O caso SKY: juntos, somos fortes

Resolvi meus problemas com a SKY graças a todos os meus seguidores e leitores que acessaram meu texto e deixaram comentários. Obrigada!

Há algumas semanas postei aqui um desabafo sobre a TV por assinatura SKY e como eu estava ficando louca tentando resolver um problema de uma oferta feita por eles. Não vou repetir aqui o ocorrido, mas o texto está aqui no site para quem quiser ler.

Postei em meio ao caos da greve dos caminhoneiros e a falta de combustível. Poucas horas depois, recebi alguns WhatApps de amigos me informando que o marido de uma grande amiga é gerente da referida empresa, e me passando o celular dele. Na mesma hora liguei, disse que tinha escrito o artigo, por isso nossos amigos em comum tinham me dado seu número. Expliquei a ele tudo o que tinha acontecido e, claro, ele se prontificou a resolver, até porque ele é um encanto de pessoa e muito prestativo. Posso falar porque o conheço.

Toquei minha vida. Trabalhei no jornal, e depois que saí fui abastecer o carro da minha irmã que estava no cheiro. Acho que já estava abaixo da reserva.  Como ela trabalha até de noite, me prontifiquei para enfrentar a longa fila.

Depois de algumas horas na fila, resolvi olhar meu celular e achei estranho, porque vi algumas mensagens, tanto no e-mail quanto no Facebook, sobre a SKY, inclusive funcionários da empresa pedindo meu telefone. Decidi então entrar no administrador do meu site e tive a maior surpresa.

Graças a cada um de vocês, minha justa reclamação sobre a empresa teve 44 mil acessos e 240 comentários. Foi um misto de espanto, alegria e tristeza. Espanto de ver tanto acesso, em tão pouco tempo – isso é muito raro em um blog. Alegria pelo meu texto ter “bombado”, é o sonho de qualquer jornalista, blogueiro, escritor. Este foi meu Best Seller. Tristeza de ver quantas pessoas estão insatisfeitas com a SKY, quanta gente tem problema com a operadora e não consegue resolver.

Fiz questão de aprovar todos os comentários, e li cada um deles. Algumas queixas são tão fáceis de solucionar. Toda grande empresa tem um sistema de controle do que estão falando sobre ela na internet, nas redes sociais. Quando meu artigo atingiu níveis tão altos de acesso, com certeza acendeu um luz vermelha na empresa, e eles entraram em contato comigo. Apesar de o meu amigo já estar trabalhando na questão, a área de São Paulo assumiu o caso. Em poucos dias estava tudo solucionado. Mais uma vez digo, graças a cada um de vocês.

Isso comprovou uma coisa que todos nós sabemos, mas, infelizmente, usamos muito pouco: JUNTOS SOMOS MUITO FORTES. Se nos unirmos, conseguiremos vencer qualquer batalha, a nosso favor, a favor da nossa qualidade de vida, da nossa família, dos nossos direitos, do nosso país. Juntos, podemos enfrentar problemas de injustiça, corrupção, abuso que sairemos vitoriosos, pena que usamos muito pouco esse nosso poder. Por quê? Por não confiarmos nas pessoas que levantam as bandeiras das lutas. Elas podem até ser legítimas, porém, sabemos que sempre existem interesses por trás desses “líderes”.

O movimento contra a corrupção ganhou força – pena que enfraqueceu, principalmente durante a Copa e os políticos já estão aprontando na surdina – porque foi popular, sem líder aparente.

Obrigada, mais uma vez. Me coloco aqui à disposição para ajudar meus leitores a dar voz a suas questões, desde que sejam reclamações legítimas, e peço que não esqueçam a força que temos em nossas mãos quando agimos juntos.

Isabela Teixeira da Costa

Problemas e dores

Às vezes é bom tomarmos conhecimento de problemas de outras pessoas para cairmos na real e percebermos que o nosso não é o maior e nem o único do mundo.

Qual a maior dor? E o pior problema? É engraçado, mas uma das coisas que ouvi muito no último mês foi isso: qual a maior dor? Consequência do cálculo renal e da cólica ser tida como das piores dores que existem. Inclusive comparam com a dor do parto, dizendo que a dos rins é pior. Como eu já tive uma filha, a pergunta é imediata, na tentativa de matar a curiosidade e conseguir a resposta.

Realmente, a cólica renal é terrível, da mesma forma que a dor da contração no trabalho de parto também, porém, fui anestesiada antes do parto, dessa forma, a dor mesmo da hora H do parto não senti, bem como a maioria das mulheres não a sente mais, desde que inventaram a anestesia. As únicas corajosas que enfrentam tudo, a seco, são as que optam pelo parto natural, de cócoras ou dentro da água. Essas sim, rejeitam qualquer medicação, querem sentir todo o processo de dar a luz.

Porém, independente de saber qual a pior dor em termos de classificação médica ou popular e sem querer menosprezar qualquer tipo de mal, penso que a pior dor é a que estamos sentindo no momento. Sinceramente, não fomos criados para sofrer. Tudo o que nos tira do normal, da nossa condição natural e saudável é extremamente desagradável e, portanto, na minha opinião, o pior sofrimento no momento.

Fazendo um comparativo com a dor, pensei em problemas. Algumas pessoas têm o costume de achar que o seu problema é o maior ou, até mesmo, o único do mundo. Realmente, quando estamos com um problema, sofremos e tentamos resolvê-lo, algumas vezes sem sucesso. A angustia pela qual passamos nos leva a um estado que muitas vezes nos impede de enxergar a luz no fim do mundo.

Tenho um grupo de amigas, e, há algumas semanas, uma delas passou por um grande problema, daqueles que a gente acha que só existe em novela. Nos unimos para ajudá-la, dentro do possível, darmos apoio e orarmos por ela. Depois, outra amiga, chocada pelo que tinha ocorrido me chamou no canto e disse: “Depois dessa acho que não tenho problema nenhum”.

Uma chacoalhada dessas é boa. Não que vamos deixar de ter problemas, mas poderemos, de forma racional, colocar os nossos problemas na categoria correta em vez de supervaloriza-los. É problema? É, mas não é o maior e nem o único. Não é tão grande como imaginamos que seja. Quando deparamos com outro maior e mais complicado, recebemos um choque de realidade e isso nos ajuda a ver nossa situação com outros olhos e muitas vezes conseguimos achar o caminho para solucionar a situação difícil pela qual passamos. É como se, por alguns momentos, nos distanciássemos do nosso mundo que estava nos engolindo.

Sabe aquela máxima que quem está de fora enxerga melhor a situação? Pois é, foi mais ou menos isso que ocorreu naquele momento. Achei tão interessante que resolvi compartilhar aqui. Por pior que seja o nosso problema, devemos saber sempre, que tem muita gente com problema pior. Devemos manter a calma e tentar ser racionais para conseguir ver a situação como se fosse uma pessoa de fora, e assim resolver o problema.

Isabela Teixeira da Costa