Saiba como prevenir e tratar a Psoríase

Acredita-se que no Brasil 1% da população sofra com a psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, que acomete pele e articulações. O mecanismo da doença é mediado pelo sistema imune, mas há componente genético importante. A dermatologista Joana Barbosa, responsável pela Clínica Dermax, aqui em Belo Horizonte, explica que a doença tem ocorrência universal e acomete igualmente homens e mulheres, sendo que pode surgir em qualquer idade, com picos de incidência na segunda e na quinta décadas de vida.

Estudos recentes indicam um gene especifico capaz de causar a doença. Mas segundo a especialista, aspectos ambientais, geográficos e étnicos também podem interferir na sua incidência. “Já quando ocorre antes dos quinze anos correlaciona-se, frequentemente, a casos familiares”, completou.

De acordo com a dermatologista, a psoríase se manifesta, na maioria das vezes, por placas avermelhadas e escamosas, bem delimitadas, em áreas de traumas constantes na pele como cotovelos, joelhos, região anterior das pernas, couro cabeludo e região sacral. “Alguns fatores são considerados desencadeantes ou agravantes, são eles: traumas (físico, químico, elétrico, cirúrgico, infeccioso, inflamatório, escoriação das lesões); luz solar; infecção respiratória por estreptococos; HIV; medicamentos; estresse ou ansiedade; tabagismo; álcool; alterações hormonais”.

Em relação ao tratamento da doença, a médica afirma que depende da forma clínica da doença, gravidade e extensão da idade e sexo. “Em quadros leves, o tratamento é feito por meio de medicações tópicas. Na psoríase moderada a grave, a fototerapia deve ser a primeira opção terapêutica. Porém, medicações sistêmicas ativas em psoríase – terapia sistêmica tradicional e imunobiológicos – são bastante usadas em casos de piora aguda”, disse Joana.

Ela ainda cita que a psoríase pode ter relações com outras patologias, como a doença de Crohn, a uveíte e os distúrbios psiquiátrico-psicossociais, sendo a principal associada à artrite psoriática e outras. “Por ser, hoje, uma doença multifatorial com aspectos genéticos e ambientais envolvidos em sua patogênese, a cura não é possível. Mas, há possibilidade de controle e estabilidade das lesões. Por isso, o tratamento e orientação médica adequada é a única maneira de prevenir e diminuir os riscos da doença”,  garantiu a especialista.