Aniversário
Filarmônica de Minas Gerais celebra 60 anos do Maestro Fábio Mechetti e do violoncelista Antônio Meneses.
Nos dias 3 e 4 de agosto, a Filarmônica de Minas Gerais recebe Antônio Meneses, maior violoncelista brasileiro de todos os tempos. O concerto marca a comemoração pelo aniversário de 60 anos do músico, assim como do maestro Fabio Mechetti. A Orquestra revelará obra rara ao público: o Concerto para violoncelo de Hans Gál. No repertório também estão Um ato de fé, de Levy Oliveira, um dos finalistas a receber menção honrosa no Festival Tinta Fresca 2016, e O beijo da fada: Divertimento, de Stravinsky.
“É um momento ainda mais especial, quando Antônio e eu celebramos, neste mês, nossos 60 anos de vida. Com grande alegria, portanto, comemoramos essa ocasião com o que nos faz mais felizes: música. Meneses decidiu celebrar com o concerto de Hans Gál, obra pouco conhecida, mas de grande interesse e beleza”, conta Mechetti
Antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o público poderá participar dos Concertos Comentados, palestras que abordam aspectos do repertório. O palestrante das duas noites é o regente, compositor e professor de Composição da Universidade Federal de Minas Gerais, Oiliam Lanna.
Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Líder Aviação.
O repertório
Levy Oliveira (Congonhas, Brasil, 1993) e a obra Um ato de fé (2015)
Embora ainda jovem, Levy Oliveira desenvolve trabalho de alcance internacional, com obras já executadas em nove países, principalmente, por meio de festivais, como Monaco Electroacoustique 2015, e Open Circuit 2016, na Inglaterra. Originalmente intitulada A leap of faith, a obra Um ato de fé recebeu menção honrosa no Festival Tinta Fresca 2016, realizado pela Filarmônica de Minas Gerais. A peça se inspira no poema A Música das Almas, de Vinicius de Moraes, e destaca, assim como no texto literário, a oposição entre tormenta e calmaria.
Igor Stravinsky (Oranienbaum, atual Lomonosov, Rússia, 1882 – Nova York, Estados Unidos, 1971) e a obra O beijo da fada: Divertimento (1928 / orquestração 1934 / revisão 1948)
No pós-guerra, Stravinsky vive um período na Suíça, onde escreve obras alinhadas ao novo objetivismo da música ocidental, baseado no antiwagnerismo e repleto de experiências neoclássicas e neobarrocas. Em tal contexto, surge O beijo da fada, peça encomendada por Ida Rubinstein, atriz e dançarina ucraniana que patrocinou muitos artistas de seu tempo, no 35º aniversário da morte de Tchaikovsky. O argumento é um conto de Hans Christian Andersen, A Dama das Geleiras. O beijo da fada combina as agradáveis melodias de Tchaikovsky ao colorido orquestral único de Stravinsky.
Hans Gál (Brunn am Gebirge, Áustria, 1890 – Edimburgo, Escócia, 1987) e a obra Concerto para violoncelo, op. 67 (1944)
Compositor, professor, escritor e musicólogo, Hans Gál nasce em pequena aldeia nos arredores de Viena, onde realiza os estudos musicais. Em sua trajetória, os efeitos da guerra seriam devastadores, com exílios forçados e perda de parentes próximos. A vinda da filha Eva para perto dos pais, em 1944, ajuda Hans e sua esposa, Hanna, a superar episódios trágicos. Naquele ano, Gál inicia a composição do Concerto para violoncelo, no qual transparecem traços do seu estilo refinado, enraizado na tradição clássica austro-alemã e marcado por clareza formal, textura contrapontística e densa harmonia.
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais em números
De 2008 pra cá (dados até dezembro de 2016):
820 mil pessoas ouviram a Filarmônica ao vivo
641 concertos foram realizados
835 obras foram tocadas
242 compositores brasileiros e estrangeiros foram interpretados
52 estreias mundiais e 11 encomendas foram apresentadas
93 concertos foram realizados no interior de Minas Gerais
27 concertos foram realizados em cidades do Norte ao Sul do país
5 concertos aconteceram em cidades da Argentina e Uruguai
6 álbuns musicais foram lançados, sendo 3 deles internacionais
513 notas de programa foram produzidas
115 webvídeos foram disponibilizados
56 mil fotografias registraram esse desenvolver da história
318 concertos foram gravados
4 exposições temáticas sobre música sinfônica foram montadas
3 livros sobre a formação de uma orquestra foram publicados
1 DVD de iniciação à música orquestral foi criado
92 músicos estão trabalhando
18 nacionalidades convivem em harmonia
60 mil oportunidades de trabalho foram abertas
3.320 assinaturas apoiam a programação artística
7 prêmios de cultura e de desenvolvimento foram recebidos
SERVIÇO
Série Allegro
3 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
4 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais
Ingressos: R$ 40 (Balcão Palco e Coro), R$ 50 (Mezanino), R$ 62 (Balcão Lateral), R$ 85 (Plateia Central) e R$ 105 (Balcão Principal).
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto
De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.
Aos sábados, das 12h às 18h.
Em sábados de concerto, das 12h às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 13h.