Minimalismo

Para quem tem como resolução de ano novo levar uma vida mais minimalista, arquiteto Junior Piacesi mostra como trazer esta tendência para uma casa com decoração tradicional.

Casa tradicional foi integrada a área externa com painéis de vidro. Somente o essencial faz a decoração do espaço: fogão, mesa de jantar e cadeiras. Foto: Jomar Bragança​

Estamos chegando ao final de mais um ano, época em que as pessoas se propõem a algumas mudanças para começar o próximo ano de forma mais consciente e com um propósito. É nesse momento que o minimalismo, um estilo de viver e decorar, ganha ainda mais adeptos.

A arquitetura minimalista trabalha apenas com o que é estritamente necessário. Democrático, esse estilo pode ser utilizado por todos, dos mais humildes até os mais ricos.

O arquiteto Junior Piacesi, especialista em arquitetura minimalista, explica que o conceito está em voga. “O minimalismo se tornou um lifestyle, uma resposta do ser humano por todo o caos que carrega e vive: trânsito, poluição, informação o tempo todo, internet, tecnologia. O minimalismo, com seus espaços limpos e simples, é um verdadeiro antidoto a tudo isso tranquilizando e acalmando aqueles que têm oportunidade de desfrutá-lo”, explica.

Branco, cinza e integração dos ambientes. Foto: Gustavo Xavier

Trabalhando com ambientes integrados, cores neutras, principalmente o branco e cinza, o minimalismo tem características bem marcante, mas isso não impede que casas com arquitetura e decoração tradicionais possam ser transformadas para seguir esse estilo. “Para isso, a primeira coisa que temos que fazer é limpar aquele espaço. Se tiver segmentação dos ambientes, retirar as paredes e integrar. A partir dessa ação já criamos uma percepção de que a casa está mais limpa, mais ajustada, em uma proporção mais precisa”, explica Piacesi.

A opção é pela simplicidade, o uso literal dos materiais no minimalismo é muito bem-vindo e deve ser preservado. “Se no ato da reforma, ao descascar uma parede, tijolos aparecerem, ótimo! Ele será o grande destaque daquele projeto”, brinca o arquiteto.

A decoração é o momento mais difícil. “Pode até parecer algo simples, mas é nesse momento que precisamos ter o domínio estético para conseguir fazer um projeto com poucos elementos, mas bonito e capaz de emocionar os moradores. A premissa principal é ter uma ordem estética, na qual conseguimos enxergar um determinado espaço completamente puro. Dessa forma, trabalhamos somente com o essencial. Por exemplo, numa sala vamos precisar somente de uma mesa e sofá, ponto. Tudo a mais é desnecessário, por isso pode ser eliminado”, conta o arquiteto.

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