Diagnóstico do câncer de mama

Pesquisa recente põe mais uma questão sobre a obesidade: a dificuldade na detecção nos estágios iniciais do câncer de mama.

Ilustração Lélis

Há alguns anos, em conversa com o chefe da oncologia da Rede Mater Dei, Enaldo Melo de Lima, ele disse que estavam tratando o câncer como epidemia, em função do crescente aumento de casos da doença.
Existe uma corrente que acredita que já descobriram o remédio que cura o câncer, porém a forte indústria farmacêutica não permite que ele seja colocado em escala comercial. Outros creem que o tal medicamento ainda está fase de testes.
Pelo sim ou pelo não, as pesquisas sobre a doença não param, tanto para descobrir as causas como para achar formas de prevenção. O mais recente estudo sobre o tema vem da Suécia e sugere que mulheres obesas precisam realizar mais mamografias, uma vez que é mais difícil detectar tumores pequenos nessas mulheres. Entretanto, vários especialistas questionam se a realização de mais exames ajudaria na questão.
O respeitado Instituto Karolinska foi o responsável por apresentar o resultado do estudo feito entre 2001 e 2008, com mais de 2 mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama, em Estocolmo, na Suécia, durante o encontro anual da Sociedade Radiológica da América do Norte. O objetivo era entender por que muitas só eram diagnosticadas com a doença quando o tumor já estava grande. A conclusão foi de que o índice de massa corporal (IMC) acima dos 30 e a densidade das mamas estão relacionados a isso.
Os pesquisadores continuaram acompanhando as pacientes até 2015 e constataram que o tumor nas mulheres obesas e com mama densa era detectado com o tamanho maior do que 2 centímetros. É um parâmetro importante, pois é o que separa o estágio 1 da doença, do 2.
Segundo o radio-oncologista Leonardo Chamon, faltam evidências que provem que, se diminuírem os intervalos das mamografias nessas mulheres, conseguirão fazer diagnósticos mais precoces. A princípio, pode parecer algo lógico e óbvio, mas não foi comprovado por pesquisas.
De toda forma, caso o exame encontre lesões que precisem ser acompanhadas, os intervalos entre a mamografia podem ser mais curtos do que os habituais. Assim, definem as imagens que podem ser monitoradas e as que necessitariam de biópsias para esclarecimento.
Para o mastologista Luís Cláudio dos Santos, do Hospital Felício Roxo, diante da dificuldade em interpretar uma mamografia por causa da densidade aumentada ou por se tratar de mamas muito volumosas, devemos associar outros métodos no rastreamento, como a ultrassonografia ou a ressonância nuclear magnética – esta última apenas em condições excepcionais, como mutação genética patogênica comprovada.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rotina seja feita na faixa etária entre 50 e 69 anos, uma vez a cada dois anos. Mulheres com maior risco para desenvolvimento de câncer de mama – com histórico familiar (parentes de primeiro grau), com determinadas mutações genéticas ou que foram expostas à radiação ionizante (radioterapia) antes dos 35 anos – devem ser avaliadas individualmente para decidir com um especialista sobre como será sua rotina de mamografias.
Muitos profissionais da área concordam com a sugestão da American Cancer Society (ACS), de que sejam realizadas mamografias anuais após os 40 anos e uma mamografia base entre 30 e 35 anos.

Isabela Teixeira da Costa

Coluna publicada no caderno EM Cultura do Estado de Minas

A importância da autoestima para a perda de peso

Acompanhamento psicológico para melhorar a autoestima e adotar hábitos saudáveis auxiliam no desafio da perda de peso.

A obesidade é um problema de saúde cada vez mais grave no mundo, e o Brasil não está ficando atrás nessa estatística negativa. De acordo com um estudo financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, o país ocupa a quinta posição entre os países com mais pessoas obesas do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Índia e Rússia, respectivamente. Segundo dados levantados pela pesquisa, 11,7% dos homens brasileiros são obesos, enquanto a porcentagem feminina chega a 20,6%.

“A obesidade é fator de risco para problemas como diabetes tipo 2, hipertensão, esteatose hepática (gordura no fígado) e doenças cardiovasculares, neurológicas, ortopédicas e gastrointestinais”, enumera a nutróloga e vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida, Vânia Assaly.

A nutróloga também destaca a relação do excesso de gordura corporal (índice de adiposidade) com uma maior incidência de algumas enfermidades. “O aumento da quantidade e do volume e de células de gordura leva à inflamação dos tecidos e órgãos internos, podendo ser a causa de muitas doenças crônicas”, explica.

Um dos problemas ocasionados pela obesidade, a autoestima baixa pode dificultar o emagrecimento ou a manutenção do peso, fazendo com que a pessoa corra o risco de readquirir os quilos perdidos. É o famoso efeito sanfona pelo qual a grande maioria das pessoas acima do peso passa, sempre que fazem regime, principalmente quando usam medicamentos para auxiliar na perda de peso. Isso ocorre pela insegurança e desmotivação diante dos desafios como perder peso e continuar com uma rotina de dieta equilibrada e atividades físicas, até porque nem todos fazem os exercícios.

Cuidar da autoestima traz benefícios para o bem-estar, pois o aumento da confiança e da determinação faz com que o indivíduo fique mais atento ao seu corpo e tenha hábitos saudáveis, com dietas equilibradas e exercícios. Uma pessoa angustiada, por outro lado, pode utilizar a alimentação como válvula de escape, comendo mais do que necessita.

Esse tipo de comportamento acaba criando um ciclo vicioso: ao se sentir frustrada com o próprio corpo, a pessoa sabota a dieta, come alimentos altamente calóricos que a levam a ganhar ainda mais peso. Nesse ponto, a falta de estímulos leva à desistência e os problemas de saúde decorrentes disso tendem a aumentar.

A autoestima baixa pode ser contornada por meio de tratamento psicológico. Quando o obeso compreende que existem outras fontes de prazer além do alimento, ocorre uma mudança comportamental.

Quem me segue sabe que era obesa, e emagreci por que fiz cirurgia bariátriaca. Antes, toda vez que entrava em um regime, não entendia uma coisa que fazia com frequência: toda vez que emagrecia o suficiente para as pessoas notarem,  sempre que alguém dizia o quanto eu estava bem e como havia emagrecido chegava em casa e comia muito, e geralmente coisas que engordavam. Semana passada, saí com algumas amigas e conversando com uma delas, ela contou que faz a mesma coisa. Foi a primeira vez que encontrei alguém como eu. Ou pelo menos, alguém que assume como é. Isso é algo para tratar no divã, mas custei a enxergar esse problema, uma verdadeira autosabotagem.

Depois que emagreci, não sei se fiquei mais atenta ou se as pessoas passaram a me relatar mais casos de outras pessoas que perderam muito peso, porém já fiquei sabendo de algumas pessoas que perderam 30, 40 e até 60 quilos apenas com regime e malhação (musculação, ginástica, corrida), e mantiveram o novo peso. Mas essas pessoas só tomaram essa atitude pra valer depois que viram exames clínicos que apontaram como a saúde estava frágil e comprometida em consequência da obesidade. Então, porque deixar chegar a este ponto? O ideal é correr atrás do prejuízo antes que seja trade demais.

Neste mundo onde sempre descobrem algo novo na alimentação que ajuda ou atrapalha na saúde, os nutrólogos indicam, com sucesso um coadjuvante no processo de perda de peso, o extrato de café verde. Segundo Vânia é uma opção natural eficiente quando aliado a um estilo de vida saudável por ser rico em ácido clorogênico, que reduz o acúmulo de gordura. Existem várias opções no mercado e um laboratório lançou recentemente o Svelim, produzido a partir do extrato purificado de café verde com alta concentração de ácido clorogênico, picolinato de cromo e óleo de cártamo. O produto age no metabolismo e ajuda a manter a boa forma com baixo teor de cafeína.

Isabela Teixeira da Costa

Obesidade causa hipertensão e diabetes

obesidadeMinistério da Saúde alerta que obesidade atinge 16,6% das pessoas em BH e maior incidência é entre quem tem de 25 a 44 anos.

Uma das grandes preocupações da Organização Mundial da Saúde é a obesidade que tem afetado a população em todos os países do mundo. O consumo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo são as principais causas e impactam no avanço das doenças crônicas: mais de 25% da população adulta têm diagnóstico de hipertensão. Um estudo feito pelo Ministério da saúde aponta que, apesar do cenário preocupante, o brasileiro reduziu quase pela metade o consumo de refrigerantes e passou a fazer mais atividade física no lazer.

O brasileiro está mais obeso. Em 10 anos, a prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. Em Belo Horizonte, 16,6% da população está obesa. Os dados foram divulgados em abril e fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país. O resultado reflete respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras.

Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que piora a condição de vida do brasileiro e podem até matar. O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres. Na capital de Minas Gerais, 27,8% disseram ter diagnóstico médico de hipertensão, e 10,1%, de diabetes.

Não tem jeito, com o avanço da idade, ganhamos uns quilinhos a mais, por isso é tão importante não descuidar, porque este peso extra quando estamos mais velhos é difícil de perder. O problema é que a obesidade está atingindo os mais jovens, 17% dos obesos em BH estão entre 25 e 44 anos. O percentual de quem possui Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 kg/m² e 30 kg/m², passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. Já é presente em mais da metade dos adultos que residem em capitais do país. Em Curitiba, quase metade da população (49,6%), está com excesso de peso.

A pesquisa também mostra a mudança no hábito alimentar da população. Os dados apontam uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu e apenas um entre três adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana. Esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade.

Mas nem tudo é treva. Entre as mudanças positivas nos hábitos identificados na pesquisa está a redução do consumo regular de refrigerante ou suco artificial.  A população com mais de 18 anos está praticando mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%. Nas faixas etárias pesquisadas, os jovens de 18 a 24 anos são os que mais praticam atividades físicas no tempo livre.

O Ministério da Saúde adotou algumas medidas para ajudar na redução da obesidade como a proibição de venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do Ministério. Assumiu o compromisso de criar políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.

Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), o Ministério conseguiu retirar mais de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos. O país também incentiva a prática de atividades físicas.

 

Isabela Teixeira da Costa

Mitos e Verdades na obesidade de cães e gatos

cao
Divulgação

Especialista em comportamento animal lista o que deve ser levando em consideração em relação a obesidade dos pets.

A obesidade em cães e gatos é muito mais comum do que se parece, é um problema intimamente relacionado com os hábitos alimentares e o sedentarismo dos tutores. O sobrepeso e a obesidade causam outros problemas de saúde, reduzindo a longevidade do pet, assim  como nos humanos, a obesidade está relacionada ao alto consumo de alimento e a baixa atividade física (descartando-se problemas endócrinos).

Renato Zanetti / Divulgação
Renato Zanetti / Divulgação

O especialista Renato Zanetti  apresenta os mitos e verdades em relação ao que já se ouviu falar sobre obesidade animal

  1. Obesidade causa outros problemas de saúde para o animal.

VERDADE. Cães e gatos obesos têm um risco maior de apresentar outros problemas de saúde: diabetes, doenças pulmonares e de coração, problemas na articulação, de pele, problemas reprodutivos, intolerância ao exercício, maior estresse calórico, maior risco em anestesias.

  1. A castração engorda o animal.

VERDADE. Animais castrados têm probabilidade 2x maior de se tornarem obesos em função de alterações hormonais e a redução da atividade física. PORÉM, isto não deve ser motivo para não castrar, pois é possível minimizar o problema com o aumento das atividades físicas e o controle da alimentação.

  1. A obesidade está relacionada apenas ao excesso de comida.

MITO. Há duas causas da obesidade: metabólica (menor incidência, cerca de 5%) e comportamental (mais frequente).

Causas metabólicas: problemas endócrinos (disfunção da glândula tireoide, das adrenais, do pâncreas, da hipófise e do hipotálamo.

Causas comportamentais: fornecimento excessivo de comida, espaço físico reduzido, sedentarismo, hábitos alimentares prejudiciais.

  1. Atividade física colabora com a redução de peso.

VERDADE. Aumentar o gasto calórico colabora com a redução de peso SE estiver relacionada com uma reeducação alimentar (tal qual para humanos).

  1. Cães comem por ‘gula’.

VERDADE. Fome (necessidade fisiológica decorrente do déficit nutricional) é diferente de apetite (disposição em comer sempre). Cães conseguem ingerir uma quantidade de alimento em uma única refeição muito superior ao necessário para sua manutenção. Como não sabem quando será sua próxima refeição, estão sempre dispostos a ingerir alimentos.

  1. Existe um peso ideal para cada raça (cães e gatos).

VERDADE. Mesmo havendo uma variação de indivíduo para indivíduo, há um padrão de peso para cada raça que pode ser usada como referência para se definir se o Pet está gordinho.

  1. Existem alimentos que são proibidos para cães e gatos.

VERDADE. Alguns alimentos são apenas tóxicos para cães e gatos, outros são proibidos, podendo ser letais se ingerido em grandes quantidades.

  1. Posso dar frutas e legumes para cães e gatos.
Animale Mundo Pet
Animale Mundo Pet

VERDADE. Sim, frutas e legumes (que não estiverem na lista dos tóxicos ou proibidos) podem ser oferecidos aos cães e gatos.

Para quem não sabe, o Animale Mundo Pet, um prédio que tem na Avenida do Contorno, na região do Gutierrez, em Belo Horizonte, tem tudo para o animal, inclusive uma “academia” onde é possível exercitar os animais. Ideal para os donos que não têm tempo para passear com os cachorros. Muito melhor do que contratar pessoas que você não conhece para passear com eles. Estou cansada de ver esses ‘andadores’ de cães, pararem nas esquinas e ficarem horas batendo papo com tomadores de conta de carros, e os animais, que deveriam estar se exercitando, ficam lá assentados ou deitados. E os donos crentes que os pets estão praticando suas caminhadas. Abram os olhos.

Isabela Teixeira da Costa

Exame pode diagnosticar doença ligada à obesidade

obesosUltrassom realiza elastografia, que identifica patologias como esteatose hepática, doença silenciosa mais conhecida como “fígado gordo”.

A obesidade, além de prejudicial à saúde, aumenta o risco de infartos e doenças como diabetes, hipertensão arterial e, principalmente, de doenças silenciosas como a esteatose hepática, patologia que já virou epidemia mundial que é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Segundo relatório divulgado em janeiro de 2017 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e a obesidade já atinge 20% das pessoas adultas no país. Isto significa que essas pessoas podem estar na zona de perigo.

A Samsung também atua na área de Health Medical Equipment para ajudar as pessoas a terem mais qualidade de vida, e a anteciparem diagnósticos que permitem iniciar o tratamento de uma enfermidade, muitas vezes sem sintomas aparentes, – como no caso da esteatose hepática -, cada vez mais rápido, por meio de exames de ultrassom realizados com o modelo RS80 Prestige.

A gordura no fígado é decorrente da ingestão de mais gorduras e calorias do que o órgão pode processar. Por conta disso, o fígado, que tem importância vital para o corpo humano, fica mais propenso a danos. Os sintomas são desde dor no lado direito do abdômen e barriga inchada, nos casos mais simples, até evolução para cirrose e câncer, nos casos mais graves. Um dos motivos mais comuns para o desenvolvimento da esteatose hepática é a obesidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, atualmente 80% dos pacientes com sobrepeso têm esteatose hepática.

Com o ultrassom da Samsung é possível fazer  análise completa do fígado reduzindo significativamente o número de biópsias hepáticas convencionais e fornecendo informações quantitativas e características do tecido com mais precisão. Por meio da fusão de imagens, este exame de ultrassom identifica também medidas acima da normalidade, em tempo real.

“Trabalhamos incessantemente em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que possam auxiliar profissionais da área da saúde a antecipar diagnósticos e tratamentos, aumentando as chances de cura e trazendo mais qualidade de vida para elas. O RS80 é um bom exemplo do comprometimento da Samsung com o segmento de saúde”, complementa Tony Firjam, Vice-presidente da divisão de Consumer Electronics da Samsung Brasil.

Somos todos obesos?

AFP PHOTO/Karen BLEIER
AFP PHOTO/Karen Bleier

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 82 milhões de pessoas estão acima do peso e as principais causas são o sedentarismo e a alimentação inadequada.

Hoje é o Dia Mundial de Combate à Obesidade e estudos mostraram que 60% da população do mundo está acima do peso. Isso não é privilégio de adultos, mas crianças e adolescentes também entram nessa estatística, que alarmou a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, a entidade tratou de criar uma data mundial para alertar a sociedade sobre o problema e usar da mídia para ajudá-la nesta missão e na divulgação dos dados assustadores e nas formas de prevenir e de melhor reduzir o excesso de peso.

Até bem pouco tempo, a preocupação com a obesidade era um problema comum nos Estados Unidos. Atualmente, essa preocupação está presente não só no Brasil, mas em quase todos os países. Quase 60% dos brasileiros estão com excesso de peso e, como disse anteriormente, apesar de afetar a população de forma geral,  independentemente da faixa etária, a incidência maior é entre as mulheres.

Obesidade é uma doença crônica que piora com o passar dos anos, caso o paciente não faça um tratamento adequado e contínuo. Além de reduzir a qualidade de vida, a obesidade pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e alguns tipos de câncer. A OMS aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

Para divulgar o Dia Mundial de Combate à Obesidade, os endocrinologistas lançaram a campanha Obesidade: Eu trato com respeito. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 82 milhões de pessoas estão acima do peso. Os números mostram que, para os homens, a prevalência de excesso de peso aumenta de 42,4% (em 2002–2003) para 57,3% (em 2013), e a obesidade, de 9,3 % para 17,5%. No caso das mulheres, esse aumento foi mais acentuado, passando de 42,1% (em 2002–2003) para 59,8% em 2013, ao passo que a obesidade passa de 14% para 25,2%.

A PNS fez um estudo com adolescentes entre 13 e 17 anos, em 2015, que apontou que 23,7% estão com excesso de peso e 7,8% estão obesos. O problema também atinge as crianças. Mais de um terço delas, entre 5 e 9 anos, está acima do peso. Além do aspecto físico, a obesidade infantil pode trazer vários problemas, como colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial. Para a OMS, o sobrepeso infantil está se tornando um problema epidêmico. Dados da OMS apontam que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade poderá chegar a 75 milhões caso nada seja feito.

As principais causas são o sedentarismo e a alimentação inadequada, tanto entre adultos quanto em crianças. É muito importante a mudança de hábitos, introduzindo exercícios físicos, para que crianças e adultos possam gastar calorias. É claro que para cada idade a atividade física é diferente, mas é fundamental que seja regular, podendo ser uma simples caminhada de 40 minutos, diariamente. Segundo profissionais da área, o importante é fazer 300 minutos semanais, que a pessoa pode dividir como for melhor dentro de sua rotina.

Outra ação importante é a atitude dos pais em colocar limites na alimentação dos filhos e oferecer alimentos mais saudáveis, como carnes magras, verduras e legumes, substituindo o excesso de sanduíches, chips, frituras e doces, que é o que as crianças mais comem hoje em dia.

Voltando à campanha, tratar a obesidade com respeito é respeitar o paciente obeso. A maioria das pessoas tem o costume de dizer que a pessoa é gorda porque quer, isso não é verdade. Se isso fosse verdade, não existiriam gordos no mundo. Ninguém gosta de ser gordo, pode se aceitar bem assim, mas nenhuma pessoa coloca como meta de vida ser obeso. Isso ocorre por vários fatores difíceis de controlar, e que na maioria das vezes precisam de um acompanhamento médico para ser superados. Respeitar a condição de quem está com peso acima do normal é não reforçar a ideia errada de que a obesidade é culpa de quem a tem. Tratar a obesidade com respeito é reconhecer que ela é uma doença crônica multifatorial. #obesidadeeutratocomrespeito #diamundialdaobesidade #11deoutubro #endocrinologia.

Isabela Teixeira da Costa

Meu pet está obeso, e agora?

Pugs: um no peso correto e outro, obeso
Pugs: um no peso correto e outro obeso

Até bicho de estimação tem que fazer regime.

Esse negócio de gordura é uma praga mesmo. As pessoas vivem lutando contra a balança. Esta matemática de gastar o que ingere é fatídica e não dá moleza. Se comer mais do que gasta, o excesso vai ser depositado em alguma parte do nosso corpo. Em algumas pessoas a gordura fica nos quadris, outras no abdômen, em outras nos braços ou rosto. Para os mais sortudos deve ir para os dedos dos pés, porque ninguém vê. Porém, para nos matar de raiva, existem aquelas que comem de tudo, não gastam nada e não engordam um grama sequer.

Pelo visto, o mesmo acontece com os animais. Tenho dois cachorros, já disse isso aqui, um casal de schnauzer. O macho é magro, saradão – normal, não é mesmo –, a fêmea está obesa. Sempre teve mais peso que ele, depois que fez histerectomia, acabou de vez com a sua silhueta. Foi só engordando e hoje está bem “roliça”. Só se alimenta de ração, duas vezes por dia, mas não para de engordar. Não sei mais o que eu faço.

Aí, para completar meu desespero, recebo a triste notícia de que no inverno os cães tendem a engordar mais, porque praticam menos exercícios. Tenho que confessar que não saio muito com eles, por falta de tempo e um pouco de preguiça também.

tabelacaesFiz uma viagem semana passada, fui passar uns dias com minha filha que agora está morando no sertão da Bahia, trabalhando como missionária. Minha irmã fez o favor de cuidar de meus cachorros para mim. Como ela ama fazer exercícios, colocou os bichinhos no seu esquema e passeava com eles duas vezes por dia. Porém me contou que não conseguiu caminhar mais do que quatro ou cinco quarteirões porque a Leka cansava e assentava no meio da rua. Ri muito. Típico de gordinho.

Lembrei de uma vez que fui passear em Escarpas do Lago com meus amigos Adriana e Eloi Oliveira. Eles são desportistas, todos dois já jogaram vôlei. Ele foi capitão da Seleção Brasileira de Vôlei na Olimpíada de Montreal, e eu a sedentária em pessoa. Adriana me chamou para fazer uma caminhada e lá fui eu, toda metida a besta. Depois de horas caminhando, lembrei que teríamos que voltar aquele trecho todo. Quase morri. Se não fosse um pit stop na casa de outra amiga, não chegaria em casa viva.
Voltando à vaca fria, estudos recentes mostram estimativas de que cerca de 40% dos cães e gatos estão obesos, principalmente os animais que moram em apartamentos – é o caso dos meus bichos. Assim como na gente, a obesidade pode causar grandes problemas na saúde nos animais.

Por isso, a Comissão de Animais de Companhia – COMAC, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal, preparou algumas dicas para ficarmos de olho no peso do nosso pet:

  • Visite um médico veterinário com frequência – é o profissional mais adequado para verificar se o peso do seu cachorro ou gato está ideal para a idade e raça. Cada espécie possui especificidades que interferem na saúde do animal, por exemplo, a obesidade canina caracteriza-se quando um animal apresenta mais de 15% de excesso de peso.
  • Incentive o pet a fazer exercícios – a prática de exercícios é recomendada em todas as idades. Passeie com o seu animal e procure por brincadeiras que ele possa liberar energia, como bolas ou discos. Mas, lembre-se de adequar a intensidade do exercício conforme o limite físico do seu animal. Ouça sempre a recomendação de um médico veterinário.
  • Alimente seu pet de forma balanceada – ofereça sempre alimentos indicados para a espécie do animal, como também de acordo com a raça e condição de vida. Se o seu cão ou gato já tem propensão para ganhar peso, evite snacks e petiscos.

Isabela Teixeira da Costa