Surpresas de viagem
Viagem traz sempre surpresas, só não imaginei que elas começariam assim que cheguei ao aeroporto.
Pela primeira vez na vida viajei sozinha. Foi um sozinha entre aspas, porque encontrei com muitas pessoas conhecidas, já que fui para o casamento do filho de uma grande amiga. Mas fui e voltei sozinha e fiquei em um apartamento sozinha também.
Assim que cheguei ao aeroporto encontrei com um casal de amigos, Lucinha Guedes e Eduardo Dolabela, que iam no mesmo voo que eu para Portugal, porém seguiriam para Paris – viagem para comemorar o aniversário de Eduardo. Ficamos juntos e conversa vai – conversa vem, descobri que sou prima dos dois, casa um de um lado. Conheço o casal há anos e nunca soube disso. Foi uma grata surpresa.
Assim que entrei no avião, quando fui assentar, o senhor que estava na janela perguntou se poderia de trocar de lugar com sua mulher, que estava assentada na fileira de traz, ao lado de uma moça. Na hora eu troquei e ainda disse que viajar separado era muito ruim. Eles ficaram extremamente agradecidos. Assim que me acomodei, a moça que estava ao meu lado fez questão de explicar porque eles ficaram tão felizes. O mesmo pedido tinha sido feito a ela, que negou, de certa forma, pedindo para aguardar quem chegaria para ocupar o lugar. E continuou explicando que tinha claustrofobia e tinha marcado o assento desde o ano passado, e não gostaria de assentar ao lado de uma mãe com um bebê ou de uma pessoa obesa, pois ela ficaria mais apertada, e com a claustrofobia, não seria uma viagem agradável.
Fiquei pensado naquela situação toda. Os dois estavam com a razão, o casal por querer viajar junto e ela por ter o direito de escolher com quem viajar ao lado. O casal não deveria ficar chateado pelo pedido de espera, mas enfim, não custa ser gentil e deu tudo certo. A viagem foi agradável, e quando aterrissamos, e senhora me deu um guardanapo de papel com uma mensagem muito linda de agradecimento, dizendo que pessoas que ajudam ao próximo são como anjos de Deus de Terra.
Chegando em Portugal eu tinha que pegar as malas, comprar um chip de telefone e pegar o carro que tinha alugado pela internet, e aí começam a dar os problemas. Os portugueses não são muito bons de informação. Parece que têm preguiça. Perguntei que horas abria a loja da operadora de celular, e me informaram que em uma hora e meia, só que tinha uma loja da mesma operadora aberta no andar de cima do aeroporto. Só fiquei sabendo disso quando fui à locadora de veículos e eles não conseguiam encontrar minha reserva e eu disse que precisava esperar abrir a loja da operadora para ter acesso ao meu e-mail.
Enfim, celular funcionando descobri que tinham alterado a minha reserva do carro para o dia da saída do meu voo. Eles pedem o número do voo e a data de saída, mas esquecem que saímos em um dia e chegamos no outro. Consegui resolver tudo.
Aí foi a vez do desafio de dirigir em uma cidade desconhecida pela primeira vez. Santo Waze. Este programa conduz a gente com perfeição e como a sinalização e as placas de indicação são muito boas na Europa, consegui me movimentar muito bem por lá. Só dei uma mancada, não peguei carro com o aparelho de pedágio pago. Nunca vi tanto pedágio na minha vida. Fica a dica, alugue carro na Europa com pedágio pago.
Depois conto mais. A viagem foi ótima.
Isabela Teixeira da Costa