Somos todos obesos?
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 82 milhões de pessoas estão acima do peso e as principais causas são o sedentarismo e a alimentação inadequada.
Hoje é o Dia Mundial de Combate à Obesidade e estudos mostraram que 60% da população do mundo está acima do peso. Isso não é privilégio de adultos, mas crianças e adolescentes também entram nessa estatística, que alarmou a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, a entidade tratou de criar uma data mundial para alertar a sociedade sobre o problema e usar da mídia para ajudá-la nesta missão e na divulgação dos dados assustadores e nas formas de prevenir e de melhor reduzir o excesso de peso.
Até bem pouco tempo, a preocupação com a obesidade era um problema comum nos Estados Unidos. Atualmente, essa preocupação está presente não só no Brasil, mas em quase todos os países. Quase 60% dos brasileiros estão com excesso de peso e, como disse anteriormente, apesar de afetar a população de forma geral, independentemente da faixa etária, a incidência maior é entre as mulheres.
Obesidade é uma doença crônica que piora com o passar dos anos, caso o paciente não faça um tratamento adequado e contínuo. Além de reduzir a qualidade de vida, a obesidade pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e alguns tipos de câncer. A OMS aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.
Para divulgar o Dia Mundial de Combate à Obesidade, os endocrinologistas lançaram a campanha Obesidade: Eu trato com respeito. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 82 milhões de pessoas estão acima do peso. Os números mostram que, para os homens, a prevalência de excesso de peso aumenta de 42,4% (em 2002–2003) para 57,3% (em 2013), e a obesidade, de 9,3 % para 17,5%. No caso das mulheres, esse aumento foi mais acentuado, passando de 42,1% (em 2002–2003) para 59,8% em 2013, ao passo que a obesidade passa de 14% para 25,2%.
A PNS fez um estudo com adolescentes entre 13 e 17 anos, em 2015, que apontou que 23,7% estão com excesso de peso e 7,8% estão obesos. O problema também atinge as crianças. Mais de um terço delas, entre 5 e 9 anos, está acima do peso. Além do aspecto físico, a obesidade infantil pode trazer vários problemas, como colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial. Para a OMS, o sobrepeso infantil está se tornando um problema epidêmico. Dados da OMS apontam que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade poderá chegar a 75 milhões caso nada seja feito.
As principais causas são o sedentarismo e a alimentação inadequada, tanto entre adultos quanto em crianças. É muito importante a mudança de hábitos, introduzindo exercícios físicos, para que crianças e adultos possam gastar calorias. É claro que para cada idade a atividade física é diferente, mas é fundamental que seja regular, podendo ser uma simples caminhada de 40 minutos, diariamente. Segundo profissionais da área, o importante é fazer 300 minutos semanais, que a pessoa pode dividir como for melhor dentro de sua rotina.
Outra ação importante é a atitude dos pais em colocar limites na alimentação dos filhos e oferecer alimentos mais saudáveis, como carnes magras, verduras e legumes, substituindo o excesso de sanduíches, chips, frituras e doces, que é o que as crianças mais comem hoje em dia.
Voltando à campanha, tratar a obesidade com respeito é respeitar o paciente obeso. A maioria das pessoas tem o costume de dizer que a pessoa é gorda porque quer, isso não é verdade. Se isso fosse verdade, não existiriam gordos no mundo. Ninguém gosta de ser gordo, pode se aceitar bem assim, mas nenhuma pessoa coloca como meta de vida ser obeso. Isso ocorre por vários fatores difíceis de controlar, e que na maioria das vezes precisam de um acompanhamento médico para ser superados. Respeitar a condição de quem está com peso acima do normal é não reforçar a ideia errada de que a obesidade é culpa de quem a tem. Tratar a obesidade com respeito é reconhecer que ela é uma doença crônica multifatorial. #obesidadeeutratocomrespeito #diamundialdaobesidade #11deoutubro #endocrinologia.
Isabela Teixeira da Costa