Moda praia

Cila e TT Beachewear lançam coleção verão’18 juntas, amanhã, na loja Cila Savassi, que está sendo “caracterizada” para receber os clientes.

A partir de hoje, segunda-feira, quem passar pela avenida Contorno com rua Lavras, verá a artista Clara Valente sobre um andaime pintando a fachada da loja Cila Savassi. Ela vai passar para as paredes imagens relacionadas com os Andes, tema das coleções das duas marcas de beachwear comercializadas no endereço: Cila, tradicional marca de moda praia e piscina da cidade, sempre atual e com muito sucesso e a jovem TT, marca autoral de Tete Vasconcelos. O lançamento das duas coleções será na amanhã, 19, com muitas atrações, inclusive exposição de fotos da viagem.

Clara Valente foi convidada por Tete Vasconcelos, estilistas das duas grifes, para trabalhar, em co-criação com ela, as estampas da TT Beachwear, estendendo esse trabalho à fachada da Cila.

A inspiração de Tetê Vasconcelos para a criação da das duas coleções foi a viagem recente de mais de 5 mil quilômetros que fez pelo norte da Argentina, Bolívia e Chile. As coleções, cada uma com sua identidade, exibem traços, elementos e cores da natureza, que ela conferiu nessas andanças, em locais inspiradores como Purmamarca, o Salar de Uyuni, os desertos do Siloli e de Atacama.

“Chegou o dia de subir os Andes. Rodar 5 mil quilômetros até sentir a secura do Deserto de Atacama. Nas minhas andanças pelo mundo, esta foi uma aventura diversa de tudo que já tinha vivido até então. Segui na boleia de uma pick-up com o meu pai em um comboio de amigos por trilhas de rípio, areia e sal, o ar rarefeito a alterar o ritmo da respiração.

Platôs de sal que escapam ao alcance dos olhos e explodem em várias tonalidades, dependendo da hora do dia. Flamingos de plumagem preto-rosácea passeiam calmamente pelas inúmeras lagunas salgadas, ao longo do caminho de desertos terracota.

De volta para nossas montanhas, trouxe as cores de Purmamarca, do inexplicável Salar de Uyuni, dos desertos do Siloli e de Atacama. Tudo isso fonte de inspiração para duas coleções e, agora, grafadas em biquínis, maiôs, croppeds, quimonos…e por aí vai”, conta a estilista Tetê.

Cila – Do mar aos Andes

 

O olhar da coleção Cila verão/18 para essa experiência nos Andes foi muito em cima da natureza e das paisagens vistas, sentidas e, agora, transpostas para as estampas que foram definidas como:

* Siete colores – Região norte da Argentina, destacam os muros terracota que contrastam com o azul anil do céu e se harmonizam com as cores das montanhas.

*Uyuni zig zag – Através de fotos do pôr do sol no Salar de Uyuni foi feita uma junção das várias tonalidades desse espetáculo natural e, depois, uma geometria em zig-zag  para dar um tom mais moderno. O Salar – maior planície de sal do mundo – tem um chão branco a perder de vista em que, às vezes, aparecem ilhas de pedras com cactos gigantes e em alguns períodos do ano ficam alagados… é como um espelho que reflete o céu, as nuvens e as estrelas durante a noite.

*Lagunas – As lagoas de alta altitude e de muitas cores, aos pés de vulcões com neves no topo e vegetação rasteira.

*Atacama terracota – A cor terracota predomina entre dunas, falésias, cânions, montanhas, areia, sal e as próprias construções da charmosa e rústica vila de San Pedro de Atacama. Essa estampa é mais um mosaico de paisagens.

*Listra Salar – Uma estampa elaborada a partir de uma foto do Salar, na qual a imensidão do branco contrasta com o azul do céu.

*Mapa desértico – Estampa baseada em mix composto por mapas locais cheios de ilustração, placas pela estrada, llhamas, sinalizações históricas, etc.

*Mapa P&B – Cila sempre exibe uma versão P&B em suas coleções.

*Suculentas – Mix de suculentas típicas de regiões desérticas. O destaque é a multiplicidade de tons de verdes e os tipos dessa planta.

*Quinoa – Trata-se de um desenho com um mix de quinoas típicas da região em torno do Salar de Uyuni..

 

TT Beachwear – Coleção Andes Tropical

 

TT gosta de desconstruir para depois construir. E tudo isso de uma maneira artística, poética, algumas vezes dramática, outras bem leve e minimal.

E nesse mood traduz os Andes em cores, formas geométricas, desconstrução e transposição de fotografias da viagem.

Além da natureza, o trabalho revela o artesanato, as texturas, os símbolos, o misticismo e as lendas andinas. Em uma parte da estamparia, surge um viés artístico com a cocriação de desenhos com a artista plástica Clara Valente, do coletivo Quarto Amado, reconhecida por seu trabalho inusitado e vigoroso.

Estampas

O trabalho feito em co-criação com Clara Valente, cuja característica são desenhos vetoriais artsy. O outro é uma desconstrução de várias fotos da viagem com colagem e retratando cores e símbolos andinos.

 

1 – Estampas com Clara Valente

Mystic flamingos – Os típicos flamingos, que habitam as lagoas altiplânicas, são os protagonistas. Eles aparecem em pé e voando em dupla.

Artistic Andes – Praticamente uma versão maxi do desenho mystic flamingos com a adição de um elemento básico da região: os cactos.

Cholas – Símbolo da Bolívia indígena autêntica, as cholas, com saia rodada, poncho colorido, blusas delicadamente estampadas e um chapéu-coco por cima do cabelo dividido em duas longas tranças, chamam a atenção e são, de fato, pessoas onipresentes. Aqui, elas aparecem numa versão geométrica e conceitual.

 

  1. Estampas com as fotos desconstruídas

Colours of Andes  – Uma profusão de cores e texturas captados através de recortes de fotos, que retratam o artesanato local.

Cactus flower – Composição de duas fotos da região do Salar de Uyuni sobrepostas e com suas cores no negativo. São elas: a do misterioso e cheio de história cemitério de trens e a da ilha de pedras e cactos Incahuasi.

Andean nature – De uma forma completamente desconstruída de maneira geométrica e compondo um verdadeiro labirinto, esse print é um mix de fotos do pôr do sol do Salar de Uyuni, na Bolívia.

Dalí desert – No sudoeste da Bolívia, quase chegando no Atacama, praticamente na fronteira com o Chile, o chamado Deserto de Dalí é impressionante. A composição exibe elementos místicos, símbolos andinos, e a primitiva cruz andina, chamada chakana.

 

Fotos Cila – Breno Mayer

Fotos TT – Piero Dávila

A beleza e os efeitos do mar

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Vista do mar na praia Azeda, Búzios. Fot Regina Teixeira da Costa

Uma das boas coisas de ir a uma praia é admirar o mar.

Tem coisa mais relaxante do que sentar e ficar à toa, quieto, olhando o mar? Acho que não. Pensando bem, um boa mensagem com pedras quentes também é número relaxante, mas aí já é mais complicado, depende de muita coisa: sala, profissional competente, equipamento, música, etc. O mar é a natureza, simplesmente está lá para ser visto e aproveitado. Criação perfeita de Deus como tudo o que Ele fez.
Estou na praia. Para falar a verdade, não sou apaixonada por praia. Prefiro muito mais ir para o campo, montanhas. Para olhar, não para escalar, que fique bem claro. Mas gosto muito do mar, de ficar olhando para ele, de nadar no mar. É revigorante. Acho bom demais! Pensando bem, para mim, o grande problema de uma praia é a areia. Principalmente, quando passamos protetor solar e parece que a areia sente e é atraída como um ímã. Gruda na gente, e quando era moda usarmos óleo de bronzear? Virávamos um verdadeiro bife à milanesa. Detestava. Acho que é por isso que gosto muito de Angra dos Reis, lá passeamos de barco e nadamos pulando do barco, fora da areia. Tudo de bom.
Porém, gosto tanto de viajar e de estar com amigos queridos, que topo ir para a beira mar, com o maior prazer. E quem está na chuva é para se molhar, então, se estou em cidade de veraneio, vou à praia com a turma. Como disse na crônica de ontem, é importante ser bom companheiro de viagem, quem viaja com amigos e não aceita fazer nada em grupo, acaba atrapalhando o passeio de todos, pois as pessoas ficando incomodadas.
Esta viagem veio a calhar, foi bem depois de um evento que fizemos, e uma folga dessas é ótima para quebrar a rotina, descansar, mudar os ares. E para relaxar na frente do mar é tudo de bom. Assentar e ficar olhando a imensidão do mar, ouvindo o som das ondas é delicioso.
Há alguns anos, fizemos um cruzeiro, sempre foi o meu sonho. Que delicia. Foi das melhores viagens que fiz. Minha mãe e eu não nos cansávamos de ficar assentadas no deck do navio olhando para mar, vendo o por do sol. É lindo. Ontem, fiz a mesma coisa. Assentei na praia e fiquei admirando o mar.
De tarde, fiz um passeio de barco, e novamente assisti ao espetáculo do por do sol em Búzios. Digo espetáculo porque foi lindo. O sol se pondo, ao lado um nuvem e saindo dela, um arco-íris, e não tinha chovido. Deus tinha desenhado aquela paisagem para nós. Quem teve a sensibilidade de ver e perceber, se emocionou e muito. Nosso Deus é assim, cheio de surpresas e carinho com a gente. Cabe a nós estarmos atentos para perceber.

Isabela Teixeira da Costa