecendo de forma totalmente espontânea. Entre os espaços estão: Museu de Artes e Ofícios, Funarte, Espaço 104, Centro de Referência da Juventude, Serraria Souza Pinto, Teatro Espanca!, Duelo de MC´s, Baixo Centro Cultural, Praia da Estação, Benfeitoria, Salumeria Central, Pecatore, Gruê, Dorsé, blocos de carnaval, entre outros. Além disso, a rua Sapucaí está localizada numa região estratégica, possibilitando uma das vistas mais privilegiadas da cidade.

De acordo com o diretor Eduardo Faleiro, a escolha do imóvel vai ao encontro do atual momento de discussão sobre a utilização do espaço público, observada não apenas em Belo Horizonte, mas também em outras cidades brasileiras e no exterior. “Estamos muito felizes em poder contribuir para o resgate histórico desse belíssimo imóvel, que está fechado há anos, e por levantar uma reflexão sobre o hipercentro da capital. A edição realizada em 2000, na Casa do Conde, foi responsável pelo maior público da história da Casa Cor Minas em todos os anos. Outro ponto interessante é nosso histórico, que já contabiliza 13 edições realizadas em imóveis tombados, servindo para levantar questões sobre a importância da preservação e o resgate destes imóveis e também por gerar visibilidade e acessibilidade a esses prédios, contribuindo assim para a preservação da memória e da identidade cultural da cidade”, destaca Eduardo.

Juliana Grillo destaca a relevância do tema desta edição: Foco no Essencial. Trata-se de um tendência mundial trazida a partir do questionamento sobre o excesso de supérfluos em todas as áreas, tanto de consumo, como de informação. “A proposta para esta edição é um verdadeiro desafio para que arquitetos, designers de interiores e paisagistas possam surpreender o público com projetos que consigam trazer o design para mais perto das pessoas. O espaço que escolhemos para abrigar a mostra deste ano está em perfeita sintonia com sua temática, na medida em que possibilita ambientes mais amplos, com espaços generosos, capazes de trazer muitas possibilidades de reflexão sobre a moradia com foco no essencial. A ideia desta edição é mostrar que a vida pode ser mais simples”, reflete a diretora.

Serão utilizados ao todo cerca de 4.000 metros quadrados de área, que serão distribuídos em aproximadamente 40 ambientes. A organização espera receber 40.000 visitantes durante o evento.

Eu já estou ansiosa para a abertura oficial da mostra e para escolha dos ambientes da 23a edição. A proposta do tema será um desafio fabuloso para trazermos o design mais perto das pessoas. Contemos os dias!

 

Flávia Freitas

Reformar a casa de forma barata

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É possível contratar um profissional que renove o layout de forma barata e sustentável.

Tem muita gente que gosta de renovar e reformar a casa com certa frequência. São aquelas pessoas que gostam de variar. Eu, por exemplo, sempre gostei de uma decoração na minha casa que possibilitasse mudar os móveis de lugar, de vez em quando. Infelizmente, onde moro não tenho essa opção. A mudança dos ambientes de uma residência é sempre bem vinda para dar um toque especial, levando em conta a arquitetura e decoração.

Porém, quando se pensa em reforma a preocupação é grande por causa dos custos como por exemplo a contratação de um especialista na área e os materiais que serão utilizados. O arquiteto Thiago Papadopoli afirma que é possível realizar uma obra gastando pouco, e a solução é simples: reutilizar produtos.

É importante colocar no papel todas as informações referentes ao que será efetuado no projeto para garantir um bom planejamento. É preciso passar todas as orientações para o arquiteto contratado, pois ele irá avaliar a casa ou apartamento e aconselhar sobre o que deve ser mexido, levando em conta as necessidades dos moradores.

Thiago explica que ao reutilizar produtos, as despesas se tornam menores e o espaço fica personalizado conforme o gosto do cliente. “Em um dos meus projetos, utilizei esse ideal de reforma barata, por meio de caixotes como prateleiras decorativas na área gourmet da casa. Outros diferenciais foram as garrafas de vidro colocadas como lustres e a pia preparada com tacho esmaltado”, conclui.

Na hora de reformar é necessário identificar os pontos principais que deverão ser executados, sempre ao lado de um profissional para que desde o planejamento, até a conclusão da obra, os gastos sejam mínimos e o layout se torne a cereja do bolo da decoração.

Azulejo português

20161007_183355A beleza dos azulejos português.

Em viagem recente a Portugal percebi que, além da história, da arquitetura antiga, das casas de fado e da gastronomia, a arte da azulejaria é uma das coisas mais belas de se ver.

O uso dos azulejos em painéis, palácios, igrejas e fachadas dos edifícios, numa estreita relação com a arquitetura me fascinou.

De origem Árabe, o azulejo é considerado hoje, uma das expressões mais fortes da cultura portuguesa. Com diferentes características, este material tornou-se um elemento de construção em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para as expressões mais fortes da cultura com intervenção poética ao longo de mais de cinco séculos. Normalmente associado à arquitetura, em revestimento de interiores ou exteriores ou como elemento decorativo, transformou Lisboa em referência mundial nesse tipo de arte ornamental.

Os azulejos portugueses também serviram de fonte de inspiração para artistas modernos fazerem suas releituras do passado, como é o caso da artista plástica Adriana Varejão que fez um belo trabalho usando azulejo como elemento essencial de sua pintura, dando às artes plásticas brasileira muita expressividade.

A artista plástica Viannita Barcellos que estudou a arte da azulejaria em Portugal cria belíssimos painéis fazendo a releitura dos azulejos do século XVIII usando as cores que dominavam na época, azul e branco, e inovando inserindo cores da tropicalidade brasileira.

Na verdade a arte da azulejaria  continua assumindo posição de destaque e renovação na arquitetura contemporânea brasileira.

Segue algumas fotos de da arte dos azulejos e Portugal.

Flávia Freitas

Curso sobre a Itália

O Atelier Casa de Cultura Lúcia Castanheira está promovendo curso de arte e história italiana com o professor Luiz Flávio.

É um minicurso de quatro módulos sobre a arte e a história da Itália, um dos maiores patrimônios culturais do mundo. Este curso já foi ministrado há algum tempo com grande sucesso e a pedidos, estão reeditando.

Quais são as relações entre história, arte, arquitetura e cidade? Como pensava Giulio Carlo Argan – no seu clássico História da arte como história da cidade –, a cidade é sua arquitetura, compreendendo a organização e o aproveitamento do território para o desenvolvimento sócio-econômico e, portanto, ambiental e político. Para o grande teórico, “é arquitetura tudo o que concerne à construção; e é com as técnicas de construção que se institui e organiza, em seu ser e seu devir, a entidade social e política que é a cidade”.

Os fatos urbanos podem ser relacionados às obras de arte? Para os dois autores italianos, a cidade é coisa humana, obra produzida pela imaginação, testemunho de memória e valores, sendo, portanto, objeto e fato artístico. Analisando as tramas da construção do ambiente humano, perceberemos que a invenção da cultura e da história são necessidades que emanam da vida cotidiana e social.

A proposta do curso Arte e história na Itália é justamente analisar a história e a arte (pintura, escultura e arquitetura) produzida na Itália, da Antiguidade romana ao esplendor barroco do século XVII, um dos maiores patrimônios culturais do ocidente e do mundo, numa história dos fatos culturais e artísticos que será contada a partir de algumas das mais importantes e famosas cidades italianas, com seus belos templos, teatros, igrejas, monumentos e museus.

Muito interessante para quem pretende viajar para a Itália, bem como para quem gosta de adquirir conhecimento de forma geral e se interessam pela arte e cultura italianas e desejam compreendê-las em profundidade.

Programação:

Roma Antiga –  29/6

Itália Bizantina e Gótica – 11/7 ou 13/7

Florença Renascentista – 1/8 ou 3/8

Roma Barroca – 15/8 ou 17/8

Aulas às segundas, das 14h30 às 17h ou às quartas, das 19h às 21h30

Atelier Casa de Cultura Lúcia Castanheira, Rua São Pedro da União, 106, Sion

e-mail ateliercasadecultura@gmail.com

Telefones (31) 99644-3234 ou 3223-6912

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